A Shell Brasil e o Porto do
Açu assinaram um Memorando de Entendimento para o desenvolvimento conjunto de
uma planta-piloto para produção de hidrogênio verde nas instalações portuárias
no norte fluminense. “O projeto funcionará como um laboratório de pesquisa para
desenvolver aprendizado, realizar testes de descarbonização e impulsionar a
indústria no país, desde os fornecedores da tecnologia, passando pelo domínio
da operação e a formação de mão-de-obra especializada”, afirma a nota enviada à
imprensa em 19/05/2022.
O empreendimento deve ficar
pronto em 2025 e terá capacidade inicial de 10 MW, podendo chegar a 100 MW obedecendo
o plano de expansão da unidade. Inicialmente a energia oriunda da rede nacional
será conectada à planta de eletrólise, que terá como principal produto o
hidrogênio renovável. Parte deste H2 gerado será destinado à armazenagem e
posterior envio a potenciais consumidores. O remanescente será direcionado à
planta de geração de amônia.
Os recursos para a construção da unidade vêm da
cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que determina a
aplicação obrigatória de um percentual da receita bruta da produção, em
projetos que estimulem a pesquisa e a adoção de novas tecnologias no setor de
energia. A multinacional deverá investir entre US$ 60 milhões e US$ 120 milhões
em PD&I em 2022.
Globalmente a Shell tem projetos de geração de hidrogênio na Alemanha, Países Baixos e China. Já o Porto do Açu é uma plataforma multinegócios, desenvolvida pela Prumo Logística, controlada pela EIG Energy Partners, investidor institucional em energia e infraestrutura. O ativo portuário já possui outras iniciativas envolvendo o vetor energético, além das fontes solar e eólica offshore.
Porto do Açu planeja primeira usina de hidrogênio verde do país. (canalenergia)
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