Os
investimentos foram divididos em duas partes. O primeiro de R$ 60 milhões em
uma usina para a geração e biometano feito pela subsidiária integral Orizon. Um
segundo aporte de R$ 180 milhões foi feito em uma unidade de geração, a UTE
Paulínia Verde (22,6 MW), que usa o biometano como combustível, e tem a Orizon,
a Mercurio e o grupo Gera como sócios com 33,3% para cada. O aporte foi feito
com capital próprio.
Em
entrevista ao Valor, o CEO da Orizon, Milton Pilão, conta que a unidade de
biometano foi importada da fabricante americana Greenlane e o Ecoparque de
Paulínia deve aproveitar, nesse primeiro momento, cerca de 40% do potencial de
biometano, que suportará a geração de 15,7 MW Médios.
“Essa é a inauguração da nossa primeira incursão de uma planta deste tipo e ao longo dos próximos meses e anos vamos expandir a base de aterros sanitários, principalmente os novos aterros que foram adquiridos e que hoje não têm nem geração de energia nem biometano”, diz Pilão.
A empresa é dona de 12 ecoparques no Brasil e atua na valorização de resíduos, mas só agora começou os negócios na produção de biometano, energético extraído da purificação do biogás. Até 2021, o foco da companhia era destinar o biogás, gerado da decomposição de resíduos orgânicos nos aterros, à eletricidade.
O
projeto tem 100% do biometano já contratado e será destinado para a UTE
Paulínia Verde, no leilão em que a Mercurio Partners foi a vencedora em 2021.
Segundo o fundador da Mercurio, Alexandre Americano, o projeto da UTE vai
servir, no longo prazo, para inserção de energia firme em um centro de cargas
importante, que é a região de Campinas (SP).
“Outro
ponto relevante da UTE é a transição para uma fonte limpa e renovável de
geração de energia. Além de viabilizar a produção de biometano na segunda maior
região metropolitana do Brasil, a usina continuará a serviço do sistema para
gerar confiabilidade próximo ao centro de cargas”, afirma.
O Ecoparque de Paulínia recebe cerca de 1,6 milhão de toneladas por ano de lixo e atende uma população de 3 milhões de habitantes da região metropolitana de Campinas (SP). “O nosso ‘business’ é comprar aterros, implantar os projetos e valorizar o resíduo recebido”, diz Pilão.
O aterro tem 60% da capacidade de geração de biometano ociosa. A meta do executivo é ampliar a produção do insumo instalando mais unidades de purificação para a transformação de biogás em biometano. “Esta é uma fonte de gás renovável, próxima dos grandes centros, não é afeita a grandes variações do petróleo e do câmbio. A gente deve iniciar a compra de mais plantas de transformação de biogás em biometano no curto prazo. E para este Ecoparque de Paulínia, eu devo ter algo entre R$ 200 milhões a R$ 250 milhões de investimentos adicionais”, prevê. (minaspetro)
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