quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

MME defende exploração da energia nuclear pelo setor privado

Ministro de Minas e Energia defende exploração da energia nuclear pelo setor privado.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse não ver restrições à atuação de empresas privadas na exploração de energia nuclear no Brasil, ao tratar da prioridade da pasta em dar seguimento às obras da Usina Nuclear de Angra 3.
Especialista em energia nuclear, Bento Albuquerque foi diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. Desde que assumiu a pasta, o ministro tem defendido que o debate sobre a matriz nuclear brasileira ocorra “sem preconceitos”.
Durante café da manhã com jornalistas, o ministro defendeu a retomada da construção de Angra 3 e disse que o governo procura um parceiro privado para o empreendimento. A coordenação do processo, disse o ministro, ficará a cargo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI).
O ministro defendeu ainda a permanência da energia nuclear como parte estratégica da matriz energética brasileira. “Três países do mundo, Brasil, Estados Unidos e Rússia, possuem grandes reservas de urânio e dominam a tecnologia nuclear, só esses três. Não entendo como um país como o nosso, de grandezas populacional, territorial e econômica, poderia abrir mão de uma matriz como essa”, afirmou.
“Em um país como o nosso, dentro de suas características, a iniciativa privada é fundamental para o seu destino. Eu considero um processo natural no futuro termos no país indústrias que não sejam estatais explorando energia nuclear em todos os segmentos”, disse o ministro.
Atualmente, a Constituição Federal define que a exploração de serviços como a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares são de monopólio da União. A primeira legislação estabelecendo o monopólio da União sobre minerais nucleares e energia nuclear data da década de 1950.
“No momento não é possível [empresas privadas controlarem energia nuclear] por questões da nossa Constituição, que impede isso. Mas eu acredito que no futuro vai ser revisto”, disse o ministro, ressaltando que era uma opinião pessoal. “O mercado internacional tem dado demonstração de confiabilidade e de confiança”, acrescentou.
Segundo Albuquerque, as empresas poderiam atuar em empreendimentos de baixa potência e também na construção de pequenos reatores para dessalinização de água. “São tudo aplicações que a energia nuclear propicia”. (ecodebate)

Nucleares brasileiras geram 15,6 milhões de MWh em 2018

Bom desempenho foi puxado principalmente por Angra 2 que atingiu a expressiva marca de 334 dias sem desligamentos não planejados.
As duas usinas nucleares em operação no Brasil produziram juntas 15,67 milhões de MWh em 2018, informou a Eletronuclear em nota divulgada em 17/01/2019. O destaque foi para Angra 2, que produziu 10,7 milhões de MWh, quinto melhor resultado da história da termonuclear. A usina operou fator de capacidade de 90,27%, o maior entre as empresas do grupo Eletrobras e entre os melhores das usinas nucleares em operação no mundo. Outra marca alcançada por Angra 2 é que a usina completou 334 dias sem desligamentos não planejados.
O bom desempenho de Angra 2 no ano passado não foi novidade. Em 2017, a usina produziu 11,5 milhões de MWh, sua melhor marca. Além disso, quando são analisados os indicadores de longo prazo – nos últimos 60 meses –, observa-se que a Taxa Equivalente de Indisponibilidade Forçada Apurada (TEIFa) da unidade foi de 1,54%, resultado que ficou bem abaixo da média nacional, de aproximadamente 9,2%.
A TEIFa é o índice que reflete o percentual de tempo em que a operação da usina foi interrompida devido a situações imprevistas. Também nesse período, o fator de capacidade médio de Angra 2 foi de 91,26%.
O diretor de Operação e Comercialização da Eletronuclear, João Carlos da Cunha Bastos, ressalta que o resultado de Angra 2 é fruto de muito trabalho: “Esse padrão elevado de desempenho pode ser explicado por três fatores: a qualidade do projeto de Angra 2; a rigorosa condução da Operação e da Manutenção, baseada nas melhores práticas internacionais; e o intenso comprometimento dos colaboradores que trabalham na usina.”
Usinas de Angra 1 e 2 bateram recorde de geração em 2016 mesmo com parada para troca de combustível.
Angra 1 também teve um ano positivo. A usina gerou 4,97 milhões de MWh, uma das melhores marcas da unidade, e operou com fator de capacidade de 88,01%. (canalenergia)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Embratel anuncia nova versão da solução Eficiência Energética

