domingo, 18 de dezembro de 2022

As tendências de eficiência energética na indústria para 2022

As discussões relacionadas à transição energética estão tomando mais espaço atualmente. Entre os principais fatores para isso estão as agressões ao meio ambiente, causadas pela geração não sustentável que causam uma série de danos ao nosso planeta, como o aquecimento global e o dano à fauna e à flora das regiões exploradas.

Por isso, além do investimento em fontes de geração sustentáveis, a eficiência energética pode trazer diversos benefícios não só para a natureza, mas também para as empresas, trazendo otimização de custos e processos, melhor aproveitamento de recursos, análise de dados detalhados e inovações tecnológicas.

Por que investir em eficiência energética?

Um dos principais fatores é o retorno econômico que se é gerado com a economia e com a otimização dos recursos e dos processos. Além disso, o desempenho do maquinário é aperfeiçoado, fazendo com que trabalhem apenas o necessário no momento demandado.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 70% das indústrias apresentaram um impacto negativo e as outras 30% tiveram o seu trabalho interrompido no período da pandemia da COVID-19. Porém, embora o cenário econômico mundial esteja se restabelecendo, as tecnologias associadas à indústria (ou então, chamadas de Indústrias 4.0) se mantiveram em alta e a projeção é que aumentem ainda mais nos próximos anos.

Isso deixa claro que a indústria ainda se mantém competitiva, pois quanto mais o uso de novas tecnologias avançar, melhor será o seu produto final para os consumidores e o lucro para as empresas.

Em 2022, já é possível observar alguns fatores se tornando tendência no mercado de eficiência energética e vamos falar sobre alguns deles a seguir. Confira:

Automação industrial

A automação industrial está cada vez mais presente, sempre com o propósito de entregar melhor os processos e economizar recursos. Com isso, é possível definir o quanto uma máquina consome em determinado período, por exemplo, fazendo com que ela consuma somente a energia necessária para desempenhar a sua função no período demandado, fazendo que em outros períodos de menos esforço ou ociosidade, ela consuma menos ou nenhuma energia.

Além disso, por meio de um sistema integrado, é possível coletar e analisar dados específicos de consumo e produção, facilitando a tomada de decisão e otimização de processos.

Os benefícios vão desde a redução de custos, que consequentemente levam a uma margem de lucro maior, até o aumento da produtividade industrial e pessoal, pois é possível produzir mais com menos esforço.

Controle e gerenciamento operacional unificado

Um Centro de Controle Operacional (CCO), por exemplo, é uma opção econômica e eficaz para a indústria, pois com esse tipo de infraestrutura é possível fazer o monitoramento e gerenciamento de toda a planta operacional, inclusive a distância, por meio de comandos integrados, sistemas de áudio e vídeo, redes e iluminação, e até equipamentos, como celular e rádio. Além disso, é possível realizar a captura de dados operacionais para análises de eficiência e performance.

Conheça o CCO da Ecogen: https://youtu.be/UsBz1uoA9wc.

Ter um Centro de Controle Operacional pode se tornar um diferencial competitivo no mercado em relação à gestão e à otimização das operações.

Fontes alternativas de energia eficiente

Com a crise hídrica dos últimos anos, percebemos os impactos negativos que isso causa na geração de energia do país, já que mais de 60% da nossa matriz energética está concentrada nas hidrelétricas. Além disso, o setor industrial é o que mais consome energia elétrica no Brasil, pois nossa indústria responde por mais de 30% do consumo final de energia e quase 40% da eletricidade consumida no país.

Isso acontece porque os equipamentos utilizados durante a operação industrial, como motores, bombas e compressores, impactam na demanda de energia e nos requisitos do sistema elétrico. Uma pesquisa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), realizada em 2018, apontou que as indústrias podem reduzir em cerca de 11,1% o consumo energético térmico e 9,8% o consumo de eletricidade, com ações de eficiência energética.

