Rio Grande do Norte (4 GW),
Bahia (3,5 GW) , Ceará (2 GW) e Rio Grande do Sul (1,8 GW) e Piauí (1,6 GW) são
os estados que lideram a produção de energia a partir do vento.
O Brasil ultrapassou a marca
de 14 GW capacidade instalada de energia eólica, potência superior a da
maior hidrelétrica da América Latina, a binacional Itaipu. Segundo a Associação
Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), são 583 parques distribuídos em 12
estados da federação. Rio Grande do Norte (4 GW), Bahia (3,5 GW) , Ceará (2 GW)
e Rio Grande do Sul (1,8 GW) e Piauí (1,6 GW) são os estados que lideram a
produção de energia a partir do vento.
Além dos 14,71 GW de
capacidade instalada, há outros 4,33 GW já contratados em construção ou
projeto, o que significa que, ao final de 2024, serão pelo menos 19,04 GW
considerando apenas contratos já viabilizados em leilões e com outorgas do
mercado livre publicadas e contratos assinados até agora. Considerando a matriz
elétrica brasileira em dezembro de 2018, a participação da energia eólica era
de 9%, sendo a terceira fonte mais representativa. A biomassa, segunda fonte,
representava 9,1% da matriz no final de 2018.
“Dentro
de pouco tempo, a eólica passará a ser segunda fonte da matriz elétrica
brasileira, um feito realmente histórico para uma fonte que se desenvolveu de
maneira mais intensa há pouco menos de dez anos. Quando começamos o ano de
2011, tínhamos menos de 1 GW. Em 2012, estávamos no 15º lugar no Ranking de
Capacidade Instalada do Global Wind Energy Council. Agora já estamos a caminho
de completar 15 GW e ocupamos a 8ª posição no ranking. Estes são alguns dos
dados que mostram a importância da indústria eólica, nossa capacidade de
crescer, fazer investimentos e trazer benefícios para o Brasil”, explica Elbia
Gannoum, presidente executiva da ABEEólica.
Contratações em 2018
Em 2018 foram realizados dois
leilões de energia nova, denominados A-4 e A-6. Ambos os leilões contaram com a
participação da fonte eólica. No leilão A-4, realizado em 04 de abril, foram
viabilizados 114,4 MW de potência e 33,4 MW médios de garantia física
contratada, que deverão iniciar o fornecimento de energia elétrica a partir de
1º de janeiro de 2022. Já o leilão A-6, realizado em 31 de agosto, teve uma
contratação mais expressiva e foram 48 projetos eólicos (1.136,30 MW de
potência e 420,10 MW médios de garantia física contratada). Neste certame, as
usinas devem iniciar a operação comercial a partir de 1º de janeiro de 2024. Ao
todo, foram contratados 1,25 GW de capacidade instalada, em 48 parques, nos
leilões regulados de 2018.
No
ano passado houve também a contratação de projetos eólicos no mercado livre.
Foram realizados três grandes leilões promovidos pela Cemig e Casa dos Ventos.
Embora os números dessas operações não tenha sido divulgado por fontes,
estimamos que, de uma forma geral, as empresas de energia eólica venderam cerca
de 2 GW de capacidade instalada para o mercado livre em 2018, o que demonstra
que este mercado vem se expandindo consideravelmente para o setor eólico”,
explica Elbia. Considerando, portanto, os contratos de leilão e a estimativa de
venda no mercado livre, houve uma contratação estimada de 3,2 GW em 2018.
“Sempre que falamos de
contratações e do futuro da fonte eólica no Brasil, gosto de reiterar um
conceito muito importante: nossa matriz elétrica tem a admirável qualidade de
ser diversificada e assim deve continuar. Cada fonte tem seus méritos e
precisamos de todas, especialmente se considerarmos que a expansão da matriz
deve se dar majoritariamente por fontes renováveis. Do lado da energia eólica,
o que podemos dizer é que a escolha de sua contratação faz sentido do ponto de
vista técnico, social, ambiental e econômico, já que tem sido a mais
competitiva nos últimos leilões”, resume Gannoum.
(canalenergia)
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