Estruturas
de fibra de vidro para instalações agrovoltaicas e barcos solares para sistemas
isolados.
Após
desenvolver uma ilha solar flutuante padrão em demonstração em Campinas, São
Paulo, que será instalada na Usina Hidrelétrica de Lajedo, no Tocantins, a
Apollo Flutuantes aposta em novas tecnologias para destravar outras aplicações
solares, como a agrovoltaica. Também em Campinas, a empresa demonstra a
viabilidade de estruturas de montagem de fibra de vidro e os barcos solares com
baterias.
O
CEO da Apollo Flutuantes, José Teixeira, cita a durabilidade, a resistência à
corrosão e o custo-benefício da fibra de vidro em comparação com estruturas
metálicas como diferenciais competitivos. O sistema de 1ª publicação montagem foi desenvolvido para diversas aplicações,
mas pode ter vantagens específicas para aplicação no agro.
“Estruturas
de fibra de vidro são imunes à corrosão de fertilizantes e herbicidas, ao
contrário de estruturas metálicas”, disse Teixeira à pv magazine. “Fibra de
vidro é 30% mais leve que o alumínio e 75% mais leve que o aço, o que reduz os
custos de transporte”.
Já
foram realizados testes em duas usinas convencionais, sem a característica
elevação dos painéis para cultivo do solo abaixo da instalação, no solo em
Junqueirópolis, São Paulo, e em duas instalações em Campinas. As usinas em
Junqueirópolis já estão produzindo eletricidade, enquanto as de Campinas são
protótipos de demonstração.
Além
disso, estão em desenvolvimento duas instalações em Minas Gerais, sendo uma
usina convencional no solo e outra com placas montadas na vertical, como uma
cerca, para permitir a passagem de tratores e gado. A Apollo também está
desenvolvendo instalações elevadas fixas e seguidores solares.
Os protótipos das instalações elevadas foram montados em Campinas/SP durante a Intersolar 2024.
Barcos solares para eletrificar comunidades amazônicas
Barco
elétrico desenvolvido na Amazônia evita emissão de 125 toneladas de CO2,
anualmente.
Entre
os motivos de o projeto ter sido lançado na Amazônia, está o fato de os barcos
serem o principal meio de transporte da população que vive na região.
Mirando
as oportunidades e necessidades de eletrificação de comunidades isoladas da
rede elétrica na Amazônia, a Apollo também vem buscando viabilizar barcos
solares que utilizam geração solar e baterias para alimentar casas e pequenas
unidades de beneficiamento de produtos da floresta.
O
barco solar em teste em Campinas (SP), ocupa 50 metros quadrados de área útil
(em Campinas), está equipado com um sistema fotovoltaico trifásico de 5 kW e
pode transportar uma carga de até 1 tonelada.
Há projetos de versões maiores chegando a mais de 500 metros quadrados e capacidade para comportar até 200 módulos fotovoltaicos. Teixeira conta que os barcos foram desenvolvidos a princípio para apoiar a instalação de usinas solares flutuantes. No primeiro momento, os barcos realizam a batimetria dos lagos. Em seguida, transportam as âncoras de concreto de até 15 toneladas; rebocam módulos de ilha para suas posições de ancoragem. Também transporta equipamentos, está preparado para combater incêndios.
Já na versão para eletrificação de comunidades isoladas, o barco funciona como um gerador fotovoltaico, navegando até as casas dos ribeirinhos e fornecendo energia para elas. Ele também pode ser usado para transportar produtos da floresta, como açaí, pescado e castanhas, até grandes centros de comercialização. O barco é equipado com baterias de chumbo-carbono, que armazenam a energia solar durante o dia para uso noturno, e é construído com materiais submersíveis e não afundantes, com um sistema para evitar capotamento. Nessa versão, o barco é equipado com uma antena Starlink para levar além de energia o acesso à internet de alta velocidade.
Assista
ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=cMyT57paFMo.
(pv-magazine-brasil)
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