Versão facilita a entrada das empresas no processo de gerenciamento de consumo de energia.
A Embratel anuncia nova versão da solução Eficiência Energética para permitir o início do gerenciamento de consumo energético pelas empresas. A solução Eficiência Energética Embratel ajuda no monitoramento do uso de energia das companhias, garantindo maior controle e melhor gestão de gastos. A oferta é indicada para organizações de diversos tamanhos e segmentos de atuação, como instituições financeiras, hotéis e empresas de varejo em busca de alternativas para reduzir despesas com energia elétrica.
O consumo de energia é uma preocupação constante por representar um gasto expressivo mensal das companhias. A solução Eficiência Energética Embratel foi desenvolvida justamente para ajudar na gestão eficiente do uso e no controle dos gastos por meio de uma oferta completa, com o uso de tecnologia de gerenciadores energéticos aliados ao trabalho de uma consultoria profissional.
“A solução da Embratel proporciona maior autonomia para o gerenciamento e monitoramento de energia das companhias”, afirma Mário Rachid, Diretor Executivo de Soluções Digitais da Embratel. Segundo o executivo, a nova versão, simplificada, tem o objetivo de impulsionar as companhias a iniciarem o monitoramento do consumo, por meio de uma solução de fácil utilização e capaz de estimar os custos com energia.
A oferta Eficiência Energética Embratel funciona da seguinte forma: medidores de energia instalados no quadro de eletricidade da empresa analisam os diferentes circuitos elétricos. Esses medidores se comunicam, via rede móvel, com uma plataforma em Nuvem da Embratel, por meio da qual os gestores têm acesso aos dados sobre consumo energético das suas empresas, de hora em hora. A solução permite a identificação de padrões de uso irregulares responsáveis por impactar o correto consumo de energia elétrica.
Com base nas informações coletadas, a equipe de consultoria da Embratel sugere melhorias, tais como programar o desligamento de determinados equipamentos fora do horário de uso, como iluminação e recursos de TI; orientar os colaboradores sobre boas práticas para economia de energia e até auxiliar na elaboração de um manual de consumo, buscando garantir o uso eficiente da energia elétrica. Por meio de um controle de acesso seguro, as empresas acessam os relatórios com o detalhamento do consumo de cada circuito elétrico.
“A energia é um dos insumos mais importantes para a produção de bens e serviços, afetando diretamente o orçamento de uma empresa. A solução Eficiência Energética Embratel possibilita aos nossos clientes um maior controle sobre o consumo e, consequentemente, uma previsão das faturas mensais”, afirma Rachid.
A solução Eficiência Energética Embratel faz parte do amplo portfólio de Soluções Digitais da Embratel e é customizada de acordo com cada cliente. Para mais informações, acesse: www.embratel.com.br
Sobre a Embratel
A Embratel é uma das mais inovadoras e respeitadas empresas do Brasil. Destaca-se pelo fornecimento de soluções de TI e ofertas digitais para companhias de todos os tamanhos, segmentos e regiões do País. É líder em Telecomunicações e atua como integradora de soluções de TI, Cloud Computing, Data Center, Segurança, Internet das Coisas, Satélite, transmissão de dados, vídeo, Internet, Telepresença, telefonia celular corporativa, telefonia fixa, longa distância nacional e internacional. Com ampla experiência no fornecimento de soluções tecnológicas para grandes eventos, é reconhecida pela entrega de infraestrutura de altíssimo nível com tecnologia totalmente integrada à maior e melhor rede de telecomunicações da América Latina, garantindo maior eficiência no fornecimento de suas soluções. A Embratel faz parte da Claro Brasil e mais informações estão disponíveis no site www.embratel.com.br (Embratel)

FAB prevê pelo menos 70% de economia à instituição

Projetos de eficiência da FAB preveem pelo menos 70% de economia à instituição.
https://www.youtube.com/watch?v=owWeElZwiao – assistam ao vídeo FAB e Eletrobras firmam convênio.
Estado-Maior da Aeronáutica coordena iniciativas em 8 estados da federação, com destaque para Boa Vista (RR), onde foi firmado um convênio com a Eletrobras Distribuidora e com o Cepel. Instituição quer tornar-se referência em sustentabilidade no setor público em até 10 anos.
O Comando da Aeronáutica – COMAER alinhado com políticas públicas de sustentabilidade, implantou o Programa de Eficiência Energética – PEE no âmbito de suas organizações militares, com a inserção de Fontes Incentivadas, com destaque para a fotovoltaica.
A Força Aérea Brasileira havia apresentado sua intenção ainda em outubro do ano passado à Aneel, mostrando o planejamento e as atividades em andamento para implantação do projeto piloto, que é de alcance nacional e está fundamentado nos Procedimentos do PEE da Agência reguladora – PROPEE.
Na ocasião, o Coordenador-Geral do PEE da FAB, Coronel Aviador André Luiz dos Santos Caldeira, reuniu-se em Brasília com o Diretor-Geral da Aneel, André Pepitone, (DF), para apresentar os principais aspectos do Programa de Eficientização, que tem como objetivo aperfeiçoar a gestão energética em toda a corporação, bem como otimizar os recursos empreendidos.
Segundo o oficial, o Estado-Maior da Aeronáutica está coordenando as ações da iniciativa no âmbito da FAB, que incluem não apenas o diagnóstico técnico e a apresentação de projetos eficientes às distribuidoras locais de energia elétrica, mas também a conscientização coletiva no uso racional dos recursos energéticos.
“Temos programas para causar reflexões que irão contribuir para uma mudança de comportamento. A ideia é que todos que utilizam energia, passem a utilizá-la de modo racional”, explicou o coronel. Ele afirma também que os estudos e projetos da corporação seguem a metodologia da Aneel e de protocolos internacionais na busca pela máxima eficiência nos sistemas de iluminação, de condicionamento de ar, de refrigeração, motriz e aquecimento de água.
O programa é amplo e vai agir também na parte de iluminação, ar-condicionado, refrigeração, outros tipos de elementos que reforçam a necessidade de deixar bem claro como fazer uso dessa energia.
Neste contexto, as Guarnições de Aeronáutica – GUARNAE, sediadas em diversas localidades, tais como Boa Vista (RR), Brasília (DF), Natal (RN), Anápolis (GO), Canoas (RS) e São José dos Campos (SP), iniciaram as tratativas com as distribuidoras regionais de energia ainda em 2018, visando o estabelecimento de parcerias institucionais.
Na etapa já em andamento neste ano, o projeto abrange as localidades de Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), Natal (RN), Anápolis (GO), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Guaratinguetá (SP), Canoas (RS) e Santa Maria (RS). Um dos destaques fica para Boa Vista, onde foi firmado um convênio com a Eletrobras Distribuidora Roraima e com o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – Cepel para as ações em curso.
Segundo a FAB, esta fase do programa segue o modelo do PROPEE, onde são realizados os inventários dos equipamentos elétricos que formam os Sistemas de Iluminação, ar condicionado, refrigeração, motriz e de aquecimento de água, visando o correto diagnóstico energético para a aplicação das ações de eficiência energética.
Em Brasília, todas ações de eficientização, incluindo substituição de equipamentos e redimensionamentos, com a possibilidade de construção de uma Usina Solar Fotovoltaica, irão angariar uma quantia estimada em R$ 30 milhões.
Este aporte proporcionará, aproximadamente, uma economia superior a 80% no valor da conta de energia elétrica, com um retorno da aplicação em torno de seis anos. Cabe ressaltar que o investimento é para um período médio de cinco anos, a ser realizado com recursos de parcerias estratégicas.
Os dados gerais de economia com a iniciativa estão sendo atualizados, mas a FAB estima, após concretizada a implantação do programa, uma economia de no mínimo 70% dos valores atualmente gastos com o pagamento da conta de energia.
O Comando da Aeronáutica declarou que ao longo dos últimos anos vem emitindo Diretrizes Estratégicas que estabelecem um “plano de voo” para o tema. As atividades relativas ao PEE-COMAER estão inseridas no contexto de reestruturação do Comando e, nesse sentido, as ações sustentáveis, outrora implantadas, estão sempre em constante aperfeiçoamento.
Segundo o oficial Caldeira, a Força Aérea consome atualmente pelo menos 291 GWh/ano, o que equivale a cerca de 2% da carga no poder público nacional. A instituição trabalha com a ideia de, em até 10 anos, tornar-se referência em sustentabilidade no setor público. (canalenergia)

sábado, 26 de janeiro de 2019

Os maiores produtores de biodiesel do Brasil em 2018

O Brasil produziu em 2018 o maior volume de biodiesel de sua história. Essa marca foi atingida em razão do aumento da mistura de biodiesel no diesel para 10%. Essa demanda maior trouxe oportunidade para as usinas aumentarem suas vendas e lutarem para ganhar uma fatia maior de um bolo bem maior que no ano anterior.
Determinação do CNPE impulsiona o mercado deste biocombustível.
Veja abaixo:
- Quem ganhou e quem perdeu com o aumento da mistura de biodiesel;
- As usinas que mais produziram biodiesel;
- A concentração do mercado entre as maiores empresas;
- Os estados com maior produção;
- A evolução entre 2017 e 2018. (biodieselbr)

Adição de bioquerosene será obrigatória na Espanha

Adição de bioquerosene pode se tornar obrigatória na Espanha.
Os voos de e para a Espanha podem se tornar um pouco mais verdes dentro dos próximos anos. O governo de Madri está planejando exigir que as empresas aéreas em operação no país passem a adicionar uma parcela de bioquerosene (bioQAV) em todo o combustível de aviação que suas aeronaves consumirem. Inicialmente a mistura seria de 2% e passaria a ser exigida em 2025. (biodieselbr)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Energia solar produzida na USP poderia abastecer 3,2 mil casas

O caminho da energia solar na USP
Em maio de 2012, o Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP iniciou as atividades para a implantação da usina fotovoltaica no campus Cidade Universitária, no Butantã, em São Paulo. Os projetos receberam recursos da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) e da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), além do auxílio da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp) e da Prefeitura do Campus da capital (PUSP). Conheça a localização das placas solares e a sua contribuição para a demanda de eletricidade do campus.
Onde estão as placas solares
Os sistemas de energia solar da USP, em São Paulo, totalizam, juntos, 540 kW de potência, gerando o total de 1% da energia elétrica do campus. A energia produzida é jogada na rede subterrânea, podendo ser utilizada por toda a Cidade Universitária.
Luz solar transformada em energia elétrica
Quanto a USP economiza?
Em 2017, a USP consumiu quase 80 mil  Megawatt-hora (MWh)
Isso equivale a um custo de 30 milhões de reais*
* considerando apenas o campus Cidade Universitária
A economia pode chegar a 305 mil reais com o 1% de energia gerada via usinas solares
A energia solar produzida na USP poderia abastecer 3200 casas.
*domicílio padrão com quatro pessoas e um consumo mensal de 250 kWh/mês
Novas instalações
A USP poderia ter uma economia ainda maior caso houvesse investimento em mais usinas solares. Em 2017, o então aluno do IEE Mario Luiz Ferrari Pin fez, em sua dissertação de mestrado, um levantamento do potencial para instalação de novos sistemas fotovoltaicos na Cidade Universitária
14 edifícios
poderiam ter módulos fotovoltaicos instalados em seus telhados, como o Conjunto Residencial (Crusp) e o Departamento de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)
As novas usinas poderiam gerar até 3,1% da energia elétrica consumida no campus.
Outras unidades onde é possível instalar placas solares
Instituto de Ciências Biomédicas
Faculdade de Economia e Administração
Instituto de Química
Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica
Centro de Difusão Internacional
Faculdade de Odontologia
Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
Instituto Oceanográfico
Centro de Práticas Esportivas – Raia Olímpica
Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica (ecodebate)

