quinta-feira, 30 de junho de 2022

Programa de eficiência da Neoenergia soma R$ 29 mi em 2022

Entre os destaques estão a troca de 325 mil pontos de luz e 1.300 geladeiras, além da instalação de 232 sistemas solares, totalizando 1,4 MWp.
Iluminação pública mais moderna, melhorias nas instalações elétricas de prédios comerciais, unidades industriais e de saneamento urbano, além das já tradicionais troca de lâmpadas por LED e instalação de placas solares em organizações sociais. Ao todo a Neoenergia aplicou R$ 29 milhões em seu Programa de Eficiência Energética no primeiro trimestre de 2022.

Entre os resultados alcançados na Bahia, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo destacam-se a troca de cerca de 325 mil pontos de luz e mais de 1.300 geladeiras e instalação de 232 sistemas solares, totalizando 1,4 MWp. Os refrigeradores foram entregues a famílias afetadas pelas chuvas no extremo Sul da Bahia no fim do ano passado. Já no DF as geladeiras antigas cederam lugar a 15 câmaras de vacina para melhoria do atendimento durante a vacinação contra a Covid.

O projeto Neoenergia Solar concedeu desconto de 50% para instalação de painéis FV em 223 residências nas baianas, pernambucanas e paulistas, somando 862 kWp instalados, além da troca de 453 lâmpadas dos clientes por LED. Já o projeto Vale Luz, que troca resíduos sólidos por desconto na conta de energia, reciclou mais de 380 toneladas de resíduos e garantiu o desconto de mais de R 166 mil na conta de luz de mais de 8 mil consumidores, nas três distribuidoras nordestinas.

A iniciativa da companhia também ajudou na melhoria da eficiência de energia em 331 prédios públicos e assistenciais, como escolas públicas, unidades de saúde (hospitais e postos médicos) e instituições filantrópicas nas áreas de concessão das distribuidoras. Os aportes contribuem ainda para o desenvolvimento dos municípios e possibilitam economia na conta de energia das instituições.

O programa também é direcionado a outras ações para a conscientização de boas práticas do uso da energia. A execução de projetos educativos estimulou o consumo eficiente em residências ajudou no combate ao desperdício e na promoção de dicas de segurança em escolas públicas. Com aulas a distância e práticas presenciais foram capacitados mais de 2,3 mil professores e mais de 124,4 mil alunos das áreas de concessão das distribuidoras, sobre o tema de uso eficiente da energia. (canalenergia)

Geração a partir de resíduos atrai projetos com novas fontes

Empresas ampliam geração de energia a partir de resíduos orgânicos

Desenvolvimento do setor ainda é desafiador, mas ele pode assumir papel relevante na matriz nacional.
Fazenda em Ipiranga do Norte (MT), onde dejetos de suínos dão origem a biogás da EVA

Até pouco tempo desacreditada no Brasil, a geração de energia a partir de biomassa, resíduos orgânicos das cidades ou do campo, está prestes a assumir um papel mais relevante na matriz energética nacional, com potencial de ajudar o país a cumprir compromissos no combate às mudanças climáticas assumidos na COP26, na Escócia, em 2021. Um deles é reduzir as emissões de gás metano em 30% até 2030. O desenvolvimento do setor ainda é desafiador, mas ele reúne empreendedores que se mostram muito dispostos.

Os investimentos fluem em duas frentes: ampliação da produção de biogás em aterros sanitários e a partir de resíduos agropecuários (como bagaço de cana e dejetos deixados por animais) e a busca de novas fontes, aproveitando tipos específicos de rejeitos que possam integrar ciclos econômicos mais sustentáveis.

Administradora de quatro usinas de geração de energia a partir do biogás, a EVA Energia é um exemplo dessa atuação dupla. Inicia as operações de uma usina em Mauá (SP) e prepara uma nova unidade em São Gonçalo (RJ) para o segundo semestre, enquanto estuda a incorporação de novos resíduos à operação, que hoje engloba gás de aterros e de suinoculturas do Mato Grosso.

— Temos planos de gerar energia a partir das sobras da extração do óleo de palma, que acontece no Pará. E da vinhaça, subproduto das usinas de cana de açúcar, no interior de São Paulo. O milho, que surgiu como opção para o etanol, também desperta atenção — conta Eduardo Lima, CEO da Eva Energia, cujo plano é investir até R$ 30 milhões para, em 2023, adicionar 21 MW à potência instalada da empresa. Neste ano, a previsão é alcançar 18 MW, equivalentes ao abastecimento mensal de 2,5 mil casas.

Matriz energética do Brasil

A vinhaça também está no alvo da Vibra (ex-BR Distribuidora), mas para a produção do chamado biometano, uma espécie de gás natural renovável. A empresa firmou parceria com a Brazil BioFuels, que cultiva palmas na recuperação de terras degradadas de Roraima para produzir também diesel verde (HVO) e combustível sustentável de aviação (SAF) em uma biorrefinaria em construção em Manaus (AM), com investimentos de R$ 2 bilhões. A Vibra será a distribuidora exclusiva dos biocombustíveis por cinco anos.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a geração de eletricidade a partir do biogás soma 220 MW no país e corresponde a apenas 0,1% da matriz elétrica nacional — um indicativo de que há muito a ser explorado. No caso da EVA, a energia elétrica a partir do biogás é repassada na modalidade de geração distribuída (a partir de pontos diversos e próximos do consumo). Os clientes vão de pequenos estabelecimentos comerciais a estruturas pontuais de gigantes do mercado (como antenas da Oi e lavanderias da Unilever com a marca Omo).

Projetos represados

De acordo com a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), que já reúne mais de cem empresas do setor, o avanço dessas fontes renováveis depende de financiamentos para negócios de médio porte. As empresas têm expertise, mas acesso limitado ao crédito por falta de garantias reais. Há projetos que somam cerca de R$ 1 bilhão em investimentos com dificuldades de sair do papel.

— Identificando esse gargalo, propusemos a criação do Fundo Garantidor do Biogás que, em breve, passará a buscar investidores e a selecionar projetos que poderão contar com o total de R$ 300 milhões iniciais em garantias — conta Tamar Roitman, gerente executiva da Abiogás. — A expectativa é que as ideias tomem forma, com espaço para inovação, eficiência, redução de custos e inclusão de novos tipos de resíduos na produção.

Editoria de Arte

Felipe Borschiver, head de Estruturação Financeira do Global Innovation Lab for Climate Finance, que é o principal apoiador do fundo, destaca outro aspecto transformador:

— A intenção é manter uma preferência por plantas de biogás que não necessariamente estejam ligadas a aterros sanitários, que são mais facilmente financiáveis, e há um debate sobre o estímulo à criação delas em meio às tentativas de reduzir a produção de lixo. O fundo prevê destravar capital para projetos que tragam adicionalidades ao setor.

A Gás Verde, recém-adquirida pelo grupo Urca Energia, maior produtor de biometano no país, busca essas “adicionalidades”. A empresa já mantém três usinas no Rio: uma de biometano em Seropédica, e duas de geração de eletricidade a partir de biogás em Nova Iguaçu e São Gonçalo. Em 18 meses, prevê lançar a primeira usina de gás carbônico verde a partir do biometano, com investimento de R$ 45 milhões.

— A transformação do biogás em biometano elimina CO2. A nova usina em Seropédica poderá purificar esse gás e transformá-lo em gás carbônico verde. Será possível atender à alta demanda do mercado fluminense pelo gás, utilizado em alimentos e bebidas (principalmente refrigerantes), no tratamento de esgoto e na siderurgia. Tudo em uma planta com zero resíduo — diz Marcel Jorand, CEO da Gás Verde.

Projeto governamental fomenta energia renovável através do resíduo sólido urbano a partir da extração do metano.

Conscientização para valor do segmento

A viabilidade dessa ponte com a indústria, no entanto, é recente. Jorand pondera que, por mais de uma década após seu surgimento, o biogás foi taxado como “gás do lixo” e encontrou dificuldade para ser legitimado como fonte de energia. Uma ilustração disso é o fato de postos de combustíveis, até pouco tempo atrás, hesitarem antes de divulgar que trabalhavam com derivados de aterros sanitários.

— De dois anos para cá, houve uma real movimentação do mercado de biogás e muita coisa mudou — diz Jorand.

O grupo Marquise, que há 50 anos atua em infraestrutura, incorporação, hotelaria, varejo e outros setores também busca inovações na cadeia do biogás. Por meio da Marquise Ambiental, originalmente ligada à limpeza urbana, opera aterros sanitários em Manaus (AM), Osasco (SP), Aquiraz e Caucaia (CE). Há quatro anos, inaugurou a primeira usina de biometano do Nordeste, a GNR Fortaleza (CE). Agora, quer investir na conversão de gás em eletricidade.

— É natural olharmos para esse mercado (de energia). O setor vem em uma curva crescente e tem potencial para decolar se conseguirmos conscientizar as pessoas sobre sua participação na geração e no aproveitamento de resíduos — diz Hugo Nery, CEO da Marquise Ambiental, que cobra ação do poder público nesse convencimento. — Se a sociedade entender a importância de separar o lixo em três tipos (restos de comida, reciclável e dejetos humanos), os materiais orgânicos poderão ser melhor aproveitados para biogás, geração de energia e reciclagem. (oglobo)

terça-feira, 28 de junho de 2022

Quanto custa a instalação de energia solar?

Energia solar: quanto custa a instalação e como funciona o financiamento.
Entre as vantagens da modalidade estão a autonomia energética, segurança no abastecimento elétrico, valorização do imóvel.

•        O Brasil atingiu a marca de 1 milhão de sistemas de geração de energia solar instalados.

•        Apesar de relativamente caro, o investimento pode render economia em longo prazo.

•        É possível acessar linhas de crédito para financiar a compra de materiais e instalação.

Um milhão de telhados brasileiros já contam com a instalação de sistemas de geração de energia solar. Juntos, eles somam mais de 10,6 gigawatts (GW) em potência, conforme estimativa realizada pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

A estrutura fotovoltaica é promissora no país, uma vez que os estados contam com grande incidência de sol o ano todo. Como essa é uma fonte renovável e inesgotável, o sistema é conhecido como uma alternativa sustentável para a produção de eletricidade.

"Essas células solares são montadas em grupos formando painéis solares. Cada painel tem uma capacidade, em termos de potência, dependendo do projeto. O recurso transforma a luz do sol em energia por meio de um processo físico", explica Dr. Fabio Raia, professor do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

O especialista ainda diz que a geração da eletricidade não agride ao mesmo ambiente. No entanto, a instalação do recurso exige a utilização de recursos naturais. "Existe todo um processo de fabricação dessas células que envolvem a transformação de metais e materiais", ressalta.

Entre as vantagens da modalidade estão a autonomia energética, segurança no abastecimento elétrico, valorização do imóvel, manutenção simples e economia na conta de energia elétrica. Além disso, a eletricidade gerada pelas placas fotovoltaicas não consumidas é injetada na rede, gerando créditos energéticos junto à concessionária que, posteriormente, são abatidos na cobrança da luz. (yahoo)

Mercado de carros elétricos tem grande potencial de crescimento

Expansão do setor passa por questões como mobilização de empresas, incentivos estatais e melhorias na infraestrutura.
Vai abastecer com álcool ou gasolina? “Nenhuma das duas opções”. Essa poderá ser a resposta dos motoristas em um futuro no qual os carros elétricos dominarão o mercado. Apesar de ainda ser difícil prever quando isso acontecerá, empresas do setor se mexem para que a previsão se concretize o mais brevemente possível.

