quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Universidade de Connecticut atesta viabilidade do biodiesel de maconha

Com os recentes avanços da legalização da maconha em diversos estados norte-americanos, o mercado já está de olho em mercados potenciais para os produtos obtidos a partir da Cannabis.
E um destes pode muito bem ser a indústria de biodiesel. Um estudo recente publicado por pesquisadores do Consórcio de Biocombustíveis da Universidade de Connecticut atesta que o óleo obtido a partir das sementes da planta é viável como matéria-prima para o biocombustível.
Não é bem da mesma maconha usada como entorpecente mundo afora que estamos falando aqui. Os pesquisadores se concentraram na Cannabis Sativa Linnaeus, uma subespécie que tem baixo teor de tetrahidrocanabinol – principal substância psicoativa da planta – mas que vem sendo cultivada para a produção de fibras vegetais e forragem animal.
Coproduto
Dessa forma, o aproveitamento do óleo contido nas sementes da planta seria um coproduto que ajudaria na viabilidade econômica dos plantios. Não muito diferente do que acontece hoje com o caroço de algodão.
Uma das vantagens da apontadas pelos pesquisadores está no fato do óleo de Cannabis são nó apenas não ter aplicações alimentares como, ainda por cima, se trata de uma planta rústica capaz de se sair relativamente bem em solos menos férteis. “Para biocombustíveis sustentáveis, a questão normalmente se resume ao debate de combustíveis versus comida”, aponta o pesquisador Richard Parnas, que liderou o estudo.
Os pesquisadores mostraram que o óleo derivado da maconha apresenta boa eficiência durante o processo de transesterificação – 97% do óleo foi convertido em biodiesel. Ele também consegue atender aos parâmetros de qualidade exigidos pelos Estados Unidos e apresenta boa tolerância ao frio (com ponto de entupimento de -5ºC). (actioil)

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