Entrada
da energia solar na matriz energética pode gerar R$ 2 bi de economia.
Estudo
da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que os
brasileiros poderiam economizar pelo menos R$ 2 bilhões na conta de luz com uma
complementação da matriz elétrica brasileira por meio da inserção da fonte
solar fotovoltaica.
O
trabalho, que avaliou qual seria o impacto de uma inserção planejada da fonte
solar fotovoltaica no período histórico entre janeiro de 2013 e maio de 2017,
mostrou um alívio imediato na operação do subsistema elétrico da região
Nordeste, com redução significativa na geração termelétrica fóssil e nas
emissões de gases de efeito estufa no setor elétrico nacional, decorrentes do
uso frequente de usinas termelétricas emergenciais.
Ao
diminuir o uso das termelétricas, a fonte solar fotovoltaica evitaria a
liberação de entre 15,4 e 17,9 milhões de toneladas de CO2 na
atmosfera do planeta entre 2013 e 2017, equivalente ao reflorestamento de uma
área uma vez e meia maior do que a da capital mineira de Belo Horizonte.
A
medida ajudaria o país no cumprimento de suas metas de redução de emissões de
gases de efeito estufa, conforme os compromissos assumidos pelo Brasil junto ao
Acordo de Paris, durante a COP21, em 2015.
As
termelétricas mais caras do País foram reativadas nos últimos anos, como uma
medida de segurança de suprimento, por conta da severa crise hídrica que
diminuiu a capacidade de geração de energia elétrica das hidrelétricas,
especialmente na região Nordeste.
A
medida foi retomada em 2017, levando o país a estabelecer, pela primeira vez, a
“bandeira vermelha nível 2”, maior nível da tarifa previsto no setor e que
indica elevação no uso de termelétricas fósseis onerosas para suprir a demanda
do País.
Como
resultado da medida, que visa evitar um novo apagão, os consumidores
brasileiros terão de pagar uma conta extra que já soma centenas de milhões de
reais para cobrir os custos mensais de operação das usinas fósseis emergenciais
em operação.
Em
contrapartida, o estudo da associação aponta que existem formas de superar
estes desafios econômicos e ambientais: diversificando a matriz elétrica
brasileira com a expansão de novas fontes renováveis, especialmente com a
emergente solar fotovoltaica, capaz de produzir mais energia elétrica
justamente em períodos de pouca chuva e sol intenso.
“A
inserção planejada da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira
contribuiria significativamente para reduzir o acionamento das termelétricas
fósseis mais onerosas ao país, diminuindo custos aos consumidores, reduzindo
emissões de gases de efeito estufa e aliviando a pressão sobre os recursos
hídricos na geração de energia elétrica. Simultaneamente, a medida promoveria a
geração de empregos locais qualificados, proporcionando ganhos de renda para a
população e contribuindo para a retomada da economia nacional” destaca o
presidente executivo da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia.
A
avaliação da associação, que traz um balanço entre oferta e demanda para o
setor de energia elétrica no Brasil, foi baseada na análise de dados reais do
histórico de geração de energia elétrica do país, publicadas pelo Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A
iniciativa integra as recomendações da entidade para o estabelecimento, pelo
Governo Federal, de um programa nacional para o desenvolvimento do setor solar
fotovoltaico brasileiro, que foi apresentado pelos dirigentes da associação ao
Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, em 17/10/17. (ambienteenergia)
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