Sendo o principal consumidor, fica evidente a importância de o setor analisar e adotar medidas para garantir a eficiência energética em suas operações e, consequentemente, contribuir com a transição energética.

O investimento em fontes alternativas e renováveis, além de outras opções sustentáveis, tiveram um aumento considerável nestes últimos 2 anos. Segundo o estudo Energy Investment Trends 2022, realizado pela BloombergNEF, o Brasil hoje é o 9º país que mais investe em transição energética. O ranking é liderado pela China, Estados Unidos e Alemanha10.

Cibersegurança

Segurança nunca é demais. E levando em consideração que os ataques hackers estão ficando cada vez mais frequentes, a indústria prevê o aumento de investimento em cibersegurança, visto que a maioria dos sistemas estão cada vez mais interligados via internet.

Para se ter uma ideia, segundo levantamento global da consultoria Accenture, os ataques virtuais a empresas cresceram 31% em 2021. A pesquisa mostra ainda que mais da metade das empresas atacadas (55%) não possuem ações de combate a ataques cibernéticos de forma efetiva, sendo que 80% das ocorrências registradas poderiam ter sido evitadas com ações simples de defesa. Vale destacar também que, segundo o relatório, 8% das empresas são do ramo de óleo e gás.

Por isso, devemos notar certo aumento no investimento em tecnologias de qualidade, que realmente defendam o espaço cibernético das empresas neste ano.

Coleta e análise de dados operacionais

Hoje, estamos vivendo a era da Indústria 4.0, que vem trazendo grandes mudanças tecnológicas nas operações. Atualmente, muitos fabricantes estão utilizando cada vez mais a coleta de dados e a tecnologia analítica, tudo isso através de softwares de coleta de dados.

Porém, aqui no Brasil, mesmo que tenha tido algumas expansões, ainda existe um atraso referente a essas novas ações. Segundo um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), dentre 24 setores industriais do Brasil, 14 estão atrasados na adoção de tecnologias digitais.

O IBGE ainda acrescenta que esse grupo é responsável por cerca de 40% de toda produção industrial do país. Ou seja, é um grande ponto de atenção aqui, pois mostra que quase metade de tudo o que a indústria brasileira produz ainda não foi impactada pelas novas tecnologias.

Otimizações processuais

A otimização dos processos busca alcançar melhorias em diversos níveis e áreas do negócio, permitindo alcançar resultados maiores a custos mais baixos, mas antes é necessário que se execute um planejamento de qualidade.

Segundo um estudo feito pelo Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de logística, em conjunto com as empresas TOTVS e a H2R Pesquisas Avançadas, ainda existe um longo caminho a percorrer nas indústrias na otimização de seus processos. No mercado brasileiro, 31% delas adotam sistemas de otimização e roteirização logística, 38% utilizam dispositivos móveis na operação e 30% adotam CRM.

O estudo ainda vai mais além e traz as tendências de investimentos para os próximos dois anos, apontando um aumento de investimento em sistemas de gestão de custo logístico, sistema de agendamento, sistema de coleta e entrega de mercadorias e sistemas de checklists.

Certificação de sustentabilidade

Empresas que hoje são certificadas com o selo de sustentabilidade têm mais credibilidade no mercado e maiores opções de negócios.

Uma das certificações que possui uma tendência maior de procura é a ISO 50001, que mostra como a sua indústria se preocupa com o desenvolvimento sustentável e busca formas de gerenciamento eficazes de energia elétrica na produção. Essa ISO é muito recomendada para todos os segmentos que buscam reduzir gastos em energia elétrica e precisam diminuir a emissão de gases poluentes.

Aqui na Ecogen temos diversas soluções para atender suas necessidades relacionadas à eficiência energética. Investimos em até 100% do seu projeto e oferecemos equipes especializadas de manutenção e operação 24h por dia.

Estudos apontam as mais variadas tendências para o mercado energético para as próximas 3 décadas.  (ecogenbrasil)

Nenhum comentário: