terça-feira, 30 de agosto de 2016

Eficiência energética é questão de sobrevivência

A energia responde hoje por um dos principais elementos na estrutura de custos de uma organização. No Brasil, em especial, esta questão ganha ainda mais relevância, visto que o País tem uma das energias mais caras do mundo. “Se nós não temos uma energia competitiva, nós temos que usá-la da maneira mais racional possível, de forma que as empresas também se tornem mais competitivas”, analisa Guilherme Mendonça, vice-presidente sênior da divisão Energy Management da Siemens. “Com recursos naturais escassos e caros, o grande desafio é encontrar maneiras de satisfazer as necessidades atuais sem comprometer o futuro.”
A modernização dos equipamentos é uma das medidas mais eficientes e indicadas para reduzir o consumo de energia nas empresas. É nesse sentido que a indústria de fertilizantes Galvani tem caminhado nos últimos anos. A companhia está investindo na otimização dos recursos para conseguir mais competitividade.
Segundo Lieven Cooreman, CEO da Galvani, a indústria dedica esforços e recursos a meios de consumir o menos possível de energia. “No passado, a Galvani patenteou um processo para produção de fosfato num processo seco, o que diminuiu tremendamente a necessidade da fábrica e do consumo de energia”, afirma o executivo. “Além disso, nas fábricas de fertilizantes, temos turbos geradores que cogeram energia a partir do vapor, o que faz com que nossa planta em Paulínia seja completamente autossuficiente”, diz. A fábrica tem hoje capacidade instalada de quase 11 megawatts, sendo que gera 7 megawatts, dos quais consome 6 megawatts, destinando o megawatt restante à sua planta de mineração em minas gerais.
Cooreman revela que, como parte do projeto de eficiência energética, a Galvani instalou mais capacitores para reduzir a energia negativa, e investe em soluções, equipamentos e serviços da Siemens para diminuir no geral o consumo energético de seu complexo industrial. “A Galvani trabalha em um plano diretor plurianual de investimentos em eficiência energética com apoio da Siemens, que nos ajudará com sua gama de produtos e serviços necessários para implantação de processos com base em eficiência energética”, afirma o executivo. O objetivo inicial, de acordo com Cooreman, é aplicar estas soluções no complexo industrial de Paulínia (SP), aonde a empresa já conduz um projeto-piloto em parceria com a Siemens, e, posteriormente, ampliar o programa para as demais unidades da Galvani.
As iniciativas da Galvani também passam por ações fortes de conscientização de colaboradores para o consumo inteligente e responsável de energia – da economia de luz ao manuseio correto de equipamentos pesados de sua indústria. “Priorizamos a eficiência energética desde sua base, a partir do uso dos melhores equipamentos e funcionários conscientes sobre a necessidade de processos para o melhor aproveitamento da energia disponível”, afirma Cooreman.
Embora o plano diretor ainda esteja em fase de desenvolvimento e por isso ainda não consiga mensurar os ganhos energéticos resultantes o diretor assegura que toda a energia utilizada nas fábricas da Galvani é limpa. “Toda a energia utilizada em nossas operações é proveniente de fontes renováveis, tais como eólica, solar e de PCH (Pequenas Centrais Hidroelétricas). Somente em 2015, a Galvani contribuiu para redução da emissão de cerca de 2.756 toneladas de CO2 equivalente na atmosfera”, contabiliza.
Para Cooreman, O caminho da procura por eficiência energética é definitivamente uma questão de sobrevivência. “Sem sustentabilidade, sem uma agenda do futuro, em matéria de sustentabilidade, meio ambiente e segurança, as empresas terão dificuldades de atrair talentos, de gerar resultados, e por último, num mercado muito competitivo, de sobreviver”, afirma, acrescentando que, em sua visão, o Brasil caminha no sentido correto quando o assunto é eficiência energética e sustentabilidade.
Infraestrutura inteligente
A concentração de pessoas nas grandes cidades é uma tendência das últimas décadas, que deve permanecer no futuro. Justamente por atraírem um número crescente de pessoas, devido a oportunidades profissionais, culturais, educação e saúde, também pressionam investimentos em infraestrutura. Pensando nisso, empresas como a Siemens oferecem soluções completas de infraestrutura inteligente para melhorar cada vez mais a vida nas cidades. (patrocinados.estadao)

