É retrocesso liberar veículo leve
a diesel, diz ministro do Meio Ambiente
Sarney
Filho alerta para os prejuízos ambientais e para a saúde humana caso projeto de
lei seja aprovado.
Diante
do risco iminente de aprovação, pela Câmara dos Deputados, do substitutivo da
comissão especial ao projeto de lei que libera a fabricação de veículos leves a
diesel no Brasil (PL1013/11 e apensado), o ministro do Meio Ambiente, Sarney
Filho, expressa preocupação com a possibilidade de retrocesso frente a todos os
esforços já empreendidos pelo governo brasileiro no sentido de reduzir os
níveis de poluição nas grandes cidades.
“Vejo
com grande preocupação as propostas que objetivem revogar as restrições
impostas pelas leis brasileiras, liberando o uso de diesel para veículos leves,
cuja frota cresce exponencialmente”, reitera Sarney Filho.
O
ministro recorda que as emissões resultantes do óleo diesel “são extremamente
nocivas ao meio ambiente e à saúde das pessoas, pois liberam substâncias
tóxicas, como enxofre e óxido nítrico”.
POLUIÇÃO
Sabe-se
que os carros a diesel, a exemplo dos ônibus e caminhões, são responsáveis pela
maior parte do material particulado que polui o ar em todas as cidades. O
ministro do MMA defende que os anos de negociações envolvendo a sociedade
civil, o Congresso Nacional, os Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde, a
Agência Nacional do Petróleo e os representantes da indústria automotiva “não
podem ser ignorados”, sob risco de comprometer a qualidade ambiental e a saúde
da população.
“Um
aumento no consumo de combustíveis fósseis, com o potencial de emissões do
diesel, é um contrassenso frente a esse compromisso”, alerta o ministro. Está
provado que a emissão de poluentes por veículos a diesel tem contribuído,
sistematicamente e em níveis elevados, para deteriorar a qualidade ambiental
dos grandes centros urbanos em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Caminhões:
os maiores poluidores.
MAIS
FUMAÇA NO AR
Há
três décadas, o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores
(Proconve), coordenado pelo MMA, vem avançando no sentido de reduzir o impacto
dessas emissões sobre a população. E as alterações propostas e aprovadas para
esses motores e para a composição dos combustíveis têm contribuído para reduzir
o potencial poluidor do diesel. Sarney Filho reforça: “Essa redução segue a
tendência mundial, adotada pelos países desenvolvidos e por aqueles que têm
políticas ambientais sólidas, limitando, cada vez mais, o uso dos combustíveis
fósseis”.
Para
o ministro, a eventual aprovação da proposta em tramitação na Câmara
incentivando o aumento do consumo de combustíveis fósseis contraria os
compromissos assumidos pelo Brasil durante a Conferência das Partes sobre
Mudança do Clima da ONU, a COP 21, realizada em Paris em dezembro do ano
passado. (ecodebate)
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