De acordo com Luiz Augusto Barroso, Diretor-Presidente da PSR Consultoria, o Brasil sempre teve uma questão de saber escolher ao certo quem vai entrar no sistema e porquê disso, e se não tiver uma ordem estabelecida, um critério para decidir, acaba levando o Brasil para uma desgovernança energética.
“É preciso reforçar e retomar as práticas de planejamento, passar a reorientar e melhorar a desgovernança energética atual. Planejamento não significa escolher quem vai vencer, o planejamento tem o papel de fazer as contas e calcular os verdadeiros custos e benefícios para quem quer que vença essa matriz diversificada e resiliente que precisamos. A matriz energética do futuro precisa ser escolhida de forma a refletir o real valor de cada tecnologia”, destacou o executivo.
A transição energética da
matriz elétrica já foi feita. Segundo João Carlos Mello, CEO da Thymos Energia,
o legado da geração hidrelétrica é ótimo porque era uma fonte reconhecida como
não emissora e uma fonte renovável, esses são os benefícios das UHEs. Já a
inserção das fontes intermitentes, como solar e eólica, ajudaram a somar em 85%
a capacidade de fontes renováveis do país.
“O setor elétrico já cumpriu sua função na transição energética. A questão agora é tratar da eletrificação de outros setores, que pode ser através do H2 e dos veículos elétricos. Porque não pensar nessa política pública, apontou Mello.
Barroso encerrou dizendo que o caminho do hidrogênio e da eletrificação mais ampla demandam do planejamento estudos para que a maior inserção do H2, e cargas muito novas, não acabem criando novos custos que vão ser pagos por aqueles que não se beneficiam da energia barata por esse produto. (canalenergia)
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