Brasil pode ter 54 GW solares até 2026, aponta estudo.
Relatório global da Solar
Power Europe mostra que a fonte já ultrapassou a marca de 1 terawatt, tendo
dobrado a capacidade instalada nos últimos três anos.
Um estudo internacional
lançado neste mês em Munique, na Alemanha, mostra que a energia solar acaba de
ultrapassar a marca histórica de 1 TW de potência instalada. Segundo o Global Market
Outlook for Solar Power 2022-2026, o Brasil, líder na implementação
da fonte na América Latina, deve se tornar um dos principais mercados globais nos próximos anos,
podendo atingir 54 GW de capacidade total até 2026. Atualmente são 15,3 GW
disponibilizados na matriz de geração nacional.
O presidente executivo da
Absolar, Rodrigo Sauaia, destacou que em 2021 o país foi um dos mercados
líderes do mundo na instalação de novos sistemas FV, tendo adicionado 5,7 GW ao
longo do ano, considerando a somatória das grandes usinas com os painéis em
telhados, fachadas e pequenos terrenos.
“Desde 2012 a solar trouxe mais de R$ 82,1 bilhões de investimentos e mais de 459 mil novos empregos acumulados, além de ter evitado a emissão de 22 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Isso é apenas o começo, dado que a tecnologia ainda tem um imenso potencial para avançar no Brasil”, conclui.
Tendências e inovações
Na feira foram apresentadas
as principais tendências tecnológicas do setor e as inovações em
desenvolvimento na Europa. Entre elas o uso de sistemas em telhados e fachadas
de edificações substituindo materiais construtivos como telhas, brises e revestimentos
de fachadas. Há também o crescente interesse nos projetos flutuantes,
instalados sobre superfícies de água de lagos e reservatórios hidroelétricos,
aumentando a geração e ajudando a reduzir a evaporação de água.
Outra frente são as novas aplicações junto à produção rural, diretamente sobre plantações, proporcionando um uso duplo da área produtiva, considerando também a combinação da geração com armazenamento, especialmente por meio de baterias.
Completam a lista a aceleração da mobilidade elétrica, com mais opções de carregadores para uso em residências e empresas, e os novos softwares e soluções de gestão de consumo energético, aplicando a inteligência digital para otimizar o uso da eletricidade nos horários críticos, reduzindo gastos e custos aos consumidores. (canalenergia)
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