Mulheres são 32% da força de
trabalho nas renováveis, diz estudo da Irena.
Mulheres dominam o setor de
energias renováveis.
Percentual é superior ao do
setor em geral, de 22%. Número de empregos que serão criados nos próximos anos
chance de mais oportunidades.
Estudo apresentado pela
Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) mostra que as mulheres
ocupam cerca de 32% dos empregos na área. O percentual é maior que no setor de
energia em geral, de 22% e que na área de petróleo e gás, também de 22%. A
pesquisa reuniu respostas de cerca de 1.500 homens, mulheres e organizações que
trabalham na área. Os empregos na área de renováveis saíram de 7,1 milhões em
2012 para 10,3 milhões em 2017 e devem quase triplicar até 2050. Uma maior
participação das mulheres permitiria que o setor recorresse a talentos
femininos inexplorados, assegurando ao mesmo tempo a distribuição socialmente
justa das oportunidades socioeconômicas da transformação global da energia.
O acesso à energia e o gênero
são considerados elementos atrelados ao desenvolvimento global, já que o acesso
à energia libera mulheres de coletar lenha e a fazer atividades na parte da
noite. Outro ponto abordado é que o engajamento de mulheres como agentes na implantação
de soluções de energia renovável fora da rede é conhecido por melhorar a
sustentabilidade e maximizar os benefícios socioeconômicos. Para os
entrevistados, o engajamento ativo de mulheres na implantação de soluções de
energia renovável fora da rede vai demandar um esforço no treinamento, seguido
por acesso ao financiamento e à integração do gênero nos programas de acesso à
energia.
O papel delas nas energias
renováveis
Dos entrevistados para o
levantamento, 75% das mulheres percebem a existência de barreiras à entrada e
ao avanço delas no setor, mas apenas 40% dos homens. Outro dado que chama
atenção é que 60% dos entrevistados do sexo masculino assumem igualdade
salarial entre mulheres e homens contra apenas 29% das mulheres entrevistadas.
Segundo a pesquisa, a maior diversidade de gêneros traz benefícios
significativos e a adoção de políticas e perspectivas de gênero podem ajudar a
aumentar o engajamento das mulheres.
Programas
feitos por países da África, além de Índia e Indonésia fizeram com que mulheres
fossem parte da expansão de renováveis no mundo, por meio da comercialização de
sistema fotovoltaicos. Na Indonésia, mais de 500 mulheres foram treinadas como
empreendedores sociais, vendendo tecnologias de energia limpa que atingiram
mais de 250 mil pessoas. Estima-se que cerca de 20% das mulheres tenham mais
poder dentro de suas famílias, assumindo um papel maior na tomada de decisões
domésticas – e quase metade delas percebeu uma melhora em seu status.
“A entrada de mais mulheres
no mercado de trabalho voltado à energia renovável poderia enriquecer o setor
com um rápido crescimento e um maior conjunto de habilidades”
Como barreiras para a entrada
das mulheres no setor, o estudo cita a falta de oportunidades, normas culturais
e sociais, práticas de contratação predominantes e ausência de metas de
diversidade. Já quando relaciona as barreiras para o seu desenvolvimento, aparecem
a falta de habilidades e qualificações requeridas, a falta de treinamento, a
falta de creches e a falta de flexibilidade no local de trabalho. Ainda de
acordo com o estudo, uma maior participação das mulheres no setor asseguraria
um ajusta distribuição das oportunidades socioeconômicas da transformação
global da energia. (canalenergia)
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