sábado, 29 de março de 2014

Impacto de rotores eólicos no clima global

Estudo descarta impacto significativo de rotores eólicos no clima global
Os geradores eólicos podem modificar localmente a temperatura e as chuvas, mas o impacto das instalações na Europa não é significativo para o clima global, concluiu um estudo [Regional climate model simulations indicate limited climatic impacts by operational and planned European wind farms] realizado por cientistas franceses.
Nos últimos anos, alguns estudos deixaram em evidência os possíveis efeitos das grandes instalações eólicas sobre a meteorologia, mas os resultados mais significativos não puderam ser quantificados, destacou a pesquisa divulgada nesta terça-feira na revista Nature Communications.
Alguns cientistas tinham sugerido que os geradores eólicos eram capazes de provocar um aumento das temperaturas e das chuvas devido à forma como misturam camadas de ar frio e quente. Isso gerou o temor de que as instalações eólicas provocassem mudanças a milhares de quilômetros de distância.
O estudo publicado na Nature indica que as simulações em escala regional não tiveram resultados conclusivos sobre o impacto dos rotores, que se mostrou insignificante.
Os cientistas, liderados pelo francês Robert Vautard, do Laboratório de Ciências do Clima e do Meio Ambiente, examinaram os efeitos potenciais das turbinas eólicas sobre o clima regional europeu em 2020, se os planos da União Europeia para limitar as mudanças climáticas forem totalmente implementados.
Conforme esses planos, as energias renováveis devem representar pelo menos 20% da matriz energética regional.
Em seus cálculos, os especialistas projetaram o impacto local no clima dos rotores eólicos existentes em 2012, inclusive os marinhos, para calcular os efeitos futuros.
Os especialistas concluíram que o impacto no clima seria “limitado” em 2020.
Em certas condições, as temperaturas poderiam aumentar ou diminuir 0,3º C e as chuvas, variar até 5%.
“O impacto é menor do que a variabilidade natural interanual ou do que as mudanças esperadas com as emissões de gases de efeito estufa”, concluiu o estudo. (ecodebate)

Nenhum comentário: