Existe uma estratégia clara
dos defensores da energia nuclear, para produção de energia elétrica, em
minimizar os acidentes que podem ocorrer nas indústrias envolvidas no chamado
ciclo do combustível nuclear, em particular nas usinas núcleo-elétricas. Querem
nos fazer crer que a segurança das centrais nucleares é infalível, e que
acidentes com a liberação de material radioativo não acontecem, e nem
acontecerão. Além de tentarem desqualificar aqueles que são contrários a
utilização desta fonte de energia.
O discurso da infalibilidade
de usinas nucleares é recorrente, como se fosse possível – risco zero –
acontecer um acidente. O desastre em Fukushima mostrou ao mundo, que mesmo em
um país de grande conhecimento e domínio tecnológico, a natureza está fora do
domínio do homem. E que acidentes podem sim acontecer, e quando acontecem são
catastróficos.
Acidentes em usinas nucleares
acontecem com muita mais frequência do que os conhecidos, e divulgados.
Geralmente não chegam ao domínio público, não são revelados a população. E
diferentemente de um acidente, por exemplo de avião, que atinge diretamente os
passageiros, terminando no local e no instante que ocorrem; um acidente em uma usina
nuclear com liberação de material radioativo, começa no instante e no local,
mas depois centenas e mesmo milhares de pessoas em territórios inteiros
sofrerão as consequências provocadas pela radiação. E anos depois crianças
nascerão com aberrações cromossômicas e desenvolverão leucemia, causadas pela
absorção, por seus pais, de doses de radiação acima do tolerável.
Esquema de uma Usina Nuclear
com PWR (reator de água pressurizada).
As agências envolvidas no
controle e fiscalização também sofrem pressões dos “negócios nucleares” que
implicam interesses econômicos-militares. Só para termos ideia dos recursos
financeiros, a construção de uma usina nuclear de 1.300 MW chega a custar 5
bilhões de dólares. Sem levar em conta que depois de sua vida útil serão
necessários em torno de 1 bilhão de dólares para seu descomissionamento, ou
seja, sua desativação. As construtoras de equipamentos nucleares e as
empreiteiras agradecem.
No Brasil, interesses
contrários ao bem estar da população e ao desenvolvimento sustentável, insistem
que a energia nuclear é importante para garantir a segurança energética. São
usados argumentos falaciosos, mesmo mentirosos, quando não informações valiosas
são subtraídas para formar opiniões, enganando a população que repele este tipo
de energia em nosso país.
Estudos tem mostrado que no
Brasil as fontes energéticas renováveis, aquelas produzidas pela natureza (Sol,
vento, biomassa e água), podem atender a demanda por energia de que precisamos.
E são mais factíveis tanto do ponto de vista econômico, quanto da segurança, e
do meio ambiente.
No Brasil, caso único no mundo, que constitui um agravante, é que o órgão que exerce as atividades de promoção e fomento da energia nuclear é o mesmo responsável pela sua fiscalização e controle. É o que ocorre com a Comissão Nacional de Energia Nuclear-Cnen. É um absurdo que o mesmo órgão que desenvolve esta atividade de alto risco, inclusive à vida humana, seja o responsável pela fiscalização e regulação de suas próprias atividades.
No Brasil, caso único no mundo, que constitui um agravante, é que o órgão que exerce as atividades de promoção e fomento da energia nuclear é o mesmo responsável pela sua fiscalização e controle. É o que ocorre com a Comissão Nacional de Energia Nuclear-Cnen. É um absurdo que o mesmo órgão que desenvolve esta atividade de alto risco, inclusive à vida humana, seja o responsável pela fiscalização e regulação de suas próprias atividades.
Vista da Central Nuclear
Almirante Álvaro Alberto em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil. À frente,
na primeira cúpula, vê-se a usina de Angra 2. Ao fundo, o silo de Angra 1.
A energia nuclear é suja, insegura e cara. O ciclo do nuclear – da mineração do urânio, ao problema insolúvel da destinação do lixo radioativo – é insustentável do ponto de vista social, ambiental e econômico. Dai precisamos a cada dia reafirmar: NÃO PRECISAMOS DE USINAS NUCLEARES EM NOSSO PAÍS. (ecodebate)
A energia nuclear é suja, insegura e cara. O ciclo do nuclear – da mineração do urânio, ao problema insolúvel da destinação do lixo radioativo – é insustentável do ponto de vista social, ambiental e econômico. Dai precisamos a cada dia reafirmar: NÃO PRECISAMOS DE USINAS NUCLEARES EM NOSSO PAÍS. (ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário