terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

MME pesquisa para definir percentual de biocombustíveis

MME fará pesquisa para definir percentual de biocombustíveis, diz Silveira.
Produtores de biodiesel têm expectativa de percentual de 15% de mistura nos combustíveis de petróleo, contra 10% praticados no governo Bolsonaro.

O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, disse em 02/01/23 que o percentual de mistura de biocombustíveis nos combustíveis de petróleo vendidos no país será definido após uma pesquisa com produtores, representantes da indústria e do setor de transportes.

Embora não tenha dado detalhes, a pesquisa deve ocorrer no ciclo diesel, onde houve redução na adição obrigatória de biodiesel durante três dos quatro anos de governo de Jair Bolsonaro.

Produtores de biodiesel tinham expectativa de retomar os 15% de mistura previstos para 1º de março deste ano com a mudança de governo, mas uma decisão no apagar das luzes da gestão bolsonarista manteve o percentual de 10% até 31/03/2023.

Agora, a nova gestão precisa definir qual será o mandato ao longo de 2023 e se haverá um calendário de evolução do uso do biocombustível para os próximos anos.

“É importante trazermos previsibilidade para a indústria, pondo um fim à instabilidade causada pelas frequentes alterações no percentual de mistura dos combustíveis fósseis”, discursou durante a cerimônia de posse.

Segundo Silveira, a pasta pretende revalorizar os biocombustíveis com políticas de longo prazo “comprometidas com a integração desses recursos na matriz energética de forma segura e verdadeiramente eficaz”.

O ministro também sinalizou que fará uma pesquisa para baratear e simplificar o processo produtivo no segmento. O objetivo é obter os ganhos tecnológicos que permitam a entrada de produtores de menor porte no mercado.

Em busca de um mandato

Além do biodiesel, está pendente a regulamentação do diesel verde e do diesel coprocessado com óleos vegetais da Petrobras.

Ambas alternativas alimentaram, nos últimos 2 anos, debates entre produtores e setores de distribuição, refino e transportes sobre os caminhos para inserção desses combustíveis no mandato.

Enquanto produtores de biodiesel querem garantir sua fatia no mercado, os demais segmentos argumentam que a competição entre renováveis poderia reduzir preços e trazer ganhos ambientais.

Vale dizer que o Brasil ainda não produz diesel verde em escala comercial – e ele é mais caro que o biodiesel em todos os mercados consumidores. O produto é drop in, isto é, pode substituir totalmente o fóssil e é produzido a partir de matérias-primas exclusivamente renováveis.

O coprocessado da Petrobras, por outro lado, utiliza petróleo e conta apenas com 5% de conteúdo renovável, mas já é produzido na Repar (PR) e aguarda apenas uma definição legal para entrar no mercado.

Secretaria para transição energética

Silveira também anunciou uma secretaria dedicada a políticas públicas para transição energética. Segundo o ministro, o futuro da geração de energia deve se guiar rumo à inovação e ampliação das fontes renováveis aliadas a tecnologias de armazenamento e hidrogênio de baixo carbono.

E disse que esse deve ser um dos principais desafios da pasta junto com o Ministério de Meio Ambiente de Marina Silva.

“O gás natural e a biomassa ganham especial destaque nessa transição energética segura e na consolidação de uma economia de médio e baixo carbono dado seu menor impacto ambiental e a maior eficiência comparado às demais fontes fósseis, além de papel estratégico no desenvolvimento de tecnologias nacionais”, completou.

Biocombustível é opção para diminuir dependência do petróleo.

Ele cita o tema da reinjeção de gás natural. “Apenas 52% do gás natural produzido no país é aproveitado, perdendo-se o resto com reinjeções e queimas”, disse, acrescentando que a valorização do gás passa pela democratização do acesso. (biodieselbr)

domingo, 26 de fevereiro de 2023

BNDES aprova financiamentos para 1,5 GW eólicos e solares

Empréstimos somam R$ 3,5 bilhões e viabilizarão mais de R$ 10,6 bilhões em investimentos em geração para o equivalente a 2,6 mi de residências.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social/BNDES aprovou financiamentos para a implantação de 2 complexos eólicos e um solar, assim como as linhas de transmissão associadas na Bahia e em Minas Gerais. Somando 1,5 GW em capacidade instalada, os investimentos totais alcançam R$ 10,6 bilhões, com empréstimo de R$ 3,5 bilhões por meio do programa BNDES Finem.

