segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Hospital em Salvador recebe sistema de 850 kWp da Neoenergia

A usina conta com sistema de armazenamento de 1.800 kWh/dia e deve suprir 15% do consumo do local. Com investimento de R$ 7 milhões da Neoenergia, o sistema foi contemplado pelo Programa de Eficiência da Aneel.
As Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) foram contempladas com a instalação de novos sistemas de geração e armazenamento de energia solar. Os equipamentos, instalados no Hospital Santo Antônio, em Salvador, foram doados pela Neoenergia Coelba a partir de um investimento de aproximadamente R$ 7 milhões, viabilizado pelo Programa de Eficiência Energética regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A nova usina solar fotovoltaica tem capacidade de geração de 850 kWp e um moderno sistema integrado poderá armazenar 1.800 kWh/dia. Os equipamentos são fruto de um Termo de Cooperação firmado em 2023. A usina suprirá aproximadamente 15% do consumo total de energia do hospital, enquanto o sistema de armazenamento atenderá a 70% da demanda no horário de pico, reduzindo significativamente os custos com energia no período de maior tarifa, das 18h às 21h.

Com o projeto, a instituição hospitalar terá uma economia estimada de 1.050 megawatts-hora (MWh) por ano, além de uma redução de 600 quilowatts (kW) na demanda durante o horário de pico, resultando em uma economia anual de R$ 1,4 milhão nas despesas com energia elétrica.
“Este projeto materializa nossos esforços em trazer inovação e sustentabilidade para uma instituição que realiza um trabalho essencial para os baianos. Estamos promovendo eficiência energética e, ao mesmo tempo, possibilitando que os recursos economizados sejam direcionados a ampliar o atendimento de milhares de pessoas”, afirma o diretor-presidente da Neoenergia Coelba, Thiago Guth.

A OSID também é responsável pela realização de 5,6 milhões de procedimentos ambulatoriais anualmente, sendo dois milhões realizados apenas na sede, em Salvador. Entre os beneficiados estão idosos, pacientes oncológicos, pessoas com deficiência e deformidades craniofaciais, pessoas em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas, além de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

“A nova usina solar e o sistema de armazenamento de energia que hoje inauguramos no Hospital Santo Antônio, coração da OSID, traduzem o compromisso dessa parceria com a sustentabilidade ambiental e social. Essa iniciativa possibilitará que as Obras Sociais Irmã Dulce, através da redução nos custos com energia elétrica, apliquem essa mesma economia na manutenção dos serviços prestados à população, em especial aos mais necessitados”, finaliza a superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita Pontes.

O sistema de geração instalado opera no modelo zero grid, o que significa que não pode injetar energia na rede da Neoenergia Coelba. Para viabilizar o projeto, a distribuidora contou com o apoio do Projeto Sistemas de Energia do Futuro, uma parceria do Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, no âmbito da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável. (pv-magazine-brasil)

sábado, 28 de dezembro de 2024

Rede Meliá Hotels reduz custos de energia e amplia sustentabilidade

Meliá Hotels International reduz custos de energia e amplia sustentabilidade com apoio da Schneider Electric.
Parceria estratégica com São Paulo Tatuapé Affiliated by Meliá, Meliá Jardim Europa e São Paulo Higienópolis Affiliated by Meliá garante fornecimento 100% renovável da energia elétrica das operações.

Meliá Hotels International e a Schneider Electric, líder global na transformação digital da gestão de energia e automação, anunciam parceria estratégica segundo a qual os hotéis São Paulo Tatuapé Affiliated by Meliá, Meliá Jardim Europa e São Paulo Higienópolis Affiliated by Meliá, com o suporte da área de consultoria independente Sustainability Business da companhia, reduziram seus custos de energia elétrica e avançaram em suas metas de sustentabilidade.

A colaboração está alinhada à estratégia global Travel for Good da rede hoteleira, que visa promover operações mais eficientes e ambientalmente responsáveis, com metas de redução de emissões absolutas dos escopos 1, 2 e 3 de gases de efeito estufa (GEE) em 29,4% até 2025, e 71,4% até 2035. As unidades da rede no Brasil estão progredindo em direção a esses objetivos, ao mesmo tempo em que otimizam suas operações e asseguram previsibilidade orçamentária.

A Meliá tem, há muitos anos, um sério compromisso com questões de sustentabilidade, promovendo um modelo de gestão responsável e que garanta a proteção do meio ambiente em vários destinos em que atua. A migração para o mercado livre de energia já foi incorporada em várias unidades da rede no Brasil (Meliá Campinas, São Paulo Nações Unidas Affiliated by Meliá, Meliá Brasil 21, Brasil 21 Convention Affiliated by Meliá e Brasil 21 Suítes Affiliated by Meliá).

A parceria com a Schneider Electric, proveu uma consultoria imparcial, para reunir propostas de fornecedores confiáveis, aprimorar a atratividade financeira e condições contratuais A colaboração facilitou a transição de mais 3 unidades para esse ambiente por meio do modelo varejista. Além disso, a Meliá adquiriu certificados internacionais de energia renovável (I-RECs) que atendem a padrões como LEED, RE100, GHG Protocol, CDP e ISE B3. A Schneider Electric apoiou a Meliá na compra dos certificados para assegurar que 100% da eletricidade utilizada nesses hotéis seja proveniente de fontes renováveis.

Avanços significativos em eficiência operacional e sustentabilidade

Como resultado inicial da parceria, o São Paulo Tatuapé Affiliated by Meliá obteve uma diminuição de 31% nos custos mensais de energia, resultando em uma economia estimada de R$ 711 mil entre 2024 e 2026. Além disso, o I-REC de 2023 para essa unidade compensou 39.089 toneladas de CO2, e há o compromisso de certificar todo o consumo de energia elétrica até 2026. Paralelamente, o Meliá Jardim Europa projeta uma redução de 21% no custo de eletricidade, o que pode ultrapassar R$ 800 mil em um período de 2 anos e meio nesta unidade. São Paulo Higienópolis Affiliated by Meliá estima poupar 25% na conta de luz, potencialmente economizando R$ 660 mil até 2026, no cenário mais conservador. As unidades também se comprometeram com a aquisição dos certificados de energia renovável para o período de 2024 e 2026. Ao somar as economias projetadas das 3 unidades, a Meliá Hotels International pode alcançar uma economia superior a 2 milhões de reais nos próximos 2 anos.

A parceria incluiu a implementação da plataforma baseada em nuvem - EcoStruxure™ Resource Advisor, solução da Schneider Electric impulsada pela inteligência artificial para o monitoramento e gestão os custos de energia, a criação de KPIs e o gerenciamento das faturas e contratos de forma centralizada.

"Com esses dados é possível otimizar os gastos, identificar oportunidades de economia e tomar decisões estratégicas com uma visão detalhada, integrada e centralizada. Nossa plataforma oferece acesso seguro e confiável à conta a qualquer momento e de qualquer lugar, propiciando a visualização de projetos, relatórios, resumos e outros detalhes sem comprometer a segurança dos dados", afirma Mathieu Piccin, diretor LATAM do Sustainability Business da Schneider Electric.

"O fato de sermos hoteleiros de coração significa que a hospitalidade não é apenas um negócio para nós, é a nossa paixão. E essa paixão é o que nos leva a responder aos desafios globais enfrentados pelo nosso planeta, encarando a sustentabilidade como um meio fundamental pelo qual podemos criar um legado positivo para o nosso planeta e para a sociedade", diz Victor Donmez, Managing Director Latam, Meliá Hotels International.

São Paulo Higienópolis Affiliated by Meliá reduziu seus custos de energia elétrica.

Meliá Hotels International reduz custos de energia e amplia sustentabilidade com apoio da Schneider Electric.

Reunindo mais de 10 anos de experiência em sustentabilidade no Brasil, a área de Sustainability Business da Schneider Electric é a única consultoria independente e global especializada na compra de energia no mercado livre. Com uma equipe de mais de 3.300 especialistas em energia e sustentabilidade ao redor do mundo, a companhia assessora anualmente a compra de mais de 4 TWh de energia no Brasil. (facebook)

Meliá Hotels reduz custos com energia com Schneider Electric

A parceria entre a Meliá Hotels International e a Schneider Electric pretende reduzir custos com a energia elétrica e acelerar suas metas de sustentabilidade.

Meliá Hotels International dimunui custos de energia e amplia sustentabilidade com Schneider Electric.

Parceria estratégica com São Paulo Tatuapé Affiliated by Meliá, Meliá Jardim Europa e São Paulo Higienópolis Affiliated by Meliá, e Schneider Electric, garante fornecimento 100% renovável da energia elétrica das operações.

A Meliá Hotels International e a Schneider Electric, empresa global na Transformação Digital da gestão de energia e automação, anunciam parceria estratégica segunda a qual os hotéis São Paulo Tatuapé Affiliated by Meliá, Meliá Jardim Europa e São Paulo Higienópolis Affiliated by Meliá, com o suporte da área de consultoria independente Sustainability Business da companhia, reduziram seus custos de energia elétrica e avançaram em suas metas de sustentabilidade.

A colaboração está alinhada à estratégia global Travel for Good da rede hoteleira, que visa promover operações mais eficientes e ambientalmente responsáveis, com metas de redução de emissões absolutas dos escopos 1, 2 e 3 de gases de efeito estufa (GEE) em 29,4% até 2025, e 71,4% até 2035. As unidades da rede no Brasil estão progredindo em direção a esses objetivos, ao mesmo tempo em que otimizam suas operações e asseguram previsibilidade orçamentária.

Além disso, a Meliá adquiriu certificados internacionais de energia renovável (I-RECs) que atendem a padrões como LEED, RE100, GHG Protocol, CDP e ISE B3

A Meliá tem, há muitos anos, um sério compromisso com questões de sustentabilidade, promovendo um modelo de gestão responsável e que garanta a proteção do meio ambiente em vários destinos em que atua. A migração para o mercado livre de energia já foi incorporada em várias unidades da rede no Brasil (Meliá Campinas, São Paulo Nações Unidas Affiliated by Meliá, Meliá Brasil 21, Brasil 21 Convention Affiliated by Meliá e Brasil 21 Suítes Affiliated by Meliá).

A parceria com a Schneider Electric, proveu uma consultoria imparcial, para reunir propostas de fornecedores confiáveis, aprimorar a atratividade financeira e condições contratuais A colaboração facilitou a transição de mais três unidades para esse ambiente por meio do modelo varejista. Além disso, a Meliá adquiriu certificados internacionais de energia renovável (I-RECs) que atendem a padrões como LEED, RE100, GHG Protocol, CDP e ISE B3. A Schneider Electric apoiou a Meliá na compra dos certificados para assegurar que 100% da eletricidade utilizada nesses hotéis seja proveniente de fontes renováveis.

