Resultado obtido em 2018 consolida novo patamar histórico da usina e comprova o aumento da eficiência da área técnica da binacional.
Com a geração de 96.585.596 MWh em 2018, a usina de Itaipu obteve a quarta melhor produção anual de sua história. Com a nova marca, todas as cinco maiores gerações anuais da binacional ocorreram em anos recentes e em ordem crescente: 2017, 2018, 2012, 2013, 2016, o que comprova um aumento gradativo da eficiência da área técnica da empresa. No ano passado, foram gerados 96.585.596 MWh, quantidade 0,21% acima da produção de 2017, de 96.387.357 MWh.
Para o diretor técnico executivo da empresa, Mauro Corbellini, a elevada produção de energia no ano que passou e dos outros anos recentes é explicada pela eficiência operacional da usina. “Foi um ano especialmente desafiador, porque oscilou entre períodos de alta produção com períodos de afluência abaixo da média e restrições de demanda. Mesmo assim, fechamos com a quarta maior produção”, celebrou.
Em 2018, o Fator de Capacidade Operativa (FCO), um índice que mede o quanto a utilização do recurso hídrico é bem sucedida, foi de 99,3%; segundo melhor da história. Nos últimos cinco anos, esta média ficou em 98,6%. “Para 2019, nossa equipe continuará se dedicando, trabalhando com comprometimento para este setor que é tão estratégico às sociedades brasileiras e paraguaias”, concluiu.
Na visão do diretor-geral brasileiro, Marcos Stamm, essa e outras marcas mostram o compromisso da binacional que, mesmo num ano de dificuldade hidrológica, supera-se para garantir o desenvolvimento regional do Brasil e do Paraguai. “É um trabalho constante que requer o comprometimento de brasileiros e paraguaios na gestão operacional e estratégica da usina”, afirmou.
À título de comparação, a energia gerada em 2018 pela usina poderia abastecer todo o planeta por um dia e 13 horas, o Brasil por 2 meses e 14 dias, o Estado de São Paulo por oito meses e 28 dias ou uma cidade do porte de Curitiba por 21 anos, cinco meses e dez dias.
Itaipu atinge quarta maior
produção anual e consolida patamar histórico.
Corrida da energia
Para atingir a marca, a
produção de energia foi como uma corrida ao longo do ano. Nos cinco primeiros
meses, por exemplo, a produção foi a maior de todos os tempos para aquele
período, superando em 7% o que foi gerado nos mesmos cinco meses iniciais de
2017. Das 10 maiores produções diárias do histórico, sete foram em março de
2018, que atingiu 9,9 milhões de MWh, o melhor mês do ano.
Após o excelente começo de
ano, a geração teve queda entre maio e setembro, por conta da escassez de água.
O pior mês foi junho, com uma produção abaixo dos 6,4 milhões de MWh. A partir
de outubro, a geração voltou a subir. Além de bater o recorde de melhor
novembro, com 9,3 milhões de MWh gerados naquele mês, Itaipu chegou, em 28 de
novembro, à marca de 2,6 bilhões de MWh gerados desde o início da produção, em
maio de 1984. Produção que dificilmente será superada por qualquer outra
geradora de energia.
Em dezembro, começaram as
“ultrapassagens” já dentro das dez melhores marcas. No dia 8 a produção superou
a do ano de 2007. Depois, em média a cada dois dias, as outras marcas foram
sendo ultrapassadas até que, no dia 23 de dezembro, a geração de 2018 entrava
entre as cinco melhores, desbancando 2008 e fazendo com que todas melhores
produções fossem de anos recentes. Às 2h08 do dia 31, a produção de 2018
superou a de 2017, assumindo, finalmente, a quarta melhor marca histórica.
Trabalho conjunto
O superintendente interino de
Operação, Fernando Menezes, ponderou que 2018 foi um ano atípico em relação às
chuvas. “Tivemos os meses iniciais muito bons, mas entre abril e setembro, foi
um período bastante seco. A retomada das chuvas só ocorreu depois. Isso gerou
impacto em nossa afluência e, portanto, na produção”.
Na média histórica, desde
1990, o ano de 2018 foi somente o 17º em afluência. Exatamente por este motivo,
para manter a elevada produção, foi preponderante o trabalho conjunto de toda a
área técnica da Itaipu, a chamada “dança com as águas”, ou seja, garantir que
os equipamentos e sistemas associados à produção de energia estejam disponíveis
de acordo com o sinal hidrológico.
O Programa Anual de Parada
das Máquinas ficou mais flexível nos últimos anos devido às melhorias de
processos e ajustes das periodicidades e nos tempos das paradas das máquinas
para manutenção. “Com as novas melhorias, até 2019 teremos uma redução
acumulada, desde 2013, de 40% no tempo anual necessário para manutenção das
unidades geradoras. Isso proporciona um melhor aproveitamento dos recursos
humanos para atendimento de novas demandas e novos sistemas”, afirmou o
superintendente interino de Manutenção, Marco Aurélio Siqueira Mauro. O
percentual representa um ganho de 117 dias em que as unidades ficam disponíveis
para gerar energia. (canalenergia)
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