Segundo a instituição, a energia gerada pelas plantas será equivalente à necessária para atender cerca de 2,6 milhões de residências e a mais de 8,6 milhões toneladas de CO2 de emissões evitadas ao longo da vida útil dos projetos. Além da capacidade instalada renovável, os projetos contribuem também para o desenvolvimento do mercado livre de energia no país.

Implementado pelo Grupo Engie, Serra do Assuruá totaliza 24 parques com 188 aerogeradores da Vestas no município de Gentio do Ouro (BA). Com 846 MW previstos, recebeu R$ 1,5 bilhão do banco e deve iniciar sua operação comercial de forma escalonada entre julho/2024 até junho/2025.

Já nos municípios baianos de Novo Horizonte, Boninal, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Oliveira dos Brejinhos e Piatã, o complexo Novo Horizonte, do Grupo Pan American Energy, é formado por 10 parques eólicos, dos quais 8 receberão apoio de R$ 900 milhões do BNDES para implantação. O empreendimento somará investimentos de R$ 3 bilhões, com potência de 423 MW.

Por fim o complexo Boa Sorte, a ser implantado pelo Grupo Atlas, terá 438 MW entre 778 mil painéis para um cliente industrial em Paracatu (MG), por meio de um contrato de 20 anos. O apoio do banco será de R$ 1,1 bilhão, valor equivalente a US$ 210 milhões. O escopo do projeto também engloba a instalação de sistema de supervisão, segurança, controle, monitoramento local e remoto, assim como sistemas de comunicações. A data prevista para o início da operação comercial é janeiro/2025.

Esse projeto, o 3° da empresa indexado ao dólar no Brasil, também se destaca por sua nova estrutura de contrato por meio de uma joint venture entre Atlas e Hydro Rein, observando uma estrutura de autoprodução para fornecer 12% do consumo anual de energia do cliente industrial.

O BNDES Finem financia projetos cujos investimentos estejam acima de R$ 40 milhões. O apoio se estende a praticamente todos os segmentos econômicos, tendo como principais critérios de avaliação a capacidade de pagamento do projeto e a qualidade das garantias prestadas. Projetos para construção de parques eólicos e solares se enquadram na linha de financiamento com um prazo total de até 24 anos para implantação, além da participação do banco em até 100% dos itens financiáveis limitado a 80% do investimento total.

Fontes de energia renovável. (canalenergia)

IHP instala placas solares para captação e tratamento de água

Até então, bombeamento e tratamento da água dependiam do uso de combustível.

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) conseguiu substituir todo o sistema de captação das 3 áreas que gere na Serra do Amolar, as RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) Acurizal, Engenheiro Eliezer Batista e o Sítio Serra Negra, bem como o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense por geração solar fotovoltaica.

Painéis de captação solar: onde instalar os reservatórios de água

O local onde os reservatórios térmicos serão instalados deverá ser definido mediante análise técnica das condições específicas de cada local.

O projeto contou com o apoio da Agromamoré, CENEGED e Energisa.

Com a mudança, toda a energia usada para o bombeamento e tratamento da água é feito com o uso de energia limpa. Até então, eram utilizadas bombas e geradores que dependiam de combustível líquido para funcionar.

A estimativa da entidade é de que essa instalação do sistema de geração de energia para o bombeamento e tratamento da água vai proporcionar uma economia anual de mais de R$ 50 mil. A iniciativa também será fundamental para o reflorestamento das áreas atingidas pelos incêndios de 2020. A água bombeada tem sido utilizada no viveiro de mudas instalado na Serra do Amolar, que tem produzido as mudas que serão plantadas para recuperação da vegetação local. (canalenergia)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Elgin inaugura centro de distribuição de painéis em São Paulo

Estrutura terá capacidade para armazenar mais de meio milhão de painéis solares.

A Elgin inaugurou um novo centro de distribuição na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo. O local terá capacidade de estoque para mais de meio milhão de painéis fotovoltaicos, além de comportar a produção e montagem dos demais equipamentos do kit solar, como inversores, estruturas metálicas, cabeamentos e outros componentes.

Com 27 mil m2, o novo centro de distribuição proporcionou uma ampliação da área de armazenamento e consequentemente um aumento nas posições de paletes. De acordo com a empresa, o empreendimento do grupo tem a previsão de gerar, até o final do ano, cerca de 50 novos postos diretos e indiretos de trabalho.

