sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Diesel verde é a solução para reduzir emissões

Diesel verde é a solução para reduzir emissões, dizem transportadores.
Nem caminhões elétricos, nem a gás. Para muitos transportadores, a solução para reduzir as emissões de veículos pesados é o diesel verde. A conclusão é de uma pesquisa da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade e SAE Brasil. O estudo teve a participação da consultoria KPMG e da AutoData.

Segundo o levantamento, 49% dos entrevistados consideram o diesel verde viável. Conforme a SAE, centenas de frotistas participaram. Bem como embarcadores e motoristas autônomos. Além disso, envolveu todas as regiões do País.

O diesel verde é similar ao comum. Porém, recebe matérias-primas renováveis, com óleos e gorduras. Seja como for, ele não zera as emissões. Porém, reduz bastante a quantidade de poluentes lançados na atmosfera. Além disso, veículos de qualquer ano podem usar.

Pesquisas de campo

Em entrevista ao Estradão, o gerente-administrativo da TKE Logística, Franco Gonçalves, é a favor do produto. A empresa catarinense foca o transporte de carga lotação. Ela atua nas regiões Sul e Sudeste.

Segundo Gonçalvez, esse diesel pode se comparado com o etanol utilizado nos automóveis. “Sem contar que não precisa trocar os caminhões com motores antigos. Mesmo daqui a dez anos, nem todos vão poder ter caminhões elétricos e a gás na frota”, diz.

Segundo ele, a TKE fez estudos sobre combustíveis alternativos. E o diesel verde é o mais acessível. Conforme o executivo, ele também tem impacto rápido no meio ambiente. Além disso, a infraestrutura de abastecimento está pronta.

Presidente da Anacirema, Alberto Panzan também aponta o diesel verde como alternativa renovável. De acordo com ele, é uma excelente opção. Conforme o empresário, entre as várias vantagens está a menor necessidade de manutenção do motor.

Boa relação com o diesel fóssil

Gerente-executiva ambiental da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Erica Marcos diz que o diesel verde tem vários benefícios. Segundo ela, o produto é melhor que o convencional. Um não compromete o outro. Além disso, seu uso não danifica os motores.

Porém, ela lembra que é preciso validar a aplicação. Seja como for, a especialista confirma que não é preciso fazer mudanças no veículo. "Outra vantagem é que o combustível pode ser distribuído por meio dos dutos já existentes. Assim, não é preciso mais investimentos na rede”, diz. (biodieselbr)

Famílias beneficiadas em RO dentro do Mais Luz para Amazônia

Energisa beneficia 900 famílias em RO dentro do Mais Luz para Amazônia.
As famílias ribeirinhas e quilombolas agora têm energia limpa e sustentável em casa.

A Energisa concluiu a etapa de 2022 do programa Mais Luz Para a Amazônia, no estado de Rondônia. A iniciativa, que teve investimento de R$ 34 milhões no estado, proporcionará para 900 famílias ribeirinhas e quilombolas eletricidade em casa após a instalação de sistema de geração de energia por meio de placas solares.

Segundo a empresa, antes da chegada do Mais Luz Para a Amazônia, essas famílias não tinham acesso à eletricidade ou dependiam de geradores movidos a óleo diesel para ter energia elétrica por apenas duas horas por dia e que precisava ser transportado de barco pelos moradores até às comunidades. O Mais Luz para a Amazônia é um projeto do Governo Federal e do Ministério de Minas e Energia. Ele começou a ser executado pela Energisa em 2022 beneficiando centenas de famílias em Rondônia. Para 2023, a expectativa é que o programa continue sendo desenvolvido no estado. (canalenergia)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Iberdrola anuncia investimento de € 47 bilhões até 2025

Empresa quer promover transição energética e empregos. Brasil deverá receber mais R$ 20 bilhões em redes e renováveis.
A espanhola Iberdrola anunciou na última semana um investimento recorde de € 47 bilhões entre 2023 e 2025. De acordo com a empresa, o montante servirá para impulsionar a transição energética, o emprego e zerar as emissões. Desse total, € 27 bilhões serão investidos em redes, com o Brasil ficando com 16% do total, cerca de € 4,3 bilhões ou R$ 23,6 bilhões. Na parte de renováveis, serão € 17 bilhões, com o Brasil recebendo 4%, cerca de € 600 milhões ou R$ 3,74 bilhões. Os € 3 bilhões restantes irão para produtos verdes. No Brasil, a Iberdrola atua na geração, distribuição e transmissão sob a marca da Neoenergia, que controla as concessionárias Celpe (PE), Coelba (BA), Cosern (RN), Elektro (SP) e Brasília (DF).

O crescimento do plano está baseado em investimentos orgânicos em todos os mercados e na transação da PNM Resources, à qual serão destinados € 11 bilhões. De acordo com o CEO da Iberdrola, Ignacio Galán, a situação atual do setor é uma oportunidade para a companhia continuar contribuindo para a autossuficiência e descarbonização nos países onde está presente e por isso vai investir esse valor recorde. Os Estados Unidos serão o principal destino dos recursos, vindo em seguida o Reino Unido, com 16%. Na Espanha, os investimentos ultrapassarão os € 6 bilhões em três anos, em linha com a média dos últimos anos. Com isso, a empresa vai contribuir com o emprego de 85 mil pessoas nesse país até 2025.

Segundo Galán, o pano é contratar cerca de 12 mil pessoas nos próximos três anos e até 2030, sustentar mais de 500 mil empregos em todo o mundo na cadeia de suprimentos. Do investimento em redes, 70% irão para distribuição e 30% para transmissão. Já do montante para renováveis, 46% vão para a fonte eólica offshore.

Iberdrola

Ainda de acordo com a Iberdrola, 85% dos investimentos orgânicos na área de redes estão praticamente garantidos, desde que em empreendimentos com taxas já fechadas ou com negociações avançadas e condições conhecidas. Cerca de 20% dos investimentos em projetos de transmissão irão para o Reino Unido, Estados Unidos e Brasil. Dos 46% que serão destinados à energia eólica offshore, os projetos serão alocados na França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos. Nas demais fontes de geração, a eólica onshore ficará com 25% do investimento, a fotovoltaica com 24%, a hidráulica 2% e as baterias 3%.

