O entendimento vem com o nível cultural e intelectual de cada pessoa. Aprendizagem, conhecimento e sabedoria surgem da necessidade, da vontade e da perseverança em agregar novos valores aos já existentes.
sexta-feira, 20 de setembro de 2024
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
Array Technologies soma mais de 40% de projetos em usinas híbridas
Array Technologies soma mais de 40% de projetos em usinas híbridas com
energia solar e eólica.
Com mais de 700 projetos com rastreadores solares, também chamados de
trackers, a Array Technologies já soma cerca de 10 GW de participação em usinas
de geração distribuída e centralizada no Brasil. A companhia também forneceu
seus trackers – que contribuem para gerar até 37% a mais de eficiência do que
os sistemas fixos – para a construção de três usinas híbridas no Brasil,
localizadas em Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí. Hoje, a hibridização já
corresponde a 40% dos projetos da empresa.
Recentemente, a Array encontrou nas usinas híbridas uma oportunidade de
atender à demanda por energia de forma mais eficiente. A hibridização de usinas
para a geração de energia solar e eólica representa 89,9% da capacidade
acrescentada em 2023, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME).
Segundo o diretor geral Latam da Array Technologies, Vinicius Gibrail, “a complementaridade entre energia solar e eólica é estratégica para compensar a sazonalidade de cada fonte. O solar vem complementando as usinas eólicas no Brasil, aproveitando a estrutura pré-existente e complementando a produção diária, enquanto a eólica tende a ser mais forte durante a noite, maximizando o aproveitamento dos recursos. Assim, a curva de transição de disponibilidade de carga entre o período diurno e noturno se torna muito próxima, fazendo com que o sistema trabalhe de forma mais harmônica, consistente e otimizada”.
Usina Serra do Mato: uma das primeiras simbioses entre solar e eólica no país
Construída em parceria com a francesa Qair, produtora independente de
energia, a Usina Serra do Mato é uma das primeiras usinas híbridas no Brasil. O
projeto corresponde à expansão do complexo híbrido Serrote, localizado no
município do Trairi, Ceará. Possui 29 aero geradores, com capacidade total de
energia de 121,8 MW. Já a fase solar-fotovoltaica do complexo, tem a capacidade
de 101 MW. Ela foi comissionada no final de 2023 e a missão da Array foi a de
construir uma solução de geologia que não reduzisse a porcentagem de Capex
[sigla em inglês para Capital Expenditure, ou Despesas de Capital, em tradução
livre ao português] de balanço do sistema que a Qair havia estimado para uma
mesma potência dentro da energia eólica.
“Para isso, a Array dimensionou um equipamento que apresentou menos movimentação de terra, e que possibilitou uma cravação mais simplificada para lidar com o terreno desafiador. E conseguimos fazer isso com a Qair, o que nos enche de orgulho”, explica Gibrail.
Diretor geral Latam da Array Technologies, Vinicius Gibrail
Desafios de construir uma usina híbrida
É fato que a energia eólica chegou antes. Porém, o Brasil é uma região
de ventos baixos, que não viabiliza depender apenas da usina eólica. Portanto,
a construção de usinas híbridas exige um estudo sobre como criar uma vantagem
em cima da estrutura pré-existente.
Para isso, o executivo detalha que o primeiro ponto é pensar na viabilidade da estrutura financeira, como a flutuação da moeda e a taxa de juros. “O preço da energia e a alta do dólar vão diretamente contra os benefícios possíveis de se alcançar em uma negociação de TPA em reais. O mercado poderia ser o melhor de dois mundos se tivéssemos um dólar mais barato e mais disponibilidade de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Hoje, temos o Capex mais barato do setor solar, e isso é o que ainda ajuda a manter o setor resiliente”.
Oportunidades e expectativas para os próximos anos
Ainda que os desafios existam, Gibrail garante que o mercado de usinas
híbridas é altamente vantajoso. O interesse crescente de grandes investidores e
o aumento da demanda por este tipo de projeto indicam uma oportunidade para o
desenvolvimento tecnológico e a inovação no setor de energia brasileiro,
impulsionando a economia, gerando empregos qualificados e posicionando o país
como um líder global em energia de fontes renováveis.
Além disso, conforme apontado pelo executivo, as usinas híbridas podem
aproveitar melhor a infraestrutura existente, compartilhando subestações,
linhas de transmissão e outros recursos, o que resulta em uma redução nos
custos de implantação e operação, impulsionando a sustentabilidade e
fortalecendo a resiliência do sistema elétrico, especialmente em regiões onde
uma única fonte de energia pode ser inconsistente.
“Sem dúvida nenhuma, é um excelente negócio. A regulação dessa nova modalidade de negócio foi criada em um momento de muito desafio no mercado brasileiro, tanto pela questão de energia, quanto pela questão de câmbio e disponibilidade de financiamento. Nós encontramos uma oportunidade de diversificar nosso negócio, vendendo a mesma coisa para o mesmo cliente, mas em um eixo diversificado de viabilidade. A hibridização mostra, mais uma vez, a criatividade, a resiliência e o dinamismo do mercado brasileiro”, afirma Gibrail.
O executivo explicou à pv magazine que “ainda não vimos todo o potencial deste mercado. Tivemos uma nova incursão de consumidores no mercado livre de energia, o que é um layer importante, mas o mercado ainda vai mostrar toda a sua capacidade. Acredito que isso acontecerá quando enxergarmos um Brasil em que todo e qualquer consumidor tenha a possibilidade de comprar energia no mercado livre. E nós da Array apostamos muito em tecnologia para que, quando esse momento chegar, sejamos capazes de atender esse novo cenário”. (pv-magazine-brasil)
Geração solar distribuída já atende 4 milhões de unidades consumidoras no Brasil
Geração solar distribuída já atende 4 milhões de unidades consumidoras
no Brasil, diz Absolar.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (Absolar), o Brasil ultrapassou a marca de 4 milhões de unidades
consumidoras abastecidas pela geração própria de energia solar em telhados,
fachadas e pequenos terrenos.
Pelo balanço da associação, os estabelecimentos comerciais e de serviços
representam a segunda maior classe de consumo abastecida pela geração própria
solar, com mais de 674,4 mil locais (16,8%), seguidos pelas propriedades
rurais, com 410,4 mil (10,2%), indústrias, com 97,4 mil (2,4%), e prédios do
poder público, com 12,1 mil (0,5%). Os demais tipos de consumidores, como
serviços públicos e iluminação pública, somam cerca de 1,7 mil (0,1%).
As 4 milhões de unidades consumidoras representam apenas 4,5% do total de ligações de eletricidade no país, atualmente com 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Este cenário, na avaliação da Absolar, traz um enorme potencial de crescimento do uso da tecnologia fotovoltaica.
Brasil tem 4 milhões de unidades consumidoras com geração própria de energia solar, diz ABSOLAR.
Residências lideram o uso da tecnologia, com 2,8 milhões de imóveis
abastecidos
“Certamente, as 4 milhões de contas de luz atendidas pela energia solar
distribuída devem ser comemoradas, já que o setor solar segue uma boa curva de
crescimento no país, impulsionado sobretudo pela queda de mais de 50% no preço
dos equipamentos somente em 2023. Mas ainda estamos aquém de muitos países, com
atendimento a apenas 4,5% das contas de luz no Brasil, enquanto, na Austrália,
por exemplo, esse suprimento chega a mais de 30% das unidades naquela nação”,
avalia o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.
Já o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, aponta que o crescimento da geração
própria solar amplia o protagonismo do Brasil na geopolítica da transição
energética global. “A tecnologia fotovoltaica também fortalece a
sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e eleva a competitividade dos
setores produtivos brasileiros”, esclarece.
“Geração solar próxima dos locais de consumo reduz o uso da
infraestrutura de transmissão, alivia a pressão sobre os recursos hídricos,
diminui perdas elétricas em longas distâncias e contribui para uma maior
autonomia e poder de escolha dos consumidores. Adicionalmente, reduz emissões
de poluentes e gases de efeito estufa, contribuindo para proteger o meio
ambiente”, acrescenta Sauaia.
Os investimentos acumulados na geração própria solar superam os R$ 150,3 bilhões no país, com a marca de 31 GW de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil, segundo a Absolar.
O segmento é responsável pela criação de mais de 931 mil empregos verdes acumulados desde 2012, bem como contribuiu para uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 44,7 bilhões. A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.550 municípios e em todos os estados brasileiros. (pv-magazine-brasil)
Cientistas chineses alcançam recorde de 20% eficiência em célula solar orgânica
Cientistas chineses alcançam recorde de eficiência de 20% em célula
solar orgânica de junção única.
No artigo acadêmico “Molecular interaction induced dual fibrils towards
organic solar cells with certified efficiency over 20%”, publicado no periódico
Nature Communications, os pesquisadores dizem que melhorar as ordens de
estrutura e otimizar a morfologia em nano escala de semicondutores orgânicos
desempenhará um papel crítico na obtenção de altas eficiências de células
solares orgânicas.
