quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Energia solar e eólica geraram +⅓ da eletricidade brasileira

Energia solar e eólica geraram mais de um terço da eletricidade brasileira.
Vista de painéis solares e turbinas eólicas aproveitando a luz da manhã para gerar energia renovável.

Energia solar e eólica ultrapassa da matriz elétrica no Brasil.

Agosto/2025 as energias solares e eólicas geraram juntas 34% da eletricidade no Brasil, o maior índice já registrado para essas fontes combinadas, segundo a Ember Energy. Marco representa um aumento significativo na transição energética do país e ocorre num momento em que a geração hidrelétrica está em baixa, demonstrando a crescente resiliência do sistema brasileiro diante de cenários de seca.

Principais pontos:

Recorde Histórico: Pela primeira vez, a energia solar e a eólica ultrapassaram um terço da geração elétrica brasileira, atingindo 34% em agosto de 2025.

Produção e Superação: As 2 fontes produziram 19 TWh de eletricidade, superando o recorde anterior de 18,6 TWh de setembro/2024.

Impacto da Crise Hídrica: A queda na geração hidrelétrica, que atingiu seu menor nível desde 2021, foi compensada pela expansão das renováveis.

Diversificação e Resiliência: A ampliação da capacidade solar e eólica torna o Brasil mais resiliente a secas, evitando maior dependência de fontes fósseis, mais caras e poluentes.

Crescimento das Fontes Renováveis: Em 5 anos, a participação da energia solar na matriz elétrica sextuplicou (de 2,2% para 13%), enquanto a eólica avançou de 15% para 21%.

Próximos Desafios: O principal desafio agora é a expansão da capacidade, superando gargalos na conexão à rede e mantendo as incertezas regulatórias sob controle para consolidar esse avanço.

Energia solar e eólica batem recorde na geração elétrica do Brasil

A energia eólica e solar não estão apenas preenchendo lacunas de curto prazo, mas transformando o sistema elétrico do Brasil.

As energias eólicas e solares produziram mais de um terço da eletricidade do Brasil pelo primeiro mês registrado, atingindo uma participação de 34% em agosto/2025, de acordo com dados oficiais do governo analisados pelo think tank global de energia Ember.

Juntas, elas produziram 19,0 terawatts-hora de eletricidade, superando o recorde mensal anterior de 18,6 TWh em setembro/2024.

O marco ocorreu quando a geração hidrelétrica caiu para o menor nível em quatro anos. A hidrelétrica continuou sendo a maior fonte de eletricidade do Brasil, com 48% em agosto, mas este foi apenas o segundo mês em que forneceu menos da metade da energia do país.

Apesar da fraca produção hidrelétrica, a geração fóssil forneceu apenas 14% da eletricidade do Brasil no mês passado (7,8 TWh). Em anos anteriores de seca, os combustíveis fósseis aumentaram para cobrir déficits, como em agosto/2021, quando a geração fóssil atingiu 26% (13 TWh). O rápido crescimento da energia eólica e solar ajudou o Brasil a evitar picos fósseis semelhantes e onerosos este ano.

Tendência mais longa para a energia solar e eólica

A energia eólica e solar não estão apenas preenchendo lacunas de curto prazo, mas transformando o sistema elétrico do Brasil. Em 2024, as energias eólicas e solares geraram 24% da eletricidade do Brasil, mais do que dobrando sua participação em 5 anos. A energia solar cresceu particularmente rápido, passando de 1,1% em 2019 para 9,6% em 2024, enquanto a energia eólica quase dobrou sua participação, passando de 8,8% em 2019 para 15% em 2024.

Conforme relatado na Global Electricity Review 2025 da Ember, as emissões do setor elétrico brasileiro atingiram seu pico em 2014. Em 2024, elas haviam caído 31%, mesmo com o aumento de 22% na demanda por eletricidade. Um aumento de quinze vezes na energia eólica e solar superou o crescimento da demanda e reduziu a geração de energia fóssil em 45%.

“O Brasil se estabeleceu como líder global em energia limpa”, afirmou o Raul Miranda, diretor do programa global da Ember, com sede no Rio de Janeiro. “A diversificação de sua matriz elétrica tornou o Brasil mais resiliente às secas, ao mesmo tempo em que atendeu à demanda crescente de energia de uma economia em expansão, sem aprofundar sua dependência da importação de combustíveis fósseis caros”. (ecodebate)

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