Os investimentos deverão levar a Iberdrola a aumentar sua capacidade instalada renovável em 12,1 GW, sendo 3,1 GW em eólicas onshore, 6,3 em solar offshore, 1,8 GW em eólicas offshore, 700 MW de baterias e 200 MW de hidrelétricas, chegando a 52 GW em 2025. Para este ano, a previsão é de chegar em 40 GW. Da nova capacidade, metade já está assegurada e cerca de 95% e cerca de 95% da produção será contratada até 2025. (canalenergia)

Leoparda Electric recebe aporte de US$ 8 milhões

Leoparda Electric recebe aporte de mais de US$ 8 milhões e aposta nas motocicletas elétricas.

Companhia espera chegar até US$ 1 milhão de receita anual no seu primeiro ano.

Leoparda Electric recebe US$ 8,5 milhões para operar na região.

Startup terá serviço de assinatura para troca de bateria de motos elétricas.
A startup Leoparda Electric anuncia o recebimento de aporte de US$ 8,5 milhões que destinará à contratação de profissionais, desenvolvimento de software próprio e início de operação piloto no Brasil, a partir de São Paulo, que visa oferecer um serviço para consumidores de motos elétricas que envolvem a troca de baterias descarregadas por outras carregadas.

Fundada por Jack Sarvary (foto acima) e Billy Blaustein (abaixo), a empresa vai operar a partir de uma rede de estações para as referidas trocas, oferecendo, segundo comunicado divulgado em 13/09/22, um baixo custo de assinatura mensal.

“As motocicletas elétricas não foram amplamente utilizadas na América Latina até hoje porque são caras e têm autonomia limitada”, afirma Sarvary, cofundador e CEO. “Usar um veículo desses hoje significaria que muitos usuários teriam que parar por aproximadamente 5 horas no meio do dia para recarregar, o que torna o modelo inviável para o trabalho”, acrescente o executivo, explicando que a intenção é justamente garantir que o veículo nunca fique parado.

Segundo Sarvary, os clientes poderão comprar a moto elétrica sem a bateria, ou seja, em valor menor do que uma tradicional. “Tudo isso significa que os trabalhadores vão poder reduzir seus gastos mensais em mais de 50%. Trocas ilimitadas de baterias recarregáveis e toda a manutenção estão incluídas para o usuário na assinatura mensal”.

O primeiro aporte obtido pela Leoparda Electric foi coliderado pela Monashees, gestora de capital de risco no Brasil, e pela Construct Capital, fundo norte-americano especializado em hardware e mobilidade.

A empresa informa que Marcelo Claure, que lançou o Softbank na América Latina, também investiu por meio da Claure Capital. Entre outros investidores estão a Auteco, principal importador de motos da Colômbia, K50 Ventures, Climate Capital, e executivos de companhias como Rappi, Tesla, Uber e Kavak, Kovi, entre outras.

Os executivos da Leoparda Electric destacam que o fato de a operação ser iniciada pela América Latina, com sede inicial em São Paulo, não é por acaso. São cerca de 50 milhões de motocicletas em circulação na região, das quais a maior parte rodam no Brasil. Do total, apenas 1% contempla modelos elétricos. (autoindustria)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Venda de veículos elétricos crescerá 51% em 2022

Venda de veículos elétricos deve crescer 51% em 2022, diz BNEF.
Do total de veículos comercializados no 1º semestre/2022, mais de 13% foram de modelos elétricos, subindo de 8,7% em todo o ano de 2021.

A adoção de veículos classificados como de emissão zero acelerou no ano passado em quase todos os mercados e segmentos. Um levantamento feito pela BloombergNEF (BNEF), o ZEV Factbook (disponível para download, em inglês)  concluiu que o impulso global em direção ao transporte rodoviário nessa categoria continua crescendo. As vendas de veículos elétricos de passageiros seguem a caminho de mais de 10 milhões de unidades, acima dos 6,6 milhões em 2021, se esses números se confirmarem, representará um crescimento de 51,5%.

De acordo com o relatório, mais de 13% das vendas de carros novos globalmente no primeiro semestre de 2022 foi elétrico, subindo de 8,7% em todo o ano de 2021. A capacidade de fabricação de baterias de íons de lítio também aumentou 38% desde 2021 e os gastos gerais com transporte rodoviário limpo em todo o mundo devem ultrapassar US$ 450 bilhões este ano.

A BNEF aponta que a adoção de veículos de emissão zero já reduziu o consumo de petróleo e as emissões de dióxido de carbono. E ainda espera que veículos elétricos de todos os tipos – incluindo carros, ônibus, motocicletas, scooters, vans e caminhões – evitem o uso de quase 1,7 milhão de barris de petróleo por dia em 2022, contra 1,5 milhão de barris por dia em 2021. A maior contribuição é a vinda da grande frota de veículos elétricos de duas e três rodas na Ásia.

Mas o relatório alerta para o fato de que o progresso em novos compromissos com ZEVs (veículos de emissão zero, na sigla em inglês) de montadoras e governos diminuiu no ano passado. As metas nacionais de ZEV e as metas de eliminação do motor de combustão interna (ICE) cobrem quase 41% do mercado global de veículos de passageiros até 2035, semelhante a um ano atrás. As montadoras com metas de eliminação do ICE em 2035 respondem por 23% do mercado, um ligeiro aumento em relação aos 19% do ano anterior. Isso aumenta para 30% se as metas das montadoras para 2040 forem incluídas.

O relatório conclui que os governos nacionais, regionais e locais devem continuar a aumentar a ambição e implementar políticas estáveis ​​e de longo prazo que induzam o crescimento do transporte de emissão zero e gerenciem a eliminação progressiva de veículos poluentes. (canalenergia)

Fonte nuclear também lida com desafios

Com boas perspectivas, fonte nuclear também lida com desafios.

Inserção de novas plantas, retomada de Angra 3 e SMR agitam setor.
Após anos de muitas indefinições, a fonte nuclear projeta boas perspectivas para os próximos anos. Na última quarta-feira, 16 de novembro, durante o Nuclear Legacy, o presidente da Associação Brasileira para a Atividade Nuclear saudou que as ferramentas do planejamento, como o Plano Nacional de Expansão e o Plano Nacional de Energia contemplem novas plantas e a adição de 8 GW a 10 GW.

