Orientações
para o fim de vida útil das turbinas eólicas
Por
toda a Europa existem cerca de 34000 turbinas eólicas terrestres, que têm cerca
de 15 anos de idade. Estas representam, segundo a Wind Europe, uma potência
instalada de 36GW, mas o fim de vida destas acaba por ser um problema.
Existem
cerca de 14.000 pás das 4.700 turbinas eólicas de primeira geração que terão
que ser desmanteladas até fim do ano de 2023.
Para fazer face aos desafios do desmantelamento das turbinas eólicas em fim de vida, foi elaborado um Guia por parte da Wind Europe, que foi apresentado no End-of-Life Issues and Strategies Seminar (EoLIS 2020).
O que vai acontecer após o fim de vida das turbinas eólicas
Guia End-of-Life Issues and Strategies Seminar
Este guia fornece uma visão
compreensiva de regras e regulamentações que se tem que ter em conta aquando do
desmantelamento de turbinas eólicas em fim de vida.
São também estabelecidas as
boas práticas, com recomendações para o desmantelamento, cortando e separando
no local, bem como para o carregamento e transporte do material sobrante.
Por toda a Europa encontramos
mais de 34000 turbinas eólicas com 15 anos de idade, que representam uma
potência instalada de 36GW, a maioria na Alemanha, Espanha, França e Itália. Um
quarto da potência instalada tem entre 20 a 24 anos de idade e cerca de 1GW é
ainda mais antiga!
Giles Dickson, CEO da Wind
Europe disse que “se prolongar o tempo de vida útil não é uma opção, então as
turbinas eólicas têm que ser totalmente desmontadas. Queremos um guia
internacional que defina como se deve decompor as turbinas eólicas. Atualmente
isso não existe. Com este novo documento de desmantelamento de turbinas
eólicas, estamos a estabelecer a nossa posição como uma indústria sustentável”.
O Banco Mundial estima que na
Europa, a neutralidade climática irá aumentar a procura por metais em cerca de
300% para dar resposta às turbinas eólicas e 200% para dar resposta aos painéis
solares. Mesmo as turbinas eólicas redundantes são uma fonte atraente de
recursos recicláveis.
Atualmente, entre 85-90% do
conteúdo do desmantelamento de turbinas eólicas pode ser reciclado, incluindo
as torres, fundações, geradores e caixas de engrenagens. A maior parte destes
componentes são betão, ferro fundido e aço, que são fáceis de reciclar, mas as
pás continuam a ser um grande problema.
Pois são feitas a partir de
polímeros de vidro reforçado e em pequena parte de fibra de carbono. Estes
materiais compósitos fazem com que as pás sejam mais leves e mais duráveis, mas
mais difíceis de reciclar.
Para tentar combater essas
dificuldades de reciclagem, está a ser desenvolvido um novo termoplástico
compósito “melting turbine blade”, com recurso a uma resina termoplástica que
pode ser derretida e reutilizada, ao contrário das resinas termofixas.
A Wind Europe estima que cerca de 2GW da capacidade de geração serão desmanteladas até 2023, com um volume semelhante a ter que ser substituído.
A Wind Europe já submeteu o seu guia ao International Electrotechnical Commission (IEC) TC88 como porta de entrada para se conseguirem alterações à Especificação Técnica 61400-28 CD, que diz respeito ao fim de vida das turbinas eólicas. (portal-energia)
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