Aumento da produção de etanol
de milho deve baratear combustíveis, conclui audiência.
Valdir Raupp presidiu reunião
da CRA: especialistas nos setores de biocombustíveis e do agronegócio
destacaram vantagens do etanol de milho para gerar renda e reduzir preço dos
combustíveis
A Comissão de Agricultura
(CRA) debateu em 27/11/18 o aumento dos investimentos na produção de etanol de
milho na região Centro-Oeste. Debatedores e senadores destacaram o potencial da
produção para gerar renda e abastecer o país, contribuindo para a redução do
preço médio dos combustíveis.
O representante do Ministério
das Minas e Energia (MME), Marlon Leal, alertou que o mercado de etanol
proveniente da cana está estagnado nos últimos anos, o que torna "muito
bem-vindos" os recentes investimentos no etanol de milho. Ele apresentou
estudos da pasta que demonstram que o crescimento do setor de etanol acaba
trazendo para baixo no preço dos combustíveis em geral, por ser um produto mais
barato. Os dados do MME baseiam-se em levantamentos feitos no estado de São
Paulo.
— Desde 2006 o etanol é mais
barato. Esse é um dado já consolidado. Portanto quanto mais se oferta e se usa
dele, maior é seu impacto na cesta de combustíveis. Só em 2018 o consumidor
paulista economizou R$ 1,7 bilhão em combustíveis, comparado com o que gastaria
caso não se ofertasse etanol. Desde 2006, a economia já chega a R$ 28 bilhões —
detalhou Leal.
O representante do MME também
confirmou que o governo conta com o incremento da produção de etanol de milho
para diminuir a dependência da gasolina importada, que corresponde a 10% do
consumo nacional. Por isso o programa RenovaBio, política nacional para o setor
de biocombustíveis, continuará sendo uma prioridade.
— Se não fosse o RenovaBio,
hoje 30% do nosso consumo seria de gasolina importada. E não priorizamos nenhum
biocombustível: quem tiver mais competitividade vai encontrar seu espaço —
afirmou Leal.
Centro-Oeste na vanguarda
A reunião foi conduzida pelo
senador Cidinho Santos (PR-MT), que fez questão de ressaltar a rapidez com que
os investimentos no etanol de milho na região Centro-Oeste vêm aumentando.
— A produção tem chamado a
atenção pela velocidade da expansão e pelos volumes envolvidos nos
investimentos. Avalia-se que em médio prazo a operação da planta gerará
anualmente cerca de R$ 2 bilhões. Eu mesmo acredito muito nas oportunidades que
o segmento oferece, gerando empregos e renda para milhares de famílias. Não só
o Centro-Oeste, acredito que a região Norte também será beneficiada.
Produziremos o etanol mais barato e ainda vamos exportar — declarou Cidinho. (noticiasagricolas)
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