Outro ponto comemorado foi a retomada na última sexta-feira, 11, do canteiro de obras da Usina Nuclear de Angra 3 ( RJ – 1.500 MW). As obras estavam paralisadas desde 2015, quando foram interrompidas por falta de recursos do Governo Federal. Outro assunto que levantou boas previsões foram os Pequenos Reatores Modulares ou Small Modular Reactors (SMRs) que podem ditar novos rumos para a expansão da fonte. O presidente da Abdan também salientou a necessidade da mina de Santa Quitéria sair do papel e ser mais uma fonte de combustivel. A mina de urânio e fosfato é uma parceria entre as Indústrias Nucleares do Brasil e a Galvani – Fosnor Fertilizantes Fosfatados do Norte-Nordeste S, mas que ainda passa por processo de licenciamento. A parceria visa explorar o urânio e o fosfato, encontrados de forma associada na jazida de Itataia, na cidade de Santa Quitéria.

No evento, o ex-presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, chamou a atenção para a central nuclear ucraniana de Zaporizhia. Durante a invasão da Rússia ao país, o comando das tropas invasoras chegou a entrar na central, que traz apreensão. Segundo Guimarães, caso aconteça algum tipo de incidente na usina, refletirá nos projetos em implantação e no movimento de descarbonização.

Ainda de acordo com ele, será uma grande tarefa caso a fonte consiga manter o atual percentual de participação na matriz, de cerca de 2%. Um aumento desse percentual dependerá da aceitação pública da energia nuclear. Com as novas adições planejadas e as boas perspectivas, o valor pode crescer subir para 5% ou 8%. Para o executivo, o Brasil não será como a França, que tem parte expressiva da sua matriz formada pela nuclear por uma decisão de segurança energética.

Para o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, discutir a entrada do capital privado na energia nuclear será um tema que deverá ser visitado pelo governo que assume a partir de 2023. Para ele, um dos indicados a atuar na equipe de transição do governo, os projetos nucleares prescindem de não serem interrompidos pela falta de investimentos, o que acaba impactando na visão do planejador. “temos que ver qual a melhor combinação para garantir que uma vez lançado o projeto ele não seja paralisado”, avisa.

Enumerando uma série de vantagens da fonte, Tolmasquim citou no painel alguns entraves que as usinas nucleares enfrentam, como o tempo de construção, que acaba se tornando crítico para o planejador; como inseri-las na base, lidando com as fontes intermitentes e o preço do megawatt/hora, que é bem superior ao das outras fontes.

Os SMRs também foram lembrados por ele como algo disruptivos, mas que ainda precisa ser mais estudado. Com essa nova tecnologia, o Brasil não partiria do zero, usando o conhecimento que adquiriu com a Central Nuclear de Angra. (canalenergia)

sábado, 24 de dezembro de 2022

UEL estudará medidas de eficiência em reserva indígena

Terra indígena Apucaraninha é formada por cinco aldeias, tem cerca de dois mil habitantes e 400 unidades consumidoras.

Estudantes, professores e pesquisadores de várias áreas da Universidade Estadual de Londrina participam de oficinas formativas do projeto de extensão que trata da relação do povo habitante da terra indígena Apucaraninha com o território e a energia elétrica. A iniciativa tem o objetivo de identificar hábitos de uso de equipamentos eletroeletrônicos e orientar medidas de eficiência energética aos cerca de dois mil indígenas da reserva.

A proposta é fazer um diagnóstico energético no local, onde existem aproximadamente 400 unidades consumidoras, distribuídas em cerca de 80 hectares. A terra indígena é formada pelas aldeias Sede, Água Branca, Serrinha e Barreiro. As oficinas começaram em outubro. Nas primeiras palestras, participaram nomes como o do antropólogo Eduardo Tardeli e da doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UEL, Gilza Pereira Kaingang.

Segundo a coordenadora Juliani Piai, professora do Departamento de Engenharia Elétrica, a proposta partiu de uma demanda dos próprios indígenas por meio da Assistência Social da Prefeitura de Londrina e de docentes do curso de Serviço Social da UEL. Alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que integram a Agenda 2030, os participantes do projeto pretendem promover eficiência energética e segurança nas instalações elétricas, além de incentivar a sustentabilidade do território e a redução das desigualdades.

O projeto selecionou estudantes das áreas de Geografia, Engenharia Elétrica e Serviço Social da UEL. Estudantes Kaingangs da Terra Indígena foram convidados a integrar o projeto e até o momento quatro deles estão participando das atividades. Também são parceiros da iniciativa a Copel e a Universidade Federal da Grande Dourados. A reserva tem em seu interior a PCH Salto Apucaraninha, com capacidade instalada de 10 MW. (canalenergia)

IHA adere a duas alianças globais para energia renovável

Anúncio foi formalizado durante o dia da Energia na COP 27.

O setor hidrelétrico sustentável está no centro de duas novas iniciativas que visam acelerar a transição para energia limpa, ambas anunciadas em 15/11/22, na COP27. A IHA, entidade sem fins lucrativos que trata da do desenvolvimento sustentável da fonte hídrica uniu-se à Planning for Climate Commission e à Aliança Global das Renováveis.

Essa primeira organização é um novo fórum global focado em acelerar o planejamento e as aprovações para a implantação massiva de energia hidrelétrica sustentável, outras fontes renováveis ​​e hidrogênio verde, necessários para enfrentar as mudanças climáticas e a segurança energética.

De acordo com o comunicado emitido pela entidade, serão necessários 10,8 TW de capacidade renovável instalada até 2030 para manter a meta de 1,5°C dentro do alcance. E ainda, alcançar a produção de 100 milhões de toneladas de hidrogênio verde. Para substituir o hidrogênio fóssil e descarbonizar tanto a produção de alimentos quanto a indústria pesada até 2030 são necessários 800 GW de energia renovável.

A comissão à qual aderiu reúne diversas entidades, entre elas a Green Hydrogen Organisation, International Hydropower Association, Global Wind Energy Council, Global Solar Council e Long Duration Energy Storage Council. A comissão elaborará um conjunto de recomendações até meados de 2023 e espera-se apresentar suas conclusões à Assembleia Geral da ONU em setembro/2023.

