domingo, 26 de dezembro de 2021

COP26 acorda a redução gradual de combustíveis fósseis

COP26 acorda a redução gradual de combustíveis fósseis e falha com os mais afetados pela crise climática atual.
Para que a ação de cada setor da economia ajude a fechar a lacuna para a meta-limite de 1,5°C, os governos precisarão implantar políticas claras e os signatários desses acordos precisarão ser responsabilizados para cumprir suas promessas.

Análise

Esta COP refletiu em certa medida as conclusões do relatório IPCC SR1.5 e IEA net zero, ordenando uma aceleração na ação climática e novos planos até 2022, no contexto do regime voluntário e não vinculante da ONU.

Todos os principais emissores serão obrigados a retornar em 12 meses e explicar na ONU como suas políticas e planos para toda a economia estão alinhados com os objetivos de temperatura de Paris.

Embora a promessa de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis tenha sido enfraquecida por um acordo de última hora entre a China (o maior consumidor mundial de combustíveis fósseis), os EUA (o maior produtor mundial de combustíveis fósseis), a União Europeia e a Índia, ela ainda está lá. Apesar da mudança de “eliminação gradual” para a “redução gradual”, pela primeira vez a principal causa da crise climática foi nomeada pelos 198 signatários do Acordo de Paris.

A COP26 falhou com os mais afetados pela crise climática atual. A UE e os EUA se recusaram a criar um fundo que os países mais pobres poderiam utilizar para enfrentar a crise.

Como na pandemia de COVID, a solidariedade global para salvar vidas não estava presente em Glasgow.

Os próximos 18 meses serão cruciais para determinar se os países tomarão medidas alinhadas a 1,5°C – o que significa reduzir as emissões em 45% até 2030.

Onde houve progresso

O fechamento do livro de regras de Paris significa que até 2024 todos os países terão que relatar dados detalhados sobre as emissões que formam a linha de base a partir da qual as futuras reduções podem ser avaliadas.

O acordo sobre as novas regras do mercado de carbono fecha algumas das lacunas escandalosas que haviam sido consideradas e cria um regime de comércio estruturado entre países, mas a linguagem não é suficientemente clara para impedir as empresas de trapacear.

Em 2025 os países desenvolvidos precisam duplicar seus fundos coletivos para adaptação à mudança do clima. Isto não proporcionará os bilhões necessários para o financiamento da adaptação que os países mais pobres precisam, mas é uma grande melhoria no estado do financiamento climático atual: apenas cerca de um quarto do financiamento climático atualmente vai para a adaptação, sendo que a maioria ainda está na mitigação dos efeitos da crise do clima.

Acordos setoriais específicos sobre florestas, carvão, automóveis, metano e um acordo de US$ 24 bilhões para parar o financiamento de combustíveis fósseis no exterior têm o potencial de fazer incursões significativas no corte de emissões, mas exigirão ratificação pelos governos nacionais em forma de políticas e planos que devem ser apresentados à COP no Egito no próximo ano.

Os principais bancos agora se comprometeram a alinhar seu dinheiro à meta de emissão zero líquida ainda nesta década e enfrentarão um exame minucioso sobre como vão cumprir suas promessas ecológicas, cortando recursos aos combustíveis fósseis e outros ativos com alto teor de carbono.

Em resposta aos temores de greenwash das empresas, um novo grupo de especialistas será criado em 2022 para avaliar os planos zero-líquidos corporativos, conforme anúncio do Secretário Geral da ONU, António Guterres. Uma questão-chave será se esses planos impulsionam realmente a redução de emissões ou apenas fazem compensações.

Apesar da COVID e dos altos custos que impedem a participação de muitos grupos da sociedade civil e de ativistas, ainda vimos diversos grupos se reunirem nesta COP, todos ecoando uma forte onda de apoio à ação climática. Em 06/11/21 mais de 100.000 pessoas saíram às ruas em Glasgow, em uma das maiores manifestações que a cidade já viu, com grupos indígenas, profissionais de saúde, jovens, sindicatos, trabalhadores rurais e ativistas pela justiça climática e contra o racismo ambiental.

O que não foi entregue

Os países em desenvolvimento queriam um plano claro para um mecanismo de financiamento de perdas e danos. Isto não aconteceu, e este será o foco na reunião da COP27, no Egito, em 2022. As nações africanas gastam em média até 10% do PIB por ano em adaptação à mudança do clima, enquanto os impactos poderiam atingir 20% do PIB das nações pobres até 2050, conforme estimativa da Christian Aid.

Detalhes do Texto de Capa: https://unfccc.int/documents

Finanças

-Países desenvolvidos dobram o financiamento coletivo de adaptação dos níveis de 2019 até 2025

-Texto nota “profundo pesar” dos países desenvolvidos pelo descumprimento da meta de US$ 100 bilhões;

-”Urge” países a cumprir plenamente a meta de US$ 100 bilhões “urgentemente” até 2025;

-Parabeniza a continuação da operacionalização da Rede de Santiago;

-Rede Santiago será dotada de fundos para apoiar a assistência técnica;

-Urge países a fornecer fundos para a Rede de Santiago.

Ambição Climática

-Envia sinal para que todas as economias acelerem a transição dos combustíveis fósseis para energia renovável;

-Novo programa de trabalho da ONU para aumentar os cortes de gases de efeitos estufa, reportando na COP27 em 2022;

-“Insta” os países [linguagem forte] que ainda não apresentaram novos planos climáticos para os entregarem até 2022;

-Pede a todos os países que aumentem as metas climáticas de acordo com 1,5°C/2°C até 2022;

-Avaliação anual dos planos climáticos da ONU a partir de 2022;

Livro de Regras do Acordo de Paris – O que aconteceu

Mercados de carbono – Artigo 6

O texto fechou algumas de suas brechas mais escandalosas, mas não é suficientemente forte para impedir que empresas e países de má fé joguem contra o sistema. Foi vetada a taxa sobre algumas dessas transações que poderiam ajudar a financiar a adaptação dos mais pobres às mudanças climáticas.

Transparência

As novas regras representam uma nova era de escrutínio dos compromissos climáticos dos governos e garantirão que até 2024 todos possam avaliar o que outros países estão fazendo. Isso significa que um elemento central do Acordo de Paris estará pronto e funcionando até meados da década de 2020, e agora devemos ter informações mais regulares e mais robustas sobre o estado das emissões de gases de efeito estufa e o progresso feito na implementação das NDCs.