Elgin investe R$ 5 mi em células fotovoltaicas em fábrica em SP.

Foram instaladas e em funcionamento 2.000 placas gerando energia para consumo de todo o complexo industrial. As demais 3.600 placas foram montadas e finalizadas dentro do cronograma de previsão de finalização. (canalenergia)

RN investirá para geração renovável avançar em 2023

RN precisa de investimentos para geração renovável avançar em 2023.
Segundo SENAI, prioridades estão no desenvolvimento de pessoas e transmissão de energia.

O Rio Grande do Norte aparece na frente diante das oportunidades nas modalidades onshore e offshore e isso tem atraído os olhos dos principais players do segmento. Apesar de ser o estado com a maior capacidade instalada no país, as prioridades para a manutenção do ritmo de desenvolvimento na fonte passam pelo desenvolvimento de pessoas, tecnológico e de infraestrutura e de transporte da energia. Essa é a avaliação do diretor do SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello para a atração de investimentos nos próximos anos.

De acordo com o executivo, a atenção à infraestrutura de transporte de energia é necessária para evitar que esse ponto não vire um gargalo. Ele ressalta que esse segmento está meio sufocado no momento. Não há subestações com capacidade para receber grandes blocos de energia. Ou seja, existem projetos em construção ou com a perspectiva de início de construção e se houver demanda por energia não por onde despachar essa energia. Então, para avançar na atividade se faz necessário avanço na disponibilidade de linhas para o escoamento.

Na avaliação dele, o estado também se destaca com compromissos para investimentos locais na área de hidrogênio e combustíveis sintéticos – e a indústria de energia solar é outra que avança, com expectativas promissoras. De acordo com Mello, todo o território do estado está apto para produção de energia solar, então a perspectiva para o setor é de se manter em alta, com muita atividade nos setores públicos e privados. Contudo, o executivo aponta o desafio de se manter na vanguarda, tanto na produção quanto no desenvolvimento de tecnologias.

Final de dezembro/22 a entidade lançou o Atlas Eólico e Solar que indicou o potencial de geração do estado. Esse foi o resultado de um Termo de Colaboração firmado entre o governo, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), e a Federação das Indústrias (FIERN). (canalenergia)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Solar passa eólica e é 2ª maior fonte no Brasil

Solar passa eólica e é segunda maior fonte no Brasil.
A fonte solar fotovoltaica tornou-se a 2ª maior da matriz elétrica brasileira. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, alcançou 23,9 GW de potência instalada operacional. Assim a modalidade ultrapassou a fonte de energia eólica, com 23,8 GW, ficando atrás apenas da fonte hídrica, que possui hoje 109,7 GW.
Segundo a Absolar, os 23,9 GW incluem a somatória das grandes usinas e todos os sistemas de geração própria em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.  Esse volume calcula a entidade, trouxe ao país desde 2012 mais de R$ 120,8 bilhões em investimentos, gerou mais de 705 mil empregos e proporcionou R$ 38 bilhões em arrecadação para os cofres públicos. Com isso, também evitou a emissão de 33,3 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Em nota a associação reforça ainda que essa tecnologia ajuda a aumentar a segurança de suprimento, reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e proteger a população contra mais aumentos na conta de luz. (canalenergia)

Capacidade de geração aumentou 8,2 GW em 2022

Brasil supera em 2022 os 8 GW de expansão na capacidade instalada.

Expansão da matriz é a maior desde 2016, com destaque para o crescimento de 5,6 mil MW de usinas eólicas e solares.

A capacidade instalada de geração de energia elétrica aumentou em 8.235,1 MW em 2022. Esse volume é o segundo mais alto dos últimos 25 anos, período de existência da Agência Nacional de Energia Elétrica. A maior expansão da potência registrada aconteceu em 2016, quando entraram em operação 9.528 MW de novas usinas.

De acordo com a autarquia, esse resultado ultrapassou a meta estabelecida para a geração centralizada no ano, que era de 7.625 MW. Assim, o parque gerador brasileiro encerrou 2022 com 188.980,9 MW de potência fiscalizada.

Montante é o segundo maior desde a criação da ANEEL. Meta da Agência para o ano, de 7.625 MW, foi ultrapassada em 21/12/2022.

Balanço divulgado pela agência reguladora em 03/01/2023, dá destaque para o aumento da oferta de energia de fonte renováveis. Foram 2.922,5 MW de usinas eólicas e 2.677,3 MW de solar fotovoltaicas, totalizando 5.599,8 MW.

Termelétricas a biomassa contribuíram para a ampliação da matriz em 904,9 MW, enquanto térmicas fósseis ampliaram o potência instalada em 1.355,7 MW. Já as centrais hidrelétricas ficaram bem atrás, acrescentaram 374,6 MW.

Matriz elétrica brasileira supera 8 GW de expansão na capacidade instalada em 2022.

É a maior ampliação já registrada no País desde 2016; fonte solar fotovoltaica respondeu por 2.6 GW da nova potência.

Por unidade da federação, o maior aumento de geração aconteceu no estado de Minas Gerais, com 1.536,1 MW instalados, dos quais 1.176 MW de usinas solares. Entre as regiões, o Nordeste registrou a maior ampliação, com 4.518,7 MW, com acréscimo de 55% do total no ano. O estado nordestino com mais incremento foi o Piauí, com 1.177 MW, sendo 838 MW em usinas eólicas e 339 MW em usinas solares. (canalenergia)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Fundo de Aval deve impulsionar Eficiência Energética em SP

Com o fundo, empresas e cooperativas poderão financiar a compra e a instalação de equipamentos mais eficientes energeticamente.

O Fundo de Aval para Desenvolvimento da Eficiência Energética (FAEE) no Estado de São Paulo, aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foi sancionado pelo governador Rodrigo Garcia em 28/12/2022. A medida deve impulsionar o crédito para financiamento de projetos voltados à modernização e redução de emissões nas pequenas e médias indústrias, além de facilitar a adoção de matrizes energéticas renováveis.

Com o novo FAEE, empresas e cooperativas poderão financiar a compra e a instalação de equipamentos mais eficientes energeticamente e que reduzam a emissão de CO2. O mecanismo poderá ser usado exclusivamente para a melhoria do processo produtivo e de redução de emissões. O Desenvolve SP, a agência de fomento paulista, será o responsável pela triagem de projetos e pelo desembolso de recursos aos empreendedores.

As características operacionais do fundo já estão definidas. A alavancagem será de oito vezes o saldo, com cobertura de até 90% do valor financiado. Além disso, projetos com intervenções térmicas terão condições melhores, com 0,03% de taxa e prazo de 120 meses, já os outros projetos terão taxa de 0,1% e prazo de 60 meses. Além do novo fundo, a lei 641/2022 também instituiu o Conselho Estadual de Orientação de Eficiência Energética, que deve orientar a criação de políticas públicas no estado.

De acordo com comunicado, a principal aplicação do Fundo de Aval se dará no âmbito do Programa Investimentos Transformadores em Eficiência Energética na Indústria (PotencializEE). O programa, no qual o Desenvolve SP é um dos parceiros ao lado da FIESP, Ciesp, Senai e outros, já está em funcionamento e deve permitir que as indústrias paulistas modernizem seu parque industrial.

Segundo dados do Potencializee, o maquinário industrial brasileiro tem, em média, 17 anos de idade, responde por 32% do consumo final de energia e quase 9% das emissões de gases de efeito estufa no país. Cerca de 730 pequenas e médias empresas paulistas já estão cadastradas no programa. (canalenergia)

Matriz energética deverá ser 50% renovável até 2030

Matriz energética deverá ser 50% renovável até 2030, avalia EPE.
Caderno Energia e Meio Ambiente do PDE 2032 mostra conjuntura de políticas climáticas e os compromissos de redução de emissões firmados pelo país.

A matriz energética nacional deverá alcançar a participação entre 45% e 50% em 2030. Esse é um dos principais destaques entre as medidas apontadas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em seu novo estudo ligada ao PDE 2032, relacionando energia e meio ambiente. Essa seria a principal estratégia de mitigação de emissões de gases de efeito estufa do setor, num número que compõe hoje aproximadamente 37,4% da matriz, segundo dados do Balanço Energético Nacional de 2021.

A conjuntura de políticas climáticas e os compromissos de redução de emissões firmados pelo Brasil são outros destaques da publicação, que também evidencia os principais desafios socioambientais estratégicos que a expansão energética deve lidar no próximo decênio. Um exemplo é a compatibilidade entre a conservação da biodiversidade e os usos múltiplos da água com produção, geração e transmissão de energia e as medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Oferta interna de energia elétrica deve subir 3% em 2022, aponta MME.

Fontes hidráulica, eólica, solar e biomassa devem aumentar participação na matriz para 84,2% e consumo final pode subir 2,5%.

As metas estipuladas preveem redução de 37% das emissões brasileiras em 2025 e de 50% em 2030, tendo 2005 como ano-base, além de diminuir em 30% das emissões de metano até 2030, tendo 2020 como linha de base. Entre as diretrizes pertinentes aos objetivos, o estudo indica ser necessário incentivar a fabricação e o uso de veículos elétricos e híbridos, promover ganhos de eficiência, avançar com o aproveitamento energético de resíduos e reduzir pegada de carbono para o setor de óleo e gás e de biocombustíveis.

Futuro das energias renováveis na matriz elétrica brasileira.

Atualmente, o Brasil possui uma matriz elétrica predominantemente renovável, a maior participação de ~60% (BEN, 2021) é das usinas hidrelétricas. Mas as características dessa matriz estão em mudança.

O caderno também ressalta algumas iniciativas recentes, como avanços na criação de instrumentos para o mercado de carbono, a Estratégia Federal de Incentivo ao Uso Sustentável do Biogás e Biometano, o Programa Metano Zero e o Plano de Recuperação dos Reservatórios de Regularização de Usinas Hidrelétricas (PRR).

Por fim, o texto informa sobre a instituição de quatro grupos técnicos temporários para subsidiar a elaboração da estratégia nacional para implementação da NDC, dos mecanismos do Artigo 6º do Acordo de Paris no Brasil, do Programa Nacional de Crescimento Verde, além da revisão do primeiro ciclo e elaboração de diretrizes para o segundo ciclo do Plano Nacional de Adaptação.

Em termos de capacidade instalada, demonstrado no gráfico acima, que se refere a evolução da composição da capacidade instalada total por fonte, observa-se a maior diversificação da matriz elétrica brasileira ao longo do período (2021-2030), com a redução na participação hidrelétrica sendo compensada pelo crescimento da capacidade instalada das fontes eólica e solar.

Também, tem destaque o crescimento da participação das fontes renováveis em autoprodução e geração distribuída, de 7% para 14%, aumentando ainda mais a capacidade instalada total de fontes renováveis na matriz elétrica. (canalenergia)

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Governo do PR isenta alíquota do IPVA de veículos elétricos

Governo do PR isenta alíquota do IPVA de veículos elétricos até o fim de 2023.
Objetivo é incentivar aquisição e uso dos veículos da categoria que hoje representam 3,5% do total no estado.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou lei que prorroga a isenção da alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores de veículos elétricos até o dia 31/12/2023. O objetivo é incentivar a venda e o uso de automóveis elétricos, que conferem maior eficiência e uma alternativa àqueles movidos à combustão. O Paraná tem 4.568.679 veículos tributáveis, sendo 3.967 desses 100% elétricos, segundo levantamento da Secretaria da Fazenda e da Receita Estadual. A isenção está vigente desde 2019. Até então a alíquota era de 3,5%.

Também foi sancionada lei que ratifica a participação do estado no Consórcio Interestadual sobre o Clima – Consórcio Brasil Verde, formado por todas as unidades da federação. O consórcio visa promover cooperação entre os estados para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas permitindo ganhos de escala na contratação de bens e serviços e nas ações voltadas ao enfrentamento, reduzindo os custos nos trabalhos realizados pelos participantes.

Curitiba 19/10/2022 – Carregamento de carro elétrico no Palácio do Iguaçu.

Com incentivo e ampliação de estrutura, Paraná avança na eletromobilidade.

Com incentivo e ampliação de estrutura, Paraná avança na eletromobilidade.

Curitiba 19/10/2022 – Carregamento de carro elétrico no Palácio do Iguaçu.

Com incentivo e ampliação de estrutura, Paraná avança na eletromobilidade.

Eletrovias Copel. (canalenergia)

Neoenergia inaugura usina solar no Hospital de Câncer de PE

A iniciativa proporcionará uma economia de cerca de 23,4% do consumo anual do hospital.

A Neoenergia Pernambuco e o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) inauguraram a usina solar instalada na instituição, localizada na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, no Recife. Com capacidade de gerar 491 kWp e com uma geração anual estimada em 778.615 kWh/ano, o local conta com a instalação de 910 módulos fotovoltaicos.