Eficiência energética é questão de sobrevivência para empresas

Para garantir o fornecimento de energia no longo prazo, é importante que as duas frentes de atuação ? aumento da oferta e consumo eficiente - sejam trabalhadas.
O Brasil possui centenas de empreendimentos de geração de energia que entrarão em operação nos próximos anos, de modo a se preparar para o aumento de demanda e reforçar a segurança energética do País. O maior equilíbrio da matriz energética do Brasil com a construção de novas usinas é um dos pontos fundamentais para o mercado atingir uma relação mais igualitária entre oferta e demanda. Paralelamente, contudo, é possível um resultado igualmente relevante via implementação de projetos de eficiência energética, ou seja, pelo aproveitamento eficaz da energia já disponível.
Para garantir o fornecimento de energia no longo prazo, é importante que as duas frentes de atuação – aumento da oferta e consumo eficiente - sejam trabalhadas. No entanto, embora a eficiência energética já se configure como uma alternativa difundida em mercados desenvolvidos, como na Europa e nos EUA, no Brasil ainda há muito para se avançar. 
O maior esforço a ser explorado se concentra nos setores de serviços, indústria e comércio. Devido a questões de escala e da natureza das áreas de negócio, que demandam grandes quantidades de energia nos processos produtivos e nas operações, naturalmente há um desperdício energético maior, embora também haja significativo espaço a ser explorado no mercado residencial.
O ambiente econômico desfavorável, marcado pela retração econômica, aceleração da inflação e aumento nas taxas de juros, pode desestimular muitos empresários a investir nesse momento. Entretanto, é justamente em períodos de crise em que a eficiência energética se faz necessária para as empresas, cujos gastos com energia podem superar o patamar de um milhão de reais por ano. Ao adotar um projeto de eficiência energética, a companhia aumenta a renda disponível para investimentos, por exemplo, tornando-a mais competitiva para quando houver a recuperação da atividade econômica. Desse modo, a eficiência energética é, sobretudo, uma questão de sobrevivência para as empresas.
Há diversos modelos de contratos disponíveis para demandar um projeto de eficiência energética, de modo que há farta gama de opções para atender a todos os perfis. O mais comum é o contrato de performance, no qual o cliente moderniza seus equipamentos sem realizar desembolsos e com o risco transferido à empresa responsável pelo projeto. Nesse contexto, é a contratada quem realiza todos os investimentos. O pagamento é feito com uma parcela da redução na conta de energia e, após quitado todo o valor estabelecido contratualmente, o cliente se beneficia com a redução integral da conta de energia.
Esse modelo foi colocado em prática, por exemplo, no Taubaté Shopping. Com a troca de equipamentos no sistema de iluminação e de força motriz, a EDP Brasil reduziu em cerca de 70% o consumo nas áreas em que o projeto de iluminação foi implementado e em 44% no sistema motriz, gerando uma economia anual ao cliente estimada em R$ 328,9 mil.
Há outros modelos que podem ser contratados pelos clientes. Entre eles está o B.O.T., destinado especialmente para projetos que envolvem operação e manutenção de equipamentos. A contratada se responsabiliza por construir e manter os equipamentos necessários para a eficiência energética, transferindo a titularidade dos equipamentos ao cliente no final de um prazo pré-estabelecido. Semelhante ao contrato de performance, o pagamento é realizado via redução no consumo de energia.
Além do claro benefício econômico às empresas que optam por implementar projetos de eficiência energética, toda a sociedade se beneficia com as melhores práticas sustentáveis. Afinal, ainda mais ecologicamente responsável do que produzir energia a partir de fontes limpas é, simplesmente, reduzir o consumo. (fiepr)

domingo, 28 de agosto de 2016

Curitiba ganhará iluminação pública inteligente em ciclovia

O Departamento de Iluminação da Secretaria Municipal de Obras Públicas de Curitiba criou um projeto que irá contemplar as ciclovias da cidade com novas tecnologias para a captação de dados para georreferenciamento da cidade. A ação será realizada dentro do projeto de Smart City. A intenção da Prefeitura Municipal é lançar edital de licitação no segundo semestre deste ano.
Dois lotes de obras vão abranger 18,5 quilômetros de ciclovias localizadas na Linha Verde Sul e também nos bairros Boa Vista e Centro Cívico. A Secretaria está desenvolvendo um novo sistema para captar dados por meio dos postes de iluminação, por processos de telemetria e automação.
O lote 1 vai contemplar oito quilômetros de ciclovias na Linha Verde entre o viaduto da Marechal Floriano e o terminal e ônibus do Pinheirinho, onde serão implantados 24 mil metros de cabos elétricos e 358 luminárias, tipo ciclovia, dotadas com lâmpadas LED de 60 watts de potência.
Já o segundo lote abrange 10,5 quilômetros e vai beneficiar a ciclovia entre as ruas Flavio Dalegrave e Aluisio Finzeto e também entre Alferes Poli e Alexandre Gutierrez. Serão colocados 30 mil metros de cabos elétricos, 561 luminárias tipo ciclovia e mais 34 tipo decorativas, todas com lâmpadas LED 60 wattts.
O sistema de iluminação pública inteligente, além de melhorar a eficiência energética, irá contribuir para diminuir o tempo de atendimento em casos de manutenção. (ambienteenergia)

Importação de lâmpada precisará de autorização prévia

Importação de lâmpada fluorescente precisará de autorização prévia
Resolução do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços determinou que as empresas que vendem lâmpadas fluorescentes só poderão importá-las mediante autorização prévia.
Com a proibição da venda de lâmpadas incandescentes no país, uma das alternativas são as lâmpadas fluorescentes. Mas nem todos sabem que o descarte delas precisa ser feito com cuidado, pois contêm vapor de mercúrio e podem ser prejudiciais ao ambiente e à saúde. Esta semana, resolução do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços determinou que as empresas que vendem lâmpadas fluorescentes só poderão importá-las mediante autorização prévia.
A norma passa a valer daqui há três meses, e é parte de esforço para o descarte adequado que começou com a Lei n°12.305, de 2010. A legislação instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, prevendo que empresas, governo e consumidores se unam para a destinação certa das lâmpadas fluorescentes. Em 2014, empresas do setor firmaram acordo com o poder público  se comprometendo com o sistema de logística reversa, que consiste na reutilização, reciclagem ou descarte correto dos resíduos.
Como a maior parte das lâmpadas vendidas no Brasil vem de fora, a resolução condicionando a importação à autorização prévia reforça a fiscalização do governo em relação ao descarte adequado. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a anuência para obter a licença de importação deverá vir do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
O Ministério do Meio Ambiente também repassará informações sobre as empresas ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Tanto o Meio Ambiente quanto o Inmetro, vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, poderão fiscalizar o cumprimento da logística reversa pelo setor de fabricação, importação e venda de lâmpadas.
Segundo Gustavo Fontenele e Silva, coordenador de Energia e Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o filtro às importações viabiliza em definitivo a implantação da logística reversa. “Trouxe o elemento que faltava para tornar possível a logística reversa, que é estabelecer a anuência prévia das licenças de importação”, afirmou.
Para Izabel Zaneti, professora do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB), os consumidores no Brasil ainda são pouco informados sobre os riscos do descarte errado das lâmpadas fluorescentes. “As pessoas geralmente compram porque é mais econômica e não sabem da disposição final da lâmpada. Muitas vezes pegam e jogam em qualquer lugar”, diz.
Segundo Izabel Zaneti, apesar de a lâmpada de LED também ser uma alternativa ao fim da comercialização das incandescentes, a fluorescente é a mais popular entre os consumidores. Ela explica que o mercúrio é tóxico para o ser humano e, por isso, é preciso cuidado com o manuseio para a lâmpada fluorescente não quebrar. A professora alerta também que, se for descartada com o lixo comum, a lâmpada pode causar danos ambientais como a contaminação dos lençóis freáticos. (ecodebate)

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Ceará produz biodiesel de vísceras de peixe

Vísceras de peixe são utilizadas na produção de biodiesel no CE.
Piscicultores do município de Jaguaretama – cidade a 248 quilômetros de Fortaleza – estão extraindo óleo das vísceras dos peixes para vender para Petrobras Biocombustível que converte o material em biodiesel.
Mesmo com a capacidade inferior a 20%, o Açude Castanhão tem sido mola propulsora na transformação da realidade de produtores cearenses onde a produção de biodiesel a partir das vísceras de tilápia tem se mostrado uma importante alternativa econômica. A transformação em biodiesel fica a cargo da Usina da Petrobras localizada na cidade de Quixadá que compra a produção dos 40 cooperados da Curupati Peixes.
A cooperativa foi iniciada há 12 anos – inicialmente com apenas 10 associados – para dar uma nova alternativa aos pequenos produtores rurais da região. Caso de Hernesto da Silva Goes que, hoje, é o presidente da Curupati. Com o solo seco e pouco apoio, o agricultor cearense lembra de como era trabalhar em tempos de sol a sol nas terras que pertenciam à sua família. “Era uma vida sofrida. Trabalhávamos para nosso próprio sustento”, comenta.
Após ter passado boa parte da sua infância e adolescência ajudando seu pai nas atividades campestres o piscicultor viu no quintal de casa não apenas o "gigante d’água" (açude Castanhão), mas também enxergou ali a possibilidade de uma nova vida. Aos poucos o empreendedor começou a escrever uma nova história para sua família e para seu município. Hoje os números refletem o sucesso que a cooperativa obteve. Com a ajuda do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Pesca, toda comunidade conseguiu um novo meio de tirar o sustento de suas famílias.
É com esse foco e voltado principalmente para a melhoria da qualidade de vida do agricultor que a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) do governo cearense, através da Coordenadoria de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Codaf) e parceria da Secretaria da Pesca, têm buscado meios de trazer para o homem do campo tecnologias capazes de transformar, para melhor, a qualidade e produtividade desses produtores. É onde se insere o projeto de aproveitamento das vísceras e outros rejeitos do pescado que, antes eram um problema, mas desde a formalização de um convênio entre a PBio e o governo estadual do Ceará se tornou uma nova alternativa de renda.
“Esse apoio que a secretaria fornece aos piscicultores, da região do Vale do Jaguaribe, é fundamental para fomentar não somente a economia local, mas também serve como incentivo à produção. Vale destacar que esse feito é contextualizado num cenário de estiagem que chega ao quinto ano consecutivo no estado do Ceará”, comenta o secretário do Desenvolvimento Agrário Dedé Teixeira.
“Quando um novo trabalho é proposto isso gera grande expectativa. A atividade pesqueira desenvolvida pela Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) em parceria com a SDA e técnicos tem mudado o cenário daquela região e isso é fruto de um acompanhamento e compromisso com os trabalhadores”, explica o coordenador de ordenamento e fiscalização da Seapa Osvaldo da Costa Filho. (biodieselbr)

Produção de biogás através de dejetos de animais faz 7 anos

Projeto pioneiro na produção de biogás, por meio dos dejetos de animais, completa sete anos.
Após anos gerando energia elétrica e térmica com dejetos de animais, Condomínio Ajuricaba proporciona saneamento e melhor qualidade do ar.
Sete anos após o lançamento, o Condomínio de Agroenergia Ajuricaba apresenta resultados ambientais e de qualidade de vida para moradores da zona rural de Marechal Cândido Rondon no oeste do Paraná. Já foram tratados em torno de 124 mil m³ de dejetos, o que é equivalente a 124 mil caixas d’água de mil litros. O projeto foi o primeiro arranjo do país a produzir biogás por meio dos dejetos de animais de 33 propriedades com atividades de bovino e suinocultura, que são interligadas por uma rede coletora de gás.
Foram tratados cerca de 124 mil m³ de dejetos, o que é equivalente a 124 mil caixas d’água de mil litros, no Condomínio Ajuricaba.
A união dos pequenos produtores soma resultados imensos para o meio ambiente e o agronegócio. Os biodigestores reduzem em 90% a emissão de dióxido de carbono (CO2). Desde 2014, o Condomínio opera em Geração Distribuída (GD), está conectado à rede da Companhia Paranaense de Energia (Copel). O uso do biogás em fogões, para o cozimento dos alimentos foi implantado há quatro anos em 16 propriedades, e já evitou o uso de aproximadamente 1,5 mil botijões de gás de petróleo liquefeito (GLP).
A iniciativa começou em agosto de 2009 pela Itaipu Binacional, a prefeitura do município e o Centro Internacional de Energias Renováveis/CIBiogás. Após a implantação, a biomassa residual produzida nas propriedades passou a ser tratada por meio de biodigestores de lagoa coberta ou rígido, onde se produz biofertilizante e biogás que é usado na geração de energia elétrica e térmica. O CIBiogás é responsável pela operação, manutenção e consultoria aos envolvidos no Ajuricaba.
Quem aceitou fazer parte do projeto inovador tem motivos para comemorar. É o caso do produtor rural, David Dilkin, que a cada ano colhe mais resultados. “O projeto melhorou muito as nossas condições. Nós não precisamos mais comprar gás. Também aumentou em mais de 100% a produção de milho e o pasto. Quando nós começamos tínhamos 10 ou 12 cabeças de gado e agora temos 30”, avalia.
Ao longo desses sete anos, além de fortalecer a renda dos agricultores diretamente envolvidos, o projeto beneficiou 111 propriedades rurais na microbacia ao garantir um ambiente mais limpo, com maior qualidade de ar e da água pelo saneamento ambiental. O resultado é o desenvolvimento de toda a região.
Negócio sustentável
O Condomínio Ajuricaba está passando pela mais ampla readequação já feita na estrutura. O objetivo é transformar o projeto em um negócio sustentável. A substituição de equipamentos foi definida após uma série de análises. Entre as principais novidades está a modernização da Microcentral Termoelétrica (MCT), que preparará o Ajuricaba para atender novas demandas energéticas.
O sistema de refino do biogás passará por uma modernização e ampliação da capacidade. Hoje a vazão de entrada é em torno de 40 m³/hora de biogás e a pretensão é ampliar para 100 m³/hora. As novidades incluem ainda a implantação de novos gasômetros nas propriedades e na MCT para garantir o aumento da capacidade de armazenamento do gás. Outra diferença está no incremento de mais uma opção para o uso da energia térmica – que poderá ser utilizada no secador de grãos instalado dentro da central. Todas as adaptações para as mudanças estão sendo feitas de forma gradativa e devem ficar prontas no final deste ano. (ecodebate)

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Crescem os investimentos em energia renovável

“Você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer” - Confúcio (551 a.C. – 479 a.C).
O relatório da ONU “Tendências globais em investimento em energia renovável 2016”, mostra que houve um recorde de investimentos na produção de energia renovável em 2015, alcançando US$ 286 bilhões, enquanto o investimento global em combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás) somou US$ 130 bilhões no mesmo período.
Este processo está em conformidade com o Acordo de Paris, da COP-21 (a conferência do clima realizada em Paris em dezembro de 2015) e representa um passo importante no sentido de mitigar o aquecimento global e seus efeitos, com a elevação do nível dos oceanos e os consequentes danos nas regiões costeiras do mundo.
As fontes renováveis tomaram a frente e representaram 53,6% do acréscimo da capacidade de produção de gigawatts de energia. Os Estados Unidos (EUA) e a Europa estavam na frente dos investimentos em novos tipos de energia. Mas o maior crescimento ocorreu na China, que a partir de 2015 investiu mais do que os EUA e a Europa em conjunto. A Índia, mesmo estando muito atrás da China, tem investido mais do que o Brasil.
Estes dados são importantes para mostrar que o mundo segue um caminho inverso do Brasil, que, infelizmente, fez uma escolha equivocada de investimento nas jazidas abissais do pré-sal e nas hidrelétricas da Amazônia, como Jirau, Belo Monte e São Luís do Tapajós, verdadeiros crimes ambientais.
Até 2011, a maior parte dos investimentos globais em energia renovável acontecia nos países desenvolvidos (como vimos a liderança cabia aos EUA e à Europa). Mas em 2015, os países em desenvolvimento superaram os países mais ricos. Esta é uma boa notícia, pois a demanda energética cresce mais nos países emergentes. Se a maior demanda for atendida por energias renováveis, o mundo poderá mitigar o aquecimento global. Porém, a redução de custos e o aumento dos investimentos precisam continuar subindo de maneira rápida para que a mudança da matriz energética seja efetiva.
O crescimento da energia renovável é uma boa notícia, mas não pode ser considerada uma panaceia para todos os problemas do desenvolvimento. O caminho para mitigar a atual crise ambiental e o aquecimento global não está livre de obstáculos e armadilhas. Promover um salto científico e tecnológico é, sem dúvida, uma necessidade, mas a tecnologia não resolve tudo. Se a tecnologia for usada apenas para aumentar a eficiência econômica e incentivar o consumo, pode-se cair no Paradoxo de Jevons (ou efeito bumerangue), que é uma expressão usada para descrever o fato de que o aperfeiçoamento tecnológico, ao aumentar a eficiência com a qual se usa um recurso ou se produz um bem econômico, tende a aumentar a demanda desse recurso.
Portanto, os investimentos em energia eólica e solar devem vir acompanhados de uma mudança no modelo de produção e consumo que degrada a natureza e aumenta a pegada ecológica. O mundo precisa se livrar dos combustíveis fósseis, mas também precisa caminhar rumo ao decrescimento das atividades antrópicas, renovando o estilo de desenvolvimento consumista que tem gerado degradação do meio ambiente e perda da biodiversidade. (ecodebate)

Renováveis reduz geração elétrica por queima de óleo

Aumento de fontes renováveis reduz geração elétrica por queima de óleo.
Pesquisa revela aumento de geração de matriz renovável, como as eólicas, enquanto houve queda de na produção por queima de óleo.
Em junho deste ano, fontes renováveis atingiram 80% do total de energia produzida no País.
As fontes renováveis estão crescendo a passos largos na expansão e na matriz de produção de energia do País. Em maio, a geração eólica aumentou 53% quando comparado ao mesmo mês de 2015. Já a fonte hidráulica cresceu 10,4% no mesmo período.
No acumulado dos últimos 12 meses, a produção eólica aumentou 59,8%. Os dados são do Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia.
Em contrapartida, a produção de usinas térmicas movidas a petróleo foi reduzida em 39,8% no mesmo período. Segundo os números do ministério, as fontes renováveis têm reduzido o percentual de produção das fontes térmicas, que registraram queda de 14,1% nos últimos 12 meses até maio.
A produção hidráulica – feita pelas hidrelétricas – foi a que mais cresceu no mês de maio, passando de 68,6% da matriz para 75,5% na comparação com o mesmo mês de 2015. Isso representa um avanço de 6,9 pontos percentuais do total gerado no País. Já a eólica elevou sua participação em 1,8% (3,5% da matriz para 5,3%), enquanto a geração térmica caiu 8,7% (27,9% para 19,2%).
Capacidade instalada
As fontes renováveis também se destacaram na matriz brasileira, com participação equivalente a 80% em junho de 2016. A capacidade instalada total de geração de energia elétrica no Brasil atingiu 144.983 MW no mês de junho.
Em comparação com o mesmo mês em 2015, houve um acréscimo de 7.588 MW, sendo 3.438 MW de geração de fonte hidráulica, 2.840 MW de fonte eólica, 1.299 MW de fontes térmicas e 12 MW de fonte solar.
Em maio de 2016, o consumo de energia elétrica atingiu 48.146 GWh, considerando autoprodução e acrescido das perdas, valor 5,2% superior ao verificado no mesmo mês do ano anterior. Além disso, foi verificada expansão de 2,4% no número de unidades consumidoras residenciais nos últimos 12 meses. (ecodebate)

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Energia renovável chega a 83% da oferta

Boletim mensal de energia aponta que energia renovável chega a 83% da oferta.
A geração de energia a partir de fontes renováveis continua em expansão no Brasil. A previsão de abril para a oferta de energia elétrica de 2016 é de 82,8% de energia renovável, indicador superior ao verificado em 2015, de 75,5%.
Os desempenhos da geração hidráulica, eólica e por biomassa serão determinantes no aumento das energias renováveis. Já a oferta por combustíveis fósseis terá recuo significativo. Os dados constam no Boletim Mensal de Energia, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético. Clique aqui para conferir.
Quando considerada a oferta interna de energia brasileira – toda a energia necessária para movimentar a economia – a estimativa para 2016 é que as renováveis venham a contribuir com 43,5%, indicador superior aos 41,2% verificados em 2015.Nas previsões, a fonte hidráulica é a que mais se destaca, elevando sua participação de 64% (2015) para 69,5% (2016) na matriz de oferta de energia elétrica e de 11,3% para 12,5% na matriz de oferta interna de energia. Até abril de 2016, a oferta hidráulica apresenta crescimento de 7,7%.
Ainda no campo das fontes renováveis, a produção de biodiesel teve alta de 7,4% em abril, recuperando parte das perdas verificadas até março. No ano, a produção está negativa em 2,9%, mas até março estava com recuo de 6,5%. No exercício de 2015, a taxa ficou positiva em 15%.
O consumo de etanol automotivo, com taxa negativa de 3,6% até abril de 2016, não repete o excelente desempenho de 18% verificado em 2015. De fato, o consumo de energia em veículos leves vem sendo fortemente afetado pelo desemprego e pela recessão econômica do País.
O consumo total de energia do País previsto para 2016 deve recuar 1,9% de acordo com os estudos de abril, taxa menor do que a prevista para o PIB (algo próxima de -3,5%).
O Boletim acompanha um conjunto de variáveis energéticas e não energéticas capazes de permitir razoável estimativa do comportamento mensal e acumulado da demanda total de energia do Brasil. (ambienteenergia)

Energia limpa gerará 800.000 empregos até 2020

Setor de energia limpa deve gerar mais de 800.000 empregos até 2020.
Muito se fala na crise econômica que assola o país deixando milhares de desempregados e causando recessão em vários setores da economia. Porém, o setor de energia parece não ser afetado.
Os segmentos eólico e solar crescem a taxas de dois dígitos por ano e, com o potencial de expansão de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), devem criar 828 mil empregos até 2020, com investimentos bilionários.
Em tempos de crise, o Brasil teve o maior crescimento global em geração de energia eólica em 2015, colocando o país na 10ª posição no ranking mundial de capacidade instalada. Dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) mostram que, em 2015, o salto foi de 46,1%, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 3,8%. Foram R$ 20 bilhões em investimentos e 41 mil empregos gerados.
Dos leilões de energia realizados nos últimos sete anos, o setor foi responsável por mais de 50% das contratações, atrás apenas das grandes hidrelétricas. Em 2015, dos 7 gigawatts de energia nova (GW), 39% foram de eólica.
Sabendo que o setor eólico já tem contratados quase 18,5 mil megawatts (MW) de potência até 2019, e a cada 1 MW são criados 15 empregos, daqui a 3 anos serão mais 277 mil postos de trabalho. Com a multiplicação de parques eólicos pelo Brasil a previsão é sempre positiva. (ambienteenergia)

sábado, 20 de agosto de 2016

Natureza toma conta de Fukushima abandonada

Natureza toma conta de Fukushima abandonada, quatro anos após acidente nuclear
Fotógrafo polonês registrou a cidade completamente abandonada, com os objetos ainda posicionados do jeito que estavam no dia do acidente.
Depois de viajar para a Ucrânia, documentando em imagens o cenário deixado após o acidente nuclear de Chernobyl, em 1986, o fotógrafo polonês Arkadiusz Podniesinski decidiu conhecer e fotografar Fukushima, no Japão.
Quase cinco anos após o desastre que isolou toda a região nordeste do país, o resultado não poderia ser outro. Além do completo abandono da área, a natureza lentamente retoma seu curso, cobrindo toda a área contaminada com vegetação.
Além de diversas construções, eletrodomésticos, automóveis, motos e outros objetos deixados pelos antigos moradores da região, diversos sacos pretos com dejetos contaminados são agrupados em diferentes pilhas e barreira.
Abaixo você encontra uma seleção de imagens inéditas que mostram um pouco da viagem de Podniesinski ao país. No site do fotógrafo é possível ver fotos de outras expedições que passeiam por cenários desolados em diferentes pontos do planeta. (abril)

Nada se decompõe em Chernobyl

30 anos depois do maior acidente nuclear da história, cientistas descobriram que árvores e folhas que morrem por lá ficam intactas sem se decompor. O material orgânico das regiões contaminadas tem índice de decomposição 40% inferior. A hipótese é que as radiações tenham afetado as populações de fungos, micróbios e insetos que se alimentam de matéria morta.
FREAK SHOW
•Pássaros que vivem na região têm cérebros 5% menores que seus parentes de outras partes do país.
•O número de aranhas aumentou. Para os pesquisadores, a explicação é a redução dos seus predadores naturais. (abril)

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Chernobyl pode virar a maior usina solar do mundo

O plano da Ucrânia é transformar o lugar do desastre em uma enorme fonte de energia. Falta encontrar quem esteja disposto a colocar dinheiro nisso.
O desastre de Chernobyl ainda custa caro para a Ucrânia. A radiação na região poder demorar mais 24 mil anos para chegar a níveis seguros. Hoje o governo gasta até 7% dos impostos para garantir o isolamento e a segurança de uma região maior que um Parque do Ibirapuera e meio.
A Ucrânia já aceitou que a Zona de Exclusão não vai servir de moradia, plantação e nem madeireira tão cedo. A nova proposta é criar uma enorme usina de energia solar no local do acidente nuclear, capaz de gerar mil megawatts de potência, suficiente para abastecer uma média de 164 mil residências. Se fosse terminada hoje, seria a maior planta solar da história.
Pela localização, os painéis poderiam ajudar a manter "ligada" parte da cidade de Kiev, o maior centro urbano do país, que também é o que consome mais energia.
A Chernobyl Solar ainda tem que ultrapassar alguns desafios para se tornar realidade. O primeiro passo é aprovar uma lei amplie o acesso e o uso da Zona de Exclusão - a primeira versão dessa legislação já está passando pelo Parlamento ucraniano.
Depois, é uma questão de dinheiro. O custo total da instalação da planta solar deve passar dos R$ 3 bilhões e a Ucrânia quer atrair investidores dispostos a financiar o projeto. Como a região está abandonada, o custo do terreno é extremamente baixo. Além disso, a instalação poderia tirar vantagem dos cabos de transmissão de alta voltagem que já estão instalados por conta da antiga usina nuclear.
Chernobyl fica no norte da Ucrânia, que recebe bem menos luz solar que a porção sul do país. Mas o país como um todo ainda recebe bem mais radiação solar que a Alemanha, que é líder europeia em energia renovável. Além das possibilidades energéticas, outra etapa decisiva vai ser a avaliação dos riscos por parte dos investidores: afinal, eles precisam se comprometer com a segurança das equipes de construção que vão instalar os painéis solares.
Acima dos aspectos técnicos, porém, a Ucrânia tem divulgado o projeto como o renascimento de Chernobyl e um esforço para que nada parecido volte a se repetir. Ainda hoje, metade da energia do país vem de usinas nucleares. Já as novas instalações em Chernobyl seriam o primeiro passo para "limpar" a matriz energética. O plano é que, até 2020, 11% da energia ucraniana venha de fontes renováveis. (abril)

Os planos para Chernobyl

Chernobyl pode virar a maior usina solar do mundo.
Proposta é capaz de gerar mil megawatts de potência que seria o suficiente para abastecer uma média de 164 mil residências.
Será que dá certo?
O desastre de Chernobyl ainda custa caro para a Ucrânia, tanto financeiramente quanto emocionalmente. A radiação na região poder demorar mais 24 mil anos para chegar a níveis seguros. Hoje o governo gasta até 7% dos impostos para garantir o isolamento e a segurança de uma região maior que um Parque do Ibirapuera e meio.
A Ucrânia já aceitou que a Zona de Exclusão não vai servir de moradia, plantação e nem madeireira tão cedo. A nova proposta é criar uma enorme usina de energia solar no local do acidente nuclear, capaz de gerar mil megawatts de potência, suficiente para abastecer uma média de 164 mil residências. Se fosse terminada hoje, seria a maior planta solar da história.
Pela localização, os painéis poderiam ajudar a manter “ligada” parte da cidade de Kiev, o maior centro urbano do país, que também é o que consome mais energia.
A Chernobyl Solar ainda tem que ultrapassar alguns desafios para se tornar realidade. O primeiro passo é aprovar uma lei amplie o acesso e o uso da Zona de Exclusão - a primeira versão dessa legislação já está passando pelo Parlamento ucraniano.
Depois, é uma questão de dinheiro. O custo total da instalação da planta solar deve passar dos R$ 3 bilhões e a Ucrânia quer atrair investidores dispostos a financiar o projeto. Como a região está abandonada, o custo do terreno é extremamente baixo. Além disso, a instalação poderia tirar vantagem dos cabos de transmissão de alta voltagem que já estão instalados por conta da antiga usina nuclear. (yahoo)

terça-feira, 16 de agosto de 2016

UE lança materiais de referência para a qualidade do biodiesel

UE lança novos materiais de referência para a qualidade do biodiesel
O Centro de Pesquisa Conjunto (JRC) da Comissão Europeia – organismo responsável por dar assessoria científica em processos de decisão que afetam toda a União Europeia – lançou na semana passada dois novos materiais de referências para o biodiesel.
Os materiais podem ser usados por laboratórios para determinar de forma acurada a qualidade do biocombustível. (biodieselbr)

Óleos e gorduras foram mais de 4,5% do biodiesel no semestre

Óleos e gorduras alternativas foram mais de 4,5% do biodiesel no semestre
Sempre teve bem mais coisa do que apenas óleo de soja e sebo bovino no biodiesel fabricado no Brasil.
Em geral, era o óleo de algodão.
Acontece que, nesses últimos seis meses, matérias-primas que costumavam ficar relegadas a notas de rodapé nas estatísticas ganharam a simpatia dos fabricantes e já respondem por 4,6% da produção das usinas. (biodieselbr)

domingo, 14 de agosto de 2016

No Brasil a inspeção veicular é inadequada

Brasil ainda não trata inspeção veicular da forma como deveria.
A proximidade das eleições municipais em todo o país leva os candidatos a prefeito a apresentarem suas propostas para ao menos mitigar, entre outros problemas graves, o de poluição atmosférica nos grandes centros urbanos.
São Paulo, cidade mais populosa e com maior frota de veículos (cerca de 5,5 milhões, incluídas as motocicletas) no Brasil, conseguiu implantar entre 2008 e 2013 uma polêmica inspeção ambiental veicular (IAV). Houve mais erros do que acertos, porém nada justifica a falta de ação ao longo de quatro anos, além de simples encerramento do programa.
Recentemente, a capital paulista sediou o 13º Encontro de Alto Nível sobre Contaminação Atmosférica e os Desafios das Megacidades, organizado pela Aiesa (Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental).
Na contramão do mundo
Ao contrário da Cidade do México e de Santiago (Chile), a Região Metropolitana de São Paulo e seus 39 municípios não dispõem de ações diretas para controle de emissões de oxidantes fotoquímicos – geradores de ozônio ao nível do solo – e de material particulado fino (MP2,5).
Entre as recomendações apresentadas estão o avanço da legislação de emissões em veículos novos e o combate a fraudes de motoristas de caminhões e transportadoras. Estes anulam o sistema de reagente à base de ureia em motores a diesel modernos.
Em São Paulo, metrópole com maior tráfego de veículos pesados do país, o problema tende a se agravar, pois também a fiscalização em campo deve ser permanente.
Em cenário ideal, a sugestão da Aiesa é um programa de renovação de frota e inibir a circulação de veículos de alto potencial poluidor. A Cidade do México já estabeleceu restrições a automóveis, ônibus e caminhões de tecnologia antiga, apesar de inspeções ambientais sérias, obrigatórias e regulares existentes há décadas.
Hoje apenas o Estado do Rio de Janeiro continua a fazer vistoria, algo bem superficial, mal controlado e a preço fora de propósito. No fundo frustra quem é obrigado a pagar e desconfia de que o problema não está sendo resolvido.
Em São Paulo capital tentou-se fazer algo um pouco mais rigoroso. Começou de forma errada ao atingir carros novos com menos de três anos de uso. Sem incluir os outros municípios da região metropolitana, dependentes de acordo político passando pelo governo estadual, a eficácia da IAV fica comprometida.
Por isso, quem estiver à frente da prefeitura paulistana em 2017 terá de tentar logo uma solução para toda a região.
Quais as soluções?
Há debates sobre IAV paga ou gratuita. Com pagamento se conseguiria algo mais sério do ponto de vista técnico, porém o eventual reembolso teria de vir diretamente dos 50% que cabem aos municípios no IPVA, pois se trata de imposto apenas sobre proprietários de veículos. Sem esta decisão transparente fica difícil defender a gratuidade.
Com exceção de motores a diesel, que exigem inspeção anual, os demais veículos leves poderiam ser checados depois de três anos de uso. Entre quatro e dez anos seriam verificados bienalmente e, acima disso, anualmente, como ocorre em outros países.
O correto seria utilizar rolos dinamométricos sob as rodas motrizes que simulem condições reais de uso, técnica consagrada no mundo. (dana)

MP exigirá de São Paulo o uso de combustível limpo em ônibus

O Ministério Público deverá obrigar a Prefeitura de São Paulo a cumprir as metas para o uso de energia renovável no sistema de transportes públicos previstas na Política Municipal de Mudança do Clima (Lei 14.933/09). Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) nesse sentido entre a prefeitura e o MP deverá ser celebrado dentro dos próximos meses.
O TAC é resultado de um inquérito civil instalado em dezembro passado que apontou que o processo de licitação convocado pelo governo paulistano para a concessão de 1.500 linhas de ônibus pelos próximos 20 anos omitiu a obrigatoriedade, criada pelo artigo 50 da lei, de que a cidade aumente progressivamente o uso de energias alternativas nos transportes públicos até a eliminação completa dos combustíveis fósseis em 2018. Esse aumento gradativo não vem sendo cumprido.
Ônibus da ecofrota de São Paulo.
Ecofrota
Na época em que a lei de mudanças climáticas de São Paulo foi lançada, a prefeitura criou a Ecofrota que deveria centralizar o esforço para a descarbonização da mobilidade no município. Hoje, no entanto, menos de 4% da frota de 14.800 ônibus roda usando algum tipo de energia alternativa. Há alguns anos esse número era bem maior. Especialmente em função de um programa de uso de B20 que chegou a envolver mais de 1.200 veículos.
Hoje, esse programa está congelado. Há cerca de duas semanas o Conar exigiu que fosse removida qualquer propaganda sobre a Ecofrota de todos os carros que não usassem efetivamente algum tipo de energia renovável.
Segundo dados da EMTU e ANTP o maior entrave para a substituição do diesel é o custo. Enquanto o uso do diesel comum custa cerca de R$ 29 mil por mês para cada veículo, o etanol vai a R$ 36 mil e o veículo elétrico chega a custar R$ 44 mil. O uso de biodiesel puro ficaria em R$ 32 mil. “Por conta da substituição, o que vai ocorrer é uma elevação do custo da tarifa do transporte, que, para não onerar o usuário, será da prefeitura, por meio do aumento do subsídio ao transporte”, define o promotor Marcos Lúcio Barreto que está à frente desse caso.
O impacto nas finanças poderia ser compensado pela melhoria na qualidade do ar respirado pelos paulistanos. Um estudo elaborado há cerca de um ano pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade à pedido da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) apontou que o uso do B20 poderia reduzir o número de internações relacionadas à problemas respiratórios em mais de 45 mil e evitar mais de 7,3 mil mortes num período de cinco anos. (biodieselbr)

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Toyota eliminará carros diesel em prol de híbridos

