Central de Fukushima detecta novo vazamento de água
radioativa para o mar
Usina
de Fukushima, após o desastre nuclear – Em 11 de março de 2011, o mundo soube
da tragédia de Fukushima: um fortíssimo terremoto e um tsunami de grandes proporções,
a que se seguiu a explosão de uma usina nuclear com todas as consequências de
um acidente nuclear: a difusão de radioatividade, que permanecerá ativa durante
anos, ameaçando muitas gerações.
A operadora da
Central Nuclear de Fukushima detectou novo vazamento, divulgado em 25/02 pela imprensa japonesa.
A proprietária da central, a Tokyo Electric
Power Company (Tepco), anunciou em 24/02 a descoberta de um depósito de água
altamente radioativa acumulado sobre o teto do reator número 2 da fábrica.
O líquido continha 29.400 bequeréis por litro
de césio radiativo e 52 mil de estrôncio e outras substâncias emissoras de
raios beta, segundo os dados divulgados pela Tepco.
A água é procedente da chuva e foi contaminada
por resíduos radioativos provenientes do reator, acrescentou a operadora.
Em abril passado, a Tepco detectou a
acumulação de água sobre o teto do reator, assim como um aumento dos níveis de
radiação nas canalizações sempre que chovia, de acordo com responsáveis pela
central, em declarações citadas pela estação estatal NHK.
Para controlar os vazamentos de água
radioativa, a Tepco anunciou a instalação de sacos de areia sobre o teto do
reator e a cobertura das canalizações que deságuam no mar, medidas que deverão
estar concluídas até o fim de março.
A operadora informou que não foi registrado
aumento dos níveis de radioatividade na água nas imediações da central nuclear.
A acumulação de água na central é um dos
principais desafios para o desmonte dos reatores que ficaram danificados no
terremoto seguido de tsunami, de 11 de março de 2011. A operação deverá
prolongar-se por 30 ou 40 anos.
O acidente foi o mais grave desastre nuclear
desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Cerca de 50 mil pessoas que viviam nas
imediações do complexo continuam sem poder regressar às suas casas devido às
elevadas radiações que afetaram também a agricultura, a criação de gado e a
pesca na região. (ecodebate)
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