Já a segunda entidade reúne as principais organizações do setor sobre mudanças climáticas. A aliança também visa posicionar a energia renovável como um pilar do desenvolvimento sustentável e do crescimento econômico, particularmente no hemisfério Sul.

Nova Aliança

Organizações industriais globais que representam as indústrias de energia eólica, solar, hidrelétrica, hidrogênio verde, armazenamento de energia de longa duração e energia geotérmica uniram forças oficialmente sob uma Aliança Global de Renováveis, com a assinatura de um Memorando de Entendimento na COP27.

Essa entidade reúne tecnologias com a meta de garantir a transição energética acelerada, que as metas sejam cumpridas e que haja coordenação entre as ações. E ainda, visa posicionar a energia renovável como um pilar do desenvolvimento sustentável e do crescimento econômico, particularmente no sul global. (canalenergia)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Projetos hidrelétricos são riscos para clima e direitos humanos

Novas barragens e projetos hidrelétricos são risco para clima e direitos humanos.
Barragens e projetos hidrelétricos criam grandes perdas e danos, incluindo a produção de quantidades significativas de metano, perda de biodiversidade e deslocamento de comunidades.

Em um mundo em aquecimento, secas e inundações tornam a energia hidrelétrica uma opção de energia não confiável e um perigo crescente para as comunidades a jusante. Uma mudança urgente para longe de falsas soluções que prejudicam as pessoas e os ecossistemas é essencial.

Uma coalizão global de direitos humanos e rios na Conferência de Mudanças Climáticas (COP27) das Nações Unidas (ONU) convocou os governos a evitar a inclusão de novos grandes projetos hidrelétricos em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e financiadores para evitar o financiamento de projetos devido aos riscos climáticos e de direitos humanos associados à energia hidrelétrica.

A Rivers for Climate Coalition, um esforço coletivo de grupos ambientalistas, indígenas e de direitos humanos, apontou para as imensas perdas e danos sofridos por mais de meio bilhão de pessoas impactadas e deslocadas por hidrelétricas, especialmente os povos indígenas. Eles também destacaram os múltiplos estudos recentes mostrando que as emissões, especialmente de metano, em usinas hidrelétricas são muito maiores do que se pensava anteriormente. Em alguns casos, as barragens hidrelétricas emitem duas vezes mais carbono do que armazenam.

Um estudo de 2018 mostrou 14 barragens na bacia do rio Mekong liberam mais emissões de carbono do que as usinas movidas a combustíveis fósseis, com os pesquisadores determinando que “a energia hidrelétrica na região do Mekong não pode ser considerada categoricamente como energia de baixa emissão”. Outro estudo no ano passado descobriu que a energia hidrelétrica na bacia do rio Amazonas e nos trópicos têm emissões significativas de gases de efeito estufa. Isso é especialmente preocupante, pois a maioria das novas hidrelétricas planejadas está em áreas tropicais.

Nos preparativos para a reunião do clima do ano passado, as agências da ONU alertaram urgentemente o mundo sobre os perigos e a oportunidade de reduzir as emissões de metano – um gás de efeito estufa mais de 80 vezes mais potente que o dióxido de carbono para reter o calor na atmosfera.

A hidrelétrica de Belo Monte, localizada no Pará, é o terceiro maior projeto desse tipo no mundo. O empreendimento destruiu comunidades e modos de vida tradicionais, alagou um terço da cidade de Altamira e danificou o ecossistema aquático do Xingu, que tem espécies endêmicas de peixes e tartarugas.

“Aplaudimos o mais recente esforço global para combater as emissões de metano anunciado na COP27 na semana passada, mas a maioria dos países ainda não mede as emissões hidrelétricas para incluir em seus cálculos. Quando medidas, as emissões de metano dos reservatórios são significativas e muito maiores do que o esperado. Este é um grande problema quando a energia hidrelétrica está sendo falsamente comercializada como “limpa”, “verde” ou “livre de emissão de carbono”. Essa narrativa deve ser contestada e dados precisos devem ser fornecidos para que os tomadores de decisão possam fazer os melhores investimentos para reduzir emissões e danos. Ao não usar informações precisas, estamos aquecendo o mundo ainda mais rápido com essas falsas soluções”, disse a coalizão.

No ano passado, uma coalizão de mais de 350 organizações de 78 países entregou uma declaração à UNFCCC exigindo que a energia hidrelétrica fosse excluída dos mecanismos de financiamento climático da ONU. Os grupos, representando a sociedade civil, comunidades indígenas e cientistas, alertaram que os escassos dólares climáticos poderiam ser desperdiçados se o plano de implementação do Acordo de Paris renovasse esquemas anteriores de comércio de carbono que incentivavam grandes barragens.

Além de suas emissões problemáticas, as barragens hidrelétricas se tornam arriscadas e não fornecem energia confiável devido às mudanças climáticas. Este ano, o mundo viu secas sem precedentes na China, Europa, Estados Unidos, Brasil e África. A produção hidrelétrica caiu drasticamente e causou paralisações econômicas. Em países excessivamente dependentes de energia hidrelétrica, como a China, isso causou um retrocesso para os combustíveis fósseis, em vez de avançar para alternativas melhores e mais limpas, como produção de energia eólica, solar e centrada na comunidade. Outro estudo mostrou como as barragens causaram mudanças sem precedentes nos rios do mundo, agravando a crise da biodiversidade.

No próximo mês, os líderes mundiais se reunirão em Montreal para discutir e chegar a um acordo sobre a estrutura global de biodiversidade. Como muitos já perceberam, a perda da biodiversidade e as mudanças climáticas são dois lados da mesma moeda. Perda de espécies, justiça hídrica, direitos indígenas e objetivos e soluções climáticas devem ser interligados e enfrentados juntos para que o mundo tenha sucesso em seus objetivos para um planeta habitável.

Novos grandes projetos hidrelétricos não têm lugar nos planos de transição energética em um mundo que trabalha para lidar com mudanças climáticas catastróficas, direitos humanos, acesso à água limpa e perda em massa de biodiversidade. Não temos tempo a perder com falsas soluções.

