domingo, 8 de setembro de 2024

Energia solar compartilhada dos EUA dobrará até 2029

Energia solar compartilhada dos EUA dobrará até 2029, afirma Wood Mackenzie.

Espera-se que as instalações solares comunitárias aumentem de menos de 7 GW instalados atualmente para mais de 14 GW em cinco anos, com uma desaceleração a partir de 2027. Clientes de renda baixa ou moderada devem representar 25% dos consumidores com assinatura solar no país até 2025.
A Wood Mackenzie divulgou um relatório atualizando o tamanho atual do mercado de energia solar comunitária nos Estados Unidos. O documento prevê que a capacidade instalada de energia solar compartilhada dobrará essencialmente em cinco anos.

A energia solar comunitária normalmente envolve um cliente que faz uma assinatura de parte da capacidade de geração de uma instalação solar externa, recebendo créditos em suas contas de serviços públicos pela eletricidade produzida pela instalação, de forma similar à geração compartilhada no Brasil.

A Wood Mackenzie prevê que 7,3 GW de energia solar comunitária serão instalados até 2029, elevando o total acumulado para mais de 14 GW naquele ano. A empresa prevê uma taxa de crescimento nacional de 5% até 2026 e uma contração de 11% até 2029.

O mercado solar compartilhado dos EUA triplicou de tamanho desde 2020, mas o crescimento está começando a desacelerar nos mercados estaduais existentes, afirmou a Wood Mackenzie.

“Além disso, a decisão de maio de 2024 sobre a energia solar comunitária da Califórnia resultou em uma redução significativa de 14% na perspectiva nacional de cinco anos da Wood Mackenzie. Sem um grande participante do mercado como a Califórnia, o crescimento da energia solar comunitária de longo prazo dependerá em grande parte da promulgação de legislação para permitir novos mercados estaduais”, disse a analista sênior de pesquisa da Wood Mackenzie e principal autora do relatório, Caitlin Connolly.

Com previsão de alta, a expectativa da consultoria aumenta 21% nos mercados existentes, enquanto o caso de baixa projeta uma queda potencial de 20%. Esses cenários alternativos não levam em conta o estabelecimento de novos mercados estaduais, como Ohio, Pensilvânia, Michigan e Wisconsin – todos com interesse significativo e pipelines de projetos em pré-desenvolvimento. Esses mercados resultariam em um aumento de pelo menos 17% em relação à previsão base, atingindo 17,1 GW instalados em 2029, disse a Wood Mackenzie.

Os desenvolvedores de energia solar compartilhada continuam a navegar pelos incentivos federais.

“Os frutos da Lei de Redução da Inflação são numerosos, mas difíceis de contar”, disse Connolly. “As partes interessadas da energia solar comunitária estão navegando em uma curva de aprendizado íngreme enquanto tentam garantir aditivos de crédito fiscal. Além disso, os prêmios do fundo ‘Solar for All’ de US$ 7 bilhões foram anunciados em abril de 2024. Os planos finais de implementação não estão confirmados, mas os desenvolvedores esperam utilizar fundos federais para expandir para novos mercados estaduais, mesmo na ausência de programas estaduais oficiais”.

Wood Mackenzie espera que 3,6 GW de energia solar compartilhada atendam famílias de renda baixa a moderada (LMI: “low to moderate income”) até 2029. Atualmente, cerca de 829 MW de energia solar compartilhada atendem aos clientes LMI.

“Parcela da capacidade compartilhada que atende aos assinantes LMI cresceu de 2% no 2º semestre/2022 para 12% no 1º semestre/2024”, diz relatório. “Dada a disponibilidade do adicionador de crédito fiscal LMI, o financiamento ‘Solar for All’ e a evolução dos requisitos LMI em nível estadual, a parcela de energia solar compartilhada dedicada aos assinantes LMI crescerá para quase 25% até 2025”.

Os três principais gestores de energia solar compartilhada cobrem 56% dos assinantes e 71% dos assinantes da LMI. Os assinantes da LMI continuam sendo os mais caros de adquirir, com custos médios de US$ 113/kW, 27% maiores do que o custo médio para exigir assinantes residenciais não LMI, disse a Wood Mackenzie. (pv-magazine-brasil)

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