Em abril deste ano, nove companhias anunciaram a formação da Aliança pela Mobilidade Sustentável, com a proposta de expandir o uso de carros elétricos no País e implementar melhorias de infraestrutura para o uso dos veículos. Um dos objetivos é, até 2025, aumentar a participação dos elétricos na venda de carros novos para 10% - atualmente, o índice é de 2% - e criar 10 mil estações públicas de carregamento em todo o Brasil.

Desenvolvimento de carro elétrico é um caminho que o Brasil está distante na agenda do futuro.

Volvo

O grupo, que conta com empresas como Caoa Cherry, Ipiranga, Movida e Raízen, é liderado pela 99, que tem suas próprias metas na iniciativa. A empresa de transporte individual pretende ter 300 automóveis elétricos em sua frota ainda em 2022, com o objetivo de chegar a 10 mil até 2025 e 100% da frota em 2030. Atualmente, 750 mil motoristas estão ativos na 99. "Sabemos que precisamos de vários agentes e setores para cooperar e trazer expertise e investimentos", diz Thiago Hipolito, diretor de DriverLAB da 99. "O movimento que queremos acelerar é tanto ganhar escala em demanda como em infraestrutura."

As projeções de expansão do uso de veículos elétricos começam a se refletir nos atuais indicadores de tendência de crescimento. Em janeiro de 2022, um balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) mostrou que os emplacamentos de carros elétricos registraram, em 2021, um crescimento de 257% em relação a 2020. Foram 2.860 veículos do tipo vendidos no ano passado, um salto significativo em relação às 801 unidades do período anterior.

Se os modelos híbridos forem incluídos na contagem, as cifras ganham muito mais peso. As unidades parcialmente elétricas - que combinam um motor movido a eletricidade com outro a combustível fóssil - contaram com 32 mil emplacamentos em 2021, fazendo com que, no ano passado, a eletrificação veicular no Brasil tenha atingido cerca de 35 mil veículos comercializados. A frota brasileira é de 59 milhões de carros.

"Veremos cada vez mais o crescimento. O mundo vai mais que dobrar a venda de veículos elétricos este ano e prevemos ter cerca de 100 mil modelos (híbridos ou totalmente elétricos) nas ruas do Brasil nos próximos meses", afirma Adalberto Maluf, diretor de Marketing e Sustentabilidade da BYD Brasil.

Incentivos públicos

No Brasil, esse mercado conta com benefícios tributários específicos. Em 2015, a alíquota de importação de carros totalmente elétricos foi zerada. A partir de 2018, o IPI foi reduzido de 25% para até 7%. Os números, apesar de expressivos, ainda trazem pouco alívio para o bolso dos consumidores, que desembolsam valores em torno de R$ 140 mil na aquisição dos modelos mais baratos.

 No âmbito político, em março, foi criada a Frente Parlamentar Mista pela Eletromobilidade, no Senado Federal. O grupo reúne senadores e deputados federais em torno da defesa de políticas de energia renovável e mobilidade elétrica.

"Uma articulação do poder público e uma sinalização de que não vão atrapalhar já ajuda. Se forem colocados bônus, como para trocas de um carro a combustão por um elétrico, e forem retiradas sobretaxas tributárias, ajudaria muito mesmo", comenta Carlos Motta, CEO da Kers Tecnologia em Mobilidade Sustentável.

Sustentabilidade

Um dos pilares do incentivo à expansão do mercado de veículos elétricos é a sustentabilidade. Estima-se que os modelos produzam um terço das emissões de um carro movido a combustível fóssil, como aponta estudo publicado este ano pela Universidade de Michigan e pela Ford. Entretanto, as emissões ainda fazem parte da cadeia produtiva, em atividades como a mineração para fornecimento de matéria-prima e os processos de produção.

Em relação à eficiência energética, os veículos elétricos levam grande vantagem em relação aos tipos tradicionais. "Um veículo com motor a combustão interna, com 15 mil itens, tem 25% de eficiência. Nos motores elétricos, vemos uma eficiência de 95%", comenta Motta, da Kers.

Os modelos elétricos também otimizam a obtenção de energia aproveitando processos como as frenagens. Por meio de freios regenerativos, parte da energia cinética do automóvel é transformada em eletricidade, que pode ser armazenada na bateria e auxiliar a alimentação de acessórios ou a própria aceleração.

Mas, em meio a frequentes situações de crise energética, o aumento da circulação de carros elétricos pode representar uma sobrecarga na rede? Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) a resposta é não. A entidade prevê que, em 2035, 62% das vendas de veículos no Brasil sejam de modelos elétricos e que isso exigirá um incremento de apenas 1,5% na geração de energia elétrica nacional.

Há perspectivas até mesmo de os carros elétricos proporcionarem melhor aproveitamento da rede energética. Ao terem as baterias carregadas durante a noite, período no qual as redes estão mais ociosas e a energia é mais barata, os veículos têm a capacidade de devolver a energia durante o dia, conectados a terminais em estacionamentos, por exemplo.

No futuro, com a adoção massiva desses automóveis, seria possível até aliviar os momentos de pico e, assim, diminuir problemas como o racionamento. "Poderíamos ter pulmões de energia rodando com os carros, o que pode contribuir para novos negócios nesse ecossistema", acredita André Iasi, CEO da Estapar.


Eletrificação e etanol são caminhos para a mobilidade sustentável

Como tornar o automóvel um aliado da sustentabilidade? Em busca de respostas, o poder público traça metas de redução de carbono e montadoras apostam em tecnologias que melhorem a eficiência dos veículos.

Em abril, foi lançado pelo governo federal o programa Combustível do Futuro, que visa a ampliar a participação de combustíveis renováveis e de baixo teor de emissões, bem como desenvolver tecnologias veiculares nacionais.

"O Brasil não pode ficar fora da transição que está acontecendo com a eletrificação. Pensar a melhor maneira de combinar o uso do etanol com a eletrificação e promover essa descarbonização é estar no jogo da mobilidade mundial", afirma João Irineu Medeiros, diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance de Produto para a América do Sul da empresa Stellantis.

Em relação aos avanços tecnológicos, ganha força o conceito de carro conectado. Por meio de recursos eletrônicos e digitais, eles se comunicam com servidores que auxiliam em funções como a elaboração de diagnósticos sobre as condições dos automóveis - o que evita, por exemplo, desperdício de combustível.

"Com os carros conectados em nuvem, temos acesso a um leque de oportunidades que não tem limite", avalia Medeiros.

Os desafios do segmento

Preço: os valores ainda são bastante salgados para os consumidores. Os modelos mais baratos estão na faixa de R$ 140 mil e há opções de luxo que ultrapassam os R$ 500 mil.

Abastecimento: encontrar pontos de recarga não é tarefa fácil. Conforme dados da Associação Brasileira de Veículo Elétrico (ABVE), há 1.250 pontos desse tipo disponíveis pelo País, e 47% deles estão em São Paulo.

Produção: a produção nacional de carros elétricos é incipiente, com boa parte dos componentes sendo importada. As altas taxas tributárias também desestimulam investimentos para parques industriais voltados aos veículos elétricos.

Mão de obra: faltam especialistas tanto na engenharia de produção quanto na manutenção de carros elétricos. Reparos feitos sem o devido conhecimento em peças como baterias podem gerar risco de acidente. (terra)

domingo, 26 de junho de 2022

Mercado sustentável e de energias renováveis revigora profissões

Há cada vez mais carreiras avançando em torno de telemetria, sensores, drones, pesquisa mineral eagromineral.

A preocupação com o meio ambiente e as soluções sustentáveis criou um amplo mercado para os profissionais dos cursos ligados às Ciências da Natureza.

Na última década, com o conceito da economia verde – que visa a desenvolver o País sem causar degradação ambiental –, surgiram novas profissões, como as relacionadas a energias renováveis e edificações sustentáveis. Em 2013, a Universidade de Fortaleza (Unifor) criou o curso de Tecnólogo de Energias Renováveis em resposta a uma demanda do mercado.

“O Estado tem um potencial grande na área eólica e solar e precisávamos de um profissional que tivesse um leque mais amplo de formação, para entender o mercado e prover soluções”, explica Dayane Carneiro, professora da Unifor, engenheira eletricista e mestre em energias renováveis. (canalenergia)

As energias renováveis bateram recordes de crescimento em 2021

O mundo precisa urgentemente descarbonizar a economia e recuperar os ecossistemas, além de ampliar as áreas anecúmenas e promover o bem-estar de todas as espécies vivas do Planeta.

As energias renováveis bateram recordes de crescimento em 2021, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). Apesar dos persistentes desafios gerados pelo rompimento das cadeias de suprimentos dos insumos industriais provocado pela pandemia da covid-19, os incrementos de capacidade da energia renovável aumentaram 6% e quebraram mais um recorde, atingindo cerca de 295 GW (cerca de 20 usinas de Itaipu). Esse crescimento é um pouco maior do que o previsto no ano passado pela própria IEA.

Cabe destacar que este crescimento ocorreu antes da invasão russa da Ucrânia e deixa claro que o avanço da transição energética ocorre principalmente em períodos de paz e não de guerra. Superar a Era dos combustíveis fósseis é urgente para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, implementar a chamada “carbonização reversa” e evitar um aquecimento global catastrófico.

Globalmente, houve um declínio de 17% nas adições anuais de capacidade eólica em 2021. Porém, isto foi compensado por um aumento na energia solar fotovoltaica e crescimento nas instalações hidrelétricas. A expansão de bioenergia, energia solar concentrada (CSP) e geotérmica ficou estável em 2021 em comparação com 2020. Em termos de velocidade de crescimento, o aumento ano a ano da capacidade renovável em 2021 foi mais lento, após um salto excepcional em 2020, conforme mostra o gráfico abaixo.

A China manteve a liderança isolada na participação de mercado das novas implantações em 2021, respondendo por 46% das adições de capacidade renovável em todo o mundo. No entanto, a nova capacidade chinesa diminuiu 2% em relação ao ano anterior, conforme mostra o gráfico abaixo. A Europa ocupa o segundo lugar no aumento da capacidade instalada, bem atrás da China, mas à frente dos Estados Unidos. A Índia tem avançado, mas bem atrás da China, da Europa e dos EUA. O mesmo pode-se dizer da América Latina. Mas de modo geral há um avanço das energias renováveis em todo o mundo.

Em meio à crise energética global e ao agravamento da emergência climática, a ONU e seus parceiros lançaram em maio de 2022 duas novas iniciativas para acelerar a ação para alcançar energia limpa e acessível para todos e a meta ambiciosa de emissões líquidas zero de carbono. O Plano de Ação da ONU-Energia para 2025 cumpre os compromissos assumidos em uma reunião de alto nível em setembro, que estabeleceu um roteiro global para acesso e transição à energia até o final da década, além de contribuir para emissões líquidas zero até 2050. Uma Energy Compact Action Network também foi lançada para combinar governos que buscam apoio para suas metas de energia limpa com governos e empresas que já prometeram mais de US$ 600 bilhões em assistência.

Contudo, mesmo que o mundo consiga chegar a 100% de energia renovável em 2050, a concentração de CO2 na atmosfera (que chegou a 421 ppm em maio de 2022) pode ultrapassar 500 ppm até 2050 e tornar o aquecimento global incontrolável nos limites necessários para evitar uma tragédia ambiental e civilizacional.

De fato, o mundo baseado na energia renovável é não só desejável com é inevitável. Por isto se diz: “O futuro será renovável ou não haverá futuro”. Porém, embora o avanço das energias renováveis seja um fato auspicioso e esteja ocorrendo num ritmo mais rápido do que o previsto no início do atual século, a humanidade continua queimando hidrocarbonetos e aumentando as emissões de gases de efeito estufa a uma taxa alarmante.

Não é simples fazer a transição energética. Um estudo publicado na revista Nature Climate Change (2022), disse que a taxa de mudança necessária para enfrentar a crise climática é tão grande que o rápido colapso das indústrias de combustíveis fósseis apresenta grandes riscos de transição. Os pesquisadores estimaram que os projetos de petróleo e gás existentes no valor de US$ 1,4 trilhão perderiam seu valor se o mundo se movesse decisivamente para reduzir as emissões de carbono e limitar o aquecimento global a 2°C. Ao rastrear muitos milhares de projetos através de 1,8 milhão de empresas até seus proprietários finais, a equipe descobriu que a maioria das perdas seria suportada por pessoas individuais por meio de suas pensões, fundos de investimento e participações acionárias.

Além do mais, existem muitas dúvidas se o aumento da capacidade instalada de energias renováveis será capaz de funcionar em uma rede inteligente global. Gail Tverberg (30/01/2017) considera que existe muita ilusão sendo vendida em nome das energias “limpas”. Embora, sem dúvida, o avanço da transição energética é melhor do que a dependência dos combustíveis fósseis. O sol e o vento são recursos naturais abundantes e renováveis, mas, certamente, não podem fazer milagres e nem evitar o imperativo do metabolismo entrópico, como ensina a escola da Economia Ecológica.

A humanidade já ultrapassou a capacidade de carga do Planeta. Como alertou o ambientalista Ted Trainer (2012), as energias renováveis não são suficientes para manter o crescimento exponencial da expectativa das pessoas por um alto padrão de consumo conspícuo. Trainer prega um mundo mais frugal, com decrescimento demoeconômico, onde as pessoas adotem um estilo de vida com base nos princípios da Simplicidade Voluntária.

O mundo precisa urgentemente descarbonizar a economia e recuperar os ecossistemas, além de ampliar as áreas anecúmenas e promover o bem-estar de todas as espécies vivas do Planeta. Zerar o desmatamento e as queimadas, plantar árvores e recuperar as florestas são uma necessidade urgente.

Acima de tudo, a mudança da matriz energética é uma condição necessária, mas não suficiente para enfrentar a crise climática e ecológica. É também uma condição necessária, mas não suficiente para evitar as guerras pelo petróleo. Evidentemente, a revolução econômica e comportamental para salvar a vida no Planeta vai muito além do simples crescimento das energias renováveis. Mas não haverá um mundo pacífico e sustentável se não for planejado o fim do mundo dos combustíveis fósseis e dos privilégios sociais que o petróleo sustenta.

A humanidade já superou a capacidade de carga da Terra e aumenta a probabilidade de um colapso sistêmico global. A Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgou um relatório em maio de 2022, mostrando que houve recorde negativo em quatro indicadores-chave da crise climática: concentrações de gases de efeito estufa, aumento do nível do mar, calor e acidificação dos oceanos. Assim, o mundo precisa de um decrescimento demoeconômico global e a transição energética é um passo essencial para o processo de descarbonização da economia.

Relatório da consultoria Deloitte, mostra que se o mundo agir imediatamente para atingir rapidamente emissões líquidas zero até meados do século, limitando o aquecimento global a até 1,5°C até o final do século, a transformação da economia prepararia o mundo para um crescimento econômico mais forte até 2070. Tal transformação poderia aumentar o tamanho da economia mundial em US$ 43 trilhões em termos de valor presente líquido de 2021-2070.

Ao contrário, se a mudança climática não for controlada ela pode custar à economia global US$ 178 trilhões em termos de valor presente líquido de 2021-2070. Os custos humanos seriam muito maiores: falta de comida e água, perda de empregos, piora da saúde e do bem-estar, redução do padrão de vida. (ecodebate)

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Eólicas e solar recebem liberação para testar 62,6 MW

Início da operação foi autorizado a partir de 16/06/2022.
A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a operação em teste, a partir de 16/06/2022, de unidades geradoras das eólicas Sabiú, Manineiro e Angelim, que juntas somam 48,9 MW de capacidade instalada, localizadas no estado da Bahia.

Ainda para operação em teste, a UFV Serra do Mel I recebeu autorização para UGs que somam 13,72 MW, e está localizada no estado do Rio Grande do Norte.

No total, foram liberados 62,6 MW para teste. (canalenergia)

Solar e Eólica podem voltar a disputar leilão juntas

Resultado no A-4 foi classificado como positivo e MME poderá colocar as fontes como o mesmo produto.
A disputa entre as fontes eólica e solar em um leilão de energia poderá se repetir em um futuro breve. O primeiro teste foi realizado em 27/05/22 no A-4 que resultou na contratação de 4 projetos eólicos e 5 solares com uma pequena margem de diferença entre os deságios apresentados pelas fontes.

No resultado do A-4 esse produto quantidade para eólica e solar foi registrado o maior desconto com 20,5% ante o preço inicial de R$ 225/MWh. O preço médio de venda da eólica ficou em R$ 179,30 e a solar em R$ 178,24 por MWh. Os 2 menores do certame. Outro ponto que mostrou o equilíbrio foi a potência viabilizada sendo 183 MW eólicos e 166 MW solares.