Em azul escuro – barragens construídas dentro de áreas protegidas que já existiam, em azul claro – novas barragens propostas em áreas protegidas, em rosa – barragens construídas antes da criação de áreas protegidas, em verde claro – áreas protegidas.

Citações de participantes da coalizão:

“A COP27 deste ano se concentra em perdas e danos por um motivo. As empresas de combustíveis fósseis criaram grandes estragos para os mais vulneráveis do mundo, mas as barragens estão logo atrás”, disse Osvaldo Durán-Castro, da Fecon e Latin America Rivers Network , uma organização que trabalha em defesa ambiental e justiça social na Costa Rica e em toda a América Latina. “Entre 40-80 milhões de pessoas foram deslocadas por barragens hidrelétricas. As barragens são falsas soluções para a crise climática – são caras, destrutivas e roubam o pouco tempo que nos resta para fazer as profundas mudanças sociais e econômicas que este momento sem precedentes exige.”

“Antes que os governos comprometam recursos públicos para a promoção e desenvolvimento de um novo hidrogênio verde ou qualquer outra “tecnologia climática proposta”, toda a gama de impactos sociais e ambientais deve ser examinada. Quando isso é feito, fica claro que qualquer esquema de hidrogênio verde que inclua hidroenergia para hidrogênio causará mais perdas e danos. Isso inclui a barragem de Inga proposta no rio Congo, na RDC, que causará danos a mais de 40.000 pessoas, embora não forneça energia local para elas. Os danos causados às pessoas, aos peixes e à biodiversidade mostram que isso não é hidrogênio “verde” ou energia limpa”, disse Emmanuel Musuyu, secretário executivo da Coalition des Organizations de la Société Civile pour le Suivi des Réformes et de l’Action Publique (CORAP)

“A ONU continua a reconhecer as hidrelétricas como energia limpa, dando aos países e investidores luz verde para financiar esses projetos destrutivos em países em desenvolvimento, onde ainda temos florestas nativas e áreas de alta biodiversidade intactas. Isso permite que países e empresas hidrelétricas afirmem que estão reduzindo as emissões de carbono, mas, na verdade, estão ajudando a destruir nossas florestas, rios e a expulsar os povos indígenas de seus territórios. Essa lavagem verde flagrante continua um legado de perdas e danos”, disse Nicole Cuqui, da comunidade indígena San José de Uchupiamonas, na Amazônia boliviana.. “Os financiadores e os investimentos dos países precisam se afastar dos combustíveis fósseis e tecnologias ultrapassadas, como barragens hidrelétricas que destroem ecossistemas e prejudicam comunidades, territórios e direitos indígenas.”

Danielle Frank de Ríos to Rivers e líder jovem da tribo Hupa na bacia do rio Klamath disse: “A resistência indígena às barragens tem sido constante. Sabemos desde o início que cortar o fluxo dos rios destrói não apenas os peixes e o ecossistema, mas também as pessoas que dependem dessas fontes de alimento e das conexões culturais que os rios fornecem. As culturas cresceram nos rios – sem rios, não existiríamos. Nosso povo já sofreu o suficiente para o lucro de outros”.

A inundação de áreas de floresta por conta da criação de hidrelétricas em áreas tropicais não apenas causa impactos para a biodiversidade local, mas também provoca a emissão de metano um gás altamente potente para a geração do efeito estufa. Na imagem lago criado no Rio Xingu.

“As hidrelétricas alteram e destroem significativamente os processos essenciais e os benefícios que os rios fornecem. Apenas cerca de um terço dos rios mais longos do mundo permanecem com fluxo livre, e apenas 17% dos rios em todo o mundo têm fluxo livre e estão dentro de áreas protegidas”, disse Chris Wilke, gerente global de defesa da Waterkeeper Alliance. “Não temos tempo a perder protegendo e restaurando rios que sustentam a vida para a migração de peixes, subsistência da comunidade e soberania alimentar, bem como a imensa biodiversidade de água doce que eles sustentam”.

“Juntamente com os povos ribeirinhos da RDC, são especialmente as mulheres que enfrentam desafios constantes devido aos crescentes impactos das mudanças climáticas que afetam sua água, solo e vidas. Eles estão vivendo com as consequências desastrosas de grandes barragens hidrelétricas como Inga 1 e Inga 2. Este novo projeto de barragem hidrelétrica de Inga proposto causará deslocamento adicional e não beneficiará os congoleses, mas exportará o chamado hidrogênio “verde” para a Europa, continuando o história de perdas e danos para o sul global do norte global”, diz Mignonne Mbombo, coordenadora da Femmes Solidaire (FESO) na República Democrática do Congo (RDC)

“Em um mundo em aquecimento, lutando contra a escassez de água, justiça climática e confiabilidade e acesso à energia, é imoral usar ecossistemas de água doce, os mais ameaçados e degradados do mundo, para opções de energia mal concebidas, como grandes hidrelétricas, quando a energia é melhor e mais eficaz. fontes existem,” disse Siziwe Mota, Diretor do Programa Africano para Rios Internacionais.

“Considerando os efeitos negativos e potencialmente catastróficos que o aquecimento global e a mudança nos padrões de precipitação têm sobre a eficácia e a segurança das usinas hidrelétricas, deve ficar claro que a construção de mais barragens não é o caminho a seguir para mitigar as mudanças climáticas. Nos últimos anos, muitos países que dependem fortemente da energia hidrelétrica para seu abastecimento de energia sofreram com a escassez de energia devido a secas ou fortes chuvas que danificaram o maquinário das usinas hidrelétricas”, diz Thilo Papacek, Diretor de Projetos da GegenStrömung.

“Em 2024, quatro das seis barragens da bacia do rio Klamath serão removidas após uma luta que durou mais do que algumas vidas dos povos indígenas que lutam pela revitalização das terras e da cultura que essas barragens estão destruindo. Este será o maior projeto de remoção de barragem da história, e as pessoas que passaram a vida defendendo essas águas estão contando os dias. Embora a luta judicial pela remoção tenha começado em 2002 após uma das maiores mortandades de peixes da história desta bacia hidrográfica, a luta pela água potável e pelo direito aos recursos culturais fornecidos por esses rios vem desde o início da colonização. A remoção dessas represas nos dá esperança de um futuro com energia limpa que é realmente sustentável”, diz Brook Thompson, membro da tribo Yurok e Karuk.

