Redução
de cortes de renováveis e de impostos sobre baterias poderia atenuar aumento na
tarifa, diz Absolar
Aumento
nas tarifas ocorre por conta da falta de chuvas e acionamento de termelétricas
fósseis, mais caras e poluentes, mas também poderia ser aliviado pela redução
dos impostos nas tecnologias de armazenamento, capazes de aumentar a
disponibilidade das fontes renováveis.
Para
a associação, esse cenário acende um alerta para a necessidade de reforçar o
planejamento e os investimentos na infraestrutura do setor elétrico, sobretudo
em linhas de transmissão e novas formas de armazenar a energia limpa e
renovável, gerada em abundância no país.
“Para isso, é fundamental aplicar para as tecnologias de armazenamento de energia elétrica o mesmo tratamento fiscal utilizado para a fontes renováveis, pois a carga tributária sobre baterias ultrapassa os 80% atualmente. O Brasil está dez anos atrasado frente ao mundo no uso de baterias e isso prejudica o protagonismo do País na corrida pela transição energética e pela consolidação de uma economia cada vez mais robusta, competitiva e sustentável”, aponta Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar.
Aumento na conta de luz poderia ser menor, com redução de cortes de fontes renováveis e menos impostos sobre baterias.
“Em
relação aos cortes de geração renovável (constrained-off ou curtailment), eles
são determinados diretamente pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Os empreendedores não possuem controle e nem responsabilidade sobre essas
decisões, que já representam um desperdício acumulado de energia limpa de cerca
de R$ 1 bilhão nos últimos dois anos. Trata-se de um grande contrassenso, pois
o País aciona usinas mais caras e poluentes, ao mesmo tempo em que restringe a
geração solar e eólica”, destaca Sauaia.
Para a entidade, o uso da energia solar e tecnologias de armazenamento pode aliviar a pressão sobre as tarifas de energia elétrica e o consequente aumento na inflação, que corrói o poder de compra das famílias e a competitividade dos setores produtivos.
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“Geração
própria solar é uma das melhores soluções para se proteger das bandeiras
tarifárias e, assim, aliviar o bolso dos brasileiros diante de uma escassez
hídrica cada vez mais frequente”, diz Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho
de Administração da Absolar. “A fonte solar é estratégica para a diversificação
da matriz elétrica e o crescimento econômico e sustentável do País. Além de
preservar os recursos hídricos, a solar é líder na geração de empregos verdes e
de qualidade”, acrescenta Koloszuk. (pv-magazine-brasil)
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