Foram vetadas propostas que defendiam que algumas Partes não utilizariam em seus relatórios as mesmas tabelas e formatos aplicados a todos. O texto inclui referências ao apoio aos países em desenvolvimento na tarefa de utilização desses instrumentos, e mantém o prazo para a apresentação dos primeiros relatórios bienais de transparência no âmbito do Acordo de Paris até 2024.

Marcos temporais

Regras acordadas significam que todos os países devem entregar planos climáticos à ONU em ciclos de 5 anos, embora os analistas apontem para o uso da linguagem “incentiva” a usar um cronograma comum para as NDCs a partir de 2025 (com os países apresentando NDCs para 2035 em 2025, NDCs para 2040 em 2030, etc.). Este termo “incentiva” é mais fraco do que o previsto no rascunho anterior.

O que mais foi acordado

Houve um tsunami de acordos em Glasgow, mas nem todos têm qualidade. Encontre aqui uma avaliação em inglês de todos os principais acordos da COP26.

O Climate Action Tracker descobriu que os acordos de metano, carvão, florestas e transporte contêm ações adicionais que fechariam em 9% a lacuna de emissões para um caminho de 1,5°C – ou 2,2 GtCO2e.

Os acordos chegam a um momento de transição que já está suficientemente em andamento para que não haja mais motivos significativos para investir em novas infraestruturas intensivas em carbono, segundo o relatório do think tank Systemiq divulgado durante a COP. Todos os principais setores são capazes de desenvolver soluções ecológicas de custo competitivo até 2030, o que significa que o fundamento econômico para qualquer infraestrutura de carbono construída hoje deve ser seriamente questionado.

Para que a ação de cada setor da economia ajude a fechar a lacuna para a meta-limite de 1,5°C, os governos precisarão implantar políticas claras e os signatários desses acordos precisarão ser responsabilizados para cumprir suas promessas. (ecodebate)

'Manobra' de Índia e China em defesa do carvão que enfraqueceu COP26

A 'manobra' de Índia e China em defesa do carvão que enfraqueceu acordo final da COP26.
Países como Índia e China ainda têm alta dependência do carvão.

O desfecho da conferência climática COP26, que se encerrou dia 13/11/21 em Glasgow (Reino Unido) com um acordo assinado por quase 200 países, colocou a Índia e a China sob os holofotes.

O motivo é que, na reta final das negociações sobre o acordo, os dois países asiáticos pressionaram por uma mudança-chave no texto, no trecho que falava em abandono gradual do uso de carvão e subsídios a combustíveis fósseis. Em vez de se comprometer a acelerar a "eliminação", a versão final do acordo fala em acelerar a "diminuição" dessas fontes altamente poluentes de energia.

Isso fez com que ambientalistas e analistas vissem um enfraquecimento no acordo final da COP, potencialmente dificultando o controle de emissões de gases do efeito estufa e a mitigação das mudanças climáticas.

O presidente da COP26, Alok Sharma, chegou a dizer que Índia e China teriam de prestar contas para os países mais sujeitos ao aquecimento global (caso de pequenas ilhas cujo território está diminuindo em meio ao aumento do nível dos mares).

"Vou conclamar todos (os países) a fazerem mais. Mas, com relação a o que aconteceu ontem (sábado), China e Índia terão de se explicar e explicar o que fizeram aos países mais vulneráveis ao clima", disse Sharma ao programa da BBC Andrew Marr Show, acrescentando, porém, que "não descreveria o que fizemos ontem como um fracasso - foi uma conquista histórica".

Em coletiva ao lado do premiê britânico Boris Johnson, neste domingo, Sharma adotou um tom mais contemporizador, dizendo que "diminui-se (o uso de carvão) antes de eliminar-se" e reiterando que é a primeira vez na história que um acordo climático menciona ambições relacionadas à redução do carvão.

Na mesma entrevista, Boris Johnson afirmou que a conferência trouxe um acordo "divisor de águas" que será a "sentença de morte para a energia a carvão". Mas, apesar das conquistas da conferência, ela tem um "tom de decepção", agregou o premiê.

Sharma (esq), presidente da COP26, chegou a dizer que Índia e China teriam de se explicar; Johnson (dir) disse que conferência foi 'divisor de águas', mas com um 'tom decepcionante'.

"Aqueles para quem as mudanças climáticas já são uma questão de vida ou morte, que só podem assistir enquanto suas ilhas se submergem, suas terras agrícolas se convertem em deserto, que têm suas casas destruídas por tempestades, essas pessoas exigiam um alto nível de ambição da conferência", declarou.

"Enquanto muitos de nós estávamos dispostos a isso, o mesmo não valeu para todos", acrescentou o premiê, sem mencionar explicitamente Índia e China. "Infelizmente essa é natureza da diplomacia. Podemos fazer lobby, persuadir, encorajar, mas não podemos forçar nações soberanas a fazerem o que não querem. No fim das contas é decisão delas, e devem bancá-las."

Ao mesmo tempo, Johnson disse que a difícil meta de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C (acordada na conferência climática anterior, em Paris-2015) "ainda está viva".

O carvão, grande emissor de gases do efeito estufa, ainda é uma fonte energética substancial em países como Índia e China - este último queima mais carvão do que todo o resto do mundo junto.

O correspondente da BBC na China, Stephen McDonell, confirma que a aliança sino-indiana para a mudança de última hora no texto tem sido vista como um esvaziamento para aqueles que esperavam um resultado mais ambicioso em Glasgow.

Mas ele ressalta que, internamente, o governo chinês já sabe que terá de reduzir sua dependência do carvão como fonte de energia - a questão crucial para Pequim é a velocidade com que isso vai ser feito.

O argumento de Pequim, diz McDonell, é que países desenvolvidos são responsáveis pela maior parcela do aquecimento que hoje recai sobre o mundo inteiro, e se tornaram ricos nesse processo. Portanto, prossegue esse argumento, os países desenvolvidos deveriam ser mais tolerantes com países como a China.

Embora tenha havido decepção por parte de ambientalistas, muitos ressaltam o caráter histórico da conferência encerrada neste sábado.

Negociadores chineses na COP26 em Glasgow; apesar do desfecho da conferência, acredita-se que "combustíveis fósseis estão perdendo sua licença social, isto é, sua licença para existir".

"Esta é a primeira vez que uma decisão na Convenção do Clima reconhece explicitamente a necessidade de transição de combustíveis fósseis para renováveis. Já tínhamos visto propostas nesse sentido em rascunhos de decisões anteriores, como do próprio Acordo de Paris, mas elas não sobreviveram em texto final", disse à BBC News Brasil Natalie Unsterstell, especialista em política climática e integrante do Grupe de Financiamento Climático para América Latina e Caribe.

"É um reflexo direto de que os combustíveis fósseis estão perdendo sua licença social, isto é, sua licença para existir".

A diretora-executiva internacional da ONG ambientalista Greenpeace, Jennifer Morgan, disse que o acordo "é tímido, é fraco, e a meta de 1,5°C está no limite da sobrevivência, mas foi emitido o sinal de que a era do carvão está chegando ao fim. E isso importa".

Acrescentou que "se você é um executivo de uma empresa de carvão, esta COP teve um desfecho ruim para você". (yahoo)

Ventos no Brasil superaram expectativa do ano e registra aumento maior do que o esperado

Ventos no Brasil superaram a expectativa do ano e Neoenergia registra aumento maior do que o esperado na geração eólica de seus parques, localizados no Nordeste.
Turbinas de usinas eólicas no Nordeste.

Energia eólica ultrapassa a marca de 19 GW, sendo a segunda maior fonte da matriz energética brasileira. Atualmente são 726 usinas em operação no Brasil, gerando energia limpa e renovável.

A gigante de energia Neoenergia, registrou no período de ventos altos, que vai de julho a outubro, um aumento ainda maior do que o esperado na geração eólica de seus parques, localizados no Nordeste. A companhia contabilizou 748 GWh no terceiro trimestre de 2021, um aumento de 12,48% em comparação ao mesmo período de 2020, impulsionado pelos ventos além da expectativa no ano. Adicionalmente, o período foi marcado pelo início antecipado da operação comercial das 53 primeiras turbinas do Complexo Chafariz (PB), acrescentando capacidade instalada de 184 MW à companhia, que chegou a 700 MW.

Durante a alta dos ventos, a velocidade diária pode alcançar picos de 12 a 15 m/s ou até mais. Existem ainda momentos em que a maioria das turbinas atingem suas capacidades máximas de geração e os parques podem registrar, em um dia, fatores de capacidade elevadíssimos, acima dos 90%. Nesses meses, as velocidades médias dos ventos são bem maiores se comparado ao restante do ano, elevando, consideravelmente, o fator de capacidade médio nesse período para acima dos 50% ou até 60%.

Atualmente são 726 usinas eólicas em operação no Brasil

A capacidade instalada da fonte eólica ultrapassa a marca de 19 GW, sendo a segunda maior fonte da matriz energética brasileira. Atualmente são 726 usinas em operação no Brasil, gerando energia limpa e renovável, proporcionando uma redução nas emissões de CO2 da ordem de 22.900.000 Ton/ano.

Neoenergia registra crescimento de geração eólica.

Com a conclusão de Chafariz, prevista para até o final de 2021, serão somados 471 MW, totalizando um incremento de 987MW de energia proveniente dos ventos. Além disso, a companhia concluirá o projeto do complexo eólico Oitis (PI/BA), que será o maior parque eólico da Neoenergia e estará entre os maiores complexos eólicos do Brasil. O projeto adicionará 566,5 MW à capacidade instalada da empresa.

A Neoenergia possui 4 GW de capacidade instalada em geração, sendo 88% de energia renovável, e está implementando mais 1 GW com a construção de novos parques eólicos. Em transmissão, são 1,4 mil km de linhas em operação e 5,3 mil km em construção.

A Neoenergia desde janeiro 2021, integra a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão – que reúne companhias que possuem as melhores práticas de governança e sustentabilidade corporativa.

Brasil se torna um grande canteiro de obras verde; são 84 parques eólicos em fase de projetos e 21 em construção, além de usinas solares que alavancaram o país entre as nações com maior capacidade de geração solar!

Mercado de energia renovável aquece setor de gerenciamento de obras. A chamada engenharia de proprietário surge como catalizador de expertise técnica no sucesso de desenvolvimento desse mercado.

O aquecimento do mercado de energia renovável tem transformado o Brasil num grande canteiro de obras verde. São 84 parques eólicos em fase de projetos e 21 em construção, além do incremento de usinas solares que alçaram o país a 14ª posição entre as nações com maior capacidade de geração solar. Leia a matéria completa aqui. (clickpetroleoegas)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Carros elétricos mais que dobram vendas no Brasil em 2021

Os carros elétricos e híbridos estão caindo cada vez mais no gosto do brasileiro. Apesar de os preços ainda serem considerados altos e de todas as dificuldades relacionadas ao carregamento das baterias, as vendas desses veículos dispararam no comparativo entre 2021 e o ano passado.

De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos (ANFAVEA), entre janeiro e outubro de 2021 foram vendidos 1.805 novos carros elétricos no país. O número é 125,3% maior do que o registrado nos 12 meses de 2020, período em que apenas 801 unidades registraram emplacamento.

A preferência pela nova motorização fica mais evidente ainda quando os números dos carros híbridos - que misturam motorização a combustão com a elétrica - são colocados na mesa. Segundo a ANFAVEA, durante todo o ano de 2020 foram vendidos 18.944 veículos híbridos. Em 2021, nos 10 primeiros meses, já foram emplacados 25.135 carros desse tipo.

No total, os chamados veículos eletrificados - ou 100% elétricos ou híbridos - já estão respondendo por 1,7% de todo o mercado de automóveis no Brasil. Em 2020, nos 12 meses, o percentual foi de somente 1%, ou seja, a preferência por esse segmento quase dobrou de dezembro do ano passado até o fim de outubro de 2021.

Pesados, mas elétricos

O cenário também mudou e pendeu para os veículos eletrificados no campo dos pesados. O relatório divulgado pela ANFAVEA mostrou que, de janeiro a outubro, foram emplacados 157 caminhões ou ônibus com propulsores mais ecológicos. Em 2020, o total entre janeiro e dezembro foi quase quatro vezes menor: 41.

O relatório juntou na mesma conta de “energia limpa” os caminhões e ônibus movidos a gás natural. Neste recorte, foram registrados 224 novos emplacamentos em 2021 no segmento dos pesados entre janeiro e outubro, contra apenas 86 nos 12 meses de 2020. O percentual em vendas subiu de 0,1% no ano passado para 0,2% em 2021. (yahoo)

Renault Kwid elétrico está confirmado para o Brasil

Renault Kwid elétrico está confirmado para o Brasil; veja quando ele chega.
O Renault Kwid reestilizado e mais potente, flagrado nas ruas de São José dos Pinhais, sequer foi lançado ainda no Brasil, mas uma nova versão do compacto da marca francesa já foi confirmada para desembarcar no País. Estamos falando do Kwid E-TECH Electric, que fará parte do line-up à venda no Brasil em um futuro próximo.

