quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Multinacional de energia solar cobre demanda de ilha no Pacífico


Multinacional de energia solar cria estrutura que cobre demanda de ilha no Pacífico.

As empresas SolarCity e Tesla desenvolveram na ilha de Ta’u, a 6.500 quilômetros da costa da Califórnia, no Oceano Pacífico, uma rede elétrica local baseada principalmente na energia solar. Essa iniciativa mudou completamente o perfil energético do local, considerado território dos Estados Unidos e que dependia de geradores elétricos à base de diesel para dispor de eletricidade.
Os 600 habitantes da ilha vulcânica nem sempre tinham o abastecimento de diesel garantido, e por esse motivo havia uma necessidade urgente de criação de novos meios de geração de energia.
Ta’u faz parte do arquipélago da Samoa Americana, estando localizada mais ao leste do conjunto, e com uma condição para aproveitar a energia solar, no mínimo, excelente: no geral, as ilhas de Samoa desfrutam, em média, de 177 dias de sol por ano, de 150 a 200 horas diretas de sol por mês, em todos os meses do ano. Sendo assim, a usina dolar de 1,4 MW de potência, aproveita toda essa energia procedente do sol para garantir eletricidade aos moradores, produzida de forma limpa e com abastecimento garantido.
Ao todo, são 5,3 mil painéis solares disponibilizados pela SolarCity e 60 baterias Tesla, cada uma do tamanho de um pequeno galpão. Esse conjunto de baterias solares fica 100% carregado em sete horas, fornecendo energia suficiente para até três dias consecutivos de consumo da ilha toda.
Dessa forma, a usina solar funciona como uma fonte de energia alternativa de menor custo, sem poluição e mais segura, segundo a SolarCity. E tudo isso sem contar a autonomia que agora a ilha conquistou com esse método de geração de energia.
No entanto, da mesma forma que esse é um case de sucesso para a Tesla, também pode ser considerado um ponto a melhorar. Isso porque, na realidade, a maioria das cidades e regiões do mundo contam com mais de 600 habitantes. Além disso, não contam com tantos dias ensolarados como a ilha.
Sendo assim, o desafio da Tesla é desenvolver equipamentos para populações maiores e climas menos favoráveis ou mais instáveis. Uma das maneiras que mais fazem sentido no momento é unindo a energia solar a outras fontes de energia, renováveis ou não.
Segundo a SolarCity, essa instalação significará para a ilha uma economia de meio milhão de litros de óleo diesel por ano. “Considerando os aumentos dos preços dos combustíveis e os custos de transporte dessa quantidade de óleo em uma distância como essa, a redução de custos é considerável”. Isso, sem contar a diminuição das emissões tóxicas na região. “Ta’u não é um cartão-postal enviado do futuro, mas sim uma fotografia daquilo que já é possível fazer hoje em dia”, afirma Peter Rive, em matéria publicada pelo portal El Pais.
Por fim, vale ressaltar que, em 2016, a Tesla comprou a SolarCity por aproximadamente cerca de US$ 2,6 bilhões (montante em torno de R$ 8,9 bilhões). Com o trabalho de instalação na ilha de Ta’u, a Tesla e a SolarCity demonstraram com ambas as empresas são complementares. (portalsolar)


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