Toyota pode eliminar carros diesel gradualmente em prol de híbridos
Embora não fale abertamente, a Toyota pode estar seguindo o mesmo caminho da Volvo, que oficialmente anunciou o fim gradual dos motores diesel em prol de híbridos plug-in e elétricos.
O motivo é o crescente custo de descontaminação para manter propulsores de ciclo diesel em conformidade com as regras ambientais, cada vez mais rigorosas.
A Toyota Europa diz que apenas 10% do mix de vendas do Yaris são das versões diesel e que estes poderiam ser cortados ao longo do tempo.
A filial europeia vai além, informando que o custo de investimento em uma fábrica de motores diesel já não deve compensar, pois a vida útil não deve passar de 10 ou 15 anos.
Oficialmente, a Toyota quer 30 mil carros com células de combustível e 15 milhões de híbridos sendo vendidos em 2020, uma meta muito ambiciosa e que envolve até o Brasil, por exemplo. Com isso, o espaço para o diesel parece estar desaparecendo rapidamente. (biodieselbr)

Ônibus de São Paulo proibidos de usar adesivos da Ecofrota

Os ônibus de São Paulo que não usem combustíveis alternativos estão proibidos de circular usando adesivos do Ecofrota – programa lançado pela prefeitura paulistana em 2011 para estimular a adoção de energia limpa em seu sistema de transportes públicos. A decisão foi tomada em 14/07/16 pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) que, por unanimidade, considerou a prática propaganda enganosa.
Serão afetados apenas os ônibus que informam serem movidos com biocombustível e diesel feito de cana-de-açúcar. Os veículos elétricos poderão manter a identificação.
A votação foi realizada atendendo a uma denúncia feita em abril pelo vereador paulistano Gilberto Natalini (PV). Segundo o parlamentar, embora o uso de biocombustíveis tenha sido descontinuado em 2014 quando a atual administração suspendeu os repasses para as empresas, “milhares de ônibus seguem adesivados indevidamente”
De acordo com a decisão do Conar, além da retirada de adesivos e mensagens nos ônibus que circulam pela capital paulista, o site da Prefeitura também deverá ser corrigido.
O Ecofrota foi criado para atender a determinação da Lei Municipal de Mudanças Climáticas que estipula que, até 2018, toda a frota de ônibus da maior cidade do país deverá operar com combustíveis renováveis. No entanto, o programa foi paralisado em 2014 em função de seu elevado custo. (biodiesel)

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Preço de carros elétricos diminuirá significadamenteo

Preço de carros elétricos pode diminuir significadamente, segundo pesquisa.
Ainda nesta década você poderá presenciar uma redução significativa do preço dos carros elétricos frente aos modelos convencionais. A previsão é da Blommberg New Energy Finance (BNEF), que acredita a redução contínua dos preços das baterias possa baratear os elétricos nos próximos seis anos.
Responsáveis por um terço do custo de construção de um carro elétrico, elas tiveram um recuo de 35% no preço no último ano.
O BNEF divulgou na pesquisa que até 2040, as vendas de veículos movidos à eletricidade devem chegar a 41 milhões de exemplares, o equivalente a 35% das vendas totais de modelos novos leves. Hoje, o mercado global de carros elétricos não chega a 1%.
Boa parte do desempenho do mercado é reflexo do barateamento das baterias. Somente no ano passado vendas de modelos com plugue cresceram 60%, atingindo 462 mil modelos.
Pela projeção, em 2040, os carros elétricos devem consumir 1.900 terawatt-hora de eletricidade, de acordo com BNEF. Isso é equivalente a 10% da eletricidade produzida no mundo em 2015. (ambienteenergia)

É retrocesso liberar veículo leve a diesel

É retrocesso liberar veículo leve a diesel, diz ministro do Meio Ambiente
Sarney Filho alerta para os prejuízos ambientais e para a saúde humana caso projeto de lei seja aprovado.
Diante do risco iminente de aprovação, pela Câmara dos Deputados, do substitutivo da comissão especial ao projeto de lei que libera a fabricação de veículos leves a diesel no Brasil (PL1013/11 e apensado), o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, expressa preocupação com a possibilidade de retrocesso frente a todos os esforços já empreendidos pelo governo brasileiro no sentido de reduzir os níveis de poluição nas grandes cidades.
“Vejo com grande preocupação as propostas que objetivem revogar as restrições impostas pelas leis brasileiras, liberando o uso de diesel para veículos leves, cuja frota cresce exponencialmente”, reitera Sarney Filho.
O ministro recorda que as emissões resultantes do óleo diesel “são extremamente nocivas ao meio ambiente e à saúde das pessoas, pois liberam substâncias tóxicas, como enxofre e óxido nítrico”.
POLUIÇÃO
Sabe-se que os carros a diesel, a exemplo dos ônibus e caminhões, são responsáveis pela maior parte do material particulado que polui o ar em todas as cidades. O ministro do MMA defende que os anos de negociações envolvendo a sociedade civil, o Congresso Nacional, os Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde, a Agência Nacional do Petróleo e os representantes da indústria automotiva “não podem ser ignorados”, sob risco de comprometer a qualidade ambiental e a saúde da população.
“Um aumento no consumo de combustíveis fósseis, com o potencial de emissões do diesel, é um contrassenso frente a esse compromisso”, alerta o ministro. Está provado que a emissão de poluentes por veículos a diesel tem contribuído, sistematicamente e em níveis elevados, para deteriorar a qualidade ambiental dos grandes centros urbanos em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Caminhões: os maiores poluidores.
MAIS FUMAÇA NO AR
Há três décadas, o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), coordenado pelo MMA, vem avançando no sentido de reduzir o impacto dessas emissões sobre a população. E as alterações propostas e aprovadas para esses motores e para a composição dos combustíveis têm contribuído para reduzir o potencial poluidor do diesel. Sarney Filho reforça: “Essa redução segue a tendência mundial, adotada pelos países desenvolvidos e por aqueles que têm políticas ambientais sólidas, limitando, cada vez mais, o uso dos combustíveis fósseis”.
Para o ministro, a eventual aprovação da proposta em tramitação na Câmara incentivando o aumento do consumo de combustíveis fósseis contraria os compromissos assumidos pelo Brasil durante a Conferência das Partes sobre Mudança do Clima da ONU, a COP 21, realizada em Paris em dezembro do ano passado. (ecodebate)