A região Nordeste, conhecida
por seus longos períodos de sol, ocupa uma posição de grande destaque no país
quando o assunto é o sistema de energia solar. Sem falar que a energia solar no
Nordeste tem crescido como um grande negócio.
A região já é um polo importante para a produção de
energia eólica, graças aos ventos fortes e constantes, ocupando o 5º lugar no
ranking mundial nesse setor. Agora, recebe inúmeros projetos que prometem
impulsionar a implementação do sistema de energia solar e aproveitar o grande
potencial nordestino.
Já são 16 empreendimentos fotovoltaicos no Nordeste, e
estima-se que o potencial de crescimento seja de 36 vezes mais nos próximos
anos. Você já pensou em apostar nesse setor? Veja no post de hoje quais são as
vantagens de investir nesse sistema considerado uma matriz
energética incrível para o país. Continue a leitura!
1.
O Nordeste tem altos níveis de radiação solar
A região Nordeste apresenta os maiores índices de
radiação solar do país, o que a torna um local de grande potencial para o
sistema de energia solar. As melhores condições para a
implementação do sistema em termos de viabilidade econômica encontram-se em
Teresina (que tem o maior índice do país) e São Luís. Porém, em toda a extensão
do Nordeste o potencial é favorável para a utilização da energia fotovoltaica.
E isso não é apenas devido aos altos índices de
radiação solar nas cidades, mas também pela existência do silício no solo
local, que é a matéria prima utilizada na indústria fotovoltaica. O ranking das
cidades é desenvolvido comparando a radiação solar, as tarifas de energia das
distribuidoras e o custo nivelado da geração de energia fotovoltaica.
Isso significa que, embora algumas cidades tenham um
alto índice de radiação solar, mesmo com o baixo custo da geração o
sistema seria inviável devido ao alto custo da tarifa da distribuidora. Podemos
citar outras cidades do Nordeste que entram no ranking, como Recife, Natal,
Belém, Salvador, João Pessoa, Fortaleza, Aracaju e Maceió.
A pesquisa foi realizada pelo Departamento de Economia
da Universidade Federal de Viçosa (MG).
2.
Existe uma linha de financiamento para a implementação de projetos
Desde 2016, o Banco do Nordeste (BNB) contribuiu com a
disseminação do uso de energia solar na localidade. Foi lançada uma linha de financiamento exclusivamente para a implementação de
projetos de micro e mini geração de energia, o chamado FNE Sol.
Tal financiamento se destina às empresas comerciais,
agroindustriais e industriais, bem como àquelas de prestação de serviços.
Também inclui as cooperativas, produtores rurais e as associações (que sejam
favorecidas ou não pelo Fundo Constitucional) que pretendam investir na
produção própria de energia. E vale dizer que o financiamento para essa
produção poderá abranger várias fontes renováveis: a solar, a eólica ou a
biomassa.
O prazo é de até 12 anos, com carência de 6 meses a um
ano. Os juros se encontram entre 6,5% e 11% ao ano, de acordo com o porte do
cliente. O pagamento poderá ser feito mensalmente, e as empresas terão acesso
à linhas de crédito após uma avaliação técnica. São considerados: o porte
da empresa, a capacidade de geração do investimento e ainda a sua demanda por
energia.
O custo inicial é neutro, pois acaba sendo compensado
pela redução do consumo em relação à energia tradicional. Além disso, as
empresas consumirão energia limpa e renovável. Um ganho para o meio ambiente.
Os sistemas fotovoltaicos podem ser financiados completamente, incluindo a
instalação.
Basta ter o cadastro no Banco do Nordeste e limite de
crédito aprovados para apresentar à agência o projeto de financiamento. Para
informações mais detalhadas, existe uma cartilha de financiamento que pode ser acessada no portal do banco.
3.
A geração de energia fica isenta do pagamento do ICMS
Todos os nove estados da região Nordeste estão
incluídos no convênio de isenção de ICMS para energia solar, de um total de 23
estados do país. Isso contribui para que residências e estabelecimentos
comerciais possam optar por um sistema de energia solar na região.
Isso gera um aumento no número de adesões e traz
ganhos econômicos e sustentáveis, promovidos pelo uso do sistema de energia
solar. Afinal, o sistema usa energia limpa e renovável, visto que é
reabastecida naturalmente por uma fonte praticamente inesgotável: o sol.
O sistema de compensação de
energia elétrica foi criado pela Aneel. Por meio dele, a energia que for gerada
e não for consumida não será desperdiçada. Mas é introduzida na rede da
concessionária, como se fosse “emprestada” para a distribuidora, e volta para
aquele consumidor como uma espécie de crédito energético. Os créditos são utilizados no
abatimento da energia, que é consumida quando não existe geração de energia.
4.
A região está se abrindo para investimentos de grandes usinas de energia solar
Com a vantagem climática, as multinacionais estão
investindo na região para a construção de grandes usinas. Importantes projetos,
a partir daí, podem ter investimentos com o objetivo de captar aquela fonte de
energia limpa tão poderosa.
Uma multinacional da Itália está construindo três
usinas na Bahia e uma no Piauí. No município de Tabocas e Brejo Velho, em solo
baiano, terão duas usinas solares, que compartilharão da mesma estrutura,
devido à proximidade dos locais. Um ganho no que diz respeito à otimização dos
recursos para a construção. A terceira usina no estado baiano está sendo
instalada em Bom Jesus da Lapa.
No Piauí, o mais importante plano de construção é
daquela que será considerada a maior usina solar da América Latina. Instalada
no município de Ribeira do Piauí, o complexo Nova Olinda terá 292 MV de
capacidade.
A geração de energia solar está em processo de
crescimento no país, seja para as empresas de grande, médio ou de pequeno
porte. Converter luz solar em eletricidade é tema de interesse nacional, porém
as condições climáticas da região Nordeste fazem com que o local apresente um
enorme e diferenciado potencial de desenvolvimento.
Empresas de fabricação de equipamentos fotovoltaicos
também projetam se fixar na região Nordeste, visando atender à demanda do
mercado. Excelente para a produção de emprego e renda para a população local.
Com a evolução tecnológica, o sistema de energia solar
no Nordeste poderá abranger consumidores industriais, comerciais e também
residenciais. Todo desenvolvimento depende, ainda, dos incentivos fiscais e do
apoio dos estados.
E tudo isso resultará no
fomento à indústria solar. E não somente no Nordeste, mas em todo país,
tornando o sistema viável, mesmo com os menores níveis de radiação solar. (hccengenharia)
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