Brasil
pode explorar potencial eólico onshore por mais 40 anos no ritmo atual, aponta
BTG Pactual.
Esse
seria o prazo caso a expansão anual fosse equivalente ao registrado nos 10
primeiros anos de exploração desse recurso no país, de 45% ao ano.
Se
o Brasil registrasse o seu ritmo de crescimento no segmento eólico dos últimos
10 anos levaria mais de 40 anos para que o país esgotasse seu potencial de
capacidade instalada onshore. Essa conclusão consta de um relatório do BTG
Pactual sobre a geração eólica brasileira. A publicação, lançada pela
instituição financeira em 14 de fevereiro, aponta que o potencial do país é de
880 GW e que o país utilizou em 10 anos apenas 1,6% desse volume.
Além
disso, apontou o relatório assinado por João Pimentel e Filipe Andrade, da
divisão de Equity Research do banco, ainda podemos ver mais crescimento com o
aproveitamento do potencial de geração eólica offshore. A estimativa de
potencial é de 1,3 TW e ainda não há projetos no país que se utilizam dessa
tecnologia, apenas alguns estudos de gigantes do petróleo como a Petrobras,
Total e Equinor.
Por
conta desse potencial, aponta o BTG Pactual, uma importante parcela do
incremento da capacidade eólica global deverá ser originada do Brasil. O país
vivenciou uma expansão de 45% ao ano comparando os últimos 10 anos. Passou de
400 MW em 2008 para algo próximo a 14 GW ao final de 2018 volume que elevou a
participação dessa fonte de 0,3% de sua matriz para 9% nesse mesmo período.
A
instituição atribui esse crescimento, o qual classificou como ‘impressionante’,
à expansão das políticas nacionais focadas nas renováveis, parcialmente
beneficiadas por subsídios. Mas ainda há outros fatores como o avanço da
tecnologia que vem reduzindo os preços dessa fonte de, bem como alguns dos
melhores sites para a geração eólica no mundo, localizados no Brasil onde podem
ser encontrados picos om até 60% de fator de capacidade. E ainda lembrou que os
preços nos últimos leilões ao nível aproximado de US$ 21/MWh.
Nesse
período de 10 anos os equipamentos dos leilões de 2007 tinham dimensão média de
cerca de 70 metros, 90% dos rotores tinham diâmetro inferior a 80 metros e
capacidade instalada de 1,8 MW nos melhores projetos. Nos últimos certames,
destacou, a maioria dos projetos tinham uma turbina média com 110 metros de
diâmetro, a dimensão do rotor excedia o das turinas em 10 a 15 metros e cerca
de 30% dos projetos tinham turbinas com potência média de 3 MW.
Ao
passo que a tecnologia avança, escreveram os analistas, “esperamos que turbinas
eólicas ainda maiores sejam implementadas, permitindo uma maior redução nos
custos de geração eólica tanto onshore quanto offshore. Como previsto, o
projeto da turbina varia de acordo com o mercado, o local do projeto, a
regulamentação ambiental e outro longo conjunto de fatores, mas a tendência de
crescimento parece ser global e terá grande impacto em ambas aplicações, já que
agora estamos vendo turbinas quase 200 metros de altura. A dimensão crescente é
um dos principais contribuintes para a queda do LCOE e as tendências observadas
na indústria apontam para um desenvolvimento em todos os conjuntos de
configuração de turbinas”. (canalenergia)
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