Usinas que produzem energia
limpa a partir do lixo são inauguradas no RJ.
Com tecnologia de ponta,
unidades da Gás Verde no estado do Rio de Janeiro transformam biogás em
biometano para uso como combustível em automóveis, indústria e na geração de
energia elétrica.
O estado do Rio de Janeiro
recebe 2 usinas para produção de energia limpa a partir do lixo. A
inauguração das unidades da Gás Verde S.A. foi em 04/07/19 no aterro sanitário de Seropédica, onde fica o empreendimento
destinado ao refinamento do biogás para ser comercializado como combustível
para veículos e indústrias, sendo mais puro do que o gás natural proveniente do
petróleo. Já em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o gás extraído de resíduos
alimenta a térmica da empresa, já interligada ao sistema energético.
A UTE contou com o aporte de
R$ 100 milhões dos acionistas da empresa, a holandesa Arcadis Logos Energia e a
paranaense JMalucelli, sendo construída dentro dos limites do aterro sanitário
de Nova Iguaçu, administrado pela Foxx Haztec, de quem a Gás Verde compra o
biogás para a geração. Com potência instalada de 18 MW, distribuída entre 12
unidades geradoras, a usina entrou em operação comercial em abril deste ano e
pode utilizar 9.500 m³ de biogás por hora para que seus geradores produzam
150.000 MWh por ano. O volume gerado pela térmica equivale ao consumo de 70 mil
residências, sendo preciso salientar também que esse tipo de energia, por ser
renovável, é menos poluidora do que a gerada por térmicas movidas a carvão,
óleo ou mesmo a gás natural.
Já a unidade para transformar
o biogás em combustível para veículos e indústrias, implantada no Centro de
Tratamento de Resíduos de Seropédica, angariou cerca de R$ 300 milhões em
investimentos. O empreendimento tem capacidade para produzir 200 mil m³ de gás
por dia – volume suficiente para, por exemplo, abastecer cerca de 13 mil
carros. Quando em plena operação, a produção será de 73 milhões de m³ por ano
de Gás Natural Renovável (GNR), tornando-se uma das maiores produtoras do
mundo. A usina distribui o GNR na forma comprimida, por caminhão-feixe, para
clientes industriais e para distribuidores de GNV. O gás que sobra, com apenas
50% de metano, ainda fornece parte da energia que abastece a própria unidade.
Durante o processo para
purificação, o gás passa por diversas etapas automatizadas que reduzem os
níveis de substâncias tóxicas. Com isso, o produto que chega à usina com 50% de
metano, sai para o mercado com 95% desse composto, concentração maior que o
mínimo de 90% exigido pela ANP (os 5% restantes são de nitrogênio). Esse tipo
de matéria prima substitui combustíveis fósseis e o seu aproveitamento para a
geração de energia elétrica ou como combustível traz vantagens para o meio
ambiente. Entre as principais estão a redução dos gases de efeito estufa; ganho
de receita adicional para os aterros sanitários (energia + créditos de
carbono), além da redução da possibilidade de ocorrência de autoignição ou até
explosão nos aterros, por conta das altas concentrações de metano nesses
locais.
Segundo a Gás Verde, o
primeiro cliente de gás natural renovável da companhia é a siderúrgica Ternium,
no Rio, que receberá um volume de até 72 mil Nm3 por dia de
biometano, cerca de 13 carretas por dia. A indústria irá utilizar o gás para
uso térmico, entrando na rede de baixa pressão do complexo siderúrgico para
atender as áreas do alto forno, aciaria, coqueria e de sinterização,
substituindo em um terço o uso de gás natural fóssil. O objetivo é diminuir o
impacto ambiental e a mesmo tempo melhorar seu desempenho energético. (canalenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário