Eólica poderá responder por 20% da geração no mundo até
2030.
Relatório do GWEC aponta que investimentos e fontes
renováveis são essenciais para países cumprirem as metas da COP 21.
A energia eólica poderá responder por cerca de 20% e toda a
eletricidade gerada no mundo até 2030. Essa é a conclusão do Global Wind Energy
Council (GWEC), que divulgou nesta terça-feira, 18 de outubro, seu relatório
bienal sobre o futuro da energia eólica no mundo. Intitulado de "Global
Wind Energy Outlook 2016", o documento traça cenários em que a fonte
eólica poderia fornecer um quinto de toda geração de eletricidade daqui a cerca
de 15 anos. E ainda, o relatório de 44 páginas analisa quatro diferentes
cenários explorando o futuro da indústria em 2020, 2030 e 2050.
No cenário de 2030, estimou o GWEC, a fonte eólica poderia
chegar a 2.110 GW de capacidade instalada. Esse volume representaria atração de
investimentos da ordem de 200 bilhões de euros. A estimativa é de que criaria
2,4 milhões de novos empregos e reduziria as emissões de mais de 3,3 bilhões de
toneladas ao ano. No cenário mais avançado do GWEC a fonte eólica poderá alcançar
5.806 GW de capacidade instalada em 2050. Seria um potencial de geração de mais
de um terço da eletricidade mundial. O mercado anual nesse horizonte poderia
ultrapassar os 200 GW novos instalados todos os anos e aportes anuais de 275
bilhões de euros ao ano.
O GWEC avalia que a queda de preço nos ultimos anos para a eólica, solar e outras renováveis, não é apenas tecnicamente possível, mas também, economicamente competitiva. No documento, a entidade afrma ainda que novos mercados estão se desenvolvendo rápido na África, Ásia e América Latina.
De acordo com Steve Sawyer, secretário-geral GWEC, a energia eólica é a opção mais competitiva para adicionar nova capacidade à matriz elétrica em muitos mercados em crescimento. E alerta que se os países desejam cumprir os acordos de Paris, referindo-se à COP 21, realizada em novembro de 2015, isso vai significar acabar com plantas de energia de combustíveis fósseis e substitui-las por eólica, solar, hídrica, geotérmica e biomassa. Para ele, esta será a parte difícil e os governos deverão agir com muita seriedade para cumprir o que foi prometido.
Para Sven Teske, analista-chefe do relatório e Diretor de
Pesquisa do Institute for Sustainable Futures da University of Technology
Sydney, acabar com combustíveis fósseis inclui também trabalhar com o setor de
transporte como o maior emissor de CO2. Em sua avaliação, o mercado
para mobilidade elétrica, tanto para veículos elétricos quanto para os de
transporte público, vai continuar a crescer significativamente e, com isso, vai
crescer também a demanda por energia no setor de transporte.
O relatório do GWEC examina o cenário central Agência
Internacional de Energia (e os daods do World Energy Outlook e New Policies
Scenario), e compara com com o IEA’s 450 Scenario, GWEC Moderate Scenario e o
GWEC Advanced Scenario. Os resultados mostram como a indústria eólica deve se
comportar em termos de fornecimento de energia mundial, redução de emissão de
CO2, geração de empregos, redução de custos e atração de
investimentos. Estes quatro cenários são, então, comparados com duas diferentes
possibilidades de demanda mundial por eletricidade.
Sobre o mercado brasileiro, o GWEC destacou que o país
continuará a ser o principal mercado onshore da América Latina até 2020. Além
disso, em função da natureza dos ventos mais estáveis, o país está ao lado do
Marrocos e do Egito entre os locais onde se utiliza as máquinas de classe II e
III que apresentam maiores fatores de capacidade e um baixo custo da energia. (canalenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário