Iniciativa amplia uso de óleo de cozinha como matéria-prima
para o biodiesel
Quase 600 catadores participam da iniciativa.
Parceria com a Petrobras estabelece sistema de coleta para o reaproveitamento
de gorduras residuais.
Cooperativas e associações de catadores reúnem
os óleos vindos de hospitais, condomínios, hotéis ou escolas.
Duas usinas da Petrobras Biocombustível, em
Candeias (BA) e Quixadá (CE), processaram, em 2014, aproximadamente 232 mil
litros de óleos e gorduras residuais (OGR), um aumento de 29 mil litros em
relação ao ano anterior.
A ampliação é resultado de uma parceria entre
a Petrobras Biocombustível e 28 cooperativas e associações de catadores no
Ceará (Quixadá e Fortaleza) e na Bahia (região metropolitana de Salvador).
Quase 600 catadores estão envolvidos diretamente na parceria, que estabeleceu
um eficiente sistema de coleta para o reaproveitamento de óleo de fritura por meio
do Programa Cuidar.
As cooperativas e associações de catadores
reúnem os óleos vindos de hospitais, condomínios, hotéis ou escolas parceiras
do projeto e fazem o tratamento primário do OGR, que é vendido para a companhia
em quantidades que variam em média de 5 a 7 mil litros por mês.
O projeto inclui difusão do conhecimento,
apoio à gestão e treinamento dos catadores e gestores. É esse, por exemplo, o
trabalho realizado, em Fortaleza, com a Rede de Catadores de Resíduos Sólidos
Recicláveis do Estado do Ceará, que beneficia catadores de 18 associações.
O convênio firmado entre a Petrobras
Biocombustível e a entidade resultou em avanços, como a implantação de uma
unidade de filtragem do óleo, elaboração de material de divulgação e apoio
administrativo.
Processo
A transformação do óleo de cozinha em
biodiesel começa pela filtragem, que retira os resíduos deixados pela fritura e
pela remoção da água misturada ao produto. O óleo resultante é adquirido pela
Petrobras Biocombustível para a produção de biodiesel.
Em seis anos, mais de 800 mil litros de OGR
foram comprados desses parceiros e processados nas usinas da companhia. Assim,
a Petrobras Biocombustível adquire matéria-prima para sua atividade produtiva e
contribui para gerar trabalho e renda na área urbana.
A iniciativa estimula ainda o conceito de
reciclagem e contribui para reduzir os impactos do descarte do óleo de cozinha
no ambiente, evitando a contaminação do subsolo e o entupimento das tubulações
de esgoto.
Além de contribuir com a estruturação da coleta,
o projeto procura diversificar também os pontos de entrega para ampliar o
número de doadores.
Em Fortaleza, desde fevereiro de 2014, a
parceria ganhou o reforço da Liquigás que, por meio de suas revendas, passou a
distribuir material educativo que incentiva o público a juntar o óleo de
cozinha e fazer a doação para a cooperativa por meio do entregador de botijão
de gás.
Com a campanha intitulada “Óleo usado e doado,
Brasil Preservado”, ao receber o gás em casa, o morador tem acesso a folhetos explicativos
sobre as vantagens ambientais e sociais do reaproveitamento do óleo de fritura,
bem como sobre a forma de participar, entregando o óleo usado ao revendedor da
Liquigás.
Como estímulo ao envolvimento na campanha, os
participantes concorrem mensalmente a uma recarga de gás de cozinha. A
estimativa da companhia é de que a parceria tenha atingido 140 mil residências
na capital cearense e região metropolitana.
Na Bahia, também com o objetivo de facilitar a
adesão das pessoas e ampliar o volume de óleo reciclado, foram implantados
pontos de coleta na Usina de Candeias, nos escritórios da Petrobras e nos
clubes de empregados.
Foi também aperfeiçoada a coleta no Posto
Escola, localizado no bairro Stiep, em Salvador, sendo a primeira experiência
do projeto envolvendo um posto de combustível da Petrobras Distribuidora.
(ecodebate)
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