CEO da empresa considera ventos do país excelentes e mercado
bastante competitivo. Empresa ainda prevê implantar PCH no Amapá.
Também operando na França, na Guiana Francesa e na Grécia, a Voltalia
considera o Brasil o seu maior mercado no momento. Em 21/11 a empresa inaugurou
o parque eólico de Areia Branca (RN - 90 MW), iniciando as suas operações
no Brasil. De acordo com o CEO da empresa, Sebastien Clerc, o mercado
brasileiro tem um grande potencial eólico que a empresa quer explorar.
"Brasil é um país de muita sorte, é um dos melhores lugares do mundo para
parques eólicos, são muito melhores que na Europa e no resto da América Latina
e Ásia", afirma. A empresa vai inaugurar ainda outros parques eólico no
estado no ano que vem e até 2015 outros arrematados em leilão do ano passado.
Segundo Clerc, o Brasil é um dos líderes mundiais em energias
renováveis, com alto percentual na sua matriz. Ele classifica o mercado
brasileiro como difícil, uma vez que há muita competição em um ambiente aberto
formado pelos leilões de energia. "É necessário ser muito eficiente para
achar o melhor sítio com o melhor vento e desa forma ainda ser
competitivo", aponta. O momento de baixo crescimento que a economia
brasileira passa não assusta o executivo, que confia na estabilidade, para ele
o tema mais importante que os desafios econômicos.
Com atuação na área de PCHs, a empresa ainda aguarda a adjudicação do
contrato do leilão de energia para suprir o sistema isolado do Oiapoque (AP). O
leilão, realizado no último mês de setembro, saiu após um longo tempo de
espera. O consórcio vencedor tem ainda a presença da Aggreko e da Sapeel. O
projeto consiste na implantação de uma térmica, que após cinco anos será
substituída por uma pequena central hidrelétrica de 7,5 MW, que será implantada
pela Voltalia.
De acordo com Robert Klein, diretor-geral da Voltalia, o projeto vai
beneficiar a região, que tem dificuldade em ser suprida com o diesel devido a
sua localização. "Vamos ter um dos primeiros projetos de combinação
hidrotérmico do Brasil". Os investimentos da Voltalia na PCH Cafezoca
ficarão em torno de R$ 80 milhões e o preço oferecido na combinação foi de R$
798/MWh. Ainda segundo Klein, em uma renovação de contrato o preço poderá cair,
por conta da usina já estar amortizada.
Sem planos imediatos de conexão da região ao Sistema Interligado
Nacional, já que é uma região de apenas 30 mil habitantes, Klein conta que
o objetivo da Voltalia é o de aproveitar a experiência de já ter uma usina na
Guiana Francesa. "Já construímos na Guiana uma PCH igual à PCH Cafezoca.
Quero que haja a sinergia”, analisa. (canalenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário