A
matriz energética nacional deverá alcançar a participação entre 45% e 50% em
2030. Esse é um dos principais destaques entre as medidas apontadas pela
Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em seu novo estudo ligada ao PDE 2032,
relacionando energia e meio ambiente. Essa seria a principal estratégia de mitigação
de emissões de gases de efeito estufa do setor, num número que compõe hoje
aproximadamente 37,4% da matriz, segundo dados do Balanço Energético Nacional
de 2021.
A conjuntura de políticas climáticas e os compromissos de redução de emissões firmados pelo Brasil são outros destaques da publicação, que também evidencia os principais desafios socioambientais estratégicos que a expansão energética deve lidar no próximo decênio. Um exemplo é a compatibilidade entre a conservação da biodiversidade e os usos múltiplos da água com produção, geração e transmissão de energia e as medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Oferta interna de energia elétrica deve subir 3% em 2022, aponta MME.
Fontes hidráulica, eólica,
solar e biomassa devem aumentar participação na matriz para 84,2% e consumo
final pode subir 2,5%.
As metas estipuladas preveem redução de 37% das emissões brasileiras em 2025 e de 50% em 2030, tendo 2005 como ano-base, além de diminuir em 30% das emissões de metano até 2030, tendo 2020 como linha de base. Entre as diretrizes pertinentes aos objetivos, o estudo indica ser necessário incentivar a fabricação e o uso de veículos elétricos e híbridos, promover ganhos de eficiência, avançar com o aproveitamento energético de resíduos e reduzir pegada de carbono para o setor de óleo e gás e de biocombustíveis.
Futuro das energias renováveis na matriz elétrica brasileira.
Atualmente, o Brasil possui
uma matriz elétrica predominantemente renovável, a maior participação de ~60%
(BEN, 2021) é das usinas hidrelétricas. Mas as características dessa matriz
estão em mudança.
O caderno também ressalta
algumas iniciativas recentes, como avanços na criação de instrumentos para o
mercado de carbono, a Estratégia Federal de Incentivo ao Uso Sustentável do
Biogás e Biometano, o Programa Metano Zero e o Plano de Recuperação dos
Reservatórios de Regularização de Usinas Hidrelétricas (PRR).
Por fim, o texto informa sobre a instituição de quatro grupos técnicos temporários para subsidiar a elaboração da estratégia nacional para implementação da NDC, dos mecanismos do Artigo 6º do Acordo de Paris no Brasil, do Programa Nacional de Crescimento Verde, além da revisão do primeiro ciclo e elaboração de diretrizes para o segundo ciclo do Plano Nacional de Adaptação.
Em termos de capacidade instalada, demonstrado no gráfico acima, que se refere a evolução da composição da capacidade instalada total por fonte, observa-se a maior diversificação da matriz elétrica brasileira ao longo do período (2021-2030), com a redução na participação hidrelétrica sendo compensada pelo crescimento da capacidade instalada das fontes eólica e solar.
Também, tem destaque o crescimento da participação das fontes renováveis em autoprodução e geração distribuída, de 7% para 14%, aumentando ainda mais a capacidade instalada total de fontes renováveis na matriz elétrica. (canalenergia)
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