Há mais de dez mil sistemas de geração distribuída, crescimento que continua a grande velocidade.
Em 2016, 83% da energia elétrica do Brasil vieram de fontes renováveis, principalmente hidrelétricas. A geração solar representa apenas 0,02% da matriz elétrica. Entretanto, o Brasil tem vários dos ingredientes para se converter em uma potência solar nos próximos anos.
Os níveis de radiação em algumas zonas do país estão entre os mais altos do mundo. E, com os mais de oito milhões de quilômetros de extensão, o potencial técnico total está estimado em quase 30 mil GW para geração solar, cerca de 200 vezes a capacidade instalada atual.
O país conta com cerca de 80 milhões de pontos de consumo, que ajudam a criar condições para garantir a demanda. Adicionalmente, o marco regulatório permite que cada um destes consumidores instale geração distribuída para uso próprio e contribua para a rede com os excedentes.
Os níveis de radiação em algumas zonas do país estão entre os mais altos do mundo. E, com os mais de oito milhões de quilômetros de extensão, o potencial técnico total está estimado em quase 30 mil GW para geração solar, cerca de 200 vezes a capacidade instalada atual.
O país conta com cerca de 80 milhões de pontos de consumo, que ajudam a criar condições para garantir a demanda. Adicionalmente, o marco regulatório permite que cada um destes consumidores instale geração distribuída para uso próprio e contribua para a rede com os excedentes.
Considerando só este
potencial, seria possível gerar dois terços da demanda de eletricidade do país.
Atualmente, já há mais de dez mil sistemas de geração distribuída, um
crescimento que continua a uma velocidade impressionante.
As complementaridades
com outras formas de energia permitem potencializar o uso no Brasil. As
hidrelétricas são um respaldo natural para a geração, já que permitem
“armazenar” no sistema a energia solar excedente do dia e fornecê-la à noite.
Alternativamente, é possível utilizar o bombeamento de água, na base da energia
solar, como uma alternativa nas regiões mais secas.
Considerando
que o Brasil possui uma das maiores reservas do mundo de silício, principal
matéria-prima para a fabricação de painéis fotovoltaicos, somado a sua
capacidade industrial, é possível pensar em uma produção industrial local do
equipamento. Um movimento que serve de exemplo é o Programa Proalcool, que
converteu o Brasil nos anos 80 em uma potência mundial da indústria do etanol.
O horizonte para a
energia solar no Brasil é animador, mas alguns elementos dessa equação devem
ser fortalecidos. Os preços dos sistemas fotovoltaicos caíram 80% nos últimos
dez anos. Porém, os projetos são intensivos em capital inicial e têm custos de
manutenção e funcionamento baixos. É necessário contar e diversificar as fontes
de financiamento com prazo e taxas que atendam aos fluxos necessários para
viabilizar este tipo de investimento.
Também é necessário
difundir de maneira mais eficiente a informação sobre a possibilidade de
geração distribuída, os requisitos necessários para a realização das conexões e
as alternativas de financiamento existentes.
O
próprio setor público pode ser um poderoso utilizador e apoiador dessa
tecnologia, adotando a energia solar distribuída, ampliando o alcance e
conduzindo um movimento amplo de conscientização sobre os benefícios do uso,
reduzindo assim gastos no fornecimento em escolas, universidades, postos de
saúde e hospitais. Adicionalmente, a demanda por sistemas fotovoltaicos pode
potencializar a incipiente indústria e as capacidades locais. (globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário