Energia
eólica – Continente americano instalou 11,9 GW de capacidade em 2018.
Brasil,
EUA e México lideram produção de energia eólica nas Américas.
O
Brasil, os Estados Unidos e o México despontam como líderes na produção de energia eólica nas Américas, segundo dados recentes
do Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council – GWEC, na
sigla em inglês). Como um todo, as Américas do Norte, Sul e Central responderam
por 25% do total da capacidade instalada global dessa energia em 2018.
Segundo
o GWEC, a capacidade instalada total de energia eólica nas Américas agora
totaliza 135 GW – aumento de 12% em relação a 2017. A expectativa é que a
procura por esse tipo de energia na região continue, e a organização prevê a
adição de 60 GW em novas capacidades eólicas entre 2019 e 2023.
Sediado
em Bruxelas, na Bélgica, o GWEC é um órgão que representa o setor de energia
eólica global, reunindo mais de 1,5 mil empresas e organizações em mais de 80
países, incluindo fabricantes, institutos de pesquisa, associações nacionais de
energia eólica, fornecedoras de energia, empresas financeiras e seguradoras.
No
Brasil
Líder
em energia eólica na América do Sul, o Brasil adicionou 2 GW de capacidade
eólica à sua matriz energética em 2018 e leiloou capacidade desse tipo de
energia a preços competitivos em nível global de U$ 20 por MWh, segundo o GWEC.
A
informação é confirmada pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento
Energético do Ministério das Minas e Energia, Reive Barros. Segundo ele, o
Brasil tem hoje capacidade instalada de produção de energia eólica de 14,7 GW.
“Isso representa, na matriz energética brasileira, cerca de 8% do total. A meta
é que daqui a 10 anos este percentual suba para 13%”.
O
secretário disse que a Região Nordeste responde por 85% da produção de energia
eólica brasileira, com destaques para os estados do Piauí, Rio Grande do Norte
e Bahia, nesta ordem. “Num prazo mais longo, contudo, a Bahia deverá assumir a
liderança, por suas dimensões territoriais e potencialidades.”
Para
este ano, Barros diz que estão previstos dois leilões para implantar parques
eólicos no país. Um no primeiro semestre, a ser implantado em quatro anos, e
outro no segundo semestre, com prazo de implantação de seis anos. “Nossa meta
para a energia eólica no Brasil é crescer 2,2% ao ano.”
Américas
Os
dados mais recentes divulgados pelo GWEC mostram que em 2018 a capacidade
instalada de energia eólica das três Américas foi de 11,9 GW – aumento de 12%
em relação a 2017. Na América do Norte (Canadá e EUA), houve aumento de 10,8%
na capacidade adicionada em relação a 2017. Já na América Latina, a adição de
capacidades cresceu 18,7% em relação a 2017.
Segundo
o GWEC, na América Latina, o compromisso com leilões serviu para impulsionar o
desenvolvimento do setor. A expectativa é que a região continue a crescer na
área eólica em 2019, com expansão maior da cadeia de suprimentos.
“O
desenvolvimento do mercado de energia eólica na América Latina se mostra
bastante positivo. O Brasil realizou novamente leilões de grande escala e
esperamos que o primeiro leilão na Colômbia ocorra este mês de fevereiro.
Outros investimentos na cadeia de suprimentos por parte das principais
fabricantes de equipamentos originais na Argentina comprovam o potencial do
mercado no longo prazo”, disse Ben Backwell, diretor do GWEC.
Por
causa de sua forte característica ecológica, a geração de energia eólica
contribui de forma significativa para ajudar os países a cumprirem com suas
metas previstas em acordos internacionais sobre o clima. O crescimento desse
tipo de energia é parte fundamental da solução para reduzir emissões de gases,
fortalecer a segurança energética, reduzir custos e aumentar o investimento em
economias locais.
De
acordo com Karin Ohlenforst, diretora de Inteligência de Mercado do GWEC, “o
crescimento da energia eólica na América do Sul, em particular, comprova como
essa fonte energética é competitiva nos mercados de leilão”. (ecodebate)
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