Energia solar fotovoltaica brasileira ultrapassará 3.000 MW

Energia solar fotovoltaica ultrapassará a marca de 3 mil megawatts em 2019 no Brasil.
Segundo projeções da ABSOLAR, o setor solar fotovoltaico investirá este ano mais de R$ 5,2 bilhões, gerando mais de 15 mil novos empregos no País.
Em 2018, o Brasil ultrapassou a marca histórica de 2 mil megawatts (MW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica conectados na matriz elétrica nacional. E a trajetória de crescimento seguirá em ritmo acelerado em 2019.
Segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o setor solar fotovoltaico ultrapassará a marca de 3 mil MW até o final do ano, atraindo ao País mais de R$ 5,2 bilhões em novos investimentos privados, com a instalação de mais de 1 mil MW adicionais em sistemas de pequeno, médio e grande porte. Com isso, o crescimento anual do mercado será de 88,3% frente ao crescimento do ano de 2018, ajudando a acelerar a economia nacional.
“O mito de que a energia solar fotovoltaica era cara já caiu por terra. Já é uma das fontes renováveis mais competitivas do Brasil, com retornos sobre investimento entre 3 e 7 anos na geração distribuída. Com isso, a energia solar fotovoltaica crescerá mais de 80% em 2019 e será uma grande locomotiva de prosperidade, contribuindo para o progresso e desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. Este será mais um ano radiante para o mercado solar fotovoltaico brasileiro, repleto de boas oportunidades, novos negócios, atração de investimentos e geração de mais empregos”, comenta o presidente do conselho de administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk. “O País tem um potencial solar privilegiado e poderá se tornar uma das principais lideranças em energia solar fotovoltaica no planeta ao longo dos próximos anos”, completa Koloszuk.
No segmento de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica, composto por sistemas de pequeno e médio porte instalados em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos, a ABSOLAR projeta um crescimento do mercado de mais de 97% frente ao total adicionado em 2018, com a entrada em operação de 628,5 MW em 2019, totalizando 1.130,4 MW até o final do período. Com este avanço a participação do segmento de geração distribuída no mercado solar fotovoltaico brasileiro subirá de 21,9% até 2018 para 34,2% até o final de 2019, demonstrando a relevância cada vez maior deste mercado para o setor.
“A geração distribuída está em alta e é imprescindível para o avanço da energia solar fotovoltaica no Brasil. Ela será responsável pela movimentação de mais de R$ 3 bilhões em todos os estados e municípios do País, trazendo economia e sustentabilidade aos consumidores públicos e privados, ao mesmo tempo em que gera milhares de empregos locais qualificados para a população”, destaca o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
Já no segmento de geração centralizada solar fotovoltaica, composto por usinas de grande porte, a ABSOLAR projeta a adição de mais de 380 MW, número muito inferior às expectativas do mercado. O pequeno volume é resultado do cancelamento, pelo Ministério de Minas e Energia, de dois leilões de energia solar fotovoltaica que seriam realizados em 2016. A situação diminuirá a participação do segmento de geração centralizada no mercado solar fotovoltaico brasileiro de 78,1% até 2018 para 65,8% até o final de 2019, evidenciando o impacto negativo do cancelamento dos leilões de energia de 2016.
“Foi um tropeço horrível e um golpe duro para o setor, que frustrou as expectativas do mercado, congelou investimentos internacionais estratégicos ao Brasil e prejudicou o desenvolvimento da fonte. O Governo Federal pode reverter este quadro, com previsibilidade e continuidade na contratação para evitar estas situações. Por isso, a ABSOLAR recomenda ao Ministério de Minas e Energia a contratação de 2.000 MW por ano em usinas solares fotovoltaicas de grande porte. A fonte está entre as mais baratas e sustentáveis do Brasil e queremos contribuir na expansão renovável e competitiva da matriz elétrica nacional nos leilões A-4 e A-6 de 2019, bem como junto aos consumidores livres”, explica o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
Segundo levantamento da ABSOLAR, o setor solar fotovoltaico possui mais de 20.021 MW em estoque de projetos não contratados de usinas solares fotovoltaicas, disponíveis e preparados para participar de novos leilões de energia do Governo Federal. (portalsolar)

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Telhado solar em resort nas Maldivas é destaque principal no projeto arquitetônico