Para testar a teoria, os cientistas projetaram e sintetizaram um novo
aceptor não fulereno, o L8-ThCl, para atuar como o terceiro componente ao lado
de um sistema hospedeiro PM6:L8-BO. Eles dizem que adicionar L8-ThCl ajudou a
ampliar e definir as nano fibrilas de doadores de polímeros.
“Descobrimos que as cadeias PM6 de ponta bem organizadas podem ser torcidas em orientação de face pela interação dipolo-dipolo com L8-ThCl e refinadas em nano fibrilas com pilhas π−π aprimoradas e mais densas”, explicam os cientistas no artigo. “Enquanto isso, a boa miscibilidade e interações intermoleculares entre L8-BO e L8-ThCl em dímeros compactados em forma de W e S podem efetivamente fortalecer e regular as redes de compactação de aceitadores em fibrilas unidimensionais com alta cristalinidade”.
Painéis Solares fotovoltaicos atingem novo recorde de eficiência
Durante os testes, a equipe fabricou dois dispositivos –
PM6:L8-ThCl/L8-BO:L8-ThCl e D18:L8-ThCl/L8-BO:L8-ThCl – que registraram
eficiências significativamente aumentadas, de 19,4% e 20,1%, respectivamente.
O PCE deste último foi certificado em 20%, o que, de acordo com os
cientistas, é a maior eficiência certificada relatada para células solares
orgânicas de junção única até o momento.
Na conclusão do artigo, os cientistas dizem que a estratégia “oferece uma perspectiva encorajadora sobre a manipulação de agregação molecular de semicondutores orgânicos para superar a eficiência de marco de 20% das células solares orgânicas”.
Cientistas Inventam Células Solares com Eficiência Recorde
Início de 2024 uma equipe de pesquisa da Universidade de Tecnologia de
Wuhan e da Universidade Central do Sul fabricou uma célula solar orgânica
ultrafina com uma camada de transporte de furos de bicamada que atingiu uma
eficiência de 17%. (pv-magazine-brasil)
segunda-feira, 16 de setembro de 2024
O impacto dos módulos solares semitransparentes no rendimento agrovoltaico
“A tecnologia de módulo fotovoltaico semitransparente (STPV) surgiu como
uma solução potencial para mitigar os efeitos negativos da sombra densa em
sistemas de cultivo, mantendo uma alta densidade de módulos”, disseram os
acadêmicos. “Até onde sabemos, este é o primeiro experimento de pesquisa
replicado que avalia os tipos de transparência do módulo em um cenário de campo
de vegetais irrigados”.
O experimento foi conduzido ao longo de duas temporadas de cultivo, 2020
e 2021. O local do estudo foi localizado em Fort Collins, Colorado, EUA, em um
campo designado para pesquisa. No geral, o crescimento de seis vegetais foi
testado: pimenta jalapeño, pimentão, alface, abóbora de verão, tomates
chocolate da Tasmânia e tomates “red racer”.
“Havia três fileiras plantadas em todo o local – norte, meio e sul”,
explicou o grupo. “Alface, pimentões e tomates foram plantados em duas
subfileiras deslocadas em canteiros de 0,9 metro, cobertos com cobertura morta
de plástico preto nas fileiras norte e sul. A abóbora foi plantada
exclusivamente na fileira do meio em ambos os anos com espaçamento de 1,2 m no
centro”.
Quanto aos módulos fotovoltaicos, os cientistas usaram três de cada
tipo. Eles foram instalados em uma posição definida de 35 graus voltada para o
sul, com a borda inferior dos módulos 1.220 mm acima do solo e a parte traseira
a uma altura de 2.360 mm. Os módulos ST-CdTe tinham uma saída nominal de 57 W,
o BF-Si tinha 360 W e o O-Si tinha 325 W.
“Cada uma das 12 subseções de cultivo, incluindo matrizes fotovoltaicas
e seção de controle, abrangia uma largura de 4,3 m, com um espaçamento de 4,3 m
entre as subseções adjacentes”, disseram os pesquisadores. “Devido à
configuração de montagem em poste único, a sombra projetada pelos módulos se
movia ao longo do dia. Com isso, as plantações recebiam sol direto no início e
no final do dia, com sombra máxima durante os horários de pico do dia e
imediatamente abaixo dos módulos”.
De acordo com os resultados, a abóbora de verão sob todos os três tipos de módulo apresentou rendimentos significativamente menores do que a seção de controle, independentemente do tipo de transparência do módulo. Enquanto na seção de controle, sob condições de sol pleno, a abóbora rendeu 5,1 kg por planta, cresceu 3,2 kg no cenário BF-Si, 3,2 kg no cenário O-Si e 4,1 kg no cenário ST-CdTe.
