Projeto pioneiro na produção de biogás, por meio dos
dejetos de animais, completa sete anos.
Após
anos gerando energia elétrica e térmica com dejetos de animais, Condomínio
Ajuricaba proporciona saneamento e melhor qualidade do ar.
Sete
anos após o lançamento, o Condomínio de Agroenergia Ajuricaba apresenta
resultados ambientais e de qualidade de vida para moradores da zona rural de
Marechal Cândido Rondon no oeste do Paraná. Já foram tratados em torno de 124
mil m³ de dejetos, o que é equivalente a 124 mil caixas d’água de mil litros. O
projeto foi o primeiro arranjo do país a produzir biogás por meio dos dejetos
de animais de 33 propriedades com atividades de bovino e suinocultura, que são
interligadas por uma rede coletora de gás.
Foram tratados cerca de 124 mil m³ de dejetos, o que é equivalente a 124 mil caixas d’água de mil litros, no Condomínio Ajuricaba.
Foram tratados cerca de 124 mil m³ de dejetos, o que é equivalente a 124 mil caixas d’água de mil litros, no Condomínio Ajuricaba.
A
união dos pequenos produtores soma resultados imensos para o meio ambiente e o
agronegócio. Os biodigestores reduzem em 90% a emissão de dióxido de carbono
(CO2). Desde 2014, o Condomínio opera em Geração Distribuída (GD), está
conectado à rede da Companhia Paranaense de Energia (Copel). O uso do biogás em
fogões, para o cozimento dos alimentos foi implantado há quatro anos em 16
propriedades, e já evitou o uso de aproximadamente 1,5 mil botijões de gás de
petróleo liquefeito (GLP).
A
iniciativa começou em agosto de 2009 pela Itaipu Binacional, a prefeitura do
município e o Centro Internacional de Energias Renováveis/CIBiogás. Após a
implantação, a biomassa residual produzida nas propriedades passou a ser
tratada por meio de biodigestores de lagoa coberta ou rígido, onde se produz
biofertilizante e biogás que é usado na geração de energia elétrica e térmica.
O CIBiogás é responsável pela operação, manutenção e consultoria aos envolvidos
no Ajuricaba.
Quem
aceitou fazer parte do projeto inovador tem motivos para comemorar. É o caso do
produtor rural, David Dilkin, que a cada ano colhe mais resultados. “O projeto
melhorou muito as nossas condições. Nós não precisamos mais comprar gás. Também
aumentou em mais de 100% a produção de milho e o pasto. Quando nós começamos
tínhamos 10 ou 12 cabeças de gado e agora temos 30”, avalia.
Ao
longo desses sete anos, além de fortalecer a renda dos agricultores diretamente
envolvidos, o projeto beneficiou 111 propriedades rurais na microbacia ao
garantir um ambiente mais limpo, com maior qualidade de ar e da água pelo
saneamento ambiental. O resultado é o desenvolvimento de toda a região.
Negócio
sustentável
O
Condomínio Ajuricaba está passando pela mais ampla readequação já feita na
estrutura. O objetivo é transformar o projeto em um negócio sustentável. A
substituição de equipamentos foi definida após uma série de análises. Entre as
principais novidades está a modernização da Microcentral Termoelétrica (MCT),
que preparará o Ajuricaba para atender novas demandas energéticas.
O
sistema de refino do biogás passará por uma modernização e ampliação da
capacidade. Hoje a vazão de entrada é em torno de 40 m³/hora de biogás e a
pretensão é ampliar para 100 m³/hora. As novidades incluem ainda a implantação
de novos gasômetros nas propriedades e na MCT para garantir o aumento da
capacidade de armazenamento do gás. Outra diferença está no incremento de mais uma
opção para o uso da energia térmica – que poderá ser utilizada no secador de
grãos instalado dentro da central. Todas as adaptações para as mudanças estão
sendo feitas de forma gradativa e devem ficar prontas no final deste ano.
(ecodebate)
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