Geração solar distribuída já atende 4 milhões de unidades consumidoras
no Brasil, diz Absolar.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (Absolar), o Brasil ultrapassou a marca de 4 milhões de unidades
consumidoras abastecidas pela geração própria de energia solar em telhados,
fachadas e pequenos terrenos.
Pelo balanço da associação, os estabelecimentos comerciais e de serviços
representam a segunda maior classe de consumo abastecida pela geração própria
solar, com mais de 674,4 mil locais (16,8%), seguidos pelas propriedades
rurais, com 410,4 mil (10,2%), indústrias, com 97,4 mil (2,4%), e prédios do
poder público, com 12,1 mil (0,5%). Os demais tipos de consumidores, como
serviços públicos e iluminação pública, somam cerca de 1,7 mil (0,1%).
As 4 milhões de unidades consumidoras representam apenas 4,5% do total de ligações de eletricidade no país, atualmente com 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Este cenário, na avaliação da Absolar, traz um enorme potencial de crescimento do uso da tecnologia fotovoltaica.
Brasil tem 4 milhões de unidades consumidoras com geração própria de energia solar, diz ABSOLAR.
Residências lideram o uso da tecnologia, com 2,8 milhões de imóveis
abastecidos
“Certamente, as 4 milhões de contas de luz atendidas pela energia solar
distribuída devem ser comemoradas, já que o setor solar segue uma boa curva de
crescimento no país, impulsionado sobretudo pela queda de mais de 50% no preço
dos equipamentos somente em 2023. Mas ainda estamos aquém de muitos países, com
atendimento a apenas 4,5% das contas de luz no Brasil, enquanto, na Austrália,
por exemplo, esse suprimento chega a mais de 30% das unidades naquela nação”,
avalia o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.
Já o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, aponta que o crescimento da geração
própria solar amplia o protagonismo do Brasil na geopolítica da transição
energética global. “A tecnologia fotovoltaica também fortalece a
sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e eleva a competitividade dos
setores produtivos brasileiros”, esclarece.
“Geração solar próxima dos locais de consumo reduz o uso da
infraestrutura de transmissão, alivia a pressão sobre os recursos hídricos,
diminui perdas elétricas em longas distâncias e contribui para uma maior
autonomia e poder de escolha dos consumidores. Adicionalmente, reduz emissões
de poluentes e gases de efeito estufa, contribuindo para proteger o meio
ambiente”, acrescenta Sauaia.
Os investimentos acumulados na geração própria solar superam os R$ 150,3 bilhões no país, com a marca de 31 GW de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil, segundo a Absolar.
O segmento é responsável pela criação de mais de 931 mil empregos verdes acumulados desde 2012, bem como contribuiu para uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 44,7 bilhões. A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.550 municípios e em todos os estados brasileiros. (pv-magazine-brasil)
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