A novidade foi anunciada pelo próprio Luca de Meo, CEO do Renault Group, durante visita ao Complexo Ayrton Senna, na região metropolitana de Curitiba. O executivo destacou que o Brasil é um mercado estratégico para a marca, e que avançará por aqui com a eletrificação da gama.

“A gama que estamos construindo em nível mundial tem potencial para o Brasil. A Renault vai se posicionar em segmentos mais altos do mercado e o mesmo vai acontecer no Brasil”. Utilizaremos todo o nosso ativo tecnológico de 10 anos de experiência em veículos elétricos, o que nos coloca na vanguarda neste segmento’, prometeu.

Quando chega o Kwid elétrico?

A marca anunciou em março deste ano um investimento de R$ 1,1 bilhão para a renovação de 5 produtos da sua gama atual, além do lançamento de dois novos veículos, incluindo o Kwid E-TECH Electric. E ele deverá pintar no mercado verde-amarelo pouco depois da apresentação da nova geração do Zoe, também com o sobrenome E-TECH Electric, em meados de abril.

O CEO não confirmou as especificações do Kwid elétrico, mas adiantou que o modelo terá modificações em relação aos que são vendidos na China e em alguns países da Europa. A motorização também deverá ser adaptada para o gosto do brasileiro, ou seja, não virá com um motor elétrico de 44 cv no eixo dianteiro e alimentado por uma bateria de 27,4 kWh, capaz de gerar autonomia de 230 km e velocidade máxima de 125 km/h.

Renault confirma Kwid elétrico no Brasil em 2022.

A ideia da Renault é melhorar os números atuais do carro, que fechou o mês de outubro na 18ª colocação entre os mais vendidos, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), com 2.655 emplacamentos no período. (yahoo)

Renault Kwid será o carro elétrico mais barato do Brasil

O CEO global da Renault, Luca de Meo, afirmou durante visita à fábrica da montadora em São José dos Pinhais/PR, que a versão elétrica do Kwid chegará ao Brasil em 2022 e possivelmente será o carro mais barato do país na categoria.

“A intenção é justamente essa [ser o carro elétrico com menor preço no Brasil]. Ainda será um produto caro para boa parte dos brasileiros, mas também será a oportunidade de muitos terem contato com carros elétricos. Também será importante para empresas que buscam reduzir suas emissões como um todo”, disse o executivo, durante entrevista a jornalistas no local.

No ano que vem, a versão elétrica do Kwid deve disputar o posto de carro mais barato com o JAC e-JS1, atualmente o modelo mais em conta no país, custando em torno de R$ 150 mil. Cabe ainda ressaltar que o foco no lançamento do crossover faz parte de um novo ciclo de investimentos da Renault no Brasil, que inclui o ingresso em categorias mais caras e em modelos eletrificados. Foi por conta disso que a montadora anunciou, em setembro, o fim da produção de modelos de entrada como o Sandero e o Logan.

“Queremos voltar a crescer, mas com uma filosofia diferente de antes. Vamos buscar valor em vez de volume. Claro que não queremos transformar em uma marca de nicho, porque somos uma marca popular por definição. Mas queremos focar em valor agregado e oferecer veículos de nível mais alto”, explicou De Meo.

Kwid tem tudo para ser o carro elétrico mais barato do Brasil, afirmou Luca de Meo, CEO da Renault.

Especificações técnicas

O Kwid que chegará ao Brasil, provavelmente, é o Renault City K-ZE, fabricado em parceria com a Dongfeng sob uma variação da plataforma CMF-A — na Europa, o modelo também é conhecido como Dacia Spring Electric.

Com motor de 33 kW, a versão elétrica do Kwid gera uma potência de 44 cv — 26 a menos do que o modelo a gasolina — e entrega 12,75 mkgf de torque. A Renault promete uma autonomia de 230 km em ciclo misto WLTP e 305 km em ciclo urbano, porém, com uma velocidade máxima de 105 km/h. Para carregar a bateria com capacidade de 27,4 kWh em 80%, o motorista precisa de 30 minutos em um carregador de 50 kW. O peso é de 1.045 kg. (yahoo)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Metade dos combustíveis fósseis pode sair de uso em 15 anos

Estudo aponta que metade dos combustíveis fósseis pode sair de uso em 15 anos.
Uma pesquisa inédita divulgada pela revista Nature mostra que cerca de metade dos combustíveis fósseis do mundo podem ser desnecessários em 2036. O estudo detalha que a mudança na matriz energética mundial, que tende a ser cada vez mais sustentável, é a principal responsável pela desvalorizar dos produtos derivados do Petróleo. A projeção foi feita com base na demanda dos 70 setores da indústria que mais necessitam do insumo no mundo.

Segundo o levantamento, as empresas ligadas a esse tipo de exploração devem sofrer uma crise financeira em 15 anos, já que ficarão na posse de ‘ativos ociosos’, como terrenos, fábricas e investimentos, sem a possibilidade de gerar grandes lucros. Isso porque o estudo aponta que o barril do petróleo não deve custar mais que US$ 35 em 2036. Atualmente, o mesmo barril é comercializado por valores superiores a US$ 80 (cerca de R$ 440).

“Um dos principais objetivos da política climática é substituir progressivamente o uso de combustíveis fósseis por energias renováveis. A rápida depreciação e substituição dos combustíveis fósseis associadas à necessidade de preservação do meio ambiente acarretam uma profunda reorganização das cadeias de valor da indústria, comércio internacional e geopolítico. Dependendo das decisões de produção, os preços do petróleo em longo prazo podem permanecer em valores tão baixos quanto US$ 35 bbl”, destaca um trecho da pesquisa divulgada nesta semana pela revista Nature.

No entanto, a transição pode gerar instabilidade econômica ao longo dos anos, especialmente em países que o produto faz parte da cadeia produtiva. A pesquisa ressalta que as nações que começarem mais cedo a desativar o uso desses combustíveis e investir em outras fontes de energia poderão reduzir as perdas em longo prazo.

O Brasil, Estados Unidos, Noruega e Rússia estão entre os países que mais produzem combustíveis fósseis, segundo a pesquisa. Já a União Europeia, o Japão e a Índia estão entre os maiores importadores do produto. (biodieselbr)

Países e empresas prometem acabar com a venda de carros a gasolina e a diesel em 20 anos

Países e empresas do setor automobilístico anunciaram em 10/11/21 planos para interromper a venda de carros a gasolina e a diesel nas próximas duas décadas. A iniciativa faz parte dos esforços para cortar emissões de gases do efeito estufa no transporte. Companhias aéreas também se juntaram a esse grupo.

O impacto das medidas, no entanto, deverá ser limitado, uma vez que grandes emissores, especialmente os Estados Unidos e a China, não aderiram.

Dirigir, voar e navegar contribuem para quase um quarto das emissões de gases do efeito estufa gerados pelo homem, o que faz o transporte ser um tema importante na COP26 e o torna um alvo importante na tentativa de enfrentar as mudanças climáticas.

As fabricantes de carros americanas Ford e General Motors e a alemã Daimler estão em um grupo que prometeu eliminar veículos movidos a combustível fóssil até 2040. Já as duas maiores fabricantes de carros do mundo, Toyota Motor Corp e Volkswagen, não se uniram à promessa.

O plano foi endossado por países como Canadá, Chile, Dinamarca, Índia, Polônia, Suécia, Turquia e Reino Unido. Vários Estados e cidades americanas também aderiram.

O plano recebeu uma reação mista de ativistas ambientais. “Esta etapa indica que um número crescente de países, fabricantes de automóveis e fornecedores de meios de transporte estão se unindo aos esforços globais para veículos elétricos com emissão zero", disse Jake Schmidt, do grupo ambientalista Natural Resources Defense Council, de Nova York.

Já o instituto de pesquisas Transport and Environment disse que o anúncio deve ser apoiado por metas legalmente vinculantes e apontou para a ausência de grandes mercados como China, Estados Unidos, Alemanha e França.

Autoridades alemãs disseram que o país se recusou a assinar o acordo porque contém uma nota de rodapé que impede o uso de combustíveis sintéticos produzidos a partir de fontes renováveis, uma opção que o governo atual e o futuro muito provavelmente desejam manter. (biodieselbr)

Brasil pode expandir alcance da produção da cadeia eólica

Brasil pode expandir alcance da produção da cadeia eólica.

Condições criadas pela política de conteúdo local, associadas às características e recursos naturais, mercado e perspectiva de descarbonização da matriz forma ambiente favorável. (canalenergia)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Geração eólica evitou racionamento e apagões em 2021

Fonte contribuiu para a segurança do sistema no momento mais agudo da crise hídrica.

Apesar das fontes hídrica e térmica serem predominantes na matriz, o incremento das fontes eólica, biomassa e solar respondem por 21,8% em novembro.

O destaque, no entanto, foi da fonte eólica, que teve 24 recordes de geração em 2021. (canalenergia)


 

EDP adota caminhões com motor e cesto aéreo 100% elétricos

A EDP iniciou a incorporação dos seus primeiros caminhões 100% elétricos na frota para atendimento de serviços em campo.

O modelo iEV1200T, da JAC Motors, foi testado em 2020 e preenche todos os requisitos de segurança, melhora a ergonomia, além de não agredir o meio-ambiente. (canalenergia)

Energias eólica e solar podem atender 85% das necessidades de eletricidade dos EUA

A prestigiadíssima revista científica Nature Communications publicou os resultados de um estudo que concluiu ser possível atender 85% das necessidades de eletricidade dos Estados Unidos utilizando energia eólica e solar. Melhorias em sistemas de armazenagem poderiam aumentar esse número.

O estudo foi desenvolvido por cientistas da University of California, da China’s Tsinghua University, do Carnegie Institution for Science e do Caltech, que analisaram os dados sobre demanda de energia hora a hora, de 42 países por um período de 39 anos – uma aplicação clássica de big data/analytics.

Além dos 85% observados para os Estados Unidos, o estudo permitiu observar que nos demais países, esse número oscila entre 72% e 91%, sem levar em conta eventuais melhorias nos sistemas de armazenamento, que se tivessem capacidade para armazenar 12 horas de consumo, elevariam esses números para 83% e 94%.

Mas há aspectos geográficos a considerar: se para os países próximos à linha do Equador, como o Brasil, seria mais fácil mudar totalmente para fontes de energia sustentáveis, de vez que dispõem de sol por períodos mais longos, outros países, como a Alemanha, por exemplo, podem ter dificuldades para atender às suas necessidades por meio da energia eólica e solar, por estarem em latitudes mais altas.

Além do aperfeiçoamento dos sistemas de armazenamento, outra solução seria países de uma mesma região compartilharem recursos. O professor Dan Tong, da Universidade Tsinghua e principal autor do artigo, disse a título de exemplo que, um sistema que juntasse a energia gerada pelo sol abundante da Espanha, Itália e Grécia, com a gerada pelo vento abundante da Holanda, Dinamarca e região do Báltico, seria muito consistente e estável.

Alguns países estão reduzindo sua dependência de combustíveis fósseis, o que é essencial para mitigar as emissões de carbono e limitar o impacto das mudanças climáticas; em 2020, a Europa gerou mais eletricidade a partir de fontes renováveis do que a partir de combustíveis fósseis, mas mesmo com esses esforços e os números trazidos pelo relatório, ainda haveria centenas de horas por ano em que a demanda não seria atendida, havendo a necessidade de fontes alternativas.

Além disso, medidas como o aumento do número de veículos elétricos, podem gerar novos e graves problemas ambientais, como já é o de descarte de baterias inservíveis.

Não há soluções fáceis para o problema, que é de todos nós, e não apenas de governos e empresas. (ecodebate)

sábado, 18 de dezembro de 2021

Governadora vai a Dinamarca apresentar RN como grande produtor de energia renovável

Governadora do RN vai até a Dinamarca apresentar estado como grande produtor de energia renovável e buscar novos investimentos para fomentar empregos e renda.
Fátima se reúne com Agência de Energia e industriais e fundos de investimento em busca de cooperação para ampliar a matriz energética do Rio Grande do Norte.

Pensando em apresentar o potencial do RN, a governadora do estado viajou até a Dinamarca em busca de novos investimentos em energia renovável.

A governadora do RN, Fátima Bezerra, esteve presente no Latin American Business Fórum, feito pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, Copenhagen Business School e Confederação da Indústria Dinamarquesa, na Dinamarca. Na ocasião a governadora afirmou que não esteve lá por acaso, mas para fazer o RN, o Nordeste e o Brasil progredirem com investimentos em energia limpa. O estado e a Dinamarca possuem várias coisas em comum no quesito buscar fontes sustentáveis.

RN conta com 201 parques de energia eólica em operação

No evento, que tem como objetivo promover o comércio e investimentos entre a Dinamarca e países da América Latina, Fátima apresentou potencialidade para geração de negócios e investimentos no RN, principalmente geração de energia renovável, setor que o estado é líder no Brasil.

O RN utiliza cinco, das sete fontes de energia no Brasil, com predominância na eólica. Ao total são 201 parques em operação atualmente, 44 sendo construídos e mais 77 contratados. Segundo Fátima, o governo está incentivando e atuando para que o Rio grande do Norte avance na instalação de usinas de energia eólica offshore. O Brasil ainda não é um grande produtor offshore, uma tecnologia que a Dinamarca é dominante.

