sábado, 8 de dezembro de 2018

Fernando de Noronha ganha baterias para armazenamento de energia solar

Com o equipamento, será possível acumular o excedente produzido durante o dia e, à noite, devolver a energia à rede, abastecendo moradores e o setor hoteleiro local.
Segundo grupo de baterias chegou no porto de Noronha, uma carga equivalente a dez toneladas.
O arquipélago pernambucano de Fernando de Noronha recebeu esta semana o segundo módulo de baterias do sistema inteligente de armazenamento da energia fotovoltaica produzida na ilha. Com o equipamento, será possível acumular o excedente produzido durante o dia e, à noite, devolver a energia à rede, abastecendo moradores e a rede hoteleira local. Todo o sistema é fruto de um investimento de mais de R$ 20 milhões.
A solução de armazenamento foi desenvolvida durante um ano pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do Grupo Neoenergia, controlado pelo Grupo Iberdrola. Em todo o mundo, empresas do setor estão criando baterias de alta capacidade para tornar as produções solar e eólicas mais estáveis. Como dependem da irradiação do sol e da força dos ventos, essas fontes renováveis têm grande variação ao longo do dia, gerando dependência de outra fonte mais firme (e nem sempre tão limpa) para assegurar o fornecimento.
No caso de Noronha, a utilização de energia fotovoltaica na matriz da ilha deve aumentar de 10% para 18% a partir do funcionamento pleno das baterias, o que deve acontecer ainda este ano. A geração a partir da luz solar vem das usinas Noronha I e II, já em funcionamento e também pertencentes à Neoenergia. Com as baterias conectadas a essas usinas, a demanda por energia de fonte termelétrica, produzida na Usina Tubarão (localizada no próprio arquipélago), deve diminuir.
“Como Fernando de Noronha tem um sistema isolado, podemos levar ao arquipélago o que há de mais tecnológico no mundo na área de energia para fazer a nossa avaliação. Ao longo do próximo ano vamos maximizar o uso da energia solar, já que o nosso foco é a redução de emissão de CO2”, diz o gerente da Neoenergia responsável por Fernando de Noronha, Fábio Barros.
Composto por dois módulos de baterias de íons de lítio, com potências de 280 kW cada, o segundo grupo de baterias chegou na última segunda-feira no porto de Noronha, uma carga equivalente a dez toneladas.
INOVAÇÃO
O arquipélago pernambucano também foi um dos pioneiros no desenvolvimento da tecnologia de geração eólica no Brasil, tendo recebido em 1992 sua primeira turbina, projeto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). (uol)

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