Consultoria K2 Management
aponta interesse de fundos de investimentos e operadores de olho na expansão da
capacidade instalada no país.
O ano de 2019 deverá ser o período
de pavimentação de um caminho para a expansão das renováveis no país. No foco
está a atuação do novo governo e as medidas que deverá tomar em breve, no que é
chamado de os primeiros 100 dias. No foco, pautas como a questão do GSF, agenda
de leilões e o andamento das propostas da CP 33. O clima ainda é de otimismo,
tanto que novos investidores estrangeiros estão em busca de informações sobre o
mercado nacional de olho em projetos no mercado regulado e no livre.
De acordo com diretor
regional da K2 Management no Brasil, Herbert Nascimento, dentre as consultas
que a empresa vem registrando há private equity, bem como operadores de usinas
que têm interesse em entrar no país. As fontes que são mais atrativas são a
eólica e a solar, mas há casos de questionamento acerca de PCHs também. “Não há
uma tendência única, o interesse pela entrada no Brasil se dá por projetos
operacionais já contratados no mercado regulado, mas também por empreendimentos
greenfield”, apontou ele.
Entre os sinais que o governo
vem dando e que trazem esse otimismo ao
mercado, apontou o executivo, estão desde a própria indicação do
ministro Bento Albuquerque até o segundo e terceiro escalões do setor como a
indicação de Marisete Pereira para a secretaria executiva, Reive Barros para a
secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético e Thiago Barral para a
presidência da EPE. Em sua análise, o que se tem até o momento em termos de
novas autoridades do setor é que há uma tendência de que o governo seja o
realizador de projetos.
Energias renováveis podem ficar mais baratas que fósseis até 2020.
“Aparentemente o que vemos
até o momento é que o governo vem cumprindo a promessa de ter um perfil
técnico”, acrescentou.
Nascimento relatou que diante
do cenário que o país vem apresentando, de um governo cujo discurso é alinhado
para o liberalismo econômico e isso é positivo para a atração de investimentos.
Além disso, temas como a abertura do mercado livre vem produzindo notícias
interessantes aos olhos dos investidores. Uma dessas foi anunciada recentemente
entre a Vale e a Casa dos Ventos que fecharam acordo de longo prazo, ponto
chave para esse ambiente de contratação e que pode abrir novas frentes,
destacou.
“Estamos assessorando
investidores internacionais de grande porte interessados em entrar no mercado
brasileiro. Acredito que a tendência é de que o ano de 2019 seja melhor que
2017 e 2018, por isso estamos com uma visão de um ano bastante positivo”,
ressaltou.
As conversas que a
consultoria vem tendo com esses interessados giram no sentido de buscar bons
projetos pelo país, especialmente na região Nordeste, onde se concentra o
principal potencial de geração renovável. Aliás, o Brasil em termos potenciais
é o mercado mais atrativo em termos de capacidade de crescimento. Só perde para
Chile quando o assunto é a atratividade financeira, já que conta com algumas
limitações em termos de financiamento que não existem por lá, como a
dependência que temos junto ao BNDES, mas que começa a ser diluída com maior
presença do BNB.
Em
linhas gerais, afirmou o executivo da K2, o perfil dos interessados nos
investimentos é de grande porte que estão em busca de bons projetos,
independente de qual ambiente está inserido, no ACL ou ACR. A preferência neste
segundo é por empreendimentos operacionais que tenham os CCEARs fechados e
cujas antigas condições sejam melhores que as atuais. Mas eles vêm avaliando
ambos os caminhos, estão atrás é de projetos bons, até porque, lembrou, o país
tem uma capacidade instalada que ainda precisa ser expandida.
Fontes renováveis de energia
são consideradas matrizes alternativas inesgotáveis de energia que provocam
menos danos ao meio ambiente.
“O
que tenho trazido para os clientes é que o momento é positivo em termos de
financiamento e a perspectiva de mercado livre acaba sendo uma realidade para
os investidores em termos de longo prazo, inclusive, pois esse contrato recente
entre a mineradora e a Casa dos Ventos”, disse Nascimento. (canalenergia)
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