Empreendimento integra os painéis solares do teto ao design geral da ilha e aposta no chamado “turismo sustentável” na região.
O recém-inaugurado resort Kudadoo Maldives, localizado nas Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, elevou a energia solar para um novo patamar de sustentabilidade, usabilidade e beleza. O sistema de geração distribuída instalado no telhado do empreendimento foi concebido e desenhado para funcionar como o destaque principal de todo o projeto arquitetônico.
A empresa que está por trás do projeto na ilha privada é a Yuji Yamazaki Architecture (YYA), de Nova York (EUA). A proposta do empreendimento é a aposta no chamado “turismo sustentável”, que tem crescido exponencialmente em todo o mundo. O plano principal para o resort foi integrar os painéis solares do telhado ao design geral da região.
Embora a energia solar não seja uma novidade na ilha, já que tradicionalmente os sistemas são instalados em locais escondidos, o resort, por sua vez, distingue-se pelo seu impressionante telhado fotovoltaico, que está decididamente visível, tornando-se o ícone do lugar.
Com o Kudadoo Maldives, a YYA afirma que o conceito solar deve ser tão informativo e persuasivo quanto produtivo. De relance, os visitantes podem avaliar o tamanho do telhado solar, e então compreender a relação com a escala do resort por ele abastecido.
O projeto revela a geometria do sistema fotovoltaico, que não só maximiza a produção de eletricidade por seu ângulo de inclinação, mas também minimiza o consumo de eletricidade no local, permitindo que os raios solares passem pelas aberturas entre os painéis, o que reduz o uso de luz artificial durante o dia.
O sistema de geração solar distribuída do Kudadoo Maldives possui 320 kWp e gera eletricidade suficiente para alimentar todo o retiro de ilha de três hectares, sem a necessidade de qualquer fornecimento de energia adicional, como o diesel, por exemplo.
Os engenheiros do projeto preveem que o investimento inicial para instalar o sistema solar completo se pague em apenas cinco anos. (portalsolar)

Chernobyl inaugura projeto de utilização de energia solar

Em abril do ano de 1986, um acidente na usina soviética lançou material nuclear por toda a extensão europeia, matando algumas pessoas por conta das doenças causadas pela forte radiação. Recentemente, a Ucrânia inaugurou uma usina solar em Chernobyl, de frente com a usina que provocou este grande e histórico acidente nuclear.
Em uma área considerada com alta contaminação, foram instalados 3.800 painéis solares que são capazes de gerar energia para 2.000 residências. Chamada de Chernobyl Solar, a usina solar terá capacidade de gerar 1 megawatt. O projeto é uma parceria entre a empresa ucraniana Rodina e da alemã Enerparc AG. A usina Chernobyl Solar teve o custo de, aproximadamente, 1 milhão de euros. No entanto, aproveitou os benefícios das tarifas renováveis que fixam um preço determinado para a eletricidade.
A área que continua isolada e inabitável em grande parte só pode ser visitada com o acompanhamento de guias que possuem medidores de radiação. Muitas pessoas que estiveram em contato com a radiação contraíram doenças graves como, por exemplo, o câncer. Houve muitas mortes e pessoas continuam sendo prejudicadas pela radiação, e isso causa uma certa polêmica e debates sobre o assunto.
Um novo Arco de Confinamento Seguro que cobre o quarto reator danificado da usina nuclear de Chernobyl é visto perto de uma usina solar recém-construída em Chernobyl, Ucrânia.
Um imenso arco de 36.000 toneladas foi erguido sobre a usina nuclear há dois anos, com a intenção de bloquear a radiação e, assim, possibilitar que os restos do reator sejam desmontados com total segurança.  A gerente da antiga usina nuclear de Chernobyl disse que não conseguia imaginar que seria possível gerar energia naquele local. Desde 2000, quando houve o fechamento da usina, essa foi a primeira vez que houve geração de energia.
Agora, com a inauguração da usina Chernobyl Solar, haverá um aumento de investimentos em recursos naturais e renováveis pela Ucrânia. Mais de 500 MW de capacidade de energia renovável foram acrescentados ao sistema elétrico do país entre os meses de janeiro e setembro. Este crescimento, segundo o governo, representa mais que o dobro em comparação ao ano de 2017.
A usina Chernobyl Solar não é gigante, porém, as 3.800 placas solares instaladas irão captar muita energia solar e, assim, atender a muitas pessoas. O aproveitamento da área inabitável também causa muita repercussão. Ninguém pensou antes em utilizar o terreno para construir usinas solares? A questão é que a construção da usina Chernobyl Solar foi um grande desafio para os envolvidos justamente por se tratar de um local tão perigoso.
A Ucrânia soube aproveitar os subsídios que são ofertados para as energias renováveis. Um exemplo disso foi o incrível projeto da usina Chernobyl Solar. Já faz algum tempo que o governo ucraniano passou a investir intensamente nas energias renováveis, principalmente na energia solar. O país enxergou na energia solar uma solução para um local onde nada mais poderia ser feito.
Ucrânia encontrou o uso perfeito para as terras radioativas de Chernobyl.
Inauguração dos painéis solares em Chernobyl
A Ucrânia está aproveitando os terrenos inabitáveis de Chernobyl para instalar painéis solares e produzir energia solar. (portalsolar)

domingo, 20 de janeiro de 2019

Fernando de Noronha usará energia solar para operar sistema de dessalinização

Projeto em Fernando de Noronha irá utilizar energia solar para operar um sistema de dessalinização.
Um projeto-piloto está sendo realizado em Fernando de Noronha, Pernambuco. O chafariz e dessalinizador da Vila do Trinta passará a funcionar com uma fonte energética renovável: a energia solar. O foco do projeto é suprir, com o uso da energia solar, aproximadamente, 70% da energia consumida no equipamento. Até então, grande parte da energia gerada na ilha é produzida através da queima de combustíveis fósseis, como o óleo diesel.
A instalação do sistema solar fotovoltaico já foi feita e o método utilizado é o de compensação de energia, conforme determina as resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ou seja, o sistema solar fotovoltaico será ligado à rede elétrica da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), tendo a possibilidade de exportar o excedente produzido ou, até mesmo, consumir a energia gerada. De acordo com a Compesa, a contabilidade é feita por um medidor bidirecional.
O projeto-piloto no chafariz foi apenas a primeira unidade da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), que pretende ter mais sistemas de geração de energia solar fotovoltaica. Segundo o coordenador do projeto, a companhia planeja ampliar essa ação para outras unidades no Estado. Estima-se que sejam instalados mais dois sistemas solares fotovoltaicos com 75 e 230 kWp.
O equipamento solar instalado pela companhia é composto por placas fotovoltaicas, inversor de frequência solar e acessórios que garantem sua eficiência. O engenheiro eletricista Milton Tavares, coordenador do projeto, afirma que embora a ação esteja sendo testada, é uma maneira da Compesa contribuir de forma direta para a conservação ambiental da Ilha de Fernando de Noronha, reduzindo a emissão de CO2.
energia solar possui diversos benefícios e vantagens em comparação às fontes comuns. Por ser uma fonte de energia renovável e limpa, não prejudica a natureza! A fonte solar se tornou importante para a preservação do meio ambiente e seu futuro, além de não emitir gases poluentes, também não compromete os recursos naturais e essenciais à vida, como a água.  Os mares e rios são preservados com a energia solar.
Atualmente, a energia solar é considerada a melhor opção para obter energia. Existem diversas formas de captação desta fonte renovável que pode ser utilizada em residências, empresas, indústrias e campos. A instalação dos equipamentos é rápida, levando somente de 2 a 3 dias. Além disso, os painéis solares são resistentes e possuem grande duração, cerca de vinte e cinco anos, ou seja, não requer muitas manutenções.
Placas de geração de energia fotovoltaica foram instaladas pela companhia.
A energia solar é a melhor alternativa para quem se preocupa com sustentabilidade e preservação da natureza. (portalsolar)

China transforma mina de carvão destruída em fazenda solar flutuante

Demanda global por geração fotovoltaica em espelhos d’água foi avaliada em US$ 106,85 milhões no ano passado e deve contabilizar US$ 584,27 milhões até 2024.
A China acaba de dar um dos passos mais significativos no combate a poluição no país. O governo chinês inaugurou a maior usina de energia solar flutuante do mundo, construída numa área alagada de uma antiga mina de carvão destruída.
Com 70 megawatts (MW) de potência instalada, o empreendimento abrange mais de 63 hectares da área inundada e vai fornecer energia limpa e sustentável para cerca de 21 mil residências no país. Especialistas acreditam que a China, que autodeclarou guerra à poluição em 2014, pretende reorganizar o panorama energético mundial.
Prova disso é que o projeto na mina de carvão chamou atenção das grandes corporações e despertou o interesse de outras nações ao redor do mundo, a ponto de provocar uma série de lançamentos de produtos inovadores e adaptados para melhorar a eficiência de usinas de energia solar flutuante, inclusive no Brasil.
Na contramão dos Estados Unidos, o governo chinês anunciou a maior fazenda solar flutuante do mundo, construída sobre uma antiga grande mina de carvão, no sudeste do país. O local virou um grande reservatório de água, por causa das chuvas.
O plano da China é aproveitar várias minas de carvão abandonada e impactadas e construir dezenas e até centenas de fazendas solares flutuantes de 1 gigawatt (GW). A proposta por trás desses projetos sugere que não apenas os chineses estão assumindo a liderança em energias renováveis, mas estão indo além da velocidade, eficiência e produção em massa, tornando-se um centro de inovação em tecnologias de energia verde.
A demanda global por mercado de usinas solares flutuantes foi avaliada em US$ 106,85 milhões no ano passado e deve contabilizar US$ 584,27 milhões até 2024, com uma taxa de crescimento composta estimada em 28,0% de 2019 a 2024.
Atualmente, a China não apenas se destaca como o maior mercado de energia solar em todo o mundo, após adicionar 34 GW de energia em 2016 – duas vezes a quantidade instalada nos EUA – mas também consolidou sua posição como líder mundial em energia renovável.
China é a maior produtora de energia solar do mundo.
Minas de carvão desativadas viram fazendas solares.
Vários países ao redor do mundo substituem o mais sujo dos combustíveis fósseis por fazendas de energia solar.
Com investimentos crescentes, a China dependerá em grande parte de usinas solares flutuantes para alcançar as suas metas de energia renovável e emissões de GEE. Aprovado com uma pipeline relativamente poderosa no que diz respeito à implantação de energia solar, estima-se que o mercado de painéis solares flutuantes da China tenha uma taxa de crescimento de mais de 30% entre 2019 e 2024. (portalsolar)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Ambev anuncia projeto de energia solar para abastecer operações em MG

