Atualmente, um quinto
da população mundial não tem acesso à energia elétrica. O dobro desse número -
algo em torno de 3 bilhões de pessoas - ainda depende de fontes energéticas
como carvão, lenha e outros tipos de biomassa tradicionais para satisfazer suas
necessidades básicas. Foi diante dessas estatísticas espantosas que 2012 foi
declarado o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos pela
Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O anúncio foi feito em
janeiro pelo secretário-geral Ban Ki-moon, durante o World Future Energy
Summit, em Abu Dhabi.
Com a criação do Ano
Internacional da Energia Sustentável para todos, a ONU assume três metas
principais, a serem atingidas até 2030: assegurar o acesso universal a serviços
energéticos modernos, dobrar a taxa de crescimento da eficiência energética e a
participação de fontes renováveis no total da energia consumida mundialmente.
Para que esses
objetivos sejam alcançados, por sua vez, Ban Ki-moon ressaltou a importância da
cooperação em diferentes instâncias: em primeiro lugar, entre países
desenvolvidos e em desenvolvimento, por meio do apoio à transição para
tecnologias de baixo carbono; na esfera nacional, entre agentes públicos e
privados, por meio do desenvolvimento de um quadro institucional favorável e
dos investimentos, propriamente ditos.
Espera-se que se
avance na elaboração de um plano de ação sobre sustentabilidade energética até
a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O
encontro que, para Ban Ki-moon, representará um marco na busca pela
universalização de fontes sustentáveis de energia, será realizado no Rio de Janeiro
em junho deste ano e promoverá a discussão de questões relacionadas à economia
verde e ao quadro institucional para o desenvolvimento sustentável.
A partir de então,
caso seja convertida em ações efetivas, a medida adotada pela ONU pode
representar um avanço na mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE)
e, sobretudo, na construção da capacidade de adaptação das populações à mudança
do clima. Afinal, o acesso universal à energia elétrica é, como outros serviços
públicos essenciais, uma condição importante para a expansão das oportunidades
sociais e econômicas, bem como para a redução da vulnerabilidade de comunidades
- em especial aquelas pertencentes a países em desenvolvimento - a eventos
climáticos extremos. (invertia.terra)
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