quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Metade dos combustíveis fósseis pode sair de uso em 15 anos

Estudo aponta que metade dos combustíveis fósseis pode sair de uso em 15 anos.
Uma pesquisa inédita divulgada pela revista Nature mostra que cerca de metade dos combustíveis fósseis do mundo podem ser desnecessários em 2036. O estudo detalha que a mudança na matriz energética mundial, que tende a ser cada vez mais sustentável, é a principal responsável pela desvalorizar dos produtos derivados do Petróleo. A projeção foi feita com base na demanda dos 70 setores da indústria que mais necessitam do insumo no mundo.

Segundo o levantamento, as empresas ligadas a esse tipo de exploração devem sofrer uma crise financeira em 15 anos, já que ficarão na posse de ‘ativos ociosos’, como terrenos, fábricas e investimentos, sem a possibilidade de gerar grandes lucros. Isso porque o estudo aponta que o barril do petróleo não deve custar mais que US$ 35 em 2036. Atualmente, o mesmo barril é comercializado por valores superiores a US$ 80 (cerca de R$ 440).

“Um dos principais objetivos da política climática é substituir progressivamente o uso de combustíveis fósseis por energias renováveis. A rápida depreciação e substituição dos combustíveis fósseis associadas à necessidade de preservação do meio ambiente acarretam uma profunda reorganização das cadeias de valor da indústria, comércio internacional e geopolítico. Dependendo das decisões de produção, os preços do petróleo em longo prazo podem permanecer em valores tão baixos quanto US$ 35 bbl”, destaca um trecho da pesquisa divulgada nesta semana pela revista Nature.

No entanto, a transição pode gerar instabilidade econômica ao longo dos anos, especialmente em países que o produto faz parte da cadeia produtiva. A pesquisa ressalta que as nações que começarem mais cedo a desativar o uso desses combustíveis e investir em outras fontes de energia poderão reduzir as perdas em longo prazo.

O Brasil, Estados Unidos, Noruega e Rússia estão entre os países que mais produzem combustíveis fósseis, segundo a pesquisa. Já a União Europeia, o Japão e a Índia estão entre os maiores importadores do produto. (biodieselbr)

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