Empresa
acumula a comercialização de 380 mil unidades do Leaf e tem a meta de vender 1
milhão de carros eletrificados em 2022.
A
Nissan lançou oficialmente sua linha de veículos elétricos para o Brasil em
13/02/19. O local escolhido para o evento foi um ícone da cultura de quatro rodas
no país, o Autódromo de Interlagos. A empresa aposta na mobilidade elétrica
como o futuro do segmento em um horizonte de tempo nem tão extenso. A montadora
japonesa tem como meta vender um milhão de unidades no ano de 2022, uma
participação de pouco mais de 15% ante os cerca de 6 milhões de veículos
comercializados anualmente. E para alcançar esse número, conta com o mercado
brasileiro e latino americano.
Em
seu portfólio a empresa possui quatro produtos. Dentre esses está o Leaf,
modelo 100% elétrico que chegará ainda no primeiro semestre ao país, sendo que
as 15 primeiras unidades são para os consumidores que fizeram a pré reserva do
modelo em uma ação iniciada durante o Salão do Automóvel 2018. No total, o
primeiro lote é de 42 unidades que serão comercializados em seis capitais, São
Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Porto Alegre (RS) Curitiba (PR)
e Florianópolis (SC). Após esse primeiro lote a meta é colocar o produto à
venda de forma mais regular.
O
portfólio de ‘eletrificados’ da companhia é composto ainda por outras três
tecnologias. Uma está embarcada no modelo híbrido a combustão-elétrico da SUV
X-Trail, veículo já no mercado em sua versão a combustão apenas. E ainda, a
tecnologia E-Power, onde um motor a combustão alimenta motores elétricos em um
automóvel. A quarta é a célula combustível que utiliza etanol para gerar uma
reação química e produzir hidrogênio, porém, ainda está atrás dentre as outras.
Essa
aposta da Nissan tem como base visão de avanço dos VEs em todo o mundo, inclusive
no Brasil. Para a empresa, este será o caminho natural da evolução do mercado
no qual atua. Até porque, lembrou o presidente da empresa no Brasil, Marco
Silva, o veículo elétrico está inserido no âmbito das novas tecnologias da
transformação digital, onde a eletricidade é um dos pilares.
“O Leaf é o veículo elétrico mais vendido do mundo,
comercializamos desde o seu lançamento, em 2010, cerca de 380 mil unidades,
vemos com base nessa experiência que o seu uso é mais para o ambiente urbano no
dia a dia das pessoas que precisam de deslocar curtas distâncias”, comentou
Silva. “As tecnologias que desenvolvemos se sobrepõem. Cada um tem seu espaço
não tem esse negócio de começar com o híbrido e depois passar para o elétrico.
São produtos que irão coexistir, mas o Leaf tem um papel realmente mais
urbano”, acrescentou ele.
Nesse
sentido, a empresa destaca que o Leaf é o único veículo elétrico que tem a
capacidade de atuar como um sistema de armazenamento de energia em um sistema
de geração distribuída. Segundo dados passados pela montadora, é equipado com
uma bateria de lítio de 40 kWh de capacidade e que se estiver totalmente
carregada pode abastecer uma residência padrão por algo entre 3 a 4 dias. Com
essa característica, o modelo pode auxiliar os seus proprietários no futuro
como um ponto de fornecimento de serviços ancilares à rede de distribuição. A
aposta da companhia vem na esteira do avanço das tecnologias dentro do conceito
smart city, onde o consumidor tem um papel mais ativo no grid.
A empresa
destaca que vem fechando parcerias em diferentes áreas no país. A primeira foi
com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para estudar o que chama de
segunda vida das baterias. Nesse projeto estão esses componentes utilizados na
primeira geração do Leaf, utilizados em táxis em São Paulo, por exemplo. A meta
é estudar o comportamento desses itens após seu uso na mobilidade ao ser
aplicado em um sistema de GD. Outra parceira é com a Enel X para o carregamento
desses veículos, a subsidiária da empresa italiana estava presente ao evento
com seus dois modelos de carregadores, de parede, normalmente instalado no
mercado residencial e o modelo de abastecimento rápido onde as potências desses
equipamentos variam entre 10 a até 50 kW. A mais recente parceria, destacou o
executivo em sua apresentação, foi assinada há uma semana, com o Parque
Tecnológico de Itaipu, cuja meta é a de estudar a integração dos VEs na rede
com um modelo de carregador que pode ser específico para o Brasil e até América
Latina.
Leaf
chega à sua segunda geração como o elétrico mais vendido do planeta – 300.000
unidades nas ruas.
Aos interessados em adquirir o veículo o preço está
no mesmo patamar de quando foi anunciada a pré venda, R$ 178.400,00. Assim como
destacado pelo diretor de comunicação da empresa, Rogério Louro, a empresa
aposta no atributo de ser um veículo que promete zero emissões de poluentes.
Pesquisas de mercado apontaram que 42% das pessoas veem um carro com o apelo de
sustentabilidade como um fator decisivo. E ainda, a maioria acredita que em
2030 o VE será a realidade da indústria automotiva. No Brasil, admite a Nissan,
talvez um pouco mais tarde, mas que esse momento chegará também. (canalenergia)
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