Rio terá frota de veículos
elétricos com sistema de compartilhamento
Depois das bikes
Consórcio que envolve a
montadora chinesa BYD e a brasileira DirijaJá venceu concorrência para
desenvolver o projeto, similar ao usado para bicicletas; programa está, previsto
para começar em 2016, com frota estimada de 300 veículos.
A cidade do Rio
de Janeiro deve ter uma frota de veículos elétricos a partir do próximo ano
para operar em sistema de compartilhamento, ou carsharing, como é conhecido
internacionalmente. O projeto será similar ao adotado em vários países europeus
e seguirá modelo parecido ao usado para bicicletas em diversas cidades
brasileiras. Estima-se que a frota inicial possa chegar a 300 automóveis
movidos a eletricidade.
Em 23/02 23, o
Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro divulgou que o consórcio liderado
pelo grupo Radar PPP, que envolve as empresas BYD, DirijaJa, idom,
PricewaterhouseCoopers (PWC) e Albino Advogados Associados venceu concorrência
para desenvolver o projeto de viabilidade do programa numa Parceria Público
Privada (PPP). O grupo tem seis meses para apresentar uma proposta.
Segundo Ricardo
Silva, coordenador de Estruturação de Projetos da Secretaria Especial de
Concessões e PPPs da Prefeitura, se o projeto for considerado viável será
aberta uma licitação para os grupos interessados em desenvolver o programa. O
grupo que fará o projeto será um dos candidatos.
"É um
projeto inédito", afirma Silva. No Recife (PE), há uma experiência desde
dezembro de compartilhamento de veículos elétricos, mas envolve um grupo
pequeno de pessoas e apenas dois carros importados da China que não são
homologados pela legislação brasileira por não terem airbag e ABS.
"A ideia é
contribuir para melhorar a mobilidade na cidade e reduzir a emissão de
poluentes", diz Silva. Segundo ele, cada carro compartilhado retira entre
6 e 20 veículos das ruas.
Valores a serem
investidos, tamanho da frota e locais onde serão instaladas as estações de
abastecimento de energia serão definidos no projeto a ser entregue pelo
consócio.
Fábrica
A BYD,
fabricante chinesa de veículos elétricos, inicia em julho em Campinas (SP) as
operações de uma fábrica de baterias para veículos elétricos, painel solares e
montagem de chassis de ônibus com peças inicialmente importadas. Em 2016, o
grupo pretende passar a produzir os chassis integralmente no País, em uma nova
fábrica, possivelmente no Rio de Janeiro.
"Poderemos
também produzir automóveis, já que as baterias servem para os dois tipos de
veículos", informa Adalberto Maluf Filho, diretor de marketing e relações
governamentais da BYD Brasil. Num eventual fornecimento de carros elétricos ao
projeto carioca, a BYD inicialmente importaria os modelos e6 (para cinco
passageiros) e e3 (compacto) dos Estados Unidos, informa Maluf. O grupo
pretende investir US$ 400 milhões no Brasil até 2018.
Bruno Pereira,
sócio da Radar PPP, diz que o projeto será voltado à integração dos modais de
transporte existentes na cidade, como metrô, trens e barcas. A PwC fará a
modelagem financeira e o escritório de advocacia a estruturação jurídica.
A espanhola
idon, especializada em arquitetura urbana, fará a montagem da PPP.
Pelo sistema de
compartilhamento, o automóvel fica disponível em pontos preestabelecidos e o
usuário pode alugá-lo por poucas horas e deixá-lo em qualquer um dos pontos. O
serviço exige um cadastramento e toda a operação, inclusive abrir e fechar o
automóvel é feita pelo smartphone.
A empresa
DirijaJa, parceria da carioca Obvio! e da paranaense Wake Motors (que também
têm planos de produzir carros elétricos) ficará responsável pelo
desenvolvimento da plataforma de conectividade para fazer a integração entre os
modais e o usuário do compartilhamento.
Cinco grupos
participaram da concorrência aberta pela prefeitura do Rio de Janeiro por meio
de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Entre eles estão a Serttel
e o grupo formado por UFRJ, Itaipu e Mobiag. (OESP)
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