Avanços significativos em eficiência operacional e sustentabilidade

Unidade São Paulo Tatuapé Affiliated by Meliá

Como resultado inicial da parceria, o São Paulo Tatuapé Affiliated by Meliá obteve uma diminuição de 31% nos custos mensais de energia, resultando em uma economia estimada de R$ 711 mil entre 2024 e 2026. Além disso, o I-REC de 2023 para essa unidade compensou 39.089 toneladas de CO2, e há o compromisso de certificar todo o consumo de energia elétrica até 2026. Paralelamente, o Meliá Jardim Europa projeta uma redução de 21% no custo de eletricidade, o que pode ultrapassar R$ 800 mil em um período de dois anos e meio nesta unidade. São Paulo Higienópolis Affiliated by Meliá estima poupar 25% na conta de luz, potencialmente economizando 660 mil reais até 2026, no cenário mais conservador. As unidades também se comprometeram com a aquisição dos certificados de energia renovável para o período de 2024 e 2026. Ao somar as economias projetadas das três unidades, a Meliá Hotels International pode alcançar uma economia superior a 2 milhões de reais nos próximos dois anos.

A parceria incluiu a implementação da plataforma baseada em Nuvem – EcoStruxure Resource Advisor, solução da Schneider Electric impulsada pela inteligência artificial para o monitoramento e gestão os custos de energia, a criação de KPIs e o gerenciamento das faturas e contratos de forma centralizada.

“Com esses Dados é possível otimizar os gastos, identificar oportunidades de economia e tomar decisões estratégicas com uma visão detalhada, integrada e centralizada. Nossa plataforma oferece acesso seguro e confiável à conta a qualquer momento e de qualquer lugar, propiciando a visualização de projetos, relatórios, resumos e outros detalhes sem comprometer a segurança dos dados”, afirma Mathieu Piccin, diretor América Latina do Sustentabilidade Empresarial da Schneider Electric.

“O fato de sermos hoteleiros de coração significa que a hospitalidade não é apenas um negócio para nós, é a nossa paixão. E essa paixão é o que nos leva a responder aos desafios globais enfrentados pelo nosso planeta, encarando a sustentabilidade como um meio fundamental pelo qual podemos criar um legado positivo para o nosso planeta e para a sociedade”, diz Victor Donmez, diretor- gerente América Latina, Meliá Hotels International.

Reunindo mais de dez anos de experiência em sustentabilidade no Brasil, a área de Sustentabilidade Empresarial da Schneider Electric é a única consultoria independente e global especializada na compra de energia no mercado livre. Com uma equipe de mais de 3.300 especialistas em energia e sustentabilidade ao redor do mundo, a companhia assessora anualmente a compra de mais de 4 TWh de energia no Brasil.

Mais informações sobre os serviços de consultoria e gestão da Schneider Electric para o mercado livre de energia varejista podem ser acessadas no website.

Sobre a Meliá Hotels International

Fundada em 1956 em Palma de Maiorca, Espanha, a Meliá Hotels International conta com mais de 400 hotéis abertos ou em processo de abertura, em mais de 40 países, e um portfólio de nove marcas: Gran Meliá Hotels & Resorts, ME by Meliá, The Meliá Collection, Paradisus by Meliá, Meliá Hotels & Resorts, ZEL, INNSiDE by Meliá, Sol by Meliá e Affiliated by Meliá.  Seu compromisso com o turismo responsável a levou a ser reconhecida como a empresa hoteleira de origem europeia mais sustentável do mundo (escolhida como “Sustainability Yearbook Member” em 2024 pela S&P Global), além de ser uma marca “Top Employer 2024” na Espanha, República Dominicana, México, Itália, Alemanha, França e Vietnã. (inforchannel)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Apesar de ter energia limpa, Brasil sofre para reduzir fontes fósseis

O Brasil ostentou na COP29 sua migração para uma matriz elétrica limpa, mas os dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) mostram que, na prática, o país só fez uma troca entre fontes limpas e pena para reduzir o uso de combustíveis fósseis, como carvão, gás natural e petróleo.

Em 2023, as fontes poluentes, responsáveis por emissões de carbono na atmosfera, respondiam por 8,7% ante 10,8%, em 2004. No mesmo período, a participação das hidrelétricas caiu de 82% para 60%.

Ou seja, apesar do discurso e das ações de governos pela melhoria dos indicadores ambientais ao longo das duas últimas décadas, o que o país tem feito é uma "dança de cadeiras" entre as fontes limpas. Ganharam mais espaço usinas solares e eólicas, que saíram praticamente do zero para um percentual de 20,6% na matriz.

Especialistas em energia afirmam que essa troca não afeta significativamente as emissões de gases poluentes. Para isso, seria mais importante trocar termelétricas a óleo diesel pelas geradoras que usam fontes limpas — não importa qual.

Atualmente, as termelétricas são movidas a diesel ou a gás e são acionadas quando há risco de escassez de energia. Isso ocorreu, por exemplo, em 2021, ano de uma das piores crises hídricas da história.

Outro problema apontado por técnicos do Ministério de Minas e Energia são as distorções causadas no sistema elétrico nacional com o avanço das plantas solares e eólicas.

Ambas se tornaram relevantes após uma política de subsídios ao setor, mas funcionam de forma intermitente — só geram energia quando há sol ou vento.

Podem fornecer energia de menos quando há demanda demais ou o contrário, causando episódios de sobrecarga.

No ano passado, por exemplo, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ligou o apagão em diversos estados, ocorrido em agosto, após a queda abrupta de uma linha de transmissão, ao "desempenho de parques eólicos e solares" ter sido inesperado.

A agência internacional, que produz dados e análises para orientar os países em suas políticas energéticas, indica que a situação em alguns países europeus é de redução acelerada na relevância das termelétricas —embora elas ainda mantenham uma presença dessa fonte em suas matrizes mais significativa que a do Brasil.

No Reino Unido, as usinas movidas a combustíveis fósseis tiveram queda de 74% para 36%; solar e eólica ampliaram sua presença de 0,5% para 33,5%. Na Alemanha, o percentual das térmicas diminuiu de 61% para 44,6%. As duas fontes intermitentes tiveram um salto de 4,2% para 38,8%.

Na França, houve pequena queda na fatia das termelétricas na matriz (de 9,5% para 7,6%), e as intermitentes saltaram de 0,1% para 14,2%. Por lá predomina a geração das usinas nucleares, que hoje representam 64% da matriz.

Nos casos desses três países, as hidrelétricas mantiveram presença estável, sem perder nem ganhar muita importância.

A agência não tem dados atualizados até 2023 de países como China, Índia, Rússia e África do Sul, que integram o grupo dos emergentes (Brics), juntamente com o Brasil.

Nos EUA, caiu de 70% para 59% a geração proveniente de fontes fósseis. Eólicas e solares contribuíram com 0,3% em 2004; no ano passado, com 14,4%. As hidrelétricas representavam 7,1%, o que passou para 5,9%.

Fator político

Parte da dificuldade em se reduzir o uso de combustíveis fósseis se deve ao gigantismo de empresas estatais produtoras de petróleo e gás.

É o caso da Arábia Saudita, de outros países do Oriente Médio ligados à Opep, e do Brasil.

Como noticiou o The New York Times recentemente, enquanto as negociações climáticas das Nações Unidas ocorriam no Azerbaijão e os líderes do G20 se reúnem no Brasil, diplomatas da Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, trabalhavam para frustrar qualquer acordo que renove a promessa de fazer a transição dos combustíveis fósseis.

No Brasil não é diferente. Embora apoie políticas de transição energética, o presidente Lula defende a extração de óleo pela Petrobras, que, sozinha, responde por 13,5% do PIB nacional. (biodieselbr)

Santa Casa de Santos instala sistema de energia solar

Santa Casa de Santos instala sistema solar para gerar economia de R$ 30 mil por mês.

Com investimento de R$ 4,1 milhões, a usina de 889,92 kWp de potência e 1.648 módulos fotovoltaicos foi implementada pela CPFL Piratininga por meio do Programa de Eficiência Aneel. A instalação permitirá empregar o valor economizado em melhorias para pacientes do SUS.
Santa Casa de Santos

A Santa Casa de Santos inaugurou em na 29/11/24 um sistema fotovoltaico com potência de 889,92 kWp e 1.648 módulos solares instalados em uma área de 4.383,18 m2 que promoverão uma economia de R$ 30 mil por mês, uma redução de 20% no valor da conta de luz. O investimento de R$ 4,1 milhões foi realizado pela CPFL Piratininga por meio do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como parte do programa CPFL nos Hospitais, em parceria com a CPFL Soluções. O hospital foi contemplado via Chamada de Projeto Prioritário de EE nº 003/2021.

A expectativa é que o projeto gere uma economia de 1.173,98 MWh por ano, evitando que aproximadamente 46,49 toneladas de CO2 sejam emitidos na atmosfera, o equivalente ao plantio de 279 novas árvores. A título de comparação, esta estrutura tem capacidade para abastecer o equivalente a 495 residências.

A Santa Casa de Santos tem 60% de seu atendimento destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e a economia proveniente do sistema fotovoltaico será investida em equipamentos e remédios para esse público.

Segundo o diretor-presidente da CPFL Piratininga, Rafael Lazzaretti, o projeto proporciona inúmeros benefícios. “Com a instalação, a instituição poderá empregar o valor economizado em outras melhorias, beneficiando consequentemente toda a comunidade atendida”, pontua.

“Esta entrega é um marco para todos os hospitais do Litoral Paulista. Além de promover uma economia mensal significativa, fomenta o consumo de energia limpa em uma instituição que depende muito da energia elétrica. Já faz parte dos nossos planos, a instalação de mais 2 mil novos painéis fotovoltaicos, para alcançarmos uma produção de 50% da energia que utilizamos”, declarou o provedor do hospital, Ariovaldo Feliciano. (pv-magazine-brasil)

Em 2 anos marcarão a introdução de sistemas híbridos de solar com bateria no Brasil

Próximos dois anos marcarão a introdução de sistemas híbridos de solar com bateria no Brasil.

Na visão do gerente de unidade fotovoltaico da Soprano, Júlio Bortolini, a inovação exigirá dos distribuidores uma maior capacidade técnica para ensinar o mercado a utilizar esses novos sistemas. A expectativa da companhia para 2025 é de atingir de 5% a 10% de participação dos sistemas híbridos com baterias nas vendas.
Os próximos 2 ou 3 anos serão marcados pela introdução de sistemas híbridos, que combinam energia solar com armazenamento em baterias, disse à pv magazine gerente de unidade fotovoltaico da Soprano, Júlio Bortolini. Ele destaca que essa inovação exigirá dos distribuidores uma maior capacidade técnica para ensinar o mercado a utilizar esses novos sistemas.

Bortolini acredita que a diversificação de portfólio será uma estratégia crucial para os distribuidores se fortalecerem e melhorarem sua atuação no mercado. No entanto, ele aponta que a redução de custos continua sendo um desafio significativo, especialmente no fornecimento de módulos e inversores. “Quanto menor o preço do gerador, mais temos que faturar para alcançar o mesmo valor de faturamento”, explica.

Atualmente, a participação dos sistemas híbridos nas vendas da empresa é de apenas cerca de 2%, porém a Soprano prevê que nos próximos anos essa participação aumente consideravelmente. A expectativa para 2025 é de atingir de 5% a 10% de participação.

A gestão de estoques também é um ponto crítico. Com a constante queda no preço dos módulos, os distribuidores enfrentam o desafio de vender os produtos dentro do custo recebido para garantir a margem de lucro. Bortolini observa que a oferta excessiva de módulos na China tem impactado significativamente a gestão de estoques no mercado brasileiro.

Será que os SISTEMAS HÍBRIDOS com BATERIAS serão o futuro da ENERGIA SOLAR?

Para enfrentar esses desafios, a Soprano tem focado na eficiência operacional e na construção de boas parcerias com fornecedores e integradores. Bortolini enfatiza a importância de trabalhar com empresas sérias e de longa data para garantir a segurança e a confiança dos consumidores finais.

Para módulos, a distribuidora trabalha com a Era Solar como principal parceira e para inversores, com a Nansen e a Solis como principais fornecedoras. “A Soprano busca ativamente por novos parceiros tendo em vista o nosso compromisso com a qualidade e atendimento a nossos integradores”, diz o executivo da empresa. Para 2025, a companhia prepara novidades em fornecedores.

Bortolini destaca a capacidade das grandes empresas de se ajustarem às mudanças e a importância da diversidade de portfólio para manter a força no mercado. “Mesmo com todas as dificuldades, a Soprano se mantém forte e com estratégias para crescer nos próximos anos”, afirma.

Para o executivo, a introdução de sistemas híbridos, a necessidade de maior capacidade técnica e a importância de parcerias sólidas são alguns dos fatores que moldarão o futuro do setor nos próximos anos. (pv-magazine-brasil)

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Climatempo substitui diesel por energia solar

Climatempo substitui diesel por energia solar e armazenamento em radar meteorológico no RS.

Com investimento de R$ 600 mil a energia gerada pela usina fotovoltaica é armazenada em baterias de lítio capaz para garantir o funcionamento do radar, instalado em Porto Alegre, por até três dias, mesmo com queda de luz por parte da concessionária.
Usina fotovoltaica instalada junto ao radar meteorológico da Climatempo em Porto Alegre, RS.

Em uma iniciativa em favor da transição energética para fontes de energia limpa, a Climatempo, empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina, acaba de instalar uma usina solar para alimentar o radar meteorológico de Porto Alegre (RS). O objetivo é assegurar a operação ininterrupta do serviço de monitoramento mesmo em situações de falta de luz. A energia gerada pela usina é armazenada por meio de um sistema de baterias de lítio capaz de garantir o funcionamento do radar por até três dias. Foram investidos cerca de R$ 600 mil no projeto.

A fonte solar substitui um gerador movido a diesel, que era acionado em momentos de queda no fornecimento de energia no Morro da Polícia, onde os equipamentos estão instalados.

Tecnologia de Ponta no RS: Instalação do Radar Meteorológico

“O radar possui diversas redundâncias, incluindo a elétrica, para assegurar seu funcionamento a todo momento. A troca da fonte de alimentação em caso de falta luz, além de proporcionar uma operação por até três dias, vai ao encontro dos princípios de sustentabilidade da Climatempo, com a substituição de uma fonte fóssil pelo solar”, explica o vice-presidente de Negócios da Climatempo, Marcos Massari.

Os gases de efeito estufa (GEE) emitidos pela queima de combustíveis fósseis são os grandes responsáveis pelo aquecimento global e seu impacto nas mudanças climáticas, que acarretam o aumento da frequência de fenômenos meteorológicos intensos.

O radar meteorológico de Porto Alegre, que está instalado em contêineres, pertence ao governo do Rio Grande do Sul e é operado pela Climatempo. Ele foi instalado em agosto passado no Morro da Polícia, passou por um período de calibragem e vem operando com sucesso, entregando o monitoramento meteorológico e as previsões do tempo para a região metropolitana de Porto Alegre em um raio superior ao contratado, de 150 km.

Infraestrutura para Radar Meteorológico no RS

A operação do radar, juntamente com os equipamentos da usina solar, trouxe melhorias significativas em relação à capacidade de monitoramento climático no Estado, oferecendo previsões e alertas mais precisos, fundamentais para a proteção da população e o planejamento das atividades econômicas na região. (pv-magazine-brasil)

Elgin lança novo painel solar de 585 W

Os novos módulos, têm eficiência de 22,65%, segundo a empresa. A Elgin oferece 12 anos de garantia de fabricação e 30 anos de garantia de potência linear.
Planta solar de 2,3 MW na fábrica de Elgin em Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil.

A Elgin, fabricante e distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e provedora de soluções nas áreas de climatização, refrigeração, bens de consumo e automação comercial, acaba de trazer ao mercado brasileiro o painel solar de 585 watts (W), com eficiência de 22,65% no nível de geração em telhados. A aposta da companhia é ampliar os projetos fotovoltaicos junto aos consumidores residenciais e empresariais que buscam maximizar a geração e melhorar o tempo de retorno do investimento.

Elgin lança painel solar de 585W e aposta em crescimento do mercado fotovoltaico no Brasil

O painel solar 585W da Elgin possui 12 anos de garantia de fabricação e 30 anos de garantia de potência linear. O novo produto possui certificações internacionais, como IEC61215, IEC61730, IEC61701, IEC62716 e IEC62804, além das certificações de qualidade ISO 9001 e ISO 14001, como garantias de segurança e desempenho. A empresa também oferece frete e descarregamento gratuitos aos integradores, além da garantia 100% de uma empresa nacional e que abrange todo o território brasileiro.

“Com o lançamento, a Elgin reforça o apoio junto aos seus integradores parceiros na diversificação de portfólio e o consequente crescimento dos negócios no segmento de energia solar nas regiões brasileiras”, diz Glauco Santos, diretor da Elgin Solar. “Nossas inovações permitem que os integradores ofereçam aos consumidores finais tecnologias cada vez mais eficientes, que reduzem o tempo de retorno do investimento, alivia significativamente os custos com energia elétrica das famílias e empresas, aumentam a competitividade dos setores produtivos e melhoram a experiência do cliente como um todo”, acrescenta. (pv-magazine-brasil)

Geração distribuída chega a 34 GW

O Brasil alcançou 34 gigawatts (GW) de energia gerada no modelo de geração distribuída (GD) em novembro.

Residências lideram a produção de energia limpa, representando 48,5% do total gerado, seguidas pelo Comércio (28,8%), áreas rurais (14,04%) e indústrias (7,3%). Os estados de São Paulo (4,8 GW), Minas Gerais (4,3 GW) e Rio Grande do Sul (3,1 GW) estão no topo do ranking em capacidade instalada.
O Brasil alcançou um marco histórico na produção de energia renovável em novembro, com 34 gigawatts (GW) de energia gerados no modelo de geração distribuída (GD). Grande parte dessa energia vem de painéis solares instalados em casas, comércios e propriedades rurais, consolidando o país como um dos líderes globais em geração própria de eletricidade.

“A GD reduz as emissões de gases de efeito estufa, fortalece o combate às mudanças climáticas e dá mais independência energética aos consumidores, além de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico”, explica o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista.

Em 2024, governo destinará R$ 1 bi para o setor.

Brasil atinge 34 GW instalados em energia solar fotovoltaica.

Segundo a entidade, os 34 GW gerados evitam a emissão de 30,6 milhões de toneladas de CO₂ por ano. Isso ocorre porque fontes como a solar não produzem gases poluentes, ao contrário de combustíveis fósseis. “A GD tem impacto direto na qualidade do ar, no combate ao aquecimento global e na promoção de um futuro mais sustentável”, reforça Evangelista.

Residências lideram a produção de energia limpa, representando 48,5% do total gerado. Comércio (28,8%), áreas rurais (14,04%) e indústrias (7,3%) também contribuem de forma significativa. Os estados de São Paulo (4,8 GW), Minas Gerais (4,3 GW) e Rio Grande do Sul (3,1 GW) estão no topo do ranking em capacidade instalada, impulsionados por políticas locais e pelo interesse crescente dos consumidores.

“Expansão da GD descentraliza a geração de energia e garante que os benefícios cheguem a cada vez mais brasileiros”, afirma Evangelista.

O novo plano decenal para o segmento energético nacional, lançado pelo Ministério de Minas e Energia, prevê uma grande expansão na potência instalada de energia solar fotovoltaica na modalidade de geração distribuída, que deve alcançar 34 GW até 2031.

Energia solar fotovoltaica deverá alcançar marca de 34 GW de potência instalada em geração distribuída no Brasil até o ano de 2031, segundo projeções do Ministério de Minas e Energia. (pv-magazine-brasil)

domingo, 22 de dezembro de 2024

Mercado Livre entrega 39% da eletricidade consumida pelo comércio

Mercado Livre já entrega 39% da eletricidade consumida pelo comércio brasileiro.

Os benefícios do mercado livre de energia elétrica começam a ficar cada vez mais visíveis para os consumidores comerciais de energia que, em busca de preços mais baixos, já compram 39% de toda a eletricidade que consomem no ambiente competitivo, patamar atingido em setembro.

Estudo realizado pela Volt Robotics para a Abraceel identificou que a abertura mais ampla do mercado elétrico tem potencial para beneficiar mais de 6,4 milhões de consumidores industriais e comerciais que ainda compram energia no mercado cativo.
O Boletim da Energia Livre, publicação da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) que mostra o panorama mensal do mercado livre de energia no Brasil, elaborado com base nos indicadores mais recentes divulgados por diversas instituições e consultorias, e do estudo da Volt Robotics elaborado para a entidade, mostra que os preços mais baixos de eletricidade no mercado livre de Energia levaram 39% dos consumidores comerciais a migrar para esse ambiente mais competitivo em setembro. No mesmo período do ano passado, o comércio tinha 35% do consumo elétrico no mercado livre de energia.

Esse movimento foi intensificado a partir de janeiro/2024, quando norma do Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou todos os consumidores de energia em média e alta tensão, independente da demanda, a escolher o fornecedor no mercado livre de energia. Até então, apenas os consumidores com demanda maior que 500 kW tinham liberdade para escolher o fornecedor.

A indústria, por exemplo, já compra 92% do consumo de energia no mercado livre de energia. Segundo a Abraceel, o estágio menor de liberalização do segmento comercial frente ao industrial é resultado de um fator principal: no comércio, as unidades consumidoras têm porte menor de consumo em comparação às indústrias. Com a maior parcela do consumo ainda na baixa tensão, o comércio brasileiro anseia pela continuidade da abertura do mercado elétrico brasileiro.

Usinas solares centralizadas destinam 83% da geração para consumidores livres de energia. Caso da geração elétrica das usinas eólicas, essa proporção é de 58%. No mercado livre, 55% da energia consumida está alocada em contratos com até quatro anos de duração.