A iniciativa, segundo a distribuidora, proporcionará uma economia de cerca de 23,4% do consumo anual do hospital, o que significa uma redução aproximada de R$ 390 mil no custo de energia elétrica da instituição por ano. A ação faz parte do Programa de Eficiência Energética da Neoenergia Pernambuco, regulado pela Aneel.

Para a inauguração, que aconteceu em 27/12/2022, as equipes da Neoenergia passaram 120 dias trabalhando na instalação da usina, que ocupará uma área total de 2.351m², cerca de 70% do telhado. Cada um dos 910 módulos possui uma potência de 540Wp. Esta não é a primeira ação da Neoenergia Pernambuco junto ao HCP. Em 2019, a distribuidora substituiu aproximadamente 2,5 mil lâmpadas ineficientes por novas, de LED, em toda a unidade de saúde. Além disso, o Hospital faz parte da Conta do Bem, onde os clientes da Neoenergia Pernambuco podem realizar a doação de qualquer valor na própria fatura de energia elétrica. (canalenergia)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Energia solar atinge 23 GW de capacidade instalada

Levantamento da Absolar aponta que fonte alcançou 11,% da matriz e soma investimentos de R$ 116,6 bilhões desde 2012.

O Brasil atingiu a marca de 23 GW de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 11,2 % da matriz elétrica do País. No acumulado até hoje essa modalidade foi responsável por R$ 116,6 bilhões em investimentos, os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Segundo a entidade, de janeiro até a metade de novembro/2022, a energia solar cresceu 62,6%, saltando de 14,2 GW para 23 GW.

Energia solar adicionou mais de 9 GW de potência instalada desde o início de 2022.

Brasil ultrapassa 23 GW em capacidade solar operacional.

Mercado fotovoltaico nacional soma 15,93 GW em geração distribuída e 7,07 GW em geração centralizada.

Nos últimos 150 dias, o ritmo de crescimento tem sido de praticamente um GW por mês, o que coloca a fonte na  posição da matriz elétrica brasileira.

O Brasil possui cerca de 7,1 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao País cerca de R$ 31,3 bilhões em novos investimentos e a entidade estima a criação de mais de 212 mil empregos acumulados, além de uma arrecadação aos cofres públicos que supera R$ 10,8 bilhões.

A Absolar destacou que no segmento de geração própria de energia, são praticamente 16 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 85,3 bilhões em investimentos, R$ 25,8 bilhões em arrecadação e mais de 478 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas 5 regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9 % de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento. (canalenergia)

Pesquisa indica potenciais do Brasil na produção de hidrogênio verde

O hidrogênio verde tem potencial para descarbonizar diferentes setores, entre eles, destacam-se indústrias química e petroquímica, bem como as indústrias de alumínio, metais e de cimento.

País tem uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, recursos naturais abundantes e deve se preparar para demanda de produção a partir de 2030 e 2035.

A matriz energética de alto potencial renovável do Brasil e a abundância dos recursos naturais colocam o país como potencial protagonista na liderança de produção de hidrogênio verde no mundo. A avaliação faz parte da Pesquisa Hidrogênio Verde e O Futuro das Matrizes Energéticas, realizada pela PwC Brasil.

Cerca de 85% da energia elétrica no país é gerada a partir de fontes renováveis, uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo. Para se ter uma ideia desse potencial, grandes economias mundiais utilizam cerca de 30% a 40% de fontes renováveis para geração de energia elétrica.

“Sendo um dos países líderes no potencial de produção de hidrogênio verde, o Brasil está muito bem posicionado. Além de oferecer recursos naturais em abundância e a preços competitivos, o país também tem boa localização geográfica para exportar para a Europa. A região Nordeste se destaca neste contexto, especialmente os Estados do Ceará e de Pernambuco. Fora da região, o Rio de Janeiro também tem conduzido projetos importantes para a produção de hidrogênio verde”, comenta o sócio da PwC Brasil, Adriano Correia, responsável pelo estudo.

Em resposta à corrida do setor industrial por uma nova tecnologia renovável, o combustível é a aposta para uma transição energética sustentável. Sem emitir gases que causam o efeito estufa, o hidrogênio verde é o elemento mais abundante e leve do mundo, com uma ampla gama de aplicações, de refino a petroquímica e fabricação de aço. Ele é também uma rica fonte de energia, muito mais eficiente do que outros combustíveis.

O estudo ainda aponta que a tecnologia para produção já está consolidada e que o grande desafio seria o custo de produção. Neste aspecto, há uma tendência mundial de queda que, se alterada a curva de custo, permitirá criar uma oportunidade significativa para viabilizar projetos e impulsionar o crescimento econômico sustentável, acelerando a substituição dos combustíveis fósseis.

“Os cenários de moderada e alta ambição apresentam uma demanda de hidrogênio mais forte a partir de 2030 e outro forte aumento a partir de 2035. Para cumprir as metas climáticas de Paris, o planejamento da infraestrutura deve começar agora”, diz Adriano Correia.

Para que o hidrogênio verde será usado?

O hidrogênio verde tem potencial para descarbonizar diferentes setores, entre eles, destacam-se indústrias química e petroquímica, bem como as indústrias de alumínio, metais e de cimento. Além disso, poderá ser utilizado como combustível para meios de transporte (carros, navios, caminhões, ônibus) e como fonte alternativa para o sistema energético.

Entretanto, não há como evoluir sem colocar foco na construção de marcos regulatórios que tragam segurança aos investidores, incentivo à pesquisa, ao desenvolvimento de tecnologias e adoção das melhores práticas internacionais para exportação. Recentemente, o governo publicou duas novas portarias que definem regras e diretrizes complementares para cessão de uso de áreas fora da costa, além de fixar normas para criação do Portal Único para Gestão do Uso de Áreas Offshore para Geração de Energia.

“Um desafio para esse tema, em particular, é ter um pouco mais de clareza em relação à regulamentação. As portarias são um primeiro passo importante. É preciso ter isso claro para dar maior segurança aos projetos e investidores”, destaca Adriano Correia.

Demanda por hidrogênio verde

Outro ponto fundamental para a viabilidade de projetos de infraestrutura em hidrogênio verde é a garantia de demanda mínima estável ao longo prazo. O estudo da PwC Brasil indica que as projeções de demanda podem variar significativamente devido a diferentes premissas, como desenvolvimento das atividades econômicas, demanda global de energia, preços de eletricidade renovável, intensidade de uso em diferentes setores, implantação de tecnologia, como eletrificação ou captura e utilização/armazenamento de carbono e desenvolvimento do quadro regulatório.

Neste contexto, destacam-se, em primeiro lugar, os atuais projetos de hidrogênio em construção e em operação. E, em segundo lugar, o planejamento e a construção da infraestrutura para uso de hidrogênio em grande escala, como dutos ou terminais de exportação/importação. Idealmente, a infraestrutura necessária será construída em paralelo à crescente demanda, a custos decrescentes, para garantir que seja comercializado e transportado nas quantidades e prazos necessários. (ecodebate)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Omega conclui aquisição de 50% de eólica na Bahia

Omega Energia conclui compra do amplo parque eólico Ventos da Bahia.

Valor da transação é de R$ 423 milhões pela  fase do Parque Eólico Ventos da Bahia que possui 181,5 MW.

A Omega Energia concluiu a aquisição de 50% das ações da  fase do Parque Eólico Ventos da Bahia, localizado nos municípios de Iraquara, Mulungu do Morro e Souto Soares (BA), pelo valor de R$ 422,9 milhões, que atualmente são detidos pela EDF Renewables do Brasil. O acordo prevê que R$ 196,6 milhões serão pagos em caixa e R$ 226,3 milhões representam o endividamento líquido assumido pela compradora. A conclusão do negócio estava sujeita às condições habituais para esse tipo de fechamento, incluindo a aprovação dos credores e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

A fase 3 de Ventos da Bahia é a expansão das fases 1 e 2 do parque eólico, nos quais a Omega e EDF Renewables já são sócias. A  fase do complexo tem capacidade instalada de 181,5 MW. Essa é a  transação entre a Omega e a EDF Renewables do Brasil. Agora, as empresas passam a operar juntas 764 MW, incluindo Ventos da Bahia 1 e 2, além do complexo solar Pirapora (MG – 400 MWp).

Com a transação, a EDF Renewables mantém a sua estratégia de reciclagem de capital para acelerar seu crescimento no Brasil. Já pelo lado da Omega, o aumento de escala na Bahia significa maior sinergia e diversificação do portfólio da empresa e consolidação do Cluster Bahia – onde a empresa já tem o Complexo Assuruá e as duas primeiras fases de Ventos da Bahia. (canalenergia)