Com o equipamento, será
possível acumular o excedente produzido durante o dia e, à noite, devolver a
energia à rede, abastecendo moradores e o setor hoteleiro local.
Segundo grupo de baterias
chegou no porto de Noronha, uma carga equivalente a dez toneladas.
O arquipélago pernambucano de
Fernando de Noronha recebeu esta semana o segundo módulo de baterias do sistema
inteligente de armazenamento da energia fotovoltaica produzida na ilha. Com o
equipamento, será possível acumular o excedente produzido durante o dia e, à
noite, devolver a energia à rede, abastecendo moradores e a rede hoteleira
local. Todo o sistema é fruto de um investimento de mais de R$ 20 milhões.
A solução de armazenamento
foi desenvolvida durante um ano pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D) do Grupo Neoenergia, controlado pelo Grupo Iberdrola. Em todo o
mundo, empresas do setor estão criando baterias de alta capacidade para tornar
as produções solar e eólicas mais estáveis. Como dependem da irradiação do sol
e da força dos ventos, essas fontes renováveis têm grande variação ao longo do
dia, gerando dependência de outra fonte mais firme (e nem sempre tão limpa)
para assegurar o fornecimento.
No caso de Noronha, a
utilização de energia fotovoltaica na matriz da ilha deve aumentar de 10% para
18% a partir do funcionamento pleno das baterias, o que deve acontecer ainda
este ano. A geração a partir da luz solar vem das usinas Noronha I e II, já em
funcionamento e também pertencentes à Neoenergia. Com as baterias conectadas a
essas usinas, a demanda por energia de fonte termelétrica, produzida na Usina
Tubarão (localizada no próprio arquipélago), deve diminuir.
“Como Fernando de Noronha tem
um sistema isolado, podemos levar ao arquipélago o que há de mais tecnológico
no mundo na área de energia para fazer a nossa avaliação. Ao longo do próximo
ano vamos maximizar o uso da energia solar, já que o nosso foco é a redução de
emissão de CO2”, diz o gerente da Neoenergia responsável por Fernando de
Noronha, Fábio Barros.
Composto por dois módulos de
baterias de íons de lítio, com potências de 280 kW cada, o segundo grupo de
baterias chegou na última segunda-feira no porto de Noronha, uma carga
equivalente a dez toneladas.
INOVAÇÃO
O arquipélago pernambucano
também foi um dos pioneiros no desenvolvimento da tecnologia de geração eólica
no Brasil, tendo recebido em 1992 sua primeira turbina, projeto da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE). (uol)
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