sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Vivo inaugura usina de biogás em Santos

Empresa de telefonia encerra o ano com 21 usinas de geração distribuída, outras 62 entrarão em operação ao longo de 2022.
Usina, instalada em uma área de 1.490 m2, junto ao aterro Terrestre Ambiental, utilizará entre 2.500 e 5.000 Nm³/h de biogás com alto teor de metano (cerca de 50%).

Vivo inaugurou em dezembro/20 em Santos, sua primeira usina de geração distribuída a biogás no estado de São Paulo. Construída em parceria com o Grupo Gera, a usina está instalada em uma área de 1.490 m2, junto ao aterro Terrestre Ambiental.

Desde 2018, o consumo de energia da companhia passou a ser 100% renovável.

Para ampliar sua geração própria a partir de renováveis, 21, das 83 usinas do programa de GD previstas para todo o Brasil, já entraram em operação em diferentes regiões do país.

Os investimentos incluem fontes solar (61% da energia total prevista no projeto da empresa), hídrica (30%) e biogás (9%).

Juntas, as usinas já abastecem 7.450 unidades consumidoras e produzem 187.289 MWh/ano. Outras 62 usinas serão implantadas pela Vivo em 2022.

A usina do aterro Terrestre Ambiental utilizará entre 2.500 e 5.000 Nm³/h (normal metro cúbico por hora) de biogás com alto teor de metano (cerca de 50% em sua composição) para a geração de energia elétrica e créditos de carbono.

Serão produzidos e injetados na rede da companhia de distribuição CPFL Piratininga 20.850 MWh/ano, energia capaz de suprir o consumo de mais de mil unidades da empresa, entre lojas, escritórios, antenas e equipamentos de transmissão.

Investimentos em renováveis

Em 2018, a companhia passou de um consumo de 26% de renováveis (obtidas no mercado livre e em GD própria) para 100% – por meio da aquisição de certificados de energia (I-RECs) de fonte eólica para os 74% restantes. Os I-RECs são certificados internacionais de renováveis (International Renewable Energy Certificates, em inglês).

Com isso, a empresa antecipou em 12 anos sua meta de consumo totalmente renovável, prevista para 2030. E reduziu em 70% as suas emissões de CO2 com relação a 2015. Desde 2019, a Vivo é também uma empresa neutra em carbono.

Na soma total, as instalações de GD da Vivo no Brasil responderão por 89% do consumo em baixa tensão, atendendo mais de 30 mil de suas unidades e produzindo aproximadamente 711 mil MWh/ano de energia –  o suficiente para o consumo de uma cidade de até 320 mil habitantes.

Em outubro deste ano, a empresa inaugurou sua primeira usina de GD a partir do biogás, no estado do Rio de Janeiro. A planta, com capacidade de geração de mais de 11 mil MWh/ano, foi instalada em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.

5G aumentará consumo de energia

As empresas de telecomunicações no Brasil estão investindo na descarbonização de suas operações. A maioria foca no fornecimento de energia limpa e eficiência, já que o consumo de energia é a principal fonte de emissão do setor.

Luciano Santos do Rego, diretor de Enterprise Business da Huawei Brasil, explica que com a chegada do 5G, a tendência para as operadoras do setor é de um aumento no consumo total de energia, podendo chegar ao dobro a depender de como será implementada.

Daí a necessidade de investir na geração própria de energia renovável, entre outras soluções para reduzir emissões de carbono.

“O grande desafio do setor de telecomunicações é fazer com que a implantação do 5G ocorra sem esse impacto do aumento do consumo de energia dentro das redes”, comenta.

Uma análise da Boston Consulting Group (BCG) aponta que o setor das TICs é agora responsável por 3 a 4% das emissões globais de CO2 — o dobro do nível do setor de aviação, por exemplo.

Na estimativa da BCG, para 2021 a utilização de dados móveis teria um crescimento global de 60% e a indústria poderia ser responsável por um recorde de 14% das emissões mundiais de CO2 até 2040. Dos quais, 90% das emissões viriam de atividades da cadeia de distribuição, como o consumo de energia. (epbr)

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