Ao detalhar as oportunidades de investimentos para empresas nacionais e estrangeiras, Fátima enfatizou que o RN está criando estudos para infraestrutura portuária para produção de hidrogênio, Eólica Offshore, amônia verde e e-metanol. A capacidade instalada nesses investimentos soma 11,9 GW. Somente o potencial para a geração de energia limpa no mar é estimado em 140 GW, o que equivale a uma geração dez vezes que a de Itaipu.

Rio grande do Norte é um dos estados brasileiros que mais incentivam o uso de energia renovável.

Fátima Bezerra: “vamos trazer investimentos para gerar empregos” – créditos: Tribuna do Norte/Reprodução

Fátima afirmou que o governo assinou acordos essenciais com empresas de energias sustentáveis com a missão de instalar e desenvolver o polo de energia limpa e o hub de produção, armazenamento e exportação de amônia verde e hidrogênio.

Além disso, destacou que deseja estreitar laços entre o Brasil e a Dinamarca para a troca de experiências que auxiliam na formulação de planos de ampliação do respeito ao meio ambiente e da capacidade energética.

A governadora ainda deu destaque à criação do Consórcio Brasil Verde, um movimento dos governadores do Brasil em relação à Conferência do Clima (COP26). Fátima afirma que esta é uma demonstração clara dos governadores ao mundo, e do seu compromisso em defesa do ambiente com ações que resultem em um menor impacto ambiental e estímulo às fontes de energia limpa.

Representantes da Dinamarca são convidados para visitarem o RN

A delegação potiguar esteve na Agência de Energia da Dinamarca para tratar das boas práticas para o desenvolvimento de novas fontes de energia limpa, desenvolvimento de novas fontes e incentivo à cadeia industrial.

Fátima convidou, para uma visita ao RN, os representantes da agência para que haja uma possível assinatura de acordos de cooperação entre a agência reguladora dinamarquesa e o governo do estado.

A governadora afirmou que o estado já tem grande reconhecimento como um dos maiores implantadores de geração de energia limpa em todo o mundo. Sendo assim, o convite é para que os representantes entendam de perto como realmente funciona a política de atração de investimentos e como os parques do estado operam. (clickpetroleoegas)

JAC apresenta a iEV750 VIP, 1ª van de passageiros 100% elétrica do Brasil

A JAC Motors apresentou recentemente o E-J7, sedã elétrico que chegou para completar a família de carros de passeio da marca chinesa. Mas ela não quer fincar seu nome no Brasil só nesse segmento: em evento que contou com a participação do Canaltech, foi a vez de a montadora mostrar a iEV750 VIP, 1ª van de passageiros 100% elétrica do país.

O veículo é derivado da iEV750V, versão de carga que já estava no mercado. Ela tem espaço para 14 ocupantes, sendo 13 passageiros e o motorista. Segundo a JAC, a ideia é que o modelo seja utilizado principalmente no transporte executivo de passageiros em curtas ou médias distâncias, com especial destinação para aeroportos, hotéis, resorts, restaurantes e empresas de transporte.
Durante o trajeto de cerca de 30 quilômetros entre a concessionária da marca, localizada na avenida Gastão Vidigal, em São Paulo, e um restaurante na região da Aldeia da Serra, o presidente da empresa, Sérgio Habib, que acompanhou alguns jornalistas no protótipo da van elétrica, revelou que a Rede Globo e outras empresas já mostraram interesse em encomendar o modelo: "Há uma demanda muito grande. Bem maior do que a gente achava".

A van é dotada de um motor de 163 cv de potência, com torque de 76,4 kgfm. A bateria da iEV570 VIP é de 92 kWh e, segundo a montadora, tem capacidade de oferecer autonomia de até 235 quilômetros com emissão zero de poluentes. O vídeo abaixo mostra também o quanto o veículo é silencioso, e o som ambiente, na verdade, é o do ar-condicionado digital, projetado exclusivamente para o protótipo.

Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5xlUJoPYni8&t=2s

Atendendo a pedidos

Habib também revelou que o lançamento da iEV750 VIP foi um "pedido público" dos brasileiros. Segundo ele, a marca estava estudando colocar no mercado uma van elétrica para transporte de passageiros, mas foi o apelo popular que deu o empurrãozinho final: “Esse modelo foi um pedido objetivo de nossos clientes. Pode ser até que viéssemos a lançar a versão da van para passageiros no futuro, mas a demanda de alguns clientes surgiu antes. E fomos buscar um parceiro comercial de renome para realizar a transformação”.

O parceiro de renome citado pelo executivo da montadora é a Alpha6, empresa sediada no interior de São Paulo que tem experiência na transformação de veículos comerciais. Leandro Zillig, sócio-fundador da parceira da JAC, também celebrou o lançamento: “A parceria com a JAC é uma ótima oportunidade de criar um desafio e ir além. O mercado de veículos elétricos é um oceano azul e queremos estar com a JAC Motors produzindo veículos especiais que ajudem a transformar o mundo em um lugar melhor”.

Em conversa com a reportagem do Canaltech, Zilllig explicou que o protótipo apresentado pode ser adaptado "ao gosto do freguês", com o espaço interno do corredor sendo diminuído em alguns centímetros para aumentar o conforto dos passageiros, por exemplo. Há ainda a opção de trocar a cor do assoalho ou do estofado, caso o cliente assim deseje.

Economia à vista

Segundo a JAC Motors, a van 100% elétrica será extremamente econômica. Um exemplo citado na apresentação do modelo fez as contas, literalmente, "na ponta do lápis". De acordo com a empresa, uma carga de 92 kWh, na média de custo de energia elétrica no Estado de São Paulo, custa R$ 55 (ou R$ 0,60/kWh).

Como o modelo da JAC percorre até 235 km após esse investimento por recarga, a conta final é a seguinte: R$ 0,23 por km rodado. Comparando esses valores com o preço do óleo diesel, que custa em média R$ 5,20 por litro, temos a seguinte situação: uma van "comum" rodando 7 km/l, gastaria R$ 0,74 por quilômetro rodado, mais do que o triplo da van 100% elétrica da JAC.

O preço para quem quiser encomendar a van 100% elétrica está definido. Ela sairá por R$ 419.900 em sua versão para carga; já a variante para passageiros será comercializada por R$ 479.900. O prazo de entrega após o pedido sacramentado é longo e beira os 60 dias, segundo o executivo da Alpha6.

O preço, que à primeira vista pode parecer assustador, "se paga com o tempo", de acordo com Habib. "A gente calcula que ele se pague quando completar 120 mil quilômetros. Se você roda 30 mil quilômetros por ano, em quatro anos ele já se pagou. Se você roda pouco, leva seis, sete anos. A Globo, por exemplo, roda pouco, mas a conta é outra. Ela começa a passar a imagem de uma empresa que está controlando e reduzindo a emissão de CO2". (yahoo)

JAC anuncia E-J7, sedã elétrico “com preço dos rivais a combustão”

Depois de mandar ao mercado o E-JS1, carro elétrico mais barato à venda no Brasil, e o E-JS4, SUV 100% elétrico, a JAC está preparando mais uma novidade para 2021: o E-J7, 1º carro elétrico “com preço dos rivais a combustão”. De acordo com a montadora, trata-se de um sedã de “majestosas dimensões” e que chegará para brigar pelo mercado com rivais de peso, como Audi A5 Sportback, BMW 320i GP e Honda Accord Hybrid.

O JAC E-J7 tem 4,77 metros de comprimento, 1,82 m de largura e 2,76 m de entre eixos; de acordo com a JAC, além de ser mais barato do que os rivais, o carro também é mais rápido do que os concorrentes. A especificação diz que o JAC E-J7 é equipado com motor de 192 cv e 34,67 kgfm de torque, configuração que o faz acelerar de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos.

A bateria de 50,1 kWh, segundo a JAC Motors, dará ao sedã elétrico autonomia de até 402 quilômetros. Para que tal eficiência seja alcançada, no entanto, há um limitador de velocidade, que não permite ao carro ultrapassar os 150 km/h.

“A JAC tem sido referência mundial em eficiência energética de carros elétricos. Para rodar 402 km, o E-J7 precisa de apenas 50,1 kWh de bateria. Isso impacta no peso do carro, que é baixíssimo, praticamente o mesmo dos concorrentes a gasolina. E permite as acelerações tão vigorosas do E-J7! Outros elétricos de portes semelhantes usam quase o dobro de baterias, pesam uma tonelada a mais, só que têm a mesma autonomia de 400 km”, destacou Sérgio Habib, presidente da empresa.

JAC Motors

E o preço?

O mais importante a respeito do JAC E-J7 que está em pré-venda desde a segunda-feira (8) é o preço. A marca prometeu que ele será “o mesmo dos principais concorrentes a combustão” e fez questão de elencar quais são os carros que pretende derrubar na briga por um lugar no mercado.

O Audi A5 Sportback Prestige Plus, por exemplo, faz de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e custa a partir de R$ 303 mil. O BMW 320i GP, segundo rival escolhido pela JAC para exaltar o E-J7, tem motor de 184 cv, vai de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos e custa a partir de R$ 280 mil. Fechando a trinca de oponentes, a marca chinesa citou o Honda Accord Hybrid, dotado de motor de 184 cv, que acelera de 0 a 100 km/h em 7,5 segundos e custa R$ 311 mil.

O E-J7, por sua vez, custará aos interessados R$ 259,9 mil em versão única. O carro, assim como o E-JS1, foi desenvolvido na China em parceria com a Volkswagen e oferecerá 5 anos de garantia aos clientes. As entregas estão previstas para começar em janeiro de 2022. Sérgio Habib, claro, está confiante em ver as vendas dispararem.

“Conseguimos uma ótima negociação com a matriz para posicionar o JAC E-J7 de forma muito competitiva. Como se vê, ele tem o mesmo porte dos principais modelos premium do mercado, mas é mais rápido nas arrancadas do que todos eles. E ainda é mais barato. Acredito que o volume de vendas desse novo JAC 100% elétrico vai surpreender”, apostou.

“Se nossas pesquisas indicavam que o preço continuava sendo um item proibitivo para uma venda em maiores volumes dos modelos elétricos, o E-J7 não terá mais esse problema”, concluiu o executivo. (yahoo)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Brasil se torna um grande canteiro de obras verde

Brasil se torna um grande canteiro de obras verde; são 84 parques eólicos em fase de projetos e 21 em construção, além de usinas solares que alavancaram o país entre as nações com maior capacidade de geração solar!
Trabalhadores em obras de construção de parques eólicos.

Mercado de energia renovável aquece setor de gerenciamento de obras. A chamada engenharia de proprietário surge como catalizador de expertise técnica no sucesso de desenvolvimento desse mercado.

O aquecimento do mercado de energia renovável tem transformado o Brasil num grande canteiro de obras verde. São 84 parques eólicos em fase de projetos e 21 em construção, além do incremento de usinas solares que alçaram o país a 14ª posição entre as nações com maior capacidade de geração solar.

Por trás desse “boom”, está uma transformação no conceito dos canteiros de obras, com o crescimento do papel da engenharia de proprietário.

A função surge da necessidade de se alcançar o máximo de eficiência, no uso intensivo da tecnologia, sem deixar de lado as responsabilidades ambientais e sociais, mesmo em projetos localizados fora dos grandes centros e com uma grande dificuldade logística.

Dessa forma, os escritórios de engenharia, especialistas em diferentes fases de obras, assumiram todo escopo de desenvolvimento do projeto, incluindo a compra dos equipamentos e de materiais da obra, além do acompanhamento do processo de construção, atuando, literalmente como se fossem os olhos do dono.

Trata-se de uma atividade de gerenciamento dentro da engenharia da construção, que se molda com facilidade a todo o tipo de empreendimento. E com o desenvolvimento da tecnologia e crescentes objetivos ambientais, as metodologias de trabalho tornam-se cada vez mais rigorosas e atentas.

Para o sócio fundador da afaplan, Gonçalo Sousa Soares, “trata-se de uma atividade que exige disciplina, além de uma equipe bem treinada e com avançados conhecimentos técnico e tecnológico, para garantir excelência em cada fase da obra”, disse Gonçalo Soares, CEO da afaplan.

Neste tipo de engenharia, a revisão do projeto é uma atividade que agrega uma mais-valia.

Segundo o empresário, “neste tipo de engenharia, a revisão do projeto, por exemplo, é uma atividade que agrega uma mais-valia importante para o empreendimento, pois nesta fase detectam-se problemas que se resolvem de forma rápida e econômica, mas que se não forem ajustados vão provocar custos elevados durante a fase de construção”.

Com mais de 35 anos no mercado e experiência de quem gerenciou obra em 14 países, a afaplan é uma das principais referências mundiais nesse segmento. A empresa criou há sete anos uma área exclusiva para projetos de energias renováveis e hoje colhe os frutos dessa estratégia: já são 16 GW em projetos entregues pelo mundo, sendo a recordista no Brasil, com a marca de 10GW desenvolvidos. Além disso, ainda é responsável pela engenharia do proprietário em outras 14 obras de energia renovável em execução no País. (clickpetroleoegas)

Light junto ONG’s do Reino Unido levam projeto de energia limpa

Light junto ONG’s do Reino Unido levam projeto de energia limpa e doa kit solar para na Baixada Fluminense/RJ.

Light junto com consórcio entre organizações do Reino Unido leva projeto de energia limpa e doa kit de painel solar para casas na Baixada Fluminense, no RJ.
Projeto que vai doar kit de painel solar para casas da Baixada Fluminense, promete levar energia limpa e sustentável, além de dar aos usuários mais controle sobre o custo da energia que usam.

A Light, uma das maiores empresas de energia do Brasil, e um consórcio entre organizações do Reino Unido e nacionais ganharam uma competição internacional realizada pelo Programa de Energia para o Brasil (BEP) do governo britânico, para fornecer tecnologias inovadoras de energia limpa e testar modelos de negócios em comunidades de baixa renda como parte do esforço do Brasil, para uma transição energética e economia de baixo carbono. As entidades lançam oficialmente o projeto piloto, Solar Pilar, esta semana, e vão doar kit de painel solar para moradores.

O Solar Pilar vai testar tecnologias inovadoras que ajudem às famílias de baixa renda a reduzir suas contas de energia. O projeto será implementado no bairro de mesmo nome: Pilar, na Baixada Fluminense.

Casas da Baixada Fluminense (RJ) receberão um “kit” de painel solar (fotovoltaicos)

Um grupo de 30 residências receberá um “kit” com seis painéis fotovoltaicos, bateria, medidor inteligente e dispositivo de monitoramento de consumo de eletricidade. Serão instalados ainda, aproximadamente 300 painéis fotovoltaicos na subestação Frei Caneca e, por geração distribuída, atenderão outro grupo de residências.

Ao todo, 240 famílias participarão de um experimento de longo prazo, em formato de um “laboratório a céu aberto”, com equipamentos de última geração, testando modelos de negócios inclusivos. O piloto terá amplo envolvimento da comunidade, com foco especial nas mulheres e outros grupos em situação de vulnerabilidade.

“Temos o prazer de anunciar o lançamento deste piloto que demonstrará como as tecnologias podem apoiar a transição global para as energias renováveis. Inovações em sistemas inteligentes são uma ferramenta crucial na redução de emissões e é ótimo ver os benefícios sentidos pelos consumidores de baixa renda no Brasil.”, diz Clarissa Vargas, diretora do BEP, programa que idealizou o projeto e criou o concurso.
Parte tecnológica do piloto é liderada pela HVDC Technologies do Reino Unido

A parte tecnológica do piloto é liderada pela HVDC Technologies do Reino Unido, uma empresa inovadora de serviços de sistemas de energia com sede em Stafford, e a Entrust Smart Home Microgrid Ltd. Eles levarão energia solar, armazenamento, medidores inteligentes e aparelhos domésticos para Pilar.

A promoção de energia sustentável no Brasil beneficia tanto o país quanto o Reino Unido. Isso proporcionará oportunidades comerciais de longo prazo para empresas britânicas e economia financeira para famílias de baixa renda no Rio de Janeiro.

Além do apoio do governo britânico, o aspecto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do piloto receberá fundos da Light para testar uma gama de diferentes tarifas de energia de ‘tempo de uso’ que a tecnologia vai possibilitar. Ao todo, o piloto terá um investimento de R$ 6 milhões.

“Esse intercambio possibilitará alternativas de consumo, disponibilizando energia limpa e de qualidade. Essa experiência torna-se importante para o desenvolvimento sustentável, servindo como real possibilidade do uso de energia eficiente para as comunidades”, afirma Raimundo Santa Rosa, gerente de relacionamento com comunidades e eficientização da Light.   

Projeto que doa kit de painel solar vai levar energia limpa e sustentável, além de dar aos usuários mais controle sobre o custo da energia que usam.

O piloto vai levar energia limpa e sustentável para o Pilar e dará aos usuários mais controle sobre o custo da energia que usam. Ele testará o uso de um sistema de energia inteligente, inovador e de baixo carbono para residências. A solução poderá ser replicável e vai assegurar os benefícios da energia renovável.

O piloto foi idealizado pelo Programa de Energia do Brasil (BEP), do governo britânico, que mantém projetos para reduzir a pobreza em países parceiros por meio do crescimento econômico inclusivo. O BEP une apoio do Reino Unido e experiência internacional para alavancar o Brasil como uma potência de energia renovável. Por meio deste piloto, demonstrará o uso inovador de tecnologias limpas de forma economicamente inclusiva.

A HVDC Technologies trabalhará com a Entrust Smart Home Microgrid Ltd. (Entrust Microgrid) para fornecer a tecnologia inovadora e o hardware para o projeto, juntamente com a experiência de desenvolvimento do projeto.

“Este projeto de colaboração é um marco importante para a HVDC Technologies permitindo criar um modelo a ser replicado em outras regiões do Brasil e assim contribuir para o emprego da tecnologia visando melhoria da qualidade de vida da população com impacto positivo ao meio ambiente”, acrescenta André Canelhas, Managing Director da HVDC Technologies. A HVDC fornecerá engenharia de integração, além dos módulos fotovoltaicos, medidores inteligentes e baterias.

Programa de Energia para o Brasil, parte do Programa de Cooperação UK-Brasil, visa apoiar o Brasil na transição para uma economia de baixo carbono.

Sobre o BEP – O Programa de Energia para Brasil, parte do Programa de Cooperação UK-Brasil, visa apoiar o Brasil na transição para uma economia de baixo carbono, que ofereça energia acessível e limpa para impulsionar o desenvolvimento econômico inclusivo, reduzir a pobreza e melhorar a equidade de gênero e a inclusão social, com foco especial em geração solar, aproveitamento os potenciais energético de resíduos (WTE em inglês), biocombustíveis, eólica offshore e hidrogênio de baixo carbono. O BEP é implementado por um consórcio composto por Adam Smith International, Carbon Limiting Technologies, hubz, Instituto 17 e FGV.

Sobre o Programa de Cooperação UK-Brasil – O Programa de Cooperação UK-Brasil é um programa do governo britânico que apoia o desenvolvimento econômico em países parceiros. O programa visa apoiar a modernização econômica do Brasil através do aumento da produtividade, que facilitará o desenvolvimento econômico sustentável e a redução da pobreza. (clickpetroleoegas)