terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Brasil é principal mercado para Voltalia

CEO da empresa considera ventos do país excelentes e mercado bastante competitivo. Empresa ainda prevê implantar PCH no Amapá.
Também operando na França, na Guiana Francesa e na Grécia, a Voltalia considera o Brasil o seu maior mercado no momento. Em 21/11 a empresa inaugurou o parque eólico de Areia Branca (RN - 90 MW), iniciando as suas operações no Brasil. De acordo com o CEO da empresa, Sebastien Clerc, o mercado brasileiro tem um grande potencial eólico que a empresa quer explorar. "Brasil é um país de muita sorte, é um dos melhores lugares do mundo para parques eólicos, são muito melhores que na Europa e no resto da América Latina e Ásia", afirma. A empresa vai inaugurar ainda outros parques eólico no estado no ano que vem e até 2015 outros arrematados em leilão do ano passado.
Segundo Clerc, o Brasil é um dos líderes mundiais em energias renováveis, com alto percentual na sua matriz. Ele classifica o mercado brasileiro como difícil, uma vez que há muita competição em um ambiente aberto formado pelos leilões de energia. "É necessário ser muito eficiente para achar o melhor sítio com o melhor vento e desa forma ainda ser competitivo", aponta. O momento de baixo crescimento que a economia brasileira passa não assusta o executivo, que confia na estabilidade, para ele o tema mais importante que os desafios econômicos.
Com atuação na área de PCHs, a empresa ainda aguarda a adjudicação do contrato do leilão de energia para suprir o sistema isolado do Oiapoque (AP). O leilão, realizado no último mês de setembro, saiu após um longo tempo de espera. O consórcio vencedor tem ainda a presença da Aggreko e da Sapeel. O projeto consiste na implantação de uma térmica, que após cinco anos será substituída por uma pequena central hidrelétrica de 7,5 MW, que será implantada pela Voltalia.
De acordo com Robert Klein, diretor-geral da Voltalia, o projeto vai beneficiar a região, que tem dificuldade em ser suprida com o diesel devido a sua localização. "Vamos ter um dos primeiros projetos de combinação hidrotérmico do Brasil". Os investimentos da Voltalia na PCH Cafezoca ficarão em torno de R$ 80 milhões e o preço oferecido na combinação foi de R$ 798/MWh. Ainda segundo Klein, em uma renovação de contrato o preço poderá cair, por conta da usina já estar amortizada.
Sem planos imediatos de conexão da região ao Sistema Interligado Nacional, já que é uma região de apenas 30 mil habitantes, Klein conta que o objetivo da Voltalia é o de aproveitar a experiência de já ter uma usina na Guiana Francesa. "Já construímos na Guiana uma PCH igual à PCH Cafezoca. Quero que haja a sinergia”, analisa. (canalenergia)

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