Cervejaria Ambev anuncia projeto de energia solar para abastecer operações em Minas Gerais.
Usina fotovoltaica será inaugurada em Uberlândia e vai abastecer 100% dos centros de distribuição no estado mineiro.
A Cervejaria Ambev acaba de anunciar um projeto de abastecimento energético à partir de fontes renováveis todas as operações da empresa no estado de Minas Gerais. Os centros de distribuição que a companhia mantém no território mineiro terão em breve sistemas fotovoltaicos de geração distribuída.
A companhia vai inaugurar no complexo de Uberlândia (MG) uma usina de energia solar com capacidade de geração de 1.815 kWp. Previsto ainda para este ano, o projeto contará com 4.905 painéis fotovoltaicos e integra a meta de sustentabilidade anunciada em 2017 pela cervejaria, de ter todas as operações no Brasil alimentadas por energias de fontes renováveis até 2025.
A expectativa da empresa com a usina é capturar a emissão de 1.910 toneladas de CO2 na atmosfera. O programa de sustentabilidade da Ambev inclui também a utilização de 1,6 mil caminhões elétricos movidos à partir de energia limpa, que devem entrar em operação nos próximos cinco anos.
"Fábrica da Ambev em Uberlândia (MG). Usina solar vai abastecer estrutura e mais 13 centros de distribuição."
A empresa está desenvolvendo, em parceria com a Volkswagen Caminhões e Ônibus, o primeiro modelo 100% elétrico e movido a energia à partir de fontes renováveis da América Latina, com zero emissão de carbono, micropartículas e dos poluentes óxidos de nitrogênio (NOx) liberados pelo diesel.
A primeira fase de testes, que durou cerca de 30 dias, já foi concluída e o protótipo percorreu um total de 915 quilômetros, com emissão zero de partículas poluentes. Os testes reproduziram as rotas mais comuns feitas pelos caminhões na entrega e distribuição de bebidas da Cervejaria Ambev na cidade de São Paulo.
Em pleno funcionamento, a empresa terá 35% da frota que atende as operações da cervejaria composta por veículos movidos a energia limpa, que representa a redução de mais de 30,4 mil toneladas de carbono por ano. (portalsolar)

Expansão da matriz em 2018 alcançou 7,2 GW

Segundo dados da Aneel, esse é o quarto maior em termos de expansão desde o ano de 1998, a média de crescimento no período ficou em 4,6 GW.
Dados preliminares da Aneel apontam que o país apresentou o acréscimo de 6.525,41 MW em sua matriz elétrica no ano de 2018. De acordo com o relatório mensal da agência reguladora, que traz os números até o dia 15 de dezembro, foram 1.014,36 MW no mês passado e 1.261,99 MW durante novembro. Já com a o relatório de janeiro, considerando o volume adicionado nos últimos 15 dias do ano passado, o total acrescido foi elevado a 7.220,07 MW. Com esse resultado 2018 figurou como o quarto no ranking de expansão anual no histórico que data de 1998. No somatório desses 20 anos, o crescimento da capacidade de geração no país foi de 97.932,21 MW.
O ano em que o país registrou o maior crescimento da sua capacidade de geração foi em 2016 quando entraram em operação 9.526,30 MW, em 2014 foram mais 7.509,41 MW e em 2017, 7.393,48 MW. A média anual de incremento da matriz de geração brasileira desde 1998 é de 4.663,01 MW.
No acumulado do ano, até 15 de dezembro, a fonte hídrica foi a maior responsável pelo crescimento. Em UHEs foram 3.608,55 MW decorrentes, principalmente, da entrada em operação comercial de cinco máquinas de 611,11 da UH Belo Monte (PA, 11.233 MW) e mais 190,20 MW em PCHs.  A fonte eólica contribuiu com mais 1.613,95 MW em nova capacidade, seguida pela solar com 766,82 WM e a térmica com 345,89 MW (237,49 MW de usinas a combustíveis fósseis e 108,40 MW a biomassa).
Para os próximos anos são esperados mais 19.292,83 MW em nova capacidade de operação e há mais 4.420,08 MW sem previsão para entrada em operação. Desse montante, o maior volume é esperado para este ano com 6.467,37 MW, a maioria está com a sinalização verde, ou seja, sem restrições para a entrada em operação, apenas 343 MW apresentam restrições e são sinalizados na cor amarela. Na sequência, estão planejados 4.408,60 MW em 2020, 4.035 MW em 2021, 1.468,29 MW em 2022 e mais 2.913,56 MW em 2023.
Por fonte, os próximos cinco anos deverão apresentar leve retração na participação da fonte hídrica na matriz elétrica nacional. De acordo com os dados da Aneel, é esperada a expansão de 4.855,66 MW, a maior parte (3.502 MW) somente este ano. O maior volume deverá vir de térmicas fósseis com 6.253,74 MW, se desconsiderar as restrições sinalizadas pela agência reguladora, que colocam 3.888 MW sem restrições e outros 2.637 MW classificados em amarelo. A biomassa está contemplada com pouco mais de 1.200 MW, mesmo patamar de PCHs. Em eólica e solar fotovoltaica há 3.728,75 MW e 1.937,92 MW na soma das classificações verde e amarela, respectivamente. (canalenergia)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Geração de energia eólica cresce 15% em 2018

