sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Investidores dinamarqueses fazem projetos renováveis no país

Investidores dinamarqueses estão prospectando projetos renováveis no país.
Fundo está próximo de fazer primeiro investimento em ativo solar e aguarda prosseguimento de regulação das eólicas offshore.

Dos maiores fundos de investimentos em renováveis do mundo e desenvolvedoras de energias eólicas offshore do mundo, a Copenhagen Infrastructure Partners e a Copenhagen Offshore Partners estão de olho no mercado brasileiro de renováveis. De acordo com o CEO Diogo da Nóbrega, está em fase final de decisão o investimento de R$ 1,7 bilhão em um projeto solar de 460 MW no Norte de Minas Gerais, o primeiro no país. A expectativa é que esse investimento possa ser anunciado até o fim do ano. “Será a nossa porta de entrada no mercado brasileiro, a partir daí vamos continuar desenvolvendo com projetos solares até ter a maturidade suficiente para investir na energia eólica offshore”, afirma Nóbrega, que participou de painel em 21/10/22, no Brazil Windpower 2022, em São Paulo (SP).

A CIP administra dez fundos e até o momento levantou cerca de € 18 bilhões para investimentos em energia e infraestrutura associada. A Copenhagen Offshore Partners, com mais de 15 projetos eólicos offshore de grande escala no mundo, é ​​uma fornecedora de desenvolvimento de projetos, gerenciamento de construção e serviços de gerenciamento operacional para projetos eólicos offshore. A empresa possui escritórios em Taiwan, EUA, Austrália, Japão e Reino Unido.

O executivo vê um grande potencial no mercado eólico offshore nacional, uma vez que o país tem recursos eólicos abundantes e já possui indústria e população que podem garantir a demanda de projetos. Segundo ele, apesar das fontes eólicas onshore e solar fotovoltaica já estarem consolidadas, ao contrário da eólica offshore, que ainda está em processo embrionário, a nova fonte leva certa preferência, por demandar mais investimentos e o fundo ter a pujança necessária para tal.

Ainda segundo ele, os mercados das fontes também são diferentes, o que não levaria a uma disputa de projetos no fundo. “A offshore não vai competir com a onshore nem com a soar, são complementares”, avisa. Nóbrega elogiou os movimentos executados pelo governo em prol da fonte, trazendo segurança jurídica para os desenvolvedores iniciarem os investimentos necessários para os projetos. Ele ainda acredita serem necessárias melhorias em critérios de qualificação das empresas desenvolvedores e investidores. “Não é um jogo para todo mundo. Precisa ter um ponto de corte”, aponta. (canalenergia)

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