Fonte passou a ocupar a
segunda posição na matriz elétrica.
A energia eólica alcançou a
marca de 15 GW em capacidade instalada, passando a ocupar o segundo lugar em
relevância na matriz elétricas brasileira, informou a Associação Brasileira de
Energia Eólica (ABEEólica) em boletim divulgado em 11/04/19. Em números, são
601 parques eólicos, com 7 mil aerogeradores, espalhados em 12 estados.
As hidrelétricas seguem na
liderança com principal forma de produção de energia do páis, com 104,5 GW de
capacidade instalada. Em terceiro lugar estão as térmicas a biomassa (14,8 GW),
seguida pelas térmicas a gás natural (13,4 GW).
“Se considerarmos que a
energia eólica tinha cerca de 1 GW instalado em 2011 é um feito realmente
impressionante chegarmos a ocupar este lugar de destaque na matriz elétrica”,
disse a presidente executiva da associação, Elbia Gannoum.
Além dos 15 GW de capacidade
instalada, há outros 4,6 GW já contratados ou em construção, o que significa
que, ao final de 2023, serão pelo menos 19,7 GW considerando apenas contratos
já viabilizados em leilões e com outorgas do mercado livre publicadas e
contratos assinados até agora.
Elbia destaca a qualidade do
vento brasileiro. “Enquanto a média mundial do fator de capacidade está em
cerca de 25%, o fator de capacidade médio brasileiro em 2018 foi de 42%, sendo
que, no Nordeste, durante a temporada de safra dos ventos, que vai de junho a
novembro, é bastante comum parques atingirem fatores de capacidade que passam
dos 80%. Isso faz com que a produção dos aerogeradores instalados em solo
brasileiro seja muito maior que as mesmas máquinas em outros Países. Somos
abençoados não apenas pela grande quantidade de vento, mas também pela
qualidade dele”, disse.
Em 2018, os parques eólicos
produziram 48,4 TWh, um crescimento de 14,6% em relação a 2017. “Se quisermos
trazer isso para uma compreensão mais próxima da nossa realidade, dá para dizer
que o que as eólicas produziram de energia no ano passado, em média, seria o
suficiente para abastecer 25,5 milhões de residências ou cerca de 80 milhões de
pessoas”, explicou Elbia.
Para 2019, já há dois leilões
agendados, sendo o primeiro um A-4 no dia 28 de junho e um A-6 no dia 26 de
setembro. Para o A-4, já está prevista a participação da fonte eólica. Segundo
a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), foram cadastrados 751 projetos eólicos,
ou 23,1 GW.
“Sempre que falamos de
contratações e do futuro da fonte eólica no Brasil, gosto de reiterar um
conceito muito importante: nossa matriz elétrica tem a admirável qualidade de
ser diversificada e assim deve continuar. Cada fonte tem seus méritos e
precisamos de todas, especialmente se considerarmos que a expansão da matriz
deve se dar majoritariamente por fontes renováveis. Do lado da energia eólica,
o que podemos dizer é que a escolha de sua contratação faz sentido do ponto de
vista técnico, social, ambiental e econômico, já que tem sido a mais
competitiva nos últimos leilões”, disse Elbia. (canalenergia)
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