Usar e obter lucros com a energia solar na agricultura
Os outros vegetais tiveram rendimentos médios iguais ou maiores que a
seção de controle sob o tratamento ST-CdTe transparente de 40%, mas sem
diferenças estatisticamente significativas. As pimentas jalapeño renderam 155 g
por planta em sol pleno, 161 g no BF-Si, 155 g no O-Si e 162 g no ST-CdTe,
enquanto o pimentão rendeu 295 g por planta em sol pleno, 294 g no BF-Si, 278 g
no O-Si e 346 g no ST-CdTe.
O peso da alface por cabeça foi de 105 g em pleno sol, 126 g com o
BF-Si, 111 g com O-Si e 129 g com ST-CdTe. Os tomates chocolate da Tasmânia
tiveram uma média de 926 g por planta em pleno sol, 1.060 g sob o BFSi, 1.069 g
com O-Si e 1.278 g no ST-CdTe. Por fim, os tomates red racer tiveram 867 g por
planta em pleno sol, 733 g no BF-Si, 903 g no O-Si e 962 g no ST-CdTe.
“A otimização do conjunto agri-PV com módulos PV semitransparentes pode
aumentar a produção agrícola, mantendo a proteção adicional de um dossel
energizado em sistemas APV tradicionais”, concluíram os pesquisadores. “Mais
pesquisas são necessárias para entender melhor as compensações econômicas entre
o aumento da transparência do módulo em comparação à produção de vegetais, ao
mesmo tempo em que considera o aumento do rendimento energético da
bifacialidade do módulo”.
Suas descobertas foram apresentadas em “Vegetable Crop Growth Under Photovoltaic (PV) Modules of Varying Transparencies”, publicado Heliyon.
Estufa com Painéis Solares Transparentes Passam em Teste nos EUA
Cientistas da UCLA desenvolvem painéis solares transparentes e estáveis
para estufas, melhorando eficiência energética e crescimento das plantas.
(pv-magazine-brasil)
Sistemas fotovoltaicos podem dar suporte à rede elétrica
Sistemas fotovoltaicos podem dar suporte à rede elétrica, diz IEA-PVPS.
Ele diz que os sistemas fotovoltaicos existentes já têm as capacidades
técnicas para fornecer vários serviços de rede relacionados à frequência, como
a redução da geração de energia ativa em casos de sobrefrequência e, quando em
combinação com sistemas de armazenamento de energia de bateria (BESS), o
aumento automático de sua saída em caso de subfrequência.
O relatório prevê que o fornecimento desses serviços de frequência
rápida por sistemas fotovoltaicos, com ou sem baterias, se tornará “muito
importante no futuro próximo”, particularmente em áreas de fornecimento que são
dominadas por geradores acoplados a inversores.
Ele também apresenta cinco estudos de caso — dois no Japão e um na Áustria, Alemanha e Itália — que abrangem os regulamentos, códigos de rede e estruturas que influenciam a operação de sistemas de energia na região.
O relatório diz que cada estudo de caso “demonstrou claramente que os sistemas fotovoltaicos, somente ou especialmente em combinação com BESS, são capazes de fornecer diferentes tipos de serviços de rede relacionados à frequência”. Ele acrescenta que, embora os resultados dos estudos de caso sejam promissores, “mais pesquisas e projetos de demonstração são necessários, especialmente para a implementação desses serviços relacionados à frequência, que vêm junto com inversores formadores de rede”.
Gunter Arnold, um dos autores do relatório, diz que o estudo representa um grande passo à frente no reconhecimento e uso de sistemas fotovoltaicos para serviços de rede relacionados à frequência. Ele diz que os insights do relatório serão cruciais para formuladores de políticas, operadores de rede e o setor de energia renovável à medida que o mundo se move em direção a um futuro de energia mais sustentável.
Sistema On Grid: O processo de produção de energia solar fotovoltaica
O IEA-PVPS também concluiu recentemente sua 13ª tarefa, com a publicação
de um relatório sobre a otimização de sistemas de rastreamento PV bifacial.
(pv-magazine-brasil)
Tecnologia fotovoltaica leve, flexível e semitransparente do laboratório à fábrica
O grupo de pesquisa alemão Helmholtz Association tem uma nova plataforma
para transferir tecnologias solares fotovoltaicas impressas flexíveis do
laboratório para a indústria.
Conhecida como Plataforma de Aceleração de Tecnologia Solar (Solar TAP)
para energia fotovoltaica emergente, a plataforma visa trazer soluções solares
fotovoltaicas mais leves em uma gama mais ampla de cores, com maior
transparência e maior sintonia de bandgap do que o que está disponível no
mercado hoje.
Um roteiro para as aplicações fotovoltaicas emergentes está sendo desenvolvido pelos participantes do Solar TAP, de acordo com o gerente da plataforma, Jens Hauch. Além disso, a transferência de tecnologia já está em andamento. “Iniciamos várias atividades e projetos de transferência bilateral com membros da indústria”, disse Hauch à pv magazine.
Painel solar flexível: conheça a nova tecnologia fotovoltaica
As potenciais aplicações fotovoltaicas de alto crescimento que a Solar
TAP está abordando são multibenefícios ou uso duplo, incluindo agrovoltaica,
solar integrada a edificações (BIPV), mobilidade e solar para Internet das
Coisas (IoT).
O Solar TAP é uma iniciativa de três anos com financiamento de € 15,1
milhões (US$ 16,6 milhões) da Associação Helmholtz. Foi lançado em 2023 e é
liderado por três dos dezoito centros de pesquisa de Helmholz,
Forschungszentrum Jülich GmbH, Helmholtz-Zentrum Berlim e Instituto de
Tecnologia de Karlsruhe.
O grupo organizou 3 eventos de um dia desde o lançamento, com
apresentações de membros da indústria e da academia da comunidade Solar TAP. Em
uma reunião em abril, o foco foi a agrovoltaica, onde especialistas
apresentaram os últimos desenvolvimentos em processos de módulos solares
impressos, tendências de solar orgânico (OPV) pela equipe que alcançou a
eficiência OPV recorde certificada de 14,46% no ano passado e notícias sobre
transferência de tecnologia de impressão a jato de tinta para fazer filtros
ópticos.
Na época, notou-se que havia 90 participantes. No evento anterior da indústria em novembro, esse número era de 65. Aparentemente, a rede Solar TAP está em um caminho de crescimento.
As células solares flexíveis CIGS consistem em camadas muito finas e incluem um composto dos elementos cobre, índio, gálio e selênio. As camadas são depositadas sobre substratos poliméricos flexíveis em sistemas industriais rolo a rolo.
Cientistas desenvolvem nova célula de energia solar flexível com desempenho superior a painéis solares de silício. (pv-magazine-brasil)
sábado, 14 de setembro de 2024
MTR Solar e GoodWe lançam solução híbrida para agronegócio
MTR Solar e GoodWe lançam solução híbrida para o agronegócio com solar,
baterias e diesel.
A solução completa e customizada da MTR BESS para o agro consiste em um
sistema integrado de energia solar, gerador e armazenamento de energia por meio
de baterias, oferecendo uma redução de até 70% no custo de energia para o
produtor. No agronegócio, as aplicações principais têm sido “pivôs de
irrigação”, que representam 90% das demandas.
A usina solar fotovoltaica será instalada no terreno do produtor,
utilizando painéis solares de alta eficiência e um gerador de alta potência,
que será integrado ao sistema para fornecer energia de reserva em momentos de
baixa incidência solar ou em emergências.
Ao mesmo tempo, será disponibilizado um eletro centro equipado com inversores de energia, transformadores e outros dispositivos de controle e monitoramento, garantindo a eficiência e a segurança do sistema. O sistema também contará com um banco de baterias de alta capacidade para armazenar o excesso de energia gerada pela usina solar durante o dia, permitindo o uso dessa energia durante a noite ou em momentos de pico de demanda com baterias de duração variada de 8h, 14h e 24h.
O contrato inclui não apenas o fornecimento dos equipamentos, mas também operações e manutenção (O&M), que garantem a eficiência do ativo.
“O custo operacional de uma usina solar de 1 a 2 MW varia a partir de R$ 1 milhão, que pode ser financiado com um payback de 3 a 5 anos. Além disso, com mais irrigação e otimização de processos com o mesmo espaço de terreno poderão ser realizadas de até três plantações a mais por ano, um ganho não só de energia, mas operacional também. A MTR oferece todos os serviços ao produtor rural, desde a compra dos equipamentos como módulos, estruturas fixas, trackers até a entrega de toda estrutura no local através da CT Botelho, empresa de logística do Grupo MTR”, afirma o CEO, Thiago Rios.
Para o vice-presidente da GoodWe América do Sul, Fabio Mendes, “a colaboração entre a GoodWe e a MTR representa um marco significativo para o setor agro brasileiro. Nossa orientação estratégica é fomentar o desenvolvimento do agronegócio, um setor em franca expansão, proporcionando soluções híbridas trifásicas que combinam sustentabilidade, eficiência e redução de custos. Estamos comprometidos em fornecer tecnologias de ponta que ajudem os produtores rurais a alcançar a independência energética e a melhorar sua competitividade no mercado global”. (pv-magazine-brasil)
Brasil adicionou 8.240 MW de capacidade solar até julho
A previsão da fiscalização da Aneel é que até o final do ano, incluindo
conexões realizadas em agosto, sejam adicionados mais 1.125 MW de 33 usinas. De
janeiro a dezembro, deve chegar a 4.478 MW de capacidade solar adicionada em
grandes usinas – aquelas que atendem consumidores no mercado livre ou as
distribuidoras de energia. Se a projeção for realizada, ficará acima dos 4.021
MW adicionados em 2023.
Já para geração distribuída não há uma projeção oficial. Caso o ritmo
observado nos primeiros meses do ano se mantenha até o final de 2024, seriam
adicionados 8.364 MW neste ano – mesmo patamar atingido em 2023.
Somando projeções da geração centralizada e considerando a tendência na geração distribuída, país pode adicionar 12.842 GW neste ano.
Geração centralizada: solar representa 51% da expansão até julho
Em julho, a expansão da capacidade instalada de geração de energia
centralizada no Brasil em 2024 chegou aos 6.525,74 MW, com a entrada em
operação de 183 usinas. A fonte solar representou 51% deste total, com 3.353 MW
de 88 usinas.
Após as ampliações realizadas em julho, o Brasil somou 204.477,1 MW de potência fiscalizada. Ainda de acordo com a Aneel 84,65% das usinas em operação no país são consideradas renováveis.
Para 2025, a contribuição das usinas solares centralizadas para a expansão deve ser ainda maior, com 6 GW previstos para entrar em operação. (pv-magazine-brasil)
Solar atinge 46 Gw e representa 19,5% da matriz elétrica
Solar atinge 46 Gw e representa 19,5% da matriz elétrica, aponta
Absolar.
Segundo a entidade, o setor fotovoltaico já atraiu mais de R$ 214,9
bilhões em investimentos e gerou mais de 1,38 milhão de empregos no país.
Adicionalmente, a fonte solar já evitou a emissão de 55,6 milhões de toneladas
de CO2 na geração de eletricidade. Desde 2012, esse mercado já
garantiu mais de R$ 66 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
Na geração distribuída, são 31,2 GW de potência instalada da fonte
solar. Isso equivale a cerca de R$ 150,6 bilhões em investimentos, R$ 44,9
bilhões em arrecadação e mais de 936 mil empregos acumulados desde 2012,
espalhados pelas cinco regiões do Brasil.
Já no segmento de geração centralizada, as grandes usinas solares
possuem mais de 14,9 GW de potência no país, com cerca de R$ 63,9 bilhões em
investimentos acumulados e mais de 447 mil empregos gerados desde 2012.
O CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, ressaltou que o protagonismo da
tecnologia fotovoltaica na transição energética brasileira contribui fortemente
para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, em todas as esferas da
sociedade.
“Além de acelerar a descarbonização das atividades econômicas e ajudar
no combate ao aquecimento global, a fonte solar tem papel cada vez mais
estratégico para a competitividade dos setores produtivos, alívio no orçamento
familiar, independência energética e prosperidade das nações”, explicou.
O presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk,
destacou que a energia solar é uma das fontes mais competitivas do Brasil. “E,
por isso, é a que cresce mais rápido, seja nos sistemas de pequeno porte nos
telhados e terrenos e seja nas grandes usinas conectadas no Sistema Interligado
Nacional (SIN) ”.
“Quem investe na geração própria fotovoltaica, por exemplo, consegue economizar até 90% na conta de energia. E o retorno é rápido, pois o preço dos módulos caiu mais de 50% no ano passado”, acrescentou Koloszuk.
Energia solar representa 19,5% da matriz elétrica brasileira
Fonte fotovoltaica atingiu marca de 46 GW de capacidade instalada no
país, mostra levantamento da Absolar. (portalsolar)
quinta-feira, 12 de setembro de 2024
Bahia e Ceará se destacam em estudo de hidrogênio verde da PwC
Hidrogênio de baixa emissão de carbono: Ceará e Bahia têm potencial para
serem polos importantes no Brasil.
Estudo da PwC aponta que o país tem grande potencial de produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono devido a abundância de recursos naturais para a produção do combustível a custo competitivo.
