Com os recentes avanços da
legalização da maconha em diversos estados norte-americanos, o mercado já está
de olho em mercados potenciais para os produtos obtidos a partir da Cannabis.
E um destes pode muito bem ser a indústria de biodiesel. Um estudo
recente publicado por pesquisadores do Consórcio de Biocombustíveis da
Universidade de Connecticut atesta que o óleo obtido a partir das sementes da
planta é viável como matéria-prima para o biocombustível.
Não é bem da mesma maconha usada como entorpecente mundo afora que
estamos falando aqui. Os pesquisadores se concentraram na Cannabis Sativa
Linnaeus, uma subespécie que tem baixo teor de tetrahidrocanabinol – principal
substância psicoativa da planta – mas que vem sendo cultivada para a produção
de fibras vegetais e forragem animal.
Coproduto
Dessa forma, o aproveitamento do óleo contido nas sementes da planta seria um coproduto que ajudaria na viabilidade econômica dos plantios. Não muito diferente do que acontece hoje com o caroço de algodão.
Dessa forma, o aproveitamento do óleo contido nas sementes da planta seria um coproduto que ajudaria na viabilidade econômica dos plantios. Não muito diferente do que acontece hoje com o caroço de algodão.
Uma das vantagens da apontadas pelos pesquisadores está no fato do óleo
de Cannabis são nó apenas não ter aplicações alimentares como, ainda por cima,
se trata de uma planta rústica capaz de se sair relativamente bem em solos
menos férteis. “Para biocombustíveis sustentáveis, a questão normalmente se
resume ao debate de combustíveis versus comida”, aponta o pesquisador Richard
Parnas, que liderou o estudo.
Os pesquisadores mostraram que o óleo derivado da maconha apresenta boa
eficiência durante o processo de transesterificação – 97% do óleo foi
convertido em biodiesel. Ele também consegue atender aos parâmetros de
qualidade exigidos pelos Estados Unidos e apresenta boa tolerância ao frio (com
ponto de entupimento de -5ºC). (actioil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário