terça-feira, 30 de abril de 2019

Equatorial direcionará em 2019 R$ 50 milhões para eficiência energética

Equatorial vai direcionar mais de R$ 50 milhões para eficiência energética em 2019.
Maioria dos recursos serão destinados a projetos para clientes de baixa renda, como a nova etapa do Comunidades Eficientes e do Tarifa Social, com a implantação também nas novas subsidiárias do Grupo.
Levando em consideração a realidade econômica e social das regiões em que atua, o Grupo Equatorial Energia destinará neste ano 80% de seus recursos em Eficiência Energética para projetos voltados a clientes de baixa renda. A ideia é avançar e consolidar os programas já existentes, como o Comunidades Eficientes e o Tarifa Social, ampliando os mesmos para as novas subsidiárias adquiridas pelo grupo no Piauí e em Alagoas, além de empreender novas ações que busquem diminuir a conta de energia dos consumidores, trazendo também iniciativas educacionais para conscientizar a população sobre o uso racional da energia elétrica.
Ao todo a companhia irá aplicar mais de R$ 50 milhões em projetos entre as quatro concessionárias controladas pelo Grupo. Para baixar a fatura de energia, uma das frentes mais tradicionais é a troca de geladeiras, aparelhos de ar condicionado e lâmpadas antigas por equipamentos novos e mais eficientes. Quando se trata do perfil de baixa renda, há bônus de desconto totais ou parciais. Já para clientes com renda maior, a ideia é fazer a substituição de maneira subsidiada. Há inclusive um acordo sendo feito com o segmento varejista em diferentes regiões para efetivação da ação, conforme revelou Júlio César Mendes, Executivo Corporativo de Eficiência e Inovação da Equatorial Energia em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia.
Mendes conta que além da linha de projetos residenciais de substituição de equipamentos, a empresa está padronizando os programas de iluminação pública no Maranhão e depois Pará, para consequentemente também implantar no Piauí e Alagoas. “Em 2019 teremos o novo ciclo de projetos de iluminação pública, com uma chamada pública para submissão de propostas em maio, a partir da troca luminárias comuns para tecnologia LED”.
Outro ciclo a ser iniciado neste ano é o do Comunidades Eficientes, que além da troca de geladeiras e lâmpadas, dando economia aos clientes de baixo poder aquisitivo, prevê ações educativas como outro pilar de combate ao desperdício, para que as pessoas se conscientizem a fazer o uso racional da eletricidade. Um exemplo são os caminhões que visitam escolas levando experiências sobre o uso e geração de energia elétrica, além de parcerias com o Senai para capacitação da comunidade e fomento a geração de renda via novos negócios. O executivo também informou que o projeto deverá ser implementado neste ano nas distribuidoras adquiridas. “É um trabalho bem amplo, não só trocar equipamentos”, definiu.
Cepisa e Ceal também receberão o Tarifa Social de energia elétrica, programa criado em 2002 pelo Governo Federal que concede descontos na conta de energia, os quais podem chegar a até 65% em relação à classe residencial normal. Quanto menor o consumo, maior o desconto, que deve ser aplicado a uma única unidade consumidora residencial após a validação do cadastro pela Aneel. O especialista também aponta que dentro desse projeto há o Mais Inclusão, uma vertente cujo objetivo é enquadrar clientes para o benefício tarifário, com grande ganho de economia para as comunidades. “Mais eficiência, mais educação e mais inclusão. Queremos aumentar o combate ao desperdício, sempre levando em conta as vulnerabilidades sociais de cada região”, comentou Mendes.
No segmento residencial, a companhia também trabalha com o projeto Agente de Eficiência Energética, idealizado a partir da reclamação de consumidores sobre aumento nas contas de luz. Basicamente é um profissional que orienta o cliente a diminuir sua fatura, mostrando como fazer o diagnóstico correto do consumo, bem como o potencial de economia e questões que podem estar influindo na medição de energia dispendida.
Uma tendência da empresa que segue para este ano é pensar no meio ambiente e em iniciativas que contribuam para elevar os níveis de sustentabilidade dos processos e operações. Para tanto, o ECO Cemar e Celpa acontece desde 2012 oferecendo aos clientes a possibilidade de troca de lixo residencial por abatimentos na fatura de energia. No momento, há parcerias com empresas de reciclagem sendo delineadas, com a criação de mais postos de coleta e estratégias de como inserir isso no mercado. “Damos bônus para o cliente que fizer coleta seletiva em sua casa, num projeto que agita o mercado e insere o consumidor residencial nesse cenário”, contou o executivo, afirmando que a Cepisa receberá neste ano uma versão piloto do projeto.
O Grupo também se mostra focado na transformação digital da indústria 4.0 para melhorar sua atuação, com objetivo de elevar os índices de automação e eficiência através de ferramentas que auxiliem a inspeção de ativos para sua gestão e a manutenção em trânsito na rede. Um dos exemplos é o LoRaWan, programa de telecomunicação onde a grande vantagem é o baixo custo e longe alcance da plataforma, com tecnologia especializada para monitoramento remoto de medidores e para realizar os cortes necessários no sistema, o que resolve um problema que acontecia com outro recurso utilizado: “O GPRS tem certa dificuldade de sinal na região metropolitana de São Luís e Belém”, comparou.
Quanto a avaliação sobre a evolução da área de Eficiência Energética ao longo dos últimos anos, Mendes explica que a empresa coloca esse segmento em conjunto com a parte de pesquisa e desenvolvimento, no intuito de alinhar as características dos dois programas à cadeia de inovação que busca por novas soluções e produtos que gerem a eficientização da companhia. Ele afirma que no início dos anos 2000 as atividades envolviam apenas trabalhos ligados ao desenvolvimento de softwares e hardwares, o que melhorava os processos da companhia. “Haviam parcerias com universidades e alguns institutos, mas não tínhamos projetos com empresas”, lembrou, contando que a partir de 2008 é que o foco começou a mudar, com uma visão para ampliação de cooperação com empresas e outras instituições. (canalenergia)

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