“À medida que o mundo luta com a crise climática e da biodiversidade, é encorajador saber que simplesmente deixar os rios fluir livremente é uma solução significativa.” – Weston Boyles, Diretor Executivo da Ríos to Rivers.

Para 77% dos brasileiros, proteger o meio ambiente é urgente e para o bem de nosso planeta, não pode esperar mais, é prá já!!!

Assista ao evento paralelo da COP27: https://youtu.be/1VRRI-uHZh0. (ecodebate)

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Aumento inundação ameaça a segurança das barragens

Aumentos dos eventos de inundação ameaçam a segurança das barragens.
A capacidade de inundação das barragens pode estar em maior risco de ser excedida devido à modelagem desatualizada para a precipitação máxima potencial, de acordo com pesquisa financiada pela indústria pela UNSW e pela Universidade de Melbourne.

O estudo, a ser publicado na Water Resources Research, conclui que o modelo de chuva que os engenheiros usam para ajudar a projetar infraestrutura crítica, como grandes barragens e usinas nucleares, precisa ser atualizado para levar em conta as mudanças climáticas.

O documento calcula que as estimativas da ‘Probable Maximum Precipitation’ (PMP) – a maior precipitação de chuva possível – para 546 grandes barragens em toda a Austrália devem aumentar entre 14% e 38% em média devido à umidade atmosférica.

Os pesquisadores dizem que os modelos existentes de PMP não são atualizados há pelo menos 20 anos, e eventos meteorológicos mais recentes já mostram que o clima está aquecendo e tornando as tempestades mais intensas e frequentes.

O autor principal Johan Visser, do Laboratório de Pesquisa de Água da UNSW Sydney, disse que há muitos riscos envolvidos com as barragens, dada a quantidade de água que elas estão retendo.

“Algumas das piores inundações em todo o mundo foram causadas por tempestades extremas que atingiram uma barragem, fazendo com que ela se rompesse e liberasse uma parede de água a jusante”, disse Visser.

“Os engenheiros projetam barragens para acomodar o maior evento de inundação que poderia razoavelmente ocorrer em um determinado local, conhecido como Probable Maximum Flood (PMF)”. Para resolver isso, primeiro você precisa calcular qual é a maior intensidade de chuva meteorologicamente possível sobre aquela área em um determinado período de tempo, o que chamamos de PMP. O problema é que o cálculo do PMP é baseado apenas em dados históricos sem considerar as condições climáticas futuras. Isso significa que muitas grandes barragens construídas décadas atrás foram projetadas usando informações representativas de um clima mais frio.

“O objetivo desta pesquisa foi analisar se as estimativas de PMP mudaram nas últimas seis décadas e como essas estimativas podem mudar no futuro se levarmos em consideração um aumento potencial na umidade atmosférica devido a mudanças climáticas conhecidas.”

As diretrizes atuais do PMP para vários prazos e locais em toda a Austrália são compiladas e publicadas pelo Bureau of Meteorology.

O professor Rory Nathan, principal colaborador da Universidade de Melbourne, disse: “Nenhum país do mundo ainda atualizou os procedimentos operacionais usados para estimar os PMPs para explicar as mudanças climáticas, e esta pesquisa fornece a primeira evidência de que esses procedimentos precisam ser revisados”.

“Qualquer aumento nas estimativas do PMP levará a um correspondente no PMF, mas levará algum tempo para descobrir a melhor maneira de usar essas descobertas para melhor informar a tomada de decisões futuras”. Existem profundas incertezas envolvidas na avaliação dos impactos das mudanças climáticas e esta pesquisa reforça a necessidade de considerar abordagens de gestão adaptativa para que possamos alocar recursos progressivamente ao longo do tempo à medida que nossa compreensão desses riscos crescentes melhora.

“Estamos enfrentando uma crise climática e esta pesquisa aumenta a urgência com que precisamos reduzir nossas emissões de carbono.”

A nova pesquisa, que foi financiada por 10 dos principais fornecedores de água da Austrália e proprietários de barragens de toda a Austrália, reanalisou os registros meteorológicos existentes, adicionou dados mais atualizados dos últimos 20 anos que não foram incluídos anteriormente e, em seguida, calculou o potencial mudanças no futuro, incorporando a mais recente modelagem de cenários climáticos do altamente respeitado Projeto de Intercomparação de Modelos Acoplados Fase 6. Esses modelos climáticos são usado para explorar como uma série de escolhas socioeconômicas globais ao longo do próximo século afetarão as emissões de gases de efeito estufa.

Os pesquisadores dizem que mostraram que o método atual de cálculo do PMP provavelmente está desatualizado e não leva em consideração as consequências potenciais das mudanças atuais nas condições atmosféricas, muito menos as previstas no futuro.

O professor da UNSW, Ashish Sharma, autor correspondente do artigo, disse: “Esta é uma pesquisa importante, não apenas para a Austrália, mas também em todo o mundo. A abordagem do PMP é desenvolvida e recomendada pela Organização Meteorológica Mundial e é usada de forma mais ou menos consistente por países ao redor do globo. Qualquer pessoa que esteja planejando construir uma grande barragem precisa pensar 50 a 100 anos à frente, e esta pesquisa deixa claro que o planejamento futuro agora precisa considerar os impactos futuros das mudanças climáticas no limite superior plausível dos extremos de chuva”. (ecodebate)

Triciclo elétrico com 60 km de autonomia custa R$ 1.200

Triciclo elétrico com 60 km de autonomia chega ao mercado por menos de R$ 1.200.00.

A adoção dos veículos elétricos também passa pelo esforço de empresas menos conhecidas que brigam por mais espaço no mercado. Uma delas é a Zeway, que espera se consolidar em categorias bastante movimentadas, a de scooters e ciclomotores elétricos (veículos de duas ou três rodas que atingem até 50 km/h de velocidade máxima).

A empresa firmou uma parceria com estabelecimentos comerciais em Paris e regiões vizinhas a capital francesa para oferecer uma rede com 40 estações de recarga. Agora, a novidade da vez é um triciclo elétrico, o SwapperTriango+.

Esse tipo de veículo, mais fácil e estável de guiar do que as motocicletas, está se tornando bem popular na França. Com um motor elétrico de 5 kW, a potência do triciclo é equivalente a 125 cilindradas. Sua velocidade máxima é de 80 km/h.

O triciclo possui três modos de condução: eco, standard e sport.

Pode parecer pouco, porém, é mais que o suficiente para deslocamentos diários na cidade. Já a autonomia, segundo a fabricante, é de 60 km por carga.

Um diferencial é que as duas baterias são removíveis e podem ser trocadas por outras unidades já carregadas nos terminais de carregamento. Na prática, isso significa que dificilmente será preciso esperar até o triciclo carregar, basta pegar outra bateria e sair andando.

Isso é possível graças a decisão da marca de usar o mesmo tipo de bateria em toda a sua linha de veículos.

Assista ao vídeo e veja como o processo funciona no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=ldMCeWyurLA

Com rodas de 14″, freio CBS, que combina a atuação simultânea dos freios dianteiro e traseiro, o triciclo pesa 106 kg e possui até marcha à ré, um recurso bem útil na hora de estacionar.

Por fim, o segredo do preço está na forma como a empresa escolheu disponibilizar o produto. O SwapperTriango+ será vendido apenas por assinatura, que sai por €205 mensais (cerca de R$ 1.120 sem impostos).

Por esse valor, o condutor pode rodar com quilometragem ilimitada, tem direito a seguro, acesso aos pontos de recarga e a troca das baterias. (olhardigital)

domingo, 18 de dezembro de 2022

As tendências de eficiência energética na indústria para 2022

As discussões relacionadas à transição energética estão tomando mais espaço atualmente. Entre os principais fatores para isso estão as agressões ao meio ambiente, causadas pela geração não sustentável que causam uma série de danos ao nosso planeta, como o aquecimento global e o dano à fauna e à flora das regiões exploradas.

Por isso, além do investimento em fontes de geração sustentáveis, a eficiência energética pode trazer diversos benefícios não só para a natureza, mas também para as empresas, trazendo otimização de custos e processos, melhor aproveitamento de recursos, análise de dados detalhados e inovações tecnológicas.

Por que investir em eficiência energética?

Um dos principais fatores é o retorno econômico que se é gerado com a economia e com a otimização dos recursos e dos processos. Além disso, o desempenho do maquinário é aperfeiçoado, fazendo com que trabalhem apenas o necessário no momento demandado.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 70% das indústrias apresentaram um impacto negativo e as outras 30% tiveram o seu trabalho interrompido no período da pandemia da COVID-19. Porém, embora o cenário econômico mundial esteja se restabelecendo, as tecnologias associadas à indústria (ou então, chamadas de Indústrias 4.0) se mantiveram em alta e a projeção é que aumentem ainda mais nos próximos anos.

Isso deixa claro que a indústria ainda se mantém competitiva, pois quanto mais o uso de novas tecnologias avançar, melhor será o seu produto final para os consumidores e o lucro para as empresas.

Em 2022, já é possível observar alguns fatores se tornando tendência no mercado de eficiência energética e vamos falar sobre alguns deles a seguir. Confira:

Automação industrial

A automação industrial está cada vez mais presente, sempre com o propósito de entregar melhor os processos e economizar recursos. Com isso, é possível definir o quanto uma máquina consome em determinado período, por exemplo, fazendo com que ela consuma somente a energia necessária para desempenhar a sua função no período demandado, fazendo que em outros períodos de menos esforço ou ociosidade, ela consuma menos ou nenhuma energia.

Além disso, por meio de um sistema integrado, é possível coletar e analisar dados específicos de consumo e produção, facilitando a tomada de decisão e otimização de processos.

Os benefícios vão desde a redução de custos, que consequentemente levam a uma margem de lucro maior, até o aumento da produtividade industrial e pessoal, pois é possível produzir mais com menos esforço.

Controle e gerenciamento operacional unificado

Um Centro de Controle Operacional (CCO), por exemplo, é uma opção econômica e eficaz para a indústria, pois com esse tipo de infraestrutura é possível fazer o monitoramento e gerenciamento de toda a planta operacional, inclusive a distância, por meio de comandos integrados, sistemas de áudio e vídeo, redes e iluminação, e até equipamentos, como celular e rádio. Além disso, é possível realizar a captura de dados operacionais para análises de eficiência e performance.

Conheça o CCO da Ecogen: https://youtu.be/UsBz1uoA9wc.

Ter um Centro de Controle Operacional pode se tornar um diferencial competitivo no mercado em relação à gestão e à otimização das operações.

Fontes alternativas de energia eficiente

Com a crise hídrica dos últimos anos, percebemos os impactos negativos que isso causa na geração de energia do país, já que mais de 60% da nossa matriz energética está concentrada nas hidrelétricas. Além disso, o setor industrial é o que mais consome energia elétrica no Brasil, pois nossa indústria responde por mais de 30% do consumo final de energia e quase 40% da eletricidade consumida no país.

Isso acontece porque os equipamentos utilizados durante a operação industrial, como motores, bombas e compressores, impactam na demanda de energia e nos requisitos do sistema elétrico. Uma pesquisa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), realizada em 2018, apontou que as indústrias podem reduzir em cerca de 11,1% o consumo energético térmico e 9,8% o consumo de eletricidade, com ações de eficiência energética.

Sendo o principal consumidor, fica evidente a importância de o setor analisar e adotar medidas para garantir a eficiência energética em suas operações e, consequentemente, contribuir com a transição energética.

O investimento em fontes alternativas e renováveis, além de outras opções sustentáveis, tiveram um aumento considerável nestes últimos 2 anos. Segundo o estudo Energy Investment Trends 2022, realizado pela BloombergNEF, o Brasil hoje é o 9º país que mais investe em transição energética. O ranking é liderado pela China, Estados Unidos e Alemanha10.

Cibersegurança

Segurança nunca é demais. E levando em consideração que os ataques hackers estão ficando cada vez mais frequentes, a indústria prevê o aumento de investimento em cibersegurança, visto que a maioria dos sistemas estão cada vez mais interligados via internet.

Para se ter uma ideia, segundo levantamento global da consultoria Accenture, os ataques virtuais a empresas cresceram 31% em 2021. A pesquisa mostra ainda que mais da metade das empresas atacadas (55%) não possuem ações de combate a ataques cibernéticos de forma efetiva, sendo que 80% das ocorrências registradas poderiam ter sido evitadas com ações simples de defesa. Vale destacar também que, segundo o relatório, 8% das empresas são do ramo de óleo e gás.

Por isso, devemos notar certo aumento no investimento em tecnologias de qualidade, que realmente defendam o espaço cibernético das empresas neste ano.

Coleta e análise de dados operacionais

Hoje, estamos vivendo a era da Indústria 4.0, que vem trazendo grandes mudanças tecnológicas nas operações. Atualmente, muitos fabricantes estão utilizando cada vez mais a coleta de dados e a tecnologia analítica, tudo isso através de softwares de coleta de dados.

Porém, aqui no Brasil, mesmo que tenha tido algumas expansões, ainda existe um atraso referente a essas novas ações. Segundo um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), dentre 24 setores industriais do Brasil, 14 estão atrasados na adoção de tecnologias digitais.

O IBGE ainda acrescenta que esse grupo é responsável por cerca de 40% de toda produção industrial do país. Ou seja, é um grande ponto de atenção aqui, pois mostra que quase metade de tudo o que a indústria brasileira produz ainda não foi impactada pelas novas tecnologias.

Otimizações processuais

A otimização dos processos busca alcançar melhorias em diversos níveis e áreas do negócio, permitindo alcançar resultados maiores a custos mais baixos, mas antes é necessário que se execute um planejamento de qualidade.

Segundo um estudo feito pelo Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de logística, em conjunto com as empresas TOTVS e a H2R Pesquisas Avançadas, ainda existe um longo caminho a percorrer nas indústrias na otimização de seus processos. No mercado brasileiro, 31% delas adotam sistemas de otimização e roteirização logística, 38% utilizam dispositivos móveis na operação e 30% adotam CRM.

O estudo ainda vai mais além e traz as tendências de investimentos para os próximos dois anos, apontando um aumento de investimento em sistemas de gestão de custo logístico, sistema de agendamento, sistema de coleta e entrega de mercadorias e sistemas de checklists.

Certificação de sustentabilidade

Empresas que hoje são certificadas com o selo de sustentabilidade têm mais credibilidade no mercado e maiores opções de negócios.

Uma das certificações que possui uma tendência maior de procura é a ISO 50001, que mostra como a sua indústria se preocupa com o desenvolvimento sustentável e busca formas de gerenciamento eficazes de energia elétrica na produção. Essa ISO é muito recomendada para todos os segmentos que buscam reduzir gastos em energia elétrica e precisam diminuir a emissão de gases poluentes.

Aqui na Ecogen temos diversas soluções para atender suas necessidades relacionadas à eficiência energética. Investimos em até 100% do seu projeto e oferecemos equipes especializadas de manutenção e operação 24h por dia.

Estudos apontam as mais variadas tendências para o mercado energético para as próximas 3 décadas.  (ecogenbrasil)

Biogás também quer participar do hidrogênio verde

Obtenção do energético com uso de biometano traria mais vantagens que na eletrólise.
Brasil prepara-se para iniciar produção de hidrogênio verde.

Assim como eólicas e solares, o biogás é mais uma fonte de energia que pode ser transformada em hidrogênio verde. O hidrogênio hoje é produzido de forma predominante pela rota de reforma a vapor do metano, que é usada nas refinarias para produzir hidrogênio e outras aplicações. O biometano pode entrar no processo substituindo o gás natural. Em painel realizado durante o Fórum de Energia Renováveis, em Natal (RN) dia 09/11/22, a coordenadora técnica da Associação Brasileira do Biogás, Letícia Lorentz, revelou que a estrutura existente de produção de hidrogênio pode ser descarbonizada com a troca. “É muito mais simples que desenvolver outras rotas”, explica.

De acordo com ela, as eletrólises através de energia solar e eólica ainda estão evoluindo para lidar com as intermitências da geração. O biometano, ao contrário, já pode ser aplicado no modelo existente. “Essa é uma grande vantagem, já temos uma solução que está muito encaminhada para o hidrogênio verde”, avisa. A coordenadora da Abiogás ainda vê a necessidade de avanços nas discussões, uma vez que o H2 verde ainda é um tema recente para o mercado. Ela frisou que é necessário mostrar que o chamado ‘energético do futuro’ pode ser obtido por outras maneiras além da eletrólise.

O uso do biogás traria uma maior eficiência e um menor custo em relação a eletrólise e traria a incorporação dos atributos ambientais e sociais para a cadeia do H2 Verde. Para produzir 1 quilo de H2 verde, seriam necessários de 4 a 5 m³ de biometano.

A geração distribuída aparece como grande oportunidade para o pequeno e médio produtor. Dentro de processos como agricultura de pequeno porte, os resíduos podem ser utilizados para gerar a própria energia e reduzir seu passivo ambiental de resíduos. Ela dá como exemplo o que já acontece com a fonte solar, em que uma pequena fazenda usa painéis para suprir o seu consumo de energia.

Com um forte apelo entre os consumidores, a GD solar vem atraindo a imensa maioria dos pedidos, uma vez que ela reúne uma série de atributos que facilita sua adoção. Por outro lado, a GD com o uso do biogás também tem um apelo ambiental, principalmente no agronegócio. Letícia Lorentz pede uma complementaridade entre as GDs renováveis, de modo que uma não dispute com a outra e sim aproveitem as mesmas oportunidades. “Existem possibilidades que podem ser aproveitadas juntas”, avisa.

As boas perspectivas para a fonte proporcionaram um salto no número e empresas associadas da Abiogás, chegando a 135. No país hoje são 394 MW de potência instalada. Minas Gerais é o estado com mais plantas, 182, seguido por Santa Catarina, com 47 e São Paulo, com 33 usinas. Ainda de acordo com ela, a modernização do setor deve levar a uma diminuição nos tamanhos dos leilões de energia, o que pode favorecer a fonte. (canalenergia)