Geração de energia eólica cresce 15% em 2018, diz CCEE.
Representatividade da fonte chega a 8,3% de toda energia produzida no Sistema Interligado Nacional do Brasil.
A geração de energia eólica em operação comercial no país cresceu 15% de janeiro a outubro em relação ao mesmo período do ano passado, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em nota ao mercado na última quinta-feira, 20.
As usinas movidas pela força do vento produziram 5.197,26 MW médios frente aos 4.527 MW médios entregues ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2017. A representatividade da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período alcançou 8,3%. A fonte hidráulica (incluindo as pequenas centrais hidrelétricas) foi responsável por 71,3% do total e as usinas térmicas responderam por 20,4% incluindo as usinas solares.
Ao final de outubro, a CCEE contabilizou 557 usinas eólicas em operação comercial no país que somavam 14.214 MW em capacidade instalada, número 16% superior frente aos 12.250 MW de capacidade das 480 unidades geradoras existentes em outubro/2017.
Quando a análise foca na geração por estado, o Rio Grande do Norte se mantém como maior produtor de energia eólica no país com 1.473,3 MW médios de energia entregues nos primeiros dez meses de 2018. Na sequência, aparecem a Bahia com 1.236,4 MW médios produzidos, o Ceará com 732,4 MW médios, o Piauí com 648,4 MW médios, e o Rio Grande do Sul com 617,4 MW médios.
(canalenergia)

Energia eólica decola no Brasil; Solar continua engatinhando

O Brasil tem sol e ventos para ser líder em renováveis no mundo. Por enquanto, estamos crescendo em eólica, mas o investimento em solar é decepcionante.
A Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), um órgão da ONU que promove novas fontes de energia, publicou na semana passada a atualização de seu estudo global sobre o atual estágio das energias renováveis no mundo. Os dados mostram que, no ano passado, as renováveis cresceram 8,5% e já somam 1.985 GW de potência instalada.
Os dados, de mais de 200 países ou territórios, estão abertos no site da agência. Uma análise desses números mostram alguns resultados interessantes. O Blog do Planeta montou alguns gráficos para mostrar o atual estágio das renováveis no Brasil. Um resumo: energia eólica está em rápido crescimento, mas no quadro geral, ainda estamos bem atrasados, e o nosso investimento em energia solar é ainda decepcionante.
O primeiro gráfico mostra o crescimento das energias renováveis nos últimos dez anos. Ele considera só as novas fontes de energia. As hidrelétricas, que já estão consolidadas, não entram. A curva mostra um crescimento expressivo. Saimos de pouco mais de 6 mil MW em 2006 para 22 mil MW no ano passado.
Energias renováveis no Brasil.
O avanço parece impressionante, mas colocado em perspectiva, nem tanto. Uma comparação com outros países mostra que crescemos muito pouco. Um exemplo interessante é a China, que tinha, em 2006, o mesmo patamar de geração de energia renovável que o Brasil. Coloque a China no gráfico e podemos perceber que o avanço brasileiro é quase imperceptível.
Energias renováveis no Brasil.
É verdade que a situação econômica de Brasil e China são muito diferentes, e o PIB da China é quase quatro vezes maior do que o brasileiro. Ainda assim, o investimento brasileiro em energias renováveis não hídricas ficou muito abaixo da capacidade brasileira. O país preferiu investir, nos últimos dez anos, em grandes hidrelétricas - o que nos deixou vulneráveis á seca do ano passado. Também houve redução dos incentivos à biocombustíveis nos últimos anos. O resultado é que continuamos muito dependentes da chuva.
Energias renováveis no Brasil.
Apesar dos problemas, é inegável que os dados mostram uma boa notícia: o crescimento da energia eólica no Brasil. Em 2006, a potência instalada de energia eólica era inexpressiva. Pouco menos de 200 MW. Em dez anos, a eólica atingiu mais de 8 mil MW, ultrapassando a a energia nuclear (que não está nos gráficos por não ser renovável) e se tornando uma das mais importantes fontes de energia do país. Com isso, o Brasil se torna o décimo maior gerador de energia eólica do mundo, como mostra a tabela abaixo.
Energias renováveis no Brasil.
Já o dado decepcionante é o quanto estamos atrasados em energia solar. O Brasil só começou a investir em painéis fotovoltaicos em 2011. Estimativas mostram que o Brasil poderia gerar mais de 100 mil MW de energia solar - o suficiente para suprir a maior parte da energia do país. Em vez disso, 2015 terminou com apenas 21 MW de potência instalada. Não são 21 mil, não. Apenas 21 MW mesmo. Uma comparação com os países da América Latina exemplificam nosso atraso: estamos gerando menos energia solar do que a Guiana Francesa, por exemplo.
Energias renováveis no Brasil. (globo)