Estudo realizado pela Volt Robotics para a Abraceel identificou que a abertura mais ampla do mercado elétrico tem potencial para beneficiar mais de 6,4 milhões de consumidores industriais e comerciais que ainda compram energia no mercado cativo. A economia anual total é calculada em R$ 17,8 bilhões com a conta de energia elétrica caso esses consumidores optassem pelo mercado livre. Nesses segmentos, gastos economizados tendem a ser reinvestidos na contratação de pessoal e melhorias nos processos produtivos, o que proporcionaria a criação de 382 mil novos empregos.

No segmento comercial, há grande potencial de economia de recursos com o pagamento da conta de luz, o que gera oportunidade de impulsionar empregos e investimentos. O estudo identificou que o Brasil conta com mais de 6,1 milhões unidades consumidoras comerciais de energia, que demandam 8,0 GW médios. Dessas, apenas 2 mil (647 MW médios), entre os maiores estabelecimentos comerciais brasileiros, já estão no mercado livre de energia.

Outros 77 mil (2,1 GW médios) estão aptos a comprar energia do fornecedor que escolher, pois estão na alta tensão, atendendo o requisito para migrar do mercado regulado ao livre. Assim, restam mais de 6 milhões de consumidores comerciais, que consomem energia em baixa tensão, que estão alijados dessa alternativa para reduzir gastos com eletricidade. Os benefícios com a migração para o mercado livre somam R$ 13,5 bilhões em redução de custos por ano e até 290 mil novos empregos, disseminados por todos os estados brasileiros, especialmente em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Ceará.

No segmento industrial, por exemplo, os números mostram que a maior parte das empresas, exatamente as menores, ainda não pode migrar para o mercado livre de energia. O Brasil tem 492,8 mil unidades consumidoras industriais de energia, que demandam 24,8 GW médios. Dessas, 37,4 mil (22,7 GW médios), entre as maiores, já estão no mercado livre.

Outras 44,7 mil (1,6 GW médios) estão aptas a comprar energia de qualquer fornecedor, pois atendem requisitos para migrar do mercado regulado ao livre. Restam 410,7 mil consumidores industriais (471 MW médios), que consomem energia em baixa tensão, que estão alijados dessa alternativa para reduzir gastos com eletricidade. Elas representam 83% do total de indústrias brasileiras. Os benefícios com a migração para o mercado livre somam R$ 4,2 bilhões em redução de custos por ano e mais de 91 mil novos empregos, disseminados por todos os estados brasileiros, especialmente em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. (pv-magazine-brasil)

Fibra de vidro para instalações agrovoltaicas e barcos solares para sistemas isolados

Estruturas de fibra de vidro para instalações agrovoltaicas e barcos solares para sistemas isolados.

Apollo Flutuantes desenvolve novas tecnologias para destravar aplicações fotovoltaicas. Estruturas de fibra de vidro são mais resistentes à corrosão de fertilizantes e herbicidas utilizados nos cultivos de usinas agrovoltaicas do que as tradicionais estruturas metálicas. Barcos desenvolvidos para apoiar a instalação e operação de usinas flutuantes se tornam ferramentas de eletrificação na Amazônia.
Estrutura de montagem de fibra de vidro da Apollo Flutuantes

Após desenvolver uma ilha solar flutuante padrão em demonstração em Campinas, São Paulo, que será instalada na Usina Hidrelétrica de Lajedo, no Tocantins, a Apollo Flutuantes aposta em novas tecnologias para destravar outras aplicações solares, como a agrovoltaica. Também em Campinas, a empresa demonstra a viabilidade de estruturas de montagem de fibra de vidro e os barcos solares com baterias.

O CEO da Apollo Flutuantes, José Teixeira, cita a durabilidade, a resistência à corrosão e o custo-benefício da fibra de vidro em comparação com estruturas metálicas como diferenciais competitivos. O sistema de  1ª publicação montagem foi desenvolvido para diversas aplicações, mas pode ter vantagens específicas para aplicação no agro.

“Estruturas de fibra de vidro são imunes à corrosão de fertilizantes e herbicidas, ao contrário de estruturas metálicas”, disse Teixeira à pv magazine. “Fibra de vidro é 30% mais leve que o alumínio e 75% mais leve que o aço, o que reduz os custos de transporte”.

Já foram realizados testes em duas usinas convencionais, sem a característica elevação dos painéis para cultivo do solo abaixo da instalação, no solo em Junqueirópolis, São Paulo, e em duas instalações em Campinas. As usinas em Junqueirópolis já estão produzindo eletricidade, enquanto as de Campinas são protótipos de demonstração.

Além disso, estão em desenvolvimento duas instalações em Minas Gerais, sendo uma usina convencional no solo e outra com placas montadas na vertical, como uma cerca, para permitir a passagem de tratores e gado. A Apollo também está desenvolvendo instalações elevadas fixas e seguidores solares.

Os protótipos das instalações elevadas foram montados em Campinas/SP durante a Intersolar 2024.

Barcos solares para eletrificar comunidades amazônicas

Barco elétrico desenvolvido na Amazônia evita emissão de 125 toneladas de CO2, anualmente.

Entre os motivos de o projeto ter sido lançado na Amazônia, está o fato de os barcos serem o principal meio de transporte da população que vive na região.

Mirando as oportunidades e necessidades de eletrificação de comunidades isoladas da rede elétrica na Amazônia, a Apollo também vem buscando viabilizar barcos solares que utilizam geração solar e baterias para alimentar casas e pequenas unidades de beneficiamento de produtos da floresta.