O estudo Cenários de descarbonização: oportunidades e incertezas da precificação de carbono Strategy & 2023, indica que os próximos anos serão marcados por esforços mundiais para a descarbonização com o objetivo de reduzir o aquecimento global. Ainda de acordo com o estudo, o Brasil tem grande potencial de produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono, devido a abundância de recursos naturais para a produção do combustível a custo competitivo. Além disso, a matriz elétrica brasileira é uma das mais limpas do mundo, com cerca de 85% da energia proveniente de fonte renovável, em contraste aos 30%-40% de outras grandes economias mundiais.
O estudo da PwC também aponta que o hidrogênio de baixa emissão de
carbono tem potencial para descarbonizar diversos setores, principalmente a
indústria química, a petroquímica e as indústrias de metais e de cimento.
Conforme o levantamento, até 2030, a demanda por hidrogênio crescerá a um ritmo
moderado e constante, com base em muitas aplicações de nicho nos setores
industrial, de transporte, energia e aquecimento residencial e comercial.
A região Nordeste, de um modo geral, pode ocupar uma posição estratégica
para que o país consiga a neutralidade de carbono e desponte como um dos
principais players do mercado de hidrogênio de baixa emissão de carbono no
mundo. Atualmente, a região é responsável pela produção de cerca de 80% da
energia renovável do país – e há possibilidade para ampliação desse potencial.
“Neste contexto de produção de energia renovável, o Nordeste tem
condições de atrair novos investimentos para a descarbonização, podendo,
inclusive, implementar negócios como os data centers, que consomem muita
energia e poderão se beneficiar de uma proximidade da região geradora,
maximizando o empreendimento”, explica Vandré Pereira, sócio de Tributos para o
setor de Energia da PwC Brasil.
Bahia e Ceará são mercados importantes
Hidrogênio Verde o combustível do futuro
No Nordeste, Bahia e Ceará são estados com potencial para ocupar posição
de destaque no setor. A Bahia, por exemplo, já é responsável por, em média, 30%
de toda a energia eólica e 20% de toda a energia solar que é consumida no
Brasil, segundo informações da Secretaria Estadual de Desenvolvimento
Econômico, a partir de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e
da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A matriz elétrica
estadual é mais de 90% renovável.
Vandré Pereira destaca, ainda, a importância dos portos baianos nesse
contexto: “Além de todo o avanço na produção de energia renovável, a Bahia
conta com portos importantes, como o de Salvador, Aratu e Ilhéus, que já
possuem uma boa estrutura para escoar o hidrogênio para o mercado
internacional”, analisa o sócio da PwC Brasil.
No caso do Ceará, sua posição geográfica favorece o modelo de exportação, devido a sua maior proximidade com as rotas marítimas para a Europa. Um bom exemplo disso é a decisão de empresas do mercado que investiram em projetos de H2V no Porto de Pecém. Caso a cadeia de hidrogênio de baixa emissão de carbono se consolide no Ceará, Vandré Pereira diz que “haverá um impulso em toda a cadeia de suprimentos, nos serviços em portos e logísticas, atraindo profissionais capacitados e a necessidade de investimentos em cursos, formações compatíveis, além da possibilidade de atrair novas indústrias que precisem descarbonizar suas operações, criando uma roda contínua de desenvolvimento para o estado”.
Do gás natural ao Hidrogênio Verde: como a transição energética pode mudar o mundo
A transição energética é um assunto cada vez mais presente no mundo
atual. Com as preocupações ambientais em alta e a necessidade de reduzir as
emissões de gases do efeito estufa, a busca por fontes de energia limpas e
renováveis é uma prioridade. E nessa corrida, encontra-se o Hidrogênio Verde.
Definição de papéis
Com a recente sanção do marco legal do hidrogênio de baixa emissão de
carbono, a infraestrutura de transporte e armazenamento do hidrogênio serão
alguns dos desafios para o desenvolvimento do hidrogênio sustentável no país.
De acordo com Vandré Pereira, a ação de entes público e privados têm papel
crucial nesse processo. “Cabe ao setor privado verificar a sua posição no
mercado de carbono, se serão compradores, ou vendedores, planejando, assim,
estruturas e arranjos societários de forma a estarem preparados a operar”, afirma.
Quanto aos entes públicos, ele diz que estes “podem atuar de forma a atrair os agentes interessados na formação de toda a infraestrutura necessária para potencializar essa agenda, cuidando do escoamento (transmissão) da energia, abrindo perspectivas de investimentos no armazenamento de energia, de forma a garantir a resiliência e o consumo de energia sem qualquer intermitência”.
Hidrogênio verde: o combustível do futuro
O especialista também diz que tratar essa agenda pela via do hidrogênio
de baixa emissão de carbono é uma estratégia importante. “Pois não restringe a
política nacional apenas a fontes como solar ou eólica, mas pode alcançar todas
as demais fontes de energia que temos no país, e, assim, poderemos viabilizar
ainda mais investimentos, atrair mais players, e contribuir de forma
significativa com a transição energética”, avalia. (reporterceara)
Integrar a crescente energia renovável à atual matriz elétrica brasileira
É
possível integrar a crescente energia renovável à atual matriz elétrica
brasileira, mostra estudo do IEMA.
A nova nota técnica reúne os principais aspectos discutidos e apresenta reflexões para aprimorar o sistema elétrico brasileiro. “Estamos em um momento de grandes mudanças na matriz elétrica brasileira e, para que sejamos capazes de acomodar o volume de fontes renováveis oferecidas pelo mercado e projetadas no texto da COP 28, são necessários ajustes para aprimorar o funcionamento do sistema”, conta o gerente de projetos do IEMA e autor do estudo, Ricardo Baitelo. O documento é resultado de encontros promovidos pelo IEMA e pelo Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), em 2023, com especialistas do setor elétrico para discutir a transição energética e a integração de fontes renováveis variáveis no sistema elétrico.
Recomendações
O
papel estratégico das hidrelétricas deve ser bem definido. Além de sua já
significativa contribuição para a oferta de energia elétrica, a operação das
usinas pode ser otimizada para oferecer armazenamento de energia, potência em
momentos críticos – ajudando a equilibrar a variabilidade das fontes eólica e
solar – e a lidar com possíveis incidentes na transmissão de energia elétrica.
Em
relação à transmissão de energia elétrica, é necessário um planejamento com
horizonte superior aos atuais cinco anos, para alinhar o crescimento das fontes
renováveis à expansão das redes, como é o caso do Nordeste que tem mais de 70
GW em usinas solares com construção não iniciada.
Além
do aumento da capacidade de transmissão, os sistemas de armazenamento de
energia são fundamentais para impulsionar a expansão de fontes renováveis
intermitentes como solar e eólica. A instalação de bancos de baterias junto a
sistemas renováveis concilia os períodos de produção da energia ao consumo
equilibrando o fornecimento e diminuindo o desperdício.
Os parques híbridos, que combinam diferentes fontes como solar e eólica ou solar e hidrelétrica, também melhoram a estabilidade da geração de energia renovável. A complementaridade das curvas de geração dessas fontes eleva o fator de capacidade – proporção entre a produção em um período e a capacidade total máxima neste mesmo período – e a disponibilidade de energia.
Estudo prevê que até 2026 a matriz energética brasileira será 95% de fontes renováveis
A
geração distribuída, por sistemas fotovoltaicos em residências ou indústrias, é
a modalidade que mais cresce. A curva de carga desses sistemas se concentra
durante o dia, exigindo reposição por outras fontes quando o sol se põe. Assim,
novas tecnologias e métodos de armazenamento de energia podem desempenhar essa
função e devem ser incluídos nas opções do operador nacional e dos operadores
das redes de distribuição.
Outra
modalidade energética despachável que contribuirá para essa resiliência são as
térmicas a biomassa. Além da oferta de bagaço de cana para cogeração, há um
enorme potencial ainda pouco explorado de biogás e biomassa proveniente de
resíduos florestais e agrícolas.
“Projeções
nacionais e internacionais indicam que sistemas elétricos com alta participação
de fontes renováveis dependerão de sistemas de armazenamento, como bancos de
baterias ou hidrelétricas com reservatórios”, destaca Baitelo. “A grande
questão é se existe um limite para a participação das fontes renováveis na
matriz energética. Fatos recentes, como o desperdício das fontes eólica e solar
e o vertimento turbinável indicam que o setor elétrico deve se adaptar ao
crescimento e ao perfil de geração das renováveis, visando potencializá-las em
vez de limitá-las. A tendência é que tenhamos cada vez mais pressão no sistema
para atender a picos de demanda decorrentes de ondas de calor”, completa.
Para
tanto, é necessário um arcabouço legal que remunere adequadamente os serviços
prestados pelos armazenadores de energia e demais fontes energéticas ao
sistema. Por fim, deve-se aprimorar modelos meteorológicos de previsão de
geração renovável e atualizar softwares de operação para atender à crescente
diversidade da matriz elétrica.
Os
investidores internacionais apostam no Brasil como uma potência líder no setor
de energias renováveis.
Nos
últimos sete anos, o Brasil emergiu como líder em investimentos internacionais
no setor de energias renováveis e superou outras economias em desenvolvimento.
(pv-magazine-brasil)