Na avaliação do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Paulo Cesar Magalhães, o resultado foi positivo. Ele lembrou em coletiva pós-leilão que o governo já desejava colocar ambas as fontes em um mesmo produto e o resultado corroborou a expectativa.

“Havíamos percebido a aproximação de preços entre a solar e a eólica, ao olharmos para o resultado do leilão, realmente o número de projetos contratados demonstram a distribuição equilibrada”, comentou. “Agora, quanto a manter essa contratação de tecnologias no mesmo produto ainda vamos avaliar, mas foi bom resultado, um bom teste e se mostra interessante para os próximos [leilões]“, acrescentou.

Nesse sentido, se houver a decisão, ficará para os leilões de 2023, uma vez que as diretrizes para os próximos, que serão o A-5 e A-6 já foram dadas. A solar e a eólica participarão do primeiro em produtos separados, lembrou o diretor de Estudos de Energia Elétrica da EPE, Erik Rego. No A-6 a solar não participa.

Apesar de ter viabilizado mais usinas, a fonte hídrica em PCH e CGH contratadas nesse certame não serão consideradas na cota para a lei 14.182, da privatização da Eletrobras. O volume de 50% da demanda das distribuidoras com até 2 GW de contratos passa a valer apenas nos leilões A-5 e A-6. (canalenergia)

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Energia limpa e o impacto ambiental

A energia limpa contribui para a utilização de fontes renováveis. Além dos recursos utilizados estarem disponíveis para gerações futuras, a energia limpa não causa impactos como o aumento do dióxido de carbono/CO2 na atmosfera, não emite gases de efeito estufa e tampouco agrava o aquecimento global.
Para especialistas, o momento atual é de desenvolver as energias renováveis em bases socioambientais sustentáveis e que dialoguem com as comunidades ao seu redor.

Espalhou-se a ideia de que, por serem limpas, as energias renováveis não causam impactos socioambientais. Mas suas estruturas produtivas podem, sim, criar problemas desse tipo.

No início de junho/2022, um grupo de mulheres da região da Borborema, no Estado da Paraíba, marchou contra a instalação de um complexo eólico na localidade. (OESP)

Táxi voador da Embraer deve começar a operar no Rio em 2026

Imagem conceito de um táxi voador

• "Carro voador" difere bem de um helicóptero

• Em 2021 foram realizados testes com o trajeto Galeão–Barra da Tijuca pelo preço de R$ 99

• Veículo já foi encomendado por empresas ao redor do mundo

No ano passado, a EVE, empresa de especializada em mobilidade urbana aérea da Embraer, iniciou testes de passageiros de seu veículo voador, realizando o trajeto entre o aeroporto do Galeão e a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Agora, a empresa anunciou que a rota começará a operar comercialmente em 2026.

O veículo, que vem sendo chamado de "carro voador", na verdade é um automóvel de transporte de passageiros, como um helicóptero. A grande diferença entre os dois, de acordo com a empresa, será o custo da passagem, que deve se aproximar do custo de uma corrida de táxi, 6 vezes menos do que uma corrida de helicóptero.

Na época, em 2021, a passagem no eVTOL (aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical) custou cerca de R$ 99 reais. Porém ainda é incerto que preço será cobrado pela empresa em 2026, quando o transporte se tornar comercialmente operante.

Outra grande característica que difere o eVTOL de um helicóptero é o barulho produzido pelo seu funcionamento. De acordo com André Stein, presidente da EVE, o ruído é 90% menor do que o de um helicóptero por conta da propulsão distribuída.

Isto é, a decolagem e a aterrissagem são feitas a partir de 8 rotores, que são desligados para voo, quando outros 2 rotores fazem a propulsão do avião para frente. Além disso, há o fato do veículo utilizar um motor elétrico, ao invés de um combustível derivado do petróleo.

Nos testes com o protótipo foram transportados, no total, mais de 600 passageiros. Isso deu à EVE bastante informações sobre o funcionamento do trajeto. Segundo a empresa, esses primeiros drones a operar terão um itinerário fixo, com um máximo de meia hora de duração.

O objetivo, de acordo com Stein, não é substituir os outros meios de transporte, mas sim complementar os modais urbanos já existentes e dar a opção do consumidor poder pegar um modal mais rápido quando necessário. (yahoo)

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Brasil cresce nas emissões de títulos verdes acima da média global

Montante em operações em 2021 soma R$ 100 bilhões, mas títulos sociais ainda são pouco representativos no país, afirma consultoria.

Os investimentos sustentáveis ligados a emissão de títulos verdes cresceram de forma mais acelerada no Brasil nos últimos dois anos do que na média global, tendo atingido R$ 100 bilhões em 2021, disse em 24/05/22, o diretor de Pesquisa e Avaliação ASG da consultoria Natural Intelligence (Nint), Cristovão Alves, durante evento patrocinado pela Eletrobras.

“Nosso mercado demorou mais a pegar no tranco, começando em 2020, enquanto Chile e Colômbia tomaram a frente”, comentou o executivo, afirmando que o gap foi reduzido e vendo perspectivas mais positivas para esse ano.

Em sua apresentação, Alves destacou que diferentemente dos mercados globais há uma predominância das emissões vinculadas a metas de sustentabilidade no Brasil, assim como a pandemia foi um driver de crescimento dos títulos sociais em todo mundo, mas de forma pouco representativa por aqui.

Perguntado sobre a possibilidade de taxas diferentes para investimentos ESG, o especialista afirmou que não existe evidência dessa redução pelo seguimento de uma condição de dívidas com o título verde em relação ao tradicional.

“Os juros cobrados são os mesmos. O benefício é reputacional e de acessar novos bolsos, chamando a visibilidade de outros investidores que não comprariam a dívida antes”, pontuou, citando uma emissão no ano passado que não obteve êxito nesse quesito junto ao mercado.

Julia Ambrosano, consultora em Desenvolvimento Sustentável do Climate Bonds Initiative (CBI), ressaltou no evento que o mercado vem se conscientizando do que é verde ou um negócio que não será factível em 2050, vendo uma demanda maior do que oferta desse ambiente no Brasil, que deve incentivar novos projetos renováveis e ligados a sustentabilidade.

Ela discorreu quanto a atuação da instituição em lançar uma taxonomia de categorização para o gargalo de certificação e definição do que é considerado verde, atuando em três frentes: fomento de mercado com assistência técnica, definição de critérios para elegibilidade de ativos e produzir análises e inteligência de mercado, sendo responsável pelo rastreamento dos títulos verdes e outros.

“Uma linguagem comum para que o fluxo financeiro não seja interrompido entre os países”, resumiu, citando que o mercado representa atualmente mais de 16 mil instrumentos de dívidas num volume de U$S 2,8 trilhões e uma tendência dessas finanças se tornarem mainstream.

Sobre os passos para a obtenção dos instrumentos de dívida, a consultora aponta que o primeiro é realizar o framework, documento que pode ser utilizado até em road shows por investidores, citando o uso de recursos, como é a seleção dos ativos e projetos, o gerenciamento dos recursos financeiros e a características de report, com engajamento de um verificador independente ou agente externo. “Avalia, emite relatório e a CBI chancela a rotulagem e certificação do título para venda”, finaliza.  (canalenergia)

Geração solar atinge 1 milhão de sistemas

 Geração solar atinge 1 milhão de sistemas em telhados e pequenos terrenos no Brasil.

De acordo com a Absolar, segmento já viabilizou a atração de mais de R$ 57,4 bilhões em investimentos acumulados no País.

Mapeamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) indicou que a energia solar atingiu a marca de 1 milhão de sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil. São mais de 10,6 GW de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil.

De acordo com a entidade, desde 2012, foram mais de R$ 57,4 bilhões em investimentos privados, que geraram mais de 320 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, adicionando a arrecadação de mais de R$ 14,3 bilhões aos cofres públicos. E 2022 poderá ser o melhor ano da energia solar já registrado no Brasil desde 2012, com o maior crescimento do mercado e do setor na última década.

Segundo análise da entidade, energia solar seguirá crescendo a passos largos e deverá praticamente dobrar sua potência operacional instalada, impulsionada pelos aumentos nas tarifas de energia elétrica acima da inflação e pela publicação da Lei nº 14.300/2022. Trata-se, portanto, do melhor momento para se investir em energia solar, justamente por conta dos reajustes tarifários e do período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023.

Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil, detentor de um dos melhores recursos solares do planeta, continua atrasado no uso da geração própria de energia solar. Dos mais de 89 milhões de consumidores de energia elétrica do País, apenas 1,3% já faz uso do sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva. (canalenergia)

sábado, 18 de junho de 2022

Vendas de carros elétricos têm recorde em 2021

Foram 6,6 milhões de unidades comercializadas e em 2022 já são 2 milhões em todo o mundo no primeiro trimestre, um aumento de três quartos em relação ao mesmo período do ano anterior.
As vendas de carros elétricos continuam a apresentar um desempenho robusto neste ano, continuando com o ritmo de 2021. Em relatório divulgado em 23/05/22, intitulado Global Electric Vehicle Outlook, diponível para download em inglês, a Agência Internacional de Energia aponta que apesar disso, são necessários maiores esforços para diversificar a fabricação de baterias e suprimentos minerais essenciais para reduzir os riscos de gargalos e aumentos de preços.

De acordo com a publicação da entidade, as vendas de carros elétricos dobraram em 2021 para um novo recorde de 6,6 milhões. Já para esse ano, são 2 milhões de carros elétricos vendidos em todo o mundo no primeiro trimestre, um aumento de três quartos em relação ao mesmo período do ano anterior. O total comercializado em todo o mundo até o final de 2021 era de cerca de 16,5 milhões, o triplo do valor de 2018.

Havia cinco vezes mais modelos de carros elétricos estavam disponíveis globalmente em 2021 do que em 2015, e o número de modelos disponíveis chegou a 450 até o final de 2021.

O destaque continua com a China onde as vendas quase triplicaram em 2021 para 3,3 milhões de unidades, representando cerca de 50% do total global. Na Europa houve aumento de 65% para 2,3 milhões e nos Estados Unidos mais que dobrou, para 630 mil unidades. O preço médio de um carro elétrico na China era apenas 10% superior ao de convencionais. Em comparação com a média de 45% a 50% em outros grandes mercados. Por outro lado, as vendas de carros elétricos estão atrasadas na maioria das economias emergentes e em desenvolvimento, onde apenas alguns modelos estão disponíveis e a preços inacessíveis para os consumidores do mercado de massa.

Na avaliação da agência, o apoio político sustentado tem sido uma das principais razões para as fortes vendas em muitos mercados. Na lista desses apoios estão gastos públicos gerais em subsídios e incentivos dobrando em 2021 para quase US$ 30 bilhões.

A AIE aponta que no curto prazo, os maiores obstáculos para a continuidade das fortes vendas de veículos elétricos são os preços crescentes de alguns minerais essenciais para a fabricação de baterias, bem como as interrupções na cadeia de suprimentos causadas pelo ataque da Rússia à Ucrânia e pelos contínuos bloqueios do Covid-19 em algumas partes da China. Em longo prazo, são necessários maiores esforços para implantar infraestrutura de carregamento suficiente para atender ao crescimento esperado.

A agência cita em seu relatório que os preços do lítio eram sete vezes mais altos em maio de 2022 do que no início de 2021, e os valores do cobalto e do níquel também seguiram essa tendência. Com isso, o custo das baterias pode aumentar em 15% se esses preços permanecerem nos níveis atuais, o que reverteria vários anos de declínio. A invasão da Ucrânia pela Rússia criou mais pressões, já que a Rússia fornece 20% do níquel global para os dispositivos.

Outra constatação verificada é que os governos da Europa e dos Estados Unidos promoveram políticas industriais voltadas para o desenvolvimento doméstico das cadeias de suprimentos para esses tipos de veículos, já que mais da metade de toda a capacidade de processamento e refino de lítio, cobalto e grafite está localizada na China. Além disso, o país oriental é responsável por produzir três quartos de todas as baterias de íons de lítio e tem 70% da capacidade de produção de cátodos e 85% de ânodos, ambos componentes essenciais das baterias. Mais da metade de todos os carros elétricos em 2021 foram montados por lá.

O número de vendas globais de caminhões elétricos foi de apenas 0,3%. Essa participação precisaria aumentar para cerca de 10% até 2030 em um cenário alinhado com as promessas e metas climáticas anunciadas até o momento pelos países em todo o mundo e para 25% até 2030 no Cenário de Emissões Zero Líquidas da IEA até 2050. Até agora, caminhões elétricos foram substancialmente implantados apenas na China, graças ao forte apoio do governo. (canalenergia)

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Setor conta com mini turbinas eólicas que podem ser fixadas em telhados

Energia renovável: agora, setor conta com mini turbinas eólicas que podem ser fixadas em telhados.

O novo sistema de turbinas eólicas abre portas para a melhoria do setor de energia renovável, que tem crescido cada vez mais.
Imagem de ELG21

A empresa canadense The Power Collective projetou, recentemente, as chamadas RidgeBlade, mini turbinas eólicas que podem ser instaladas diretamente no telhado de residências e afins e gerar energia limpa. As mini turbinas eólicas, além de impressionarem com o design único, a discrição e a eficiência do produto, também contam com um aparato revolucionário no âmbito da abertura, utilizando de forma bastante eficiente o vento que gera energia elétrica limpa.

Funcionamento das mini turbinas eólicas

As RidgeBlade, mini turbinas eólicas, foram planejadas para serem instaladas no extremo de telhados, independente de serem comerciais ou residenciais, a fim de gerar energia renovável. As mini turbinas eólicas garantem que a geração de energia elétrica limpa seja consistente até mesmo em condições de vento forte, imprevisíveis e inconsistentes.

As mini turbinas usam a superfície de um telhado qualquer em aclive para capturar e concentrar o vento em maioria, para utilizar na geração de energia, aproveitando seu efeito de foco. Após isso, o vento capturado é forçado a percorrer sobre a superfície do telhado e formar um “gargalo” na crista do telhado, acelerando o ar constante por meio da mini turbina eólica.

Assim, quando se compara com o estado verdadeiro do vento, a velocidade presente ao redor da crista do telhado se triplica em questão de força e rapidez. Quando coloca-se as mini turbinas eólicas na área de alto fluxo de vento vê-se que elas possuem até nove vezes mais potência do que uma turbina eólica tradicional do tipo HAWT de eixo horizontal.

Além disso, as mini turbinas usam de sua aerodinâmica para evitar ruídos durante seu funcionamento, além de limitar a velocidade de suas lâminas devido às suas propriedades aerodinâmicas exclusivas.

Toda as mini turbinas eólicas foram submetidas a testes em ventos de mais de 160 km/h, tanto dentro de um túnel de vento quanto ao ar livre, em situações reais e sem perda de eficiência.


Tipos de Mini Turbinas Eólicas

São vendidos três tipos de mini turbinas éolicas RidgeBlade. O primeiro tipo é o RB1, que é um estilo doméstico e é a versão menor do RidgeBlade, foi projetada para produzir energia limpa amplas condições de vento, seja ele forte ou em baixa velocidade, mantendo o menor impacto visual. Este tipo de mini turbina eólica é indicada para a grande maioria dos locais de instalação, inclusive residências urbanas e locais ambientalmente sensíveis, como Parques Nacionais e áreas rurais.

O segundo tipo de mini turbina eólica é o RB2, que é a maior e mais potente versão do RidgeBlade, sendo planejado para instalação em vários tipos de construção que deseja produzir energia renovável. Essa mini turbina de energia eólica permanece com seu desempenho em uma ampla gama de condições de vento, assim como a RB1, porém fornece mais potência do que a turbina RB1 Residencial. A turbina RB2 é indicada para os vários tipos de locais de instalação, inclusive grandes estruturas industriais ou locais agrícolas.

E por último, para obtenção de máxima eficiência e desempenho das mini turbinas, o RidgeBlade disponibiliza soluções híbridas que une todos os pontos positivos dos sistemas das mini turbinas eólicas RB1 e RB2 com a saída adicional de painéis solares fotovoltaicos. Essas unidades híbridas usam os painéis solares de baixo perfil integrados à estrutura do telhado.

Mini Turbinas Eólicas Podem Ser Instaladas em Telhados

No entanto, apesar de ser uma grande novidade no setor de energia renovável, o uso de mini turbinas eólicas ainda não está tão em alta. Índices mostram que a energia eólica originária de casas que possuem mini turbinas eólicas, possuem um funcionamento igual ao de grandes turbinas em usinas eólicas, porém com tamanho reduzido. Somente no Ceará, há 27 mini usinas presentes em oito municípios distintos, que abastecem 90 unidades. (clickpetroleoegas)