O barco solar em teste em Campinas (SP), ocupa 50 metros quadrados de área útil (em Campinas), está equipado com um sistema fotovoltaico trifásico de 5 kW e pode transportar uma carga de até 1 tonelada.

Há projetos de versões maiores chegando a mais de 500 metros quadrados e capacidade para comportar até 200 módulos fotovoltaicos. Teixeira conta que os barcos foram desenvolvidos a princípio para apoiar a instalação de usinas solares flutuantes. No primeiro momento, os barcos realizam a batimetria dos lagos. Em seguida, transportam as âncoras de concreto de até 15 toneladas; rebocam módulos de ilha para suas posições de ancoragem. Também transporta equipamentos, está preparado para combater incêndios.

Já na versão para eletrificação de comunidades isoladas, o barco funciona como um gerador fotovoltaico, navegando até as casas dos ribeirinhos e fornecendo energia para elas. Ele também pode ser usado para transportar produtos da floresta, como açaí, pescado e castanhas, até grandes centros de comercialização. O barco é equipado com baterias de chumbo-carbono, que armazenam a energia solar durante o dia para uso noturno, e é construído com materiais submersíveis e não afundantes, com um sistema para evitar capotamento. Nessa versão, o barco é equipado com uma antena Starlink para levar além de energia o acesso à internet de alta velocidade.

Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=cMyT57paFMo. (pv-magazine-brasil)

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Apesar de ter energia limpa, Brasil sofre para reduzir fontes fósseis

O Brasil ostentou na COP29 sua migração para uma matriz elétrica limpa, mas os dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) mostram que, na prática, o país só fez uma troca entre fontes limpas e pena para reduzir o uso de combustíveis fósseis, como carvão, gás natural e petróleo.

Em 2023, as fontes poluentes, responsáveis por emissões de carbono na atmosfera, respondiam por 8,7% ante 10,8%, em 2004. No mesmo período, a participação das hidrelétricas caiu de 82% para 60%.

Ou seja, apesar do discurso e das ações de governos pela melhoria dos indicadores ambientais ao longo das duas últimas décadas, o que o país tem feito é uma "dança de cadeiras" entre as fontes limpas. Ganharam mais espaço usinas solares e eólicas, que saíram praticamente do zero para um percentual de 20,6% na matriz.

Especialistas em energia afirmam que essa troca não afeta significativamente as emissões de gases poluentes. Para isso, seria mais importante trocar termelétricas a óleo diesel pelas geradoras que usam fontes limpas — não importa qual.

Atualmente, as termelétricas são movidas a diesel ou a gás e são acionadas quando há risco de escassez de energia. Isso ocorreu, por exemplo, em 2021, ano de uma das piores crises hídricas da história.

Outro problema apontado por técnicos do Ministério de Minas e Energia são as distorções causadas no sistema elétrico nacional com o avanço das plantas solares e eólicas.

Ambas se tornaram relevantes após uma política de subsídios ao setor, mas funcionam de forma intermitente — só geram energia quando há sol ou vento.

Podem fornecer energia de menos quando há demanda demais ou o contrário, causando episódios de sobrecarga.

No ano passado, por exemplo, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ligou o apagão em diversos estados, ocorrido em agosto, após a queda abrupta de uma linha de transmissão, ao "desempenho de parques eólicos e solares" ter sido inesperado.

A agência internacional, que produz dados e análises para orientar os países em suas políticas energéticas, indica que a situação em alguns países europeus é de redução acelerada na relevância das termelétricas —embora elas ainda mantenham uma presença dessa fonte em suas matrizes mais significativa que a do Brasil.

No Reino Unido, as usinas movidas a combustíveis fósseis tiveram queda de 74% para 36%; solar e eólica ampliaram sua presença de 0,5% para 33,5%. Na Alemanha, o percentual das térmicas diminuiu de 61% para 44,6%. As duas fontes intermitentes tiveram um salto de 4,2% para 38,8%.

Na França, houve pequena queda na fatia das termelétricas na matriz (de 9,5% para 7,6%), e as intermitentes saltaram de 0,1% para 14,2%. Por lá predomina a geração das usinas nucleares, que hoje representam 64% da matriz.

Nos casos desses três países, as hidrelétricas mantiveram presença estável, sem perder nem ganhar muita importância.

A agência não tem dados atualizados até 2023 de países como China, Índia, Rússia e África do Sul, que integram o grupo dos emergentes (Brics), juntamente com o Brasil.

Nos EUA, caiu de 70% para 59% a geração proveniente de fontes fósseis. Eólicas e solares contribuíram com 0,3% em 2004; no ano passado, com 14,4%. As hidrelétricas representavam 7,1%, o que passou para 5,9%.

Fator político

Parte da dificuldade em reduzir o uso de combustíveis fósseis se deve ao gigantismo de empresas estatais produtoras de petróleo e gás.

É o caso da Arábia Saudita, de outros países do Oriente Médio ligados à Opep, e do Brasil.

Como noticiou o The New York Times recentemente, enquanto as negociações climáticas das Nações Unidas ocorriam no Azerbaijão e os líderes do G20 se reúnem no Brasil, diplomatas da Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, trabalhavam para frustrar qualquer acordo que renove a promessa de fazer a transição dos combustíveis fósseis.

No Brasil não é diferente. Embora apoie políticas de transição energética, o presidente Lula defende a extração de óleo pela Petrobras, que, sozinha, responde por